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29 Bíblia de estudo arqueológica NVI Joel 13

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N O V A V E R S Ã O I N T E R N A C I O N A L
F A Ç A U M A J O R N A D A V I S U A L 
A T R A V É S D A V I D A E D O S 
T E M P O S B Í B L I C O S
A U T O R , L U G A R E D A T A D A R E D A Ç Ã O
Além do nome, pouco se sabe sobre o autor deste pequeno livro, e mesmo isso é de certa forma duvidoso. Seu suposto nome, Joel, era 
comum, mas o nome de seu pai pode ser Petuel, como está no hebraico de Joel 1.1, ou Betuel, como está no grego da Septuaginta. Essa 
confusão serve para mostrar quão pouco conhecemos acerca desse homem.
Joel não datou seu livro. Assim, os estudiosos são obrigados a procurar indicações textuais sobre a época da redação. As datas 
sugeridas variam do século IX a.C. até o tardio período pós-exílico. Embora seja impossível ter certeza, há razões para crer na data no 
século VII a.C. para esta profecia (ver "A data do livro de Joel’’, em Jl 1). O livro foi escrito em Judá.
D E S T I N A T Á R I O
Joel adverte o povo do Reino do Sul acerca do juízo iminente e incentiva a população ao arrependimento e ao retorno para Deus. 
F A T O S C U L T U R A I S E D E S T A Q U E S
As pragas de gafanhotos, comuns nos dias do AT, ainda devastam partes do mundo hoje em dia, e experiências semelhantes, do início até 
a metade do século XX são lembradas com horror por muitos habitantes do meio-oeste americano.
Este livro foi escrito em resposta a uma dessas pragas devastadoras (Jl 1). 0 texto, entretanto, é mais que um registro histórico 
ou uma lamentação. Joel usa a praga de gafanhotos como base para desenvolver uma teologia do “dia do Senhor”, também utilizada 
por outros Profetas Menores, acontecimento caracterizado por julgamento e salvação, simultaneamente. A expressão, como aparece no 
livro, é versátil, sendo aplicada de maneira similar a uma praga de gafanhotos (cap. 1), a um exército invasor (2.1-10), a uma batalha 
decisiva no juízo das nações (cap. 3) e a um fato relacionado à salvação — o derramamento do Espírito de Deus (2.28).
L I N H A D O T E M P O
1400 A.C. 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400
Divisão do reino (930 a.C.)
Ministérios de Elias e Eliseu em Israel (ca, 875-797 a.C.) 
Ministério de Joel em Judá (ca. 835-796 a.C ?)
o do livro de Joel (ca. 835-400 a.C.?) 
Ministério de Jonas em Nínlve (ca. 785-775 a.C.) 
Ministério de Amós em Israel (ca. 760-750 a.C.) 
Ministério de Oseias em Israel (ca. 753-715 a.C.) 
Exílio de Israel (722 a.C.)
Queda de Jerusalém (586 a.C.)
E N Q U A N T O V O C Ê LÊ
Fique atento ao ler esse profeta, afeito aos contrastes em suas representações do juízo divino e da esperança. Dê atenção especial à seção 
intitulada "0 dia do Senhor” (2.28-32).
I N T R O D U Ç Ã O A J O E L 1 4 3 3
V O C Ê S A B I A ?
• A embriaguez é o único pecado mencionado especificamente no livro de Joei (1.5).
• 0 chamado geral à oração e ao jejum indicava uma situação extraordinária (1.13,14).
• A “trombeta”, feita de chifre de carneiro, era usada para alertar acerca de um perigo que se aproximava (2.1).
• Janelas ripadas sem vidros não teriam impedido os gafanhotos de entrar nas casas (2.9).
T E M A S
0 livro de Joel inclui os seguintes temas:
1. Julgamento. A descrição de Joel sobre o dia do julgamento sobre Judá prenuncia um grande dia de ajuste de contas no futuro. O relato
da vinda repentina será contra o próprio povo de Deus, enquanto o grande e definitivo julgamento será contra os inimigos. Joel descreve
o julgamento contra o próprio povo de Deus como “o grande e temível dia do Senhor” (2.31), "dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens 
e negridão” (2.2). 0 julgamento maior será no dia em que as nações serão responsabilizadas por seus atos de crueldade contra o povo de 
Deus (3.2-16,19), que será protegido e abençoado (3.16-18,20,21).
2. Arrependimento e salvação. Joel convoca todos ao arrependimento, jovens e velhos (1.2,3; 2.16), bêbados (1.5), agricultores (1.11) e 
sacerdotes (1.13; 2.17). As evidências externas de mudança são insuficientes (2.12). Deus exige arrependimento sincero. Em resposta ao 
remorso profundo e à confiança em sua graça, amor e compaixão (2.13), Deus irá perdoá-los e restaurá-los (2.18-32). Ainda mais notável 
no livro é a promessa do derramamento do Espírito Santo sobre todo o povo — jovens e velhos, homens e mulheres (2.28,29) — e a 
promessa de salvação para “todo aquele que invocar o nome do Senhor” (2.32).
S U M Á R I O
I. A invasão dos gafanhotos e o chamado ao arrependimento (1.1— 2.17)
A. Chamado à lamentação e à oração (1.1-14)
B. 0 anúncio do “dia do Senhor” (1.15— 2.11)
C. Chamado ao arrependimento e à oração (2.12-17)
II. Salvação no “dia do Senhor” (2.18 — 3.21)
A. 0 reino de Judá será restaurado pelo Senhor (2.18-27)
B. O povo será restaurado pelo Senhor (2.28-32)
C. A chegada do “dia do Senhor” (3)
1 4 3 4 J O E L 1 . 1
1
A palavra do S e n h o r que veio3 a Joel,b filho de Petuel.
A Praga dos Gafanhotos
2 “Ouçam isto,c anciãos”; 
escutem, todos os habitantes do país.d
Já aconteceu algo assim nos seus dias?
Ou nos dias dos seus antepassados?e
3 Contem aos seus filhosf 
o que aconteceu, e eles aos seus netos, 
e os seus netos, à geração seguinte.
4 O que o gafanhoto cortador deixou, 
o gafanhoto peregrino comeu;
o que o gafanhoto peregrino deixou, 
o gafanhoto devastador comeu; 
o que o gafanhoto devastador deixou, 
o gafanhoto devorador comeu.S
5 “Acordem, bêbados, e chorem!
Lamentem-se todos vocês,
bebedores de vinho;h 
gritem por causa do vinho novo, 
pois ele foi tirado dos seus lábios.
6 Uma nação, poderosa e inumerável,' 
invadiu a minha terra,
seus dentesi são dentes de leão, 
suas presas são de leoa.
7 Arrasouk as minhas videiras 
e arrumou as minhas figueiras.1
Arrancou-lhes a casca e derrubou-as, 
deixando brancos os seus galhos.
8 “Pranteiem como uma virgem em vestes de lutom 
que se lamenta pelo noivo*’ da sua mocidade.
9 As ofertas de cereal e as ofertas derramadas11 
foram eliminadas 
do templo do Sen h o r.
Os sacerdotes,
que ministram diante do Senh or , 
estão de luto.
10 Os campos estão arruinados, 
a terra está secac;°
o trigo está destruído, 
o vinho novoP acabou, 
o azeite está em falta.
1.1 a jr 1.2; bAt 2.1 r
1.2 O s 5.1; 
°0s 4.1; *JI 2.2
1.3'Êx 10.2; 
SI 78.4
1.4 « 2 8 .3 9 : 
Na 3.15
1.6 iJI 2 .2 ,1 1 3
1 .7 * ls 5 .6 ;W r-;
1 .8 mv. 13;
Is 22.12; A m E'1
1.9 n0 s 9.4; 
Jl 2.14,17
1.10«|S 24.4: 
pOs 9.2
» 1 .2 O u autoridades do povo.
b 1 .8 O u uma jovem em vestes de luto que se lamenta pelo marido. 
c 1 . 1 0 O u a terra chora.
1.2 Os “anciãos” são os homens mais velhos da comunidade ou aos ofi­
ciais reconhecidos (ver nota em Jr 19.1).
1 .4 Ver “Galànhotos no antigo Oriente Médio”, em Jl 2.
1.5 A embriaguez é o único pecado mencionado especificamente no li­
vro de Joel. Nesse contexto, a embriaguez representa um estilo de vida 
consumista perseguido por aqueles que valorizam mais o material que 
o espiritual.
1 .6 Os gafanhotos são comparados aqui a uma nação. No capítulo 2, 
são chamados “exército” do Senhor (v. 11,25). O inverso — comparar 
exércitos com gafanhotos para ressaltar o número — é tão antigo quanto 
a literatura ugarítica (séc. X V a.C.) e é comum no A T (ver Jz 6.5 ; 
Jr 46.23; 51.14,27; Na 3.15).
1.8 O pano de saco era a roupa grosseira dos pranteadores (ver notas em 
lRs 20.31,32; Jó 16.15; ver também “Pano de saco e cinzas: rituais de
lamentação”, em SI 30). Em Israel, quando uma mulher era promecic* 
em casamento a um homem, já era considerado seu marido, e ei; sm 
esposa, mesmo ela ainda sendo virgem (ver D t 22.23,24; ver tam ror 
“Casamento e divórcio no antigo Israel”, em M l 2). Esse versícul: zr. 
referência ao “marido” que morria antes de consumar o matrimônio.
1.9 As ofertas de cereal (Lv 2.1,2) e as oferta derramadas, que eramm m. 
libação de vinho (Lv 23.13), faziam parte das ofertas diárias (Ex 29 
N m 28.5-8). Os galànhotos não haviam deixado nada que pudesse 
apresentado como sacrifício.
1.10 Trigo, vinho e azeite eram as três mercadorias da sociedade agrcaai 
da época (ver “Comida e agricultura”, em Rt 2).
.* { • * j S 4-v< w y^ r v
jT; ,vVv / V'3 * ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ !
A D A T A 
D O L I V R O 
DE J OE L
V M M 1V\
JOEL 1 0 livro de Joel não dá nenhuma indicação da data de sua 
autoria. Isso é incomum na literatura profética do AT, pois a maioria 
dos profetas menciona os reinados em que atuaram (e.g., Os 1.1; 
Ag 1.1) ou apresenta outros indicadores cronológicos (Am 1.1). 
As datas sugeridas para Joel variam desde o século IX a.C. (o que o 
tornaria o mais antigo dos profetas escritores) até o período pós- 
-exílico1 (tornando-o um dos últimos profetas a escrever sua men­
sagem). Os argumentos geralmente apresentados são:
♦ Joel é o segundo dos Profetas Menores, por isso o livro é antigo, 
visto que eles são apresentados mais ou menos em ordem cronológi­
ca. Contudo, há exceções a essa regra: é quase certo que Obadias, por 
exemplo, foi escrito depois de Miqueias; e Oseias, depois que Amós.
Não são mencionados reis, portanto o livro é pós-exílico. No en­
tanto, os profetas pós-exílicos às vezes datavam seus livros de acordo 
com os reis persas (Ag 1.1; Zc 1.1). Assim, o fato de nenhum rei ser 
mencionado nada indica em particular sobre a data do livro.
4 * Joel menciona os sacerdotes e anciãos, indicando que o livro foi 
escrito quando a nação era governada por esses grupos, não por um 
rei, o que torna o livro uma obra pós-exílica. Contudo, os anciãos só 
são mencionados no contexto de um chamado para um ritual de 
lamentação (2.15-17).2 Não é dito que eles exerciam alguma função 
administrativa, e a palavra pode, na verdade, indicar literalmente um 
grupo de homens idosos (1.2). Mais uma vez, nada aqui nos ajuda a 
datar o livro.
❖ Joel não menciona o Reino do Norte (normalmente chamado Is­
rael ou Samaria), o que pode ser uma indicação de que o Reino do 
Norte já não existia e que o livro foi escrito, portanto, após a queda 
de Samaria (722 a.C.).3
* Jerusalém tinha muros (2.7-9). Portanto, o livro foi escrito antes 
de sua queda (586 a.C.)4 ou mais tarde, no período pós-exílico, depois 
que os muros foram reerguidos.
4 A adoração era realizada no templo (2.15-17), indicando que o 
livro foi escrito antes de sua destruição ou depois de sua restauração.
Todos os que moravam na região podiam se reunir em Jerusalém 
(1.14), significando que a população era relativamente pequena, 
como no período pré-exílico tardio ou no período pós-exílico.
Outras particularidades com respeito à linguagem e às circuns­
tâncias de Joel são debatidas, mas não produziram nenhum 
consenso.
De modo geral, essas considerações depõem contra uma data 
muito antiga, muito tardia ou da época do exílio. Aparentemente, 
o Reino do Norte já não existia, mas o templo estava funcionando 
e os muros de Jerusalém estavam intactos. 0 século VII a.C. parece uma 
data razoável, mas permanece o fato de que o próprio livro não nos 
diz quando foi escrito.
1Ver o Glossário na p. 2080 para as definições das palavras em negrito. 2Ver "Lamentos no antigo Oriente Médio", em Lm 3. 
ser V, rei de Assíria", em 2Rs 17. 4Ver "Os últimos dias de Jerusalém", em Jr 6.
3Ver "Oseias, rei de Israel, e Salmane-
0 muro largo de Jerusalém, depois de sua restauração
1 4 3 6 J O E L 1 . 1 1
11 Desesperem-se, agricultores,Q 1 .1 1 ur 141 *
chorem, produtores de vinho; Am5.i6.is
fiquem aflitos pelo trigo e pela cevada, 
porque a colheita foi destruída/
12 A v in h a está s e c a , i.i2 >Agzw
e a figueira murchou; 
a romãzeira, a palmeira, a macieira
e todas as árvores do campo secaram.s 
Secou-se, mais ainda, 
a alegria dos homens”.
Chamado ao Arrependimento
13 Ponham vestes de luto,* ó sacerdotes, e pranteiem; i.13Ut4 8
chorem alto, vocês que ministram11 perante 0 altar.
Venham, passem a noite vestidos de luto, 
vocês que ministram perante 0 meu Deus; 
pois as ofertas de cereal 
e as ofertas derramadasv 
foram suprimidas
do templo do seu Deus.
14Decretem um jejum santo;w i.i4«2cr2c :
convoquem uma assembleia sagrada. ”Jn 3 8
Reúnam as autoridades
e todos os habitantes do país 
no templo do S en h o r, o seu Deus, 
e clamem* ao Sen hor.
15 Ah! Aquele ^dia! Sim, 0 dia do S en h o r2 está próximo; i.i5>jrx-
como destruição poderosa 
da parte do Todo-poderoso, ele virá.
16 Não é verdade que a comida foi eliminada3 i.ie* 3.7
diante dos nossos próprios olhos, 12 7
e que a alegria e a satisfação
foram suprimidas do templo do nosso Deus?b
17 As sementes estão murchas 1 .17 ^ 17.* -
debaixo dos torrões de terra.c 
Os celeiros estão em ruínas,
os depósitos de cereal foram derrubados, 
pois a colheita se perdeu.
18 Como muge 0 gado!
As manadas andam agitadas 
porque não têm pasto; 
até os rebanhos de ovelhas 
estão sendo castigados.
19 A ti, S en h o r, eu clamo,d pois o fogoe devorou as pastagens* i.19»sik :
1 . eAm 7.4; J *
e as chamas consumiram 
todas as árvores do campo.
20 Até os animais do campo clamam a ti,9 i.20«a - .
pois os canais de água se secaramh "1Rs17
e 0 fogo devorou as pastagens.
1.13 ,14 Joel desafia os líderes espirituais de Judá, os sacerdotes, a con­
vocar uma “assembleia sagrada” (v. 14). O chamado geral à oraçáo e ao 
jejum indicava uma situação extraordinária (ver Ne 9.1-3; Jr 36.9) ou 
uma calamidade — aqui uma invasáo de gafanhotos sem precedentes, 
aparentemente acompanhada por uma seca terrível.
Para mais informações sobre as “autoridades” (“anciãos”, v. 14), ver nota 
no versículo 2.
1.15 A expressão “o dia do Senhor”, às vezes abreviada por “aquü 
geralmente se refere à intervenção decisiva de Deus naHistoru. 
em Joel também pode indicar uma invasão de gafanhotos. Poo; 
anunciar a vinda de Cristo para consumar a História.
1 .20 Por ser escassa na Palestina, a água é muito apreciada : sa. 
falta é motivo de extrema preocupação (ver lR s 17 .lss; Jr 14_?i 
realidade, a chuva era vista nos dias do AT como um sinal d_-rr n
J O E L 2 . 1 1 1 4 3 7
2.1 Ur 4.5; )V. 15; 
M l 1.15; St 1.14- 
16; ‘Ob 15
2.2 "A m 5.18; 
"Dn 9.12;°J11.6; 
PJ11.2
2.3 « n 2.8; 
«1105.34,35
2 .4 'Ap 9.7
2 .5 'Ap 9.9; 
uls 5.24; 30.30
2.6 >ls 13.8; 
"N a 2.10
2 .9 v jr 9.21
2 .1 0 ZS118.7; 
*M t 24.29; 
»ls 13.10; Ez 32.8
2.11 CJ11.15; 
»Sf 1.14; Ap 18.8; 
*Ez 22.14
O Dia do Senhor se Aproxima
2 Toquem a trombeta' em Sião;ideem o alarme no meu santo monte.
Trem am todos os habitantes do país, 
pois o dia do Senh or ^está chegando.
Está próximo!1
2 É dia de trevasm e de escuridão,11
dia de nuvens e negridão.
Assim como a luz da aurora 
se estende pelos montes, 
um grande e poderoso exército0 se aproxima, 
como nunca antes se viuP 
nem jamais se verá nas gerações futuras.
3 Diante deles o fogo devora,
atrás deles arde uma chama.
Diante deles a terra é como o jardim do Éden,<í 
atrás deles, um deserto arrasado;r 
nada lhes escapa.
4 Eles têm a aparência de cavalos;s
como cavalaria, atacam galopando.
5 Com um barulho semelhante ao de carros*
saltam sobre os cumes dos montes 
como um fogo crepitanteu que consome o restolho, 
como um exército poderoso em posição de combate.
6 Diante deles povos se contorcem angustiados;v
todos os rostos ficam pálidos de medo.w
7 Eles atacam como guerreiros;
escalam muralhas como soldados.
Todos marcham em linha, 
sem desviar-se* do curso.
8 Não empurram uns aos outros;
cada um marcha sempre em frente.
Avançam por entre os dardos11 
sem desfazer a formação.
9 Lançam-se sobre a cidade;
correm ao longo da muralha.
Sobem nas casas;
como ladrões entram pelas janelas.v
10 Diante delesa terra treme,z
os céus estremecem, 
o sol e a lua escurecem3
e as estrelas param de brilhar.b
110 S en h o rc levanta a sua voz 
à frente do seu exército.
• 2 . 8 O u pela passagem de água.
favor de Deus. Os rios da Palestina tendem a ser pequenos e contêm 
pouca, se náo nenhuma, água no verão. Por conseguinte, nos tempos 
bíblicos, Israel dependia da chuva para o abastecimento de água, que 
supria nascentes e fontes. As cisternas eram uma necessidade para o 
armazenamento (ver “Poços, cisternas e aquedutos no mundo antigo”, 
em Jr 38). Entretanto, a água armazenada por muito tempo se torna­
va salobra e suja — uma ameaça para a saúde. No verão, não havia 
chuva, por isso a vegetação dependia da grande formação de orvalho. 
A irrigação era possível onde houvesse água suficiente. Quando esse 
recurso vital escasseava, como durante um cerco, o racionamento era 
inevitável. A água potável, armazenada em odres, costuma ser vendida
nas ruas. Os poços e piscinas, embora relativamente raros, são mencio­
nados várias vezes na Bíblia (Gn 21 .19 ; 24 .11 ; Jo 4.6 ; 9.7).
2.1 A “trombeta”, feita de chifre de carneiro, era usada para alertar acerca 
de um perigo que se aproximava (ver “O shofar”, em SI 98).
Sião, aqui, é Jerusalém como capital da nação.
Sobre a expressão “o dia do Senhor”, ver nota em 1.15.
2 .9 Janelas ripadas sem vidros não teriam impedido os gafanhotos de 
entrar nas casas (ver “A cidade e o lar israelitas”, em Jr 9).
2.11 Da mesma maneira como Isaías viu os assírios (ver Is 10.5) e Jere­
mias os babilônios (Jr 25.9; 43.10) como instrumentos do Senhor, assim 
Joel viu os gafanhotos como exército do Senhor — o exército com o qual 
ele atacaria seus inimigos no dia do Senhor.
1 4 3 8 J O E L 2 . 1 2
Como é grande o seu exército!
Como são poderosos os que obedecem à sua ordem!
Como é grande o dia do Se n h o r !11 
Como será terrível!
Quem poderá suportá-lo?e
Chamado ao Arrependimento
12 “Agora, porém ”, declara o Se n h o r , 2.i2Ur4.i:
“voltem-sef para mim de todo o coração, 0s 12 6
com jejum, lamento e pranto.”
13 Rasguem o coraçãoS e não as vestes.h 2.i3,si 34.1a
Voltem-se para 0 S e n h o r , Ifjmjriü*
0 seu Deus, 
pois ele é misericordioso e compassivo, 
muito paciente e cheio de amor;' 
arrepende-se e não envia a desgraça.i
14 Talvez ele volte atrás,k arrependa-se, 2.i4»jr 26.1
e ao passar deixe uma bênção.1 'Ag 2.19.^
Assim vocês poderão fazer
ofertas de cereal e ofertas derramadasm 
para 0 S e n h o r , o seu Deus.
2 .1 4 Ver nota em 1.9.
no antigo Orimte Médio
JOEL 2 0 livro de Joel descreve uma calami­
dade que sobreveio a Judá quando o país 
foi atacado por uma praga de gafanhotos. 
Na verdade, os gafanhotos podem fazer um 
estrago surpreendente à agricultura. Nos 
últimos cem anos, vários observadores dei­
xaram registros das devastações repentinas 
e completas de colheitas produzidas por 
enxames de gafanhotos na África, no Oriente 
Médio e no meio-oeste dos Estados Unidos. 
A situação no mundo antigo era mais grave, 
pelo fato de que quase toda a agricultura era 
de subsistência.1 A perda da colheita de um 
único ano significava fome ou quase fome, 
pois a importação de comida em quantidade 
suficiente para compensar a diferença não 
era possível.
Joel 1.4 usa quatro palavras hebraicas 
para descrever os gafanhotos. Os traduto­
res esforçam-se para fazer a distinção entre elas. 
Por exemplo, a New American Standard Bible
diz: "0 que o gafanhoto roedor deixou, o ga­
fanhoto de enxame comeu; o que o gafanhoto 
de enxame deixou, o gafanhoto rastejante co­
meu; e o que o gafanhoto rastejante deixou, 
o gafanhoto devastador comeu". A NIV (em 
inglês) diz o seguinte: "0 que o enxame de 
gafanhotos deixou, os grandes gafanhotos 
comeram; o que os grandes gafanhotos dei­
xaram, os jovens gafanhotos comeram; o que 
os jovens gafanhotos deixaram, outros ga­
fanhotos comeram". Uma tradução não ne­
cessariamente é melhor que a outra. Ambas 
tentam elucidar o fato de que aparecem no 
original quatro palavras hebraicas diferentes 
para "gafanhoto"— cujos significados origi­
nais estão perdidos.
0 que as quatro palavras representam? 
Indicam quatro espécies de gafanhoto? 
É possível, mas pode ser que se refiram às qua­
tro fases de crescimento do inseto de uma 
única espécie. De acordo com esse argumento,
parece que o primeiro termo ("gafanhon 
roedor”, NASB; "enxame de gafanhoto:' 
NIV) é a terceira fase de cresciment: 
0 segundo termo ("gafanhoto de enxame' 
NASB; "grande gafanhoto", NIV) é a quaft 
fase ou fase final — um gafanhoto aduttr 
0 terceiro termo ("gafanhoto rastejante’ 
NASB; "jovens gafanhotos", NIV) é a fese 
de larva, representando a descendênda :■ 
geração anterior de gafanhotos, o prime t 
estágio do inseto. 0 quarto termo ("gafanh :- 
to devastador", NASB; "outros gafanhotos' 
NIV) é a ninfa, a segunda fase do gafanhon 
A ideia é de que um enxame de gafanhoti 
mudou-se, devastou a terra e pôs seus ov:: 
Os ovos chocaram, e as larvas vorazes e £ 
ninfas devoraram todo o verde que resto_ 
A repetição em 1.4 deixa claro que nada ~ 
deixado depois que a última fase dos gafe- 
nhotos terminou de comer seu quinhão.
1Ver "Comida e agricultura" em Rt 2.
J O E L 2 . 2 3 1 4 3 9
2 .1 5 nNm 10.2;
°Jr 36.9; pJI 1.14
2.16«ÊX 19.10,22; 
■S119.5
2 .1 7 sEz 8.16; 
Mt 23.35;'Dt 9.26- 
29; SI 44.13; 
"SI 42.3
15 Toquem a trombeta" em Sião,
decretem jejum santo,0 
convoquem uma assembleia sagrada.P
16 Reúnam o povo, consagrem1! a assembleia;
ajuntem os anciãos, 
reúnam as crianças, mesmo as que mamam no peito. 
Até os recém-casadosr 
devem deixar os seus aposentos.
17 Que os sacerdotes, que ministram perante o S e n h o r ,
chorem entre o pórtico do templo e o altar,s orando: 
“Poupa o teu povo, Se n h o r .
Não faças da tua herança objeto de zombaria* 
e de chacota entre as nações.
Por que se haveria de dizer pelos povos:
‘Onde está o Deus deles?u> ”
2 .18vZc 1.14
2.19»Jr 31.12; 
*Ez 34.29
2-20»Jr1.14,15; 
* 1 4 .8 ; Is 34.3
2.21 “Is 54.4; 
Sf 3.16,17; 
"S1126.3
2.22 «SI 65.12; 
•Jl 1.18-20
2.23 IS1149.2; 
1812.6:41.16; 
Hc 3.18; Zc 10.7; 
sLv 26.4
A Resposta do Senhor
18 Então o S en h o r mostrou zelov por sua terra
e teve piedade do seu povo.
19 O S en h o r respondeu" ao seu povo:
“Estou enviando para vocês trigo,
vinho novo e azeite," o bastante 
para satisfazê-los plenamente; 
nunca mais farei de vocês
objeto de zombaria* para as nações.
20 “Levarei o invasor que vem do norte*
para longe de vocês, 
empurrando-o
para uma terra seca e estéril, 
a vanguarda para o mar orientalte 
e a retaguarda para o mar ocidentak 
E a sua podridão3 subirá;
o seu mau cheiro se espalhará”.
Ele tem feito coisas grandiosas!
21 Não tenha medo,b ó terra;
regozije-se e alegre-se.
O S en h o r tem feito coisas grandiosas!0
22 Não tenham medo, animais do campo,
pois as pastagens estão ficando verdes.d 
As árvores estão dando os seus frutos; 
a figueira e a videira estão carregadas.e
23 Ó povo de Sião, alegre-se
e regozije-sef no Sen hor, 
o seu Deus,
0 2 .1 8 ,1 9 Ou o Senhor mostrará zelo ... e terá p iedade. . .19 O Senhor responderá. 
b 2 .2 0 Isto é, o mar Morto. 
c 2 .2 0 Isto é, o Mediterrâneo.
2.15 Aqui a trombeta não é tocada como alarme (cf. v. 1), mas como 
forma de convocar uma assembleia religiosa (ver “O shofar”, em SI 98). 
Sobre “jejum” e “assembleia”, ver nota em 1.13-14.
2.16 A palavra hebraica para “assembleia” denota a comunidade religiosa. 
Sobre os “anciãos”, ver nota em 1.2.
O termo “aposentos” indica o lugar em que o casamento era consumado 
(ver nota em C t 1.16,17; ver também “Casamentos no antigo Israel”, 
em Ct 3).
2.17 Sobre a “chacota”, ver “Provérbios e insultos no mundo antigo”, 
em lSm 25.
2.19 Ver nota em 1.10.
2.20 Visto queinimigos nos tempos antigos não invadiam pelo mar 
nem pelo deserto, a localização geográfica de Canaã tornava-a vulnerável 
apenas no sul (Egito) e no norte (Assíria e Babilônia). A nuvem de ga­
fanhotos aqui é retratada como um vasto exército, composto pelos mais 
temíveis inimigos de Israel.
Para mais informações sobre o “mar oriental” (mar Morto), ver nota 
em Zc 14.8.
2.23 A expressão “as chuvas de outono, conforme a sua justiça” tam­
bém pode ser traduzida do hebraico por “o mestre da justiça”. A seita de
1 4 4 0 J O E L 2 . 2 4
pois ele dá a vocês as chuvas de outono, 
conforme a sua justiça0.
Ele envia a vocês muitas chuvas,
as de outono e as de primavera,9 como antes fazia.
24 As eiras ficarão cheias de trigo;
os tonéis transbordarãoh 
de vinho novo1 e de azeite.
25 “Vou compensá-los pelos anos de colheitas
que os gafanhotos destruíram: 
o gafanhoto peregrino, o gafanhoto devastador, 
o gafanhoto devorador e o gafanhoto cortador, 
o meu grande exército 
que enviei contra vocês.
26 Vocês comerão até ficarem satisfeitos)
e louvarãok o nome do S en h o r, o seu Deus, 
que fez maravilhas1 em favor de vocês; 
nunca mais o meu povo será humilhado.
27 Então vocês saberão que eu estou no meio de Israel.
Eu sou o S en h o r,m o seu Deus, 
e não há nenhum outro;
nunca mais o meu povo será humilhado.
2.24»Lv26
M l3 . 1 0 ; * - ; :
2.26 t lv 26.5 
1 s 6 2 . 9 ; S ' * i 
Is 25.1
O Dia do Senhor
28 “E, depois disso,
derramarei do meu Espíriton 
sobre todos os povos.
Os seus filhos e as suas filhas 
profetizarão, 
os velhos terão sonhos, 
os jovens terão visões.
29 Até sobre os servos0 e as servas
derramarei do meu Espírito 
naqueles dias.
30 Mostrarei maravilhas no céuP e na terras
sangue, fogo e nuvens de fumaça.
310 sol se tornará em trevas/ 
e a lua em sangue, 
antes que venha o grande e temível 
dia do Senhor®
32 E todo aquele que invocar
o nome do S en h o r será salvo,' 
pois, conforme prometeu o Sen h o r, 
no monte Sião11 e em Jerusalém 
haverá livramentov 
para os sobreviventes,™ 
para aqueles a quem o S en h o r chamar.
2.29°1C012.'2
GI3.2S
2.30PLC21-- 
(M c 1 3 .2 4 2
2.31 "Mt 2 4 3
■Is 13.9,10:
Ml 4.1,5
2 J2 W tz r ;" 
Rm 10.13*
“IS 4 6 .1 3 :< t " 
«l«11.11;»fc*-- 
Rm 9.27
0 2 .2 3 Ou no tempo certo.
Qumran, que produziu a maioria dos rolos do mar Morto, alegava que 
seu mais reverenciado mestre da lei, que seus membros denominavam 
Mestre da Justiça, era o cumprimento dessa profecia (ver “Qumran e o 
Novo Testamento” em Lc 6), porém o contexto imediato parece apoiar 
a tradução da NVI.
2.24 Ver “A eira”, em lC r 21; para mais informações sobre os “tonéis” 
ver “O lagar”, em Is 63.
2.25 Ver “Gafanhotos no antigo Oriente Médio”, em Jl 2.
2.28 Ver nota sobre profetisas em Êx 15.20,21.
2.31 Há várias indicações de eclipses do Sol e da Lua na Bíblia. Is 13.10 
declara que “o sol nascente escurecerá”, enquanto encontramos aqui a de­
claração de que “o sol se tomará em trevas, e a lua em sangue.” Essas duas
descrições se harmonizam muito bem com as observações de eclipse: _ 
Sol e da Lua. Quando a sombra da Lua cobre a face do Sol, ele p zsr- 
escurecer e, quando a terra se coloca diretamente entre o Sol e i —m, 
há um eclipse da Lua. Quando o eclipse é total, ainda é possível «= ■ 
superfície da Lua, pelo fato de que a atmosfera da Terra provoca a c a p ­
tura dos raios de luz. A luz solar está de certa forma curvada quando pasa 
pela Terra e em seguida é refletida pela Lua e volta à Terra. Assim cor., 
o Sol parece ser vermelho quando está se pondo, por causa da passirr- 
da luz por um espaço maior da atmosfera, a luz do eclipse apresenta mm 
cor estranha. A Bíblia usa a expressão simbólica “tornou-se em sanr-r 
para descrever esse fenômeno astronômico.
J O E L 3 . 3 i 4 4 i
O Julgamento das Nações
3.1 xjri6.i5 O “Sim, naqueles dias e naquele tempo,
J quando eu restaurar a sorte* de Judá e de Jerusalém,
3.2 vez 36.5 2 reunirei todos os povos
e os farei descer ao vale de Josafá.
Ali os julgareiv
por causa da minha herança 
— Israel, o meu povo — ,
pois o espalharam entre as nações 
e repartiram entre si a minha terra.
3.3 *Am 2.6 3 Lançaram sortes sobre o meu povo
e deram meninos em troca de prostitutas; 
venderam meninas por vinho,2 
para se embriagarem.
3.2 Chamado vale da Decisão no versículo 14, o vale de Josafá parece 
ter sido um nome simbólico de um vale próximo de Jerusalém, descrito 
aqui como o lugar do julgamento definitivo das nações reunidas contra 
Jerusalém (ver nota da NVT). Nesse lugar, o rei Josafá testemunhou uma 
das vitórias históricas de Deus sobre as nações (ver 2Cr 20.1-30).
3 .3 Os acontecimentos registrados aqui aconteceram a Judá no tempo 
do cativeiro (586 a.C.) e são mencionados em Ob 11. Os israelitas foram 
tratados pelos inimigos como simples mercadoria: foram dados em troca 
dos prazeres da prostituição e do vinho (ver “Lançando sortes”, em Jó 6).
Os gregos e o Antigo Testamento
JOEL 3 Alexandre, o Grande, conquistou o 
antigo Oriente Médio no século IV a.C. e deu 
início a um processo de "helenização" da re­
gião (difundindo a língua e a cultura gregas). 
Infelizmente, esse fato tem passado a alguns 
intérpretes modernos a ideia equivocada de 
que qualquer sinal da presença grega num 
texto do AT é evidência de que ele foi escrito 
após a época de Alexandre. 0 livro de Daniel, 
por exemplo, costuma ser datado do século II 
a.C., com base no fato de que Daniel 3 inclui 
umas poucas palavras gregas (e.g., sumponia, 
análoga ao grego sumphonia, talvez se 
referindo a um instrumento de sopro). Entre­
tanto, os músicos gregos eram famosos no 
mundo antigo muito antes de Alexandre, e 
não há dúvida de que algumas terminologias 
musicais gregas foram adotadas por outras 
culturas.1
Um caso interessante é Joel 3.6, em que 
o profeta critica os filisteus e fenídos por te­
rem levado os israelitas como escravos e por 
tê-los vendido aos gregos, afastando assim 
os judeus para muito longe de sua pátria. 
Alguns tomam esse fato como indicação de 
que o livro de Joel é pós-exílico, mas não 
é necessariamente o caso. Os gregos eram 
famosos como navegadores, e sem dúvida 
os israelitas pré-exílicos tiveram algum con­
tato com eles. É significativo no texto de Joel, 
porém, que a Grécia é vista como um lugar 
distante de Israel. Nos tempos pré-exílicos, 
poucos israelitas se aventuravam por lá, e a 
maioria jamais tinha visto um grego. Assim, 
a Grécia era para eles um lugar remoto e amplo. 
Entretanto, durante o período pós-exílico, 
justamente após a época de Alexandre, o 
contato com os gregos era freqüente, e
o idioma grego era falado por muita gente. 
As viagens para a Grécia também eram co­
muns nessa época.
A percepção dos gregos como um povo 
remoto, no versículo 6, sugere, portan­
to, uma data pré-exílica para o livro. Além 
disso, no século VII a.C., a Grécia estava 
em grande expansão econômica e precisa­
va muito de escravos.2 Esse fato também se 
ajusta ao que vemos em Joel 3, se o livro for 
datado do século VII a.C.3
'Ver "Quando foi escrito o livro de Daniel?", em Dn 1. !Ver "Grécia: das cidades-Estado independentes até Alexandre, o Grande", em At 20. 3Ver 'A data do livro de 
Joel", em JI1.
1 4 4 2 J O E L 3.4
4 “0 que vocês têm contra mim, Tiro, Sidom,a e todas as regiões da Filístia? Vocês estão me retri­
buindo algo que eu fiz a vocês? Se estão querendo vingar-se de mim, ágil e veloz me vingarei do que 
vocês têm feito.b 5 Pois roubaram a minha prata e o meu ouro e levaram para os seus templosc os meus 
tesouros mais valiosos.6 Vocês venderam o povo de Judá e o de Jerusalém aos gregos, mandando-os 
para longe da sua terra natal.
7 “Vou tirá-los dos lugares para onde os venderam'1 e sobre vocês farei recair o que fizeram:
8 venderei os filhose e asfilhas de vocês ao povo de Judá,f e eles os venderão à distante nação dos 
sabeus”. Assim disse o Sen h or.
9 Proclamem isto entre as nações:
Preparem-se para a guerra!9 
Despertem os guerreiros!11 
Todos os homens de guerra 
aproximem-se e ataquem.
10 Forjem os seus arados,
fazendo deles espadas; 
e de suas foices' façam lanças.
Diga o fraco:i “Sou um guerreiro!”
11 Venham depressa,
vocês, nações vizinhas, 
e reúnam-sek ali.
Faze descer os teus guerreiros,1 
ó S en hor!
3 .4 < M t1 U -
»ls 34 .8
3.7 dls 43.5 £ 
Jr 23.8 
3.8'ls 60.-4 
Is 14.2
3.10'te 2.4- 
Mq4.3 I:
3 .1 1 ÍZ X i
S f3 .8 ; ( s : :
12 “Despertem, nações;
avancem para o vale de Josafá, 
pois ali me assentarei
para julgar"1 todas as nações vizinhas.
13 Lancem a foice,
pois a colheita" está madura.
Venham, pisem com força as uvas, 
pois o lagar0 está cheio 
e os tonéis transbordam, 
tão grande é a maldade dessas nações!”
14 Multidões, multidões
no vale da Decisão!
Pois o dia do SenhorP está próximo, 
no vale da Decisão.
15 O sol e a lua escurecerão,
e as estrelas já não brilharão.
16 O Senhor rugirá de Sião,
e de Jerusalém'! levantará a sua voz; 
a terra e o céu tremerão.r 
Mas o S en h o r será um refugio 
para o seu povo, 
uma fortalezas para Israel.
3 .1 3 "0 s€ '- 
Mt 13.39 
Ap 14.15--; 
”Ap 14.20
3.14PIS34I-:
JI1.15
3.16iAm ’ 1
í z 38.19; 
sJr 16.19
3.4-6 Tiro e Filístia (sobre a Filístia, ver “Arqueologia da Filístia”, em Jz 
13; ver também nota em Ez 25.15-17) eram inimigos de longa data de 
Israel, mas Deus os castigaria, permitindo que Sidom (ver “Sidom”, em 
Zc 9) fosse destruída e que muitos de seus habitantes fossem escravizados 
por Artaxerxes III, por volta de 345 a.C., e que Tiro fosse capturada 
pelos gregos sob a liderança de Alexandre, o Grande, em 332 a.C. Arta­
xerxes III vendeu o sidônios como escravos em 345 a.C. (ver “A queda 
de Tiro”, em Ez 26).
3 .6 Javá (gr. Iõn ia) tornou-se o nome pelo qual os hebreus se referiam à 
Grécia. Os jônios praticavam amplo comércio no Oriente Médio. Con­
sequentemente, o povo da Grécia foi chamado Javá. Os gregos comer­
ciavam com os fenícios já em 800 a.C. (ver “Fenícia”, em lR s 5, e “Os 
gregos e o Antigo Testamento”, em J1 3), e os fenícios vendiam os cativos 
de Judá para os gregos. Os judeus se tornaram os agentes da vingança de
Deus contra a Grécia (ver Zc 9.13, notando o contraste entre os “Seu» 
de Sião” e os “filhos da Grécia”). Alguns críticos alegavam que os het rr_i 
dos dias pré-exílicos não conheciam os jônios, porém algumas desa: :rr 
tas demonstraram que, nos dias de Salomão (séc. X a.C.), os hdr *r_ 
praticavam um comércio regular com eles.
3 .8 Os sabeus eram provavelmente de Sabá, no sul da Aráb:- 
“Sabá”, em lRs 10).
3 .10 A foice, ferramenta agrícola usada no cultivo da videira, era a f c c i : 
tinha uma extremidade cortante, para podar (ver Is 2.4; Mq 4.3).
3.11 “Ali” é o vale de Josafá (cf. v. 2,12; ver nota no v. 2).
3 .14 O vale da Decisão é o vale de Josafá (“julgamento”) dos versir_.
2 e 12 (ver nota no v. 2).
3 .1 6 Para mais informações sobre Sião, ver “Zafom, Olimpo, Si^a. t 
Sião: o monte de Deus”, em SI 48.
J O E L 3 . 2 1 1 4 4 3
3.17UI 2.27; 
"Is 4.3
3.18 'Ê x3 .8 ; 
"Is 30.25; 35.6; 
*Ap 22.1,2; 
(E z47.1 ;A m 9 .13
3 .1 9 z0b 10
3.20 aAm 9.15
3.21 bEz 36.25
Bênçãos para o Povo de Deus
17 “E ntão vocês saberãoque eu sou o S en h o r, o seu Deus,*
que habito em Sião,u o m eu santo m onte.
Jerusalém será santa;
e estrangeiros jam ais a conquistarão.
18 “N aquele dia, os m ontes gotejarão vinho novo;
das colinas m anará leite;v
todos os ribeiros de Judáterão água corrente ."
U m a fonte fluirá do tem plo do Senhor* 
e regará o vale das Acácias.^
19 M as o Egito ficará desolado,
Edom será um deserto arrasado, 
p o r causa da violência2 
feita ao povo de Judá, 
em cuja te rra derram aram 
sangue inocente.
20 Judá será habitada p ara sem pre3
e Jerusalém po r todas as gerações.
21 Sua culpa de sangue,
ainda não perdoada, 
eu a perdoarei.”b
O Senh or habita em Sião!
3.18 A acácia é uma das poucas árvores que florescem em terra seca, 3 .19 Como antigos inimigos de Israel, o Egito e Edom provavelmente 
por isso a ideia aqui é de um deserto bem irrigado. representavam todas as nações hosds ao povo de Deus (ver “Edom”, em
Ob).

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