Buscar

50 Bíblia de estudo arqueológica NVI Filipenses 9

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

N O V A V E R S Ã O I N T E R N A C I O N A L
A T R A V É S D A V I D A E D O S 
T E M P O S B Í B L I C O S
0 autor identifica-se como Paulo, e há pouca discordância quanto a essa autoria. Entretanto, alguns intérpretes consideram Filipenses um 
compósito de várias cartas de Paulo à igreja em Filipos. Policarpo, bispo de Esmirna, menciona em uma carta aos filipenses que Paulo 
tinha enviado “cartas” a essa igreja. Filipenses de fato parece um tanto desarticulada— a mudança de tom em 3.2 parece particularmente 
abrupta, e isso levou alguns estudiosos a pensar que o atual livro contém partes de várias cartas. Entretanto, o mais provável é que Fili­
penses seja uma de várias cartas que Paulo escreveu aos cristãos de Filipos, não uma aglutinação de várias cartas.
Entre os possíveis locais e data dessa carta, estão Roma (ca. 60-63), Éfeso (ca. 54-57), Corinto (ca. 50) e Cesareia (ca. 58-60). 
Paulo estava preso na época ou perto de um pretório (1.13). Não há dúvidas de que ele sofreu múltiplos períodos de confinamento (2Co
11.23).
D E S T I N A T Á R I O
Paulo escreveu esta carta para os cristãos de Filipos (ver “Filipos”, em Fp 1). A cidade estava situada na região de passagem entre a Europa 
e a Ásia e era uma espécie de miniatura de Roma, com grande número de cidadãos romanos.
F A T O S C U L T U R A I S E D E S T A Q U E S
Os filipenses eram orgulhosos de sua herança romana (ver At 16.21). Eles se vestiam como romanos (ver “Vestuário e moda no mundo 
greco-romano”, em Tg 3) e também falavam latim. Muitos filipenses eram militares aposentados que haviam recebido terras nas adjacên­
cias, em troca de garantir a presença militar ali.
Não parece haver uma preocupação prioritária por trás da epístola. Para a maioria dos estudiosos, trata-se de uma simples comu­
nicação pastoral entre Paulo e uma igreja que lhe era especialmente querida.
L I N H A DO T E M P O
V id a d e J e s u s (ca . 6 /5 a .C .-3 0 d .C .)
C o n v e rs ã o d e P a u lo (ca . 3 5 d .C .)
V ia g e n s m is s io n á r ia s d e P a u lo (ca . 4 6 - 6 7 d .C .) 
C o n c ilio d e J e ru s a lé m (ca . 5 0 -5 1 d.C .)
R e in a d o d e N e ro (ca . 5 4 - 6 8 d .C .)
P r im e ira p r is ã o d e P a u lo e m R o m a (ca . 5 9 - 6 2 d.C .) 
R e d a ç ã o d a c a r ta a o s F ilip e n s e s (ca . 6 0 - 6 2 d .C .) 
P r is ã o e m o r te d e P a u lo e m R o m a (ca . 6 7 - 6 8 d .C .) 
D e s tru iç ã o d o te m p lo d e J e ru s a lé m (ca . 7 0 d .C .)
E N Q U A N T O V O C Ê LÊ
Atente para a repetição dos termos “alegria” e “alegrem-se” em toda a carta. Observe a habilidade de Paulo para encontrar alegria e con­
tentamento em qualquer circunstância. Procure pistas para a fonte dessa alegria. Observe que Pauio apresenta Cristo como modelo para 
os cristãos seguirem e inclui um belo salmo de louvor a Jesus (2.5-11).
I N T R O D U Ç Ã O A F I L I P E N S E S
V O C Ê S A B I A ?
• Filipos era uma cidade rica por causa das minas de ouro e prata que existiam nas imediações (1.1).
• “Toda a guarda do palácio” era um contingente de soldados em número de milhares, e muitos deles podem ter tido contato pessoal com 
Paulo ou podem ter sido nomeados individualmente para vigiá-lo durante o período de sua prisão (1.13).
• 0 vencedor das corridas gregas recebia uma coroa de folhas e, às vezes, um prêmio em dinheiro (3.14).
• “Os que estão no palácio de César" não eram parentes do imperador, mas pessoas (escravos ou libertos) com funções no recinto do 
palácio (4.22).
T E M A S
A carta aos Filipenses contém os seguintes temas:
1. Alegria. Paulo foi modelo de alegria no sofrimento e orientou os filipenses que enfrentavam perseguição (1.27-30; 2.14-16). Sua alegria 
provinha da união que ele tinha com Cristo (3.8; 4.12,13) e com outros cristãos (1.4,5) e da promessa de ressurreição (3.10,11,20,21).
2. Humildade. Os crentes devem imitar a Cristo, que foi modelo de humildade (2.3,4) ao esvaziar-se a fim de obedecer a Deus e servir a 
humanidade, a ponto de morrer na cruz (2.8). Timóteo e Epafrodito exemplificam a atitude abnegada que Paulo deseja ver imitada pela 
comunidade (2.19-30). Em contraste, Evódia e Síntique vivem em desacordo uma com a outra (4.2,3).
3. Gratidão. Paulo elogia Epafrodito por arriscar a vida a serviço do apóstolo. Também reconhece e agradece os filipenses por seu 
companheirismo e pelo sustento missionário enviado a ele. Paulo os havia servido com grande sacrifício (2.17), e eles corresponderam da 
mesma forma. Ele os elogia por sua maturidade cristã, afirma que eles receberam benefícios espirituais por se haverem doado e garante 
que Deus os recompensará.
S U M Á R I O
I. Saudação, ação de graças e oração (1.1-11)
II. As circunstâncias da vida de Paulo (1.12-26)
III. Exortações (1.27— 2.18)
A. Viver uma vida digna do evangelho (1.27-30)
B. Ser imitador de Cristo nas atitudes e ações (2.1-18)
IV. Mensageiros do evangelho (2.19-30)
A. Timóteo (2.19-24)
B. Epafrodito (2.25-30)
V. Advertências contra os legalistas e libertinos (3.1— 4.1)
A. 0 testemunho de Paulo contra os legalistas (3.1-16)
B. O testemunho de Paulo contra os libertinos (3.17— 4.1)
VI. Exortações finais, agradecimentos e conclusão (4.2-23)
F I L I P E N S E S 1 . 1 1 1 9
1.1 «Al 16.1; 
2Co 1.1; bAt 9.13;
cAt 16.12; 
d1Tm 3.1; 
e1Tm3.8
1.2 fRm 1.7
1.3 flRm 1.8 
1.4 fRm 1.10 
1.5 iAt 2.42;
Fp 4.15; 
iAt 16.12-40 
1.6 kv. 10; 1Co1.8
1.7 '2Pe 1.13;
m2Co 7.3; 
"v. 13,14,17; 
At 21.33; °v. 16 
1.8 pRm1.9
1.9 i1Ts 3.12 
1.10 >v. 6; 1 Co 1.8 
1.11 «Tg 3.18
1
Paulo e Timóteo,3 servos0 de Cristo Jesus,
a todos os santosb em Cristo Jesus que estão em Filipos,c com os bisposM e diáconos:e
2 A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.f
Ação de Graças e Oração
3 Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês.04 Em todas as minhas orações em favor 
de vocês, sempre oroh com alegria 5 por causa da cooperação' que vocês têm dado ao evangelho desde 
o primeiro diai até agora. 6 Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai 
completá-la até o dia de Cristo Jesus.k
7 É justo1 que eu assim me sinta a respeito de todos vocês, uma vez que os tenho em meu coração,"1 
pois, quer nas correntes" que me prendem, quer defendendo0 e confirmando o evangelho, todos vocês 
participam comigo da graça de Deus.8 Deus é minha testemunha? de como tenho saudade de todos 
vocês, com a profunda afeição de Cristo Jesus.
9 Esta é a minha oração: Que o amor de vocês'! aumente cada vez mais em conhecimento e em 
toda a percepção,10 para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia 
de Cristo,r 11 cheios do fruto da justiça,s fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor 
de Deus.
0 1.1 Isto é, escravos.
b 1.1 Grego: epíscopos. Palavra que descreve a pessoa que exerce função pastoral.
1.1,2 Assim como em todas as suas cartas, Paulo segue a forma epistolar 
convencional de sua época (veja “As cartas no mundo greco-romano”, 
em 2Co 3).
1.1 Para mais informações sobre Timóteo, ver nota em At 16.1. Ele 
é identificado como companheiro de Paulo, mas não como o coautor 
da carta.
Filipos era uma cidade rica por causa das minas de ouro e prata que 
existiam nas imediações. Hoje em dia, a cidade grega de Kavala está loca­
lizada a 14,5 quilômetros de suas ruínas (ver “Filipos”, em Fp 1).
Sobre os “presbíteros”, ver nota em lT m 3.1-7; sobre os “diáconos”, ver 
nota em lT m 3.8-13.
S Í T I O S A R Q J J E O L Ó G I C O S
F I LI POS
FILIPENSES 1 A cidade de Filipos (mapa 
13), na época de Paulo, gabava-se de uma 
história notadamente interessante:
• f Em 359 a.C., o orador Calístrato e alguns 
colonos gregos da ilha de Tasso fundaram 
uma colônia chamada Crenides, no norte da 
Grécia, perto da Macedôniaé da Trácia.• f Em 356 a.C., Filipe II da Macedônia apo- 
derou-se das minas de ouro que ficavam nas 
proximidades, fortificou a cidade, drenou os 
pântanos vizinhos, construiu um teatro, au­
mentou o tamanho da cidade e renomeou-a 
com seu nome.
•5* Alexandre, o Grande (filho de Filipe II), 
usou Filipos como base militar para suas 
conquistas.
*!• No século II a.C., a Macedônia foi captu­
rada pelos romanos, e Filipos tornou-se um 
posto avançado romano.
❖ Em 42 a.C., na guerra civil que se deu 
após o assassinato de Júlio César, Otaviano
(Augusto)1 e Marco Antônio derrotaram os 
exércitos de Cássio e Brutus numa grande 
batalha perto de Filipos.
• f Otaviano, também vitorioso na guerra 
subsequente contra Marco Antônio e Cleó- 
patra, renomeou a cidade, chamando-a de 
Colônia Júlia Augusta Filipense e assentou 
muitos veteranos de guerra romanos ali.
+ 0 trabalho missionário de Paulo na 
Europa começou em Filipos, e foi ali que o 
primeiro batismo da Europa aconteceu (At 
16.9-33)2
Localizada sobre a via Inaciana, Filipos 
estava entre a Ásia e a Europa e era, portanto, 
uma excelente base para Lídia, comerciante 
de tecido de púrpura (At 16.14,15), uma vez 
que podia adquirir a mercadoria do Oriente e 
vendê-la aos romanos e gregos no Ocidente.3 
Atos 16.12 dá a entender que Filipos era o 
centro administrativo do distrito da Mace­
dônia, mas o texto grego desse versículo é
incerto e pode, na verdade, significar que 
Filipos era "uma cidade do primeiro distrito 
da Macedônia". Evidências extraídas de Plí­
nio, o Velho (História natural, 4.38), indicam 
que a cidade mais importante da região era 
Anfípolis. Um teatro que estava em atividade 
na época de Paulo pode ainda ser encontra­
do em Filipos, e uma cripta de pedra perto do 
fórum é tradicionalmente identificada como 
o cárcere de Paulo (At 16.23), embora essa 
tradição não ter sido comprovada.
A cidade de Filipos da época de Paulo era 
essencialmente uma cidade romana na Gré­
cia. Seus cidadãos desfrutavam os mesmos 
direitos que os da Itália, e o latim tornou- 
-se a língua comum da cidade. A presença 
romana massiva em Filipos pode explicar a 
saudação da "casa de César", em Filipenses 
4.22. Ademais, Paulo lembra seus leitores 
cristãos de que a cidadania deles está no céu 
(Fp 3.20).
'V e r "C ésar A u g u s to , im p e ra d o r d e R om a; o censo ; Q u ir in o , g o v e rn a d o r d a S íria ", e m Lc 1. 
m e rc a n t ilis m o n o Im p é r io R o m a n o ", e m A p 18 .
2V e r "V ia g e n s m iss io n á r ia s de P a u lo " , e m A t 14. sV e r “ C o m é rc io e
1 9 2 8 F I L I P E N S E S 1 . 1 2
Os Sofrimentos de Paulo Contribuem para a Expansão do Evangelho
12 Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o pro­
gresso do evangelho.13 Como resultado, tornou-se evidente a toda a guarda do palácio* e a todos os 
demais que estou na prisão1 por causa de Cristo.14 E os irmãos, em sua maioria, motivados no Senhor 
pela minha prisão,u estão anunciando a palavra^ com maior determinação e destemor.
15 É verdade que alguns pregam Cristo por inveja e rivalidade, mas outros o fazem de boa vontade.
16 Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para a defesa do evangelho.v 17 Aqueles 
pregam Cristo por ambição egoísta,w sem sinceridade, pensando que me podem causar sofrimento 
enquanto estou preso.cx 18 Mas que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos 
falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro.
De fato, continuarei a alegrar-me,19 pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação ,^ 
graças às oraçõesv de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo.2 20 Aguardo ansiosamente3 e espero 
que em nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre,b também agora 
Cristo será engrandecido em meu corpo,c quer pela vida, quer pela morte;d 21 porque para mim o viver 
é Cristoe e o morrer é lucro.22 Caso continue vivendo no corpoe, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o 
que escolher!23 Estou pressionado dos dois lados: desejo partirf e estar com Cristo,9 o que é muito melhor;
24 contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo.25 Convencido disso, sei 
que vou permanecer e continuar com todos vocês, para o seu progresso e alegria na fé,26 a fim de que, 
pela minha presença, outra vez a exultação de vocês em Cristo Jesus transborde por minha causa.
27 Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira dignah do evangelho de Cristo, 
para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu 
sabendo que vocês permanecem firmes' num só espírito, lutandoi unânimes pela fé evangélica,28 sem 
de forma alguma deixar-se intimidar por aqueles que se opõem a vocês. Para eles isso é sinal de 
destruição, mas para vocês, de salvação, e isso da parte de Deus;29 pois a vocês foi dadok o privilégio 
de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer1 por ele,30 já que estão passando pelo mesmo 
combatem que me viramn enfrentar e agora ouvem0 que ainda enfrento.
A Humildade Cristã
2 Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito,p alguma profunda afeição e compaixão,9 2 completem a minha alegria/ 
tendo o mesmo modo de pensar,s o mesmo amor, um só{ espírito e uma só atitude.3 Nada façam 
por ambição egoísta ou por vaidade,u mas humildemente considerem os outros superiores a vocês 
mesmos.v 4 Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. 
5 Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,w
6 que, embora sendo Deus/,x
não considerou que o ser igual a DeusV era algo a que devia apegar-se;
7 mas esvaziou-se a si mesmo,
vindo a ser servos,2 
tornando-se semelhante3 aos homens.
8 E, sendo encontrado em forma/l humana,
humilhou-se a si mesmo
a 1 .13 Ou a todo o palácio. Isto é, o Pretório, residência oficial do governador romano. 
b 1 .14 Alguns manuscritos dizem a palavra de Deus.
c 1 .1 6 ,1 7 Alguns manuscritos apresentam os versículos 16 e 17 em ordem inversa. 
d 1 .19 Ou salvação.
e 1 .22 Grego: na carne; também no versículo 24. 
f 2 .6 Ou existindo na forma de Deus.
9 2 .7 Ou assumindo a forma de escravo. 
h 2 .8 Ou figura.
1.13 ty. 7 ,1 4 ,1 7
1.14 «v. 7 ,1 3 ,1 7
1.16 »v. 7 ,12 
1-17 «Fp 2.3; 
*v. 7 ,13 ,14
1.19v2Co 1.11; 
zAt 16 .7 
1.20 aRm 8.19; 
ty . 14; C1 Co 6.20 ; 
dRm 14.8 
1.2leGI 2 .20
1 2 3 t2 T m 4 .6 ; 
9 jo 1 2 .26 ; 2C o 5.8
1.271© 4 .1;
'1Co 16 .13 ; JJd 3
1.29 W tt 5.11 ,12 ; 
'At 14 .22
1.30 mCI 2.1;
1Ts 2 .2 ; nAt 16 .19 - 
4 0 ; °v. 13
2.1 P2C013.14;
C l 3 .12
2.2 rJo 3.29;
sFp 4 .2 ; «Rm 12.16
2 .3 UGI 5.26; 
vRm 12.10; 
1 P e 5 .5
2 .5 * M t 1 1.29
2 .6 *J o 1 .1 ; 
yJo 5 .18
2 .7 zM t 20 .28 ;
Mo 1.14 ; Hb 2 .17
2.8 bM t 26 .39 ; 
Jo 10 .18 ; Hb 5 .8
1.12 Sobre os “irmãos”, ver nota em Rm 1.13.
É evidente que Paulo escreveu essa carta da prisão (ver “Prisão no mundo 
romano: na prisão versus prisão domiciliar”, em At 26). Alguns argumen­
tam que essa prisão aconteceu em Efeso, talvez por volta de 54-57 d.C. 
Outros a situam em Cesareia, por volta de 58-60. A melhor evidência, 
no entanto, favorece Roma como o lugar de origem e a data de 60-63 
(ver a Introdução).
1.13 Praetorium, às vezes pronunciado Pretorium, era a palavra latina 
para o termo grego praitôrion, que entre os romanos podia fazer refe­
rência a várias coisas. Originariamente, identificava a tenda do general 
num acampamento militar, embora também se referisse aos quartéis da 
cidade de Roma ou das capitais provincianas. A palavra também deno­
tava o grupamento do exército ou mesmo a reunião de um conselho de 
planejamento. Nos Evangelhos (M t 27.27; M c 15.16; Jo 18.28,33),
o termo designa o palácio temporário ouquartel (“sala de julgamento”) 
do governador ou do procurador enquanto ele estava em Jerusalém, que 
podia ser tanto o Palácio Superior ae Herodes, perto da porta de Jafa,
âuanto a fortaleza Antônia, localizada ao lado do templo. Essa foi a cena o julgamento de Jesus diante de Pôncio Pilatos. Sem dúvida, a contro­
vertida referência nesse versículo (cf. “palácio de César”, Fp 4.22) indica 
os quartéis da guarda pessoal do imperador, que poderiam ser tanto os de 
Roma quanto os de qualquer uma das capitais provincianas.
1.15,16 Ver nota em 2Tm 1.15.
2.6-11 Muitos consideram esses versículos um hino da igreja primitiva 
(ver “Hinódia cristã primitiva”, em T g 5), talvez modificado por Paulo.
2.8 A crucificação era o tipo mais humilhante de execução a que alguém 
podia ser submetido na época (ver ”A crucificação”, em Jo 19).
F I L I P E N S E S 3.6 1 9 2 9
2 .9 «At 2.33;
Hb 2.9; dEf 1.20,21
2 .1 0 *R m 14.11 ; 
W 2 8 .1 8
2.12 rçC o 7 .1 5 
2.13'Ed 1.5
2.1411 Co 10 .10 ;
1 P e 4 .9 
2.15 hM t 5 .45 ,48 ; 
Ef 5 . 1 ; 'A t 2 .4 0
2.16 ” 1Ts 2 .1 9
2.17 "2T m 4 .6 ; 
•R m 1 5 .1 6
2 .1 9 pv. 23
2 .2 0 <1 Co 1 6 .10
2 . 2 1 1 Co 10 .24 ;
13 .5
2 .2 2 *1 Co 4 .17 ; 
1Tm 1 .2 
2 .2 3 iv. 19
2 .2 4 "Fp 1 .25
2 .2 5 *Fp 4 .3; 
” F m 2 ;> F p 4 .1 8
2 .2 6 »Fp 1 .8
2 .2 9 '1 Co 16 .18 ;
1 T m 5 .1 7
2 . 3 0 a1 C o 1 6 .1 7
3 .2 bSI 2 2 .1 6 ,2 0
3.3 U m 2.28 ,29 ; 
Gl 6 .15 ; Cl 2.11
3 5 «Lc 1.59; 
«2Co 11.22; 
U m 1 1 .1 ; 9At 2 3 .6
3.6 "A t 8.3; 
'R m 1 0 .5
e foi obediente até a morte,b 
e morte de cruz!
9 Por isso Deus 0 exaltou0 à mais alta posição
e lhe deu o nome que está acima de todo nome,d
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,e
nos céus, na terra e debaixo da terra,1
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor,8
para a glória de Deus Pai.
Brilhando como Estrelas
12 Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas na minha presença, porém 
muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor,h 13 pois 
é Deus quem efetua em vocês' tanto o querer quanto 0 realizar, de acordo com a boa vontade dele.
14 Façam tudo sem queixasi nem discussões,15 para que venham a tornar-se puros e irrepreen­
síveis, filhos de Deusk inculpáveis no meio de uma geração corrompida1 e depravada, na qual vocês 
brilham como estrelas no universo,16 retendo firmemente a palavra0 da vida. Assim, no dia de Cristo, 
eu me orgulharei de não ter corrido nem me esforçado inutilmente.m 17 Contudo, mesmo que eu esteja 
sendo derramado como oferta de bebidatn sobre 0 serviço que provém da fé que vocês têm, 0 sacrifício0 
que oferecem a Deus, estou alegre e me regozijo com todos vocês.18 Estejam vocês também alegres, 
e regozijem-se comigo.
Timóteo e Epafrodito
19 Espero no Senhor Jesus enviar Timóteo brevemente,P para que eu também me sinta animado 
quando receber notícias de vocês.20 Não tenho ninguém que, como ele,'1 tenha interesse sincero pelo 
bem-estar de vocês,21 pois todos buscam os seus próprios interessesr e não os de Jesus Cristo.22 Mas 
vocês sabem que Timóteo foi aprovado porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho 
ao lado de seu pai.s 23 Portanto, é ele quem espero enviar, tão logo me certifique da minha situação,1 
24 confiando11 no Senhor que em breve também poderei ir.
25 Contudo, penso que será necessário enviar de volta a vocês Epafrodito, meu irmão, coopera- 
dorv e companheiro de lutas,™ mensageiro que vocês enviaram para atender às minhas necessidades.* 
26 Pois ele tem saudade de todos vocêsv e está angustiado porque ficaram sabendo que ele esteve doen­
te. 27 De fato, ficou doente e quase morreu. Mas Deus teve misericórdia dele, e não somente dele, mas 
também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.28 Por isso, logo o enviarei, para que, 
quando 0 virem novamente, fiquem alegres e eu tenha menos tristeza.29 E peço que vocês o recebam 
no Senhor com grande alegria e honrem homens como este,z 30 porque ele quase morreu por amor à 
causa de Cristo, arriscando a vida para suprir a ajuda que vocês não me podiam dar.a
Plena Confiança em Cristo
3 Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês.
2 Cuidado com os “cães”,b cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa drcuncisãoc!
3 Pois nós é que somos a circuncisão,0 nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo 
Jesus e não temos confiança alguma na carne,4 embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança.
Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: 5 circuncidadod no oitavo 
dia de vida, pertencente ao povo de Israel,e à tribo de Benjamim,f verdadeiro hebreu; quanto à Lei, 
fariseu;96 quanto ao zelo, perseguidor da igreja;h quanto à justiça' que há na Lei, irrepreensível.
0 2 .1 6 Ou firmando-se na palavra, 
b 2 .1 7 Veja Nm 28.7.
< 3 .2 Grego: mutilação.
2.16 Sobre a “corrida”, ver nota em IC o 9.24-27.
2.17 A “oferta de bebida” era o vinho derramado como sacrifício ao 
Senhor. A referência pode ser ao ministério inteiro de Paulo ou a um 
único sacrifício de ação de graças. No entanto, é mais provável que Paulo 
se refira ao seu encarceramento, que pode culminar no martírio. Sua 
vida, então, estaria sendo derramada como libação, acompanhando o 
serviço sacrifical dos filipenses (ver nota em 2Tm 4.6).
2.19-23 Paulo planeja enviar Timóteo (ver nota em At 16.1), que está 
com ele em Roma, para verificar a situação da igreja de Filipos e fazer 
um relatório.
3 .2 “Cães” é uma palavra dura contra os adversários de Paulo. O ensi­
namento deles era provavelmente similar ao dos judaizantes (ver nota 
em Gl 1.7). Eles distorciam de tal maneira o significado da circuncisão 
(ver “Circuncisão no mundo antigo”, em Rm 3) que a prática passou a 
representar nada mais que incisões inúteis no corpo (uma mutilação). 
3 .5 Paulo nasceu judeu e não era prosélito (ver “Os prosélitos no judaís­
mo do Segundo Templo”, em At 6). Suas raízes judaicas eram profundas 
e acima de qualquer suspeita: na língua, nas atitudes e no estilo de vida, 
ele era um hebreu. Ele também foi fariseu (ver nota em M t 3 .7 ; 
ver também “Os fariseus”, em M t 5).
1 9 3 0 F I L I P E N S E S 3 . 7
7 Mas o que para mim era lucro passei a considerar como perda,i por causa de Cristo.8 Mais do que 
isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimentok de Cristo 
Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar 
Cristo 9 e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei,1 mas a que vem 
mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.m 10 Quero conhecer Cristo, 
o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos,n tornando-me como ele em sua 
morte0 11 para, de alguma forma, alcançar a ressurreição^ dentre os mortos.
Prosseguindo para o Alvo
12 Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado,<i mas prossigo para alcançá- 
-lo,r pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.s 13 Irmãos, não penso que eu mesmo já o 
tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás* e avançando 
para as que estão adiante, 14prossigou para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamadov celestial de 
Deus em Cristo Jesus.
15 Todos nós que alcançamos a maturidade™ devemos ver as coisas dessa forma,x e, se em algum 
aspecto, vocês pensam de modo diferente, isso também Deus esclarecerá.16 Tão somente vivamos de 
acordo com o que já alcançamos.
17 Irmãos, sigam unidos o meu exemplo* e observem os que vivem de acordo com o padrão que 
apresentamos a vocês.18 Pois, como já disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas,2há muitos 
que vivem como inimigos da cruz de Cristo.3 19 O destino deles é a perdição, o seu deus é o estômago,b 
e eles têm orgulho do que é vergonhoso;0 só pensam nas coisas terrenas.d 20 A nossa cidadania,e porém,
3 .7 JMt 13 .44 ; 
Lc 14 .33
3 .8 í f 4.13 ; 
2Pe 1 .2
3.9 !Rm 10.5; 
'"R rn 9 .30
3.10 nRm 8 .17 ; 
°Rm 6 .3 -5
3.11 PAp 20 .5 ,6
3.12 Q1 Co 13 .10 ; 
r1 T m 6 .1 2 ;
3A t 9 .5 ,6 
3.131c 9.62
3 .1 4 “ Hb 6.1; 
vR m 8 .28
3.15 W1 Co 2 .6; 
XGI 5 .1 0
3.17 v1 Co 4.16 ; 
1P e 5 .3
3.18 zA t 20 .31 ; 
«G I6.12
3.19 bRm 16.18 ; 
<flm6.21;
<»Rm 8 .5 ,6
3.20 eEf 2.19 ;
«Cl 3 .1; m Co 1 .7
3 .12-14 Ver as informações sobre os Jogos ístmicos na nota de lC o 
9.24-27.
3 .14 O vencedor das corridas gregas recebia uma coroa de folhas e, às 
vezes, um prêmio em dinheiro (ver nota em lC o 9.24-27).
■I*
N O T A S H I S T Ó R I C A S E C U L T U R A I S
Cidadania romana
FILIPENSES 3 Paulo era bem consciente de 
sua dupla cidadania. Em Filipenses 3.20, ele 
afirma que "a nossa cidadania [...] está nos 
céus" e deixa claro para os filipenses que essa 
condição, não a linhagem judaica, á que im­
portava para Deus. No entanto, Paulo tam­
bém se reconhecia como cidadão romano e, 
em Atos 22.25-29, ele reclama os direitos 
de cidadão. (Mais tarde, Paulo se considera 
cidadão de Tarso [At 21.39] e também, é 
claro, um judeu leal.) Mas o que significava, 
precisamente, ser um cidadão romano do 
século I d.C.?
A cidadania romana trazia consigo im­
portantes privilégios, entre eles o direito de 
votar, a isenção de certas taxas1 e algumas 
proteções legais (embora Roma estendesse 
às vezes a cidadania sem direto a voto aos 
habitantes de certas cidades). Os antigos 
códigos legais não primavam, nem mesmo
na teoria, por tornar todos iguais perante 
a lei. Por exemplo, os cidadãos romanos 
não podiam ser torturados e, geralmente, não 
podiam ser executados sem um processo 
judicial, enquanto os não cidadãos, espe­
cialmente os escravos,2 eram sumariamente 
torturados pelas autoridades.
No curso de sua história, Roma foi esten­
dendo a cidadania cada vez mais. Durante a 
primeira expansão do poder de Roma (séc. 
Ill-I a.C.), as cidades italianas sob o domínio 
romano se agitaram, e, mais tarde, seus 
habitantes adquiriram a cobiçada cidadania. 
Pelos padrões da época, Roma foi bastante 
generosa nessas concessões. Os escravos 
libertos, por exemplo, automaticamente se 
tornavam cidadãos. Paulo alegou ser ci­
dadão por direito adquirido no nascimento 
(At 22.28), embora não saiba como seus pais 
adquiriram essa cidadania. Em 212 d.C., o
imperador Caracala, pela Constituição anto- 
nina, estendeu a cidadania a todos os pro­
vincianos nascidos de ventre livre, mas nessa 
época os direitos característicos da cidadania 
romana já haviam se desgastado tanto que o 
ato teve pouco significado.
Na época de Paulo, entretanto, a cidada­
nia romana era de importância vital. Mesmo 
assim, a noção da cidadania celestial de 
Paulo não provinha de analogias romanas. 0 
salmo 87 celebra o fato de que, por decreto 
divino, os povos do Egito, Babilônia e demais 
nações são considerados "nascidos" em Sião 
(SI 87.4). Embora o termo "cidadão" não 
seja utilizado ali, não passou despercebido 
para Paulo o fato de que esse antigo salmo já 
tratava os gentios como membros natos do 
reino celestial.
1 Ver "Impostos romanos", em Rm 11. 2Ver "Escravidão no mundo greco-romano", em Fm.
F I L I P E N S E S 4.1 1 9 3 1
ico1i5E43-53' est® nos c®us,f on<^ e esPeramos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.9 21 Pelo poderh
«3.4 que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos
humilhados,' tornando-os semelhantes ao seu corpo gloriosoJ 
Vco 1613 /I Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade,k vocês que são a minha alegria
^fce a minha coroa, permaneçam assim firmes1 no Senhor, ó amados!
3 .20 Paulo afirma que era cidadão romano por nascimento. Isso significa 
que seu pai ou algum ancestral adquiriu esse direito e o transmitiu ao 
filho. Paulo era orgulhoso de sua cidadania romana e, quando a situação 
exigia, valia-se desse direito.
Ao escrever aos filipenses, que eram membros de uma colônia romana 
e, portanto, também cidadãos romanos, Paulo enfatiza que os cristãos 
são cidadãos de uma comunidade celestial e devem viver de acordo com 
essa condição.
Nero, o perseguidor dos cristãos
FILIPENSES 4 Nero foi imperador por 
catorze anos, de 54 a 68 d.C. Seus pri­
meiros cinco anos foram considerados 
exemplares, provavelmente por causa 
dos bons conselheiros, como 0 renoma- 
do Sêneca. Nesse período inicial, Nero 
demonstrou mais respeito que seus 
predecessores pelo Senado e reverteu 
um pouco a crueldade e 0 abuso de po­
der cometidos pelos outros imperadores. 
Entretanto, passados os cinco anos, um 
dos leais conselheiros de Nero morreu, e 
0 outro se retirou para uma vida isolada.
Depois disso, 0 imperador afundou na 
imoralidade e no crime, a ponto de se 
envolver nos assassinatos da própria 
mãe e de um primo.
Em 64 d.C., boa parte de Roma foi p 
destruída pelo fogo. Muitos atribuíram
0 incêndio ao próprio Nero, pois logo se 
soube que ele pretendia construir seu 
novo palácio na área dos quarteirões 
queimados e planejava desapropriar 
aquelas residências. Para evitar acu­
sações, Nero transferiu a culpa para os 
cristãos. Tornou-se conhecido 0 fato de 
que ele queimou vivos muitos cristãos, 
usando-os como tochas humanas durante as 
corridas circenses.
Em 66, após a gestão de governadores 
cruéis, irrompeu uma rebelião na Judeia, e 
Nero enviou 0 general Vespasiano para supri­
mir os judeus. Enquanto isso, ele viajou para 
a Grécia a fim de competir nos festivais.
deixou a Judeia para assumir 0 trono 
em Roma. Tito, filho de Vespasiano, 
assumiu 0 controle do exército romano 
na Judeia e destruiu Jerusalém em 70 
d.C., conforme Jesus havia profetizado 
(Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).
A prisão de Paulo e 0 subsequente 
julgamento na Cesareia deve ter aconte­
cido por volta de 57 a 59. Assim, todas 
as referências a César em Atos 25— 28 
dizem respeito a Nero. Paulo foi trans­
ferido para Roma e passou pelo menos 
dois anos como prisioneiro durante 0 rei­
nado de Nero (At 28.30). Durante 0 pe­
ríodo das viagens missionárias de Paulo, 
0 cristianismo fez rápidos progressos em 
Roma. Na época em que 0 apóstolo che-
i gou ali, muitos já seguiam "0 Caminho"
| (At 9.2; 19.23; 22.4; 24.14,22), entre eles
muitos funcionários do palácio imperial. 
A carta aos Filipenses pode ter sido escri­
ta em Roma enquanto Paulo estava em 
prisão domiciliar.2 No final da carta, ele 
envia saudações dos santos, "especial­
mente os que estão no palácio de César" 
(Fp 4.22).
Apesar de Nero ter começado sua 
carreira com distinção e mérito, conquis­
tando até mesmo 0 amor e a gratidão dos 
plebeus por causa dos jogos e festivais que 
patrocinava, ele é lembrado mais por instigar 
os romanos a perseguir os cristãos. A política 
de perseguir os cristãos foi continuada pelas 
autoridades romanas até 0 século IV.3
Capacete de gladiador
Preserving Bible Times; © dr. James C. Martin; usado com permissão do
Sua viagem culminou em sua declaração de 
que a Grécia estava doravante livre do do­
mínio romano e dos impostos, ato que lhe 
rendeu a afeição permanente dos gregos.1 
No ano seguinte, Nero suicidou-se numa casa 
de campo, enquanto a rebelião se intensifi­
cava no Senado e na aristocracia. Na esteira 
da morte de Nero, Vespasiano, em 68 d.C.,
'Ver “Impostos romanos", em Rm 11. 2Ver "Prisão no mundo romano: na prisão m u s prisão domiciliar", em At 26. 3Ver "A expansão geográfica da Igreja sob 
perseguição", em At 8; e “Primeiras perseguições à Igreja”, em Ap 17.
1 9 3 2 F I L I P E N S E S 4.2Exortações
2 0 que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmoniam no Senhor.3 Sim, e peço 
a você, leal companheiro de jugo", que as ajude; pois lutaram ao meu lado na causa do evangelho, com 
Clemente e meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no livro da vida.
4 Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!n 5 Seja a amabilidade de vocês 
conhecida por todos. Perto está o Senhor.0 6 Não andem ansiosos por coisa alguma,P mas em tudo, 
pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.fl7 E a paz de Deus,r que 
excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.
8 Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo 
o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno 
de louvor, pensem nessas coisas. 9 Ponham em práticas tudo o que vocês aprenderam, receberam, 
ouviram e viram em mim. E o Deus da paz* estará com vocês.
4.2 " fp 2.2
4 .4 «Rm 12.12; 
Fp 3.1
4 .5 »Hb 10.37;
Tg 5.8,9
4 .6 P M t 6 .25 -34 : 
lE f 6 .18
4 .7 'Is 26 .3 ;
Jo 14 .27 ; Cl 3 .15
4 .9 >Fp 3.17; 
U m 15.33
Agradecimentos pelas Ofertas
10 Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por 
mim.u De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo.11 Não 
estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-mev a toda e qualquer circuns­
tância. 12 Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver conten­
te em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome,w tendo muito, ou passando 
necessidade.x 13 Tudo posso naquele que me fortaleceJ
14 Apesar disso, vocês fizeram bem em participar2 de minhas tribulações.15 Como vocês sabem, 
filipenses, nos seus primeiros dias3 no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja parti­
lhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês;b 16 pois, estando eu em Tessalônica,c vocês 
me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade.11 17 Não que eu esteja 
procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês.e 18 Recebi tudo, e o que tenho é 
mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafroditof os donativos que vocês 
enviaram. São uma oferta de aroma suave,0 um sacrifício aceitável e agradável a Deus.19 O meu Deus 
suprirá todas as necessidades de vocês,h de acordo com as suas gloriosas riquezas' em Cristo Jesus.
20 A nosso Deus e Pai) seja a glória para todo o sempre. Amém.k
Saudações Finais
21 Saúdem a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo1 enviam saudações. 
22 Todos os santosm enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de César.
23 A graça do Senhor Jesus Cristo11 seja com o espírito de vocês. Amém.b
‘ 4 .3 Ou lealSízigo.
b 4 .2 3 Alguns manuscritos não trazem Amem.
4 .1 0 u2Co 11 .9 
4 .11 v1T m 6 .6 ,8
4 .1 2 *1 Co 4.1* 
*2 C o 1 1 .9
4 .1 4 zFp 1.7
4 .1 5 ^Fp 1.5; 
»2Co 11 .8 ,9
4 .1 6 cA t 17.1: 
d1 T s 2 .9
4 .1 7 e1 Co 9 .1 1 .* ;
4 .1 8 fFp 2.25 ; 
92C0 2 .14
4 .1 9 hSI 23.1; 
2Co 9.8 ; 'Rm 2.4
4 .2 0 iGl 1.4; 
kRm 11.36
4 .21 iGl 1.2
4 .2 2 "-At 9 .13
4 .3 A palavra grega syzygos (“companheiro de jugo”) era comum entre os 
escritores gregos para se referir aos que eram unidos por laços comuns, 
como casamento, trabalho, e assim por diante. É encontrada somente 
aqui no N T, e seu significado não é claro. Alguns acreditam que Paulo 
esteja se referindo ao companheiro de trabalho, enquanto outros pensam 
que a palavra era o próprio nome do homem a quem ele se dirigia: Sízigo.
4.7 Esse versículo descreve uma sentinela militar em seu posto.
4 .8 Ver “Ética da linguagem”, em T g 3.
4.14,15 A igreja de Filipos, na antiga Macedônia, foi a primeira igreja 
implantada por Paulo na Europa e, assim, representa a primeira inserção 
significativa do evangelho naquele continente. Os acontecimentos que 
conduzem à sua implantação estão relatados em At 16.9-40. O apóstolo 
Paulo, acompanhado de seus colaboradores Silas, Timóteo e Lucas, esta­
va em sua segunda viagem missionária pela Ásia Menor. Proibidos pelo 
Espírito Santo de pregar na Ásia e na Bitínia, fizeram a rota de Trôade, o 
porto mais longínquo da Ásia no mar Egeu. Em Trôade, Paulo teve uma 
visão, em que o Senhor o instruiu a levar o evangelho para a Europa. Um
“Passe à Macedônia e ajude-nos.” (At 16.9). Paulo e seus companheir: 
imediatamente, responderam ao chamado divino e navegaram até o por­
to mais próximo — Neápolis de Filipos, assim chamado por Filipe S cí 
M acedônia, filho de Alexandre, o Grande.
Filipos foi colonizada pelos romanos depois de 30 a.C., mas a rida-*: 
ainda era mais grega que romana em termos culturais. Além disso, f o i ; 
primeiro posto da via Inaciana e o portão de entrada para o Ocidentr. 
Lucas descreve a cidade da seguinte forma: “Filipos, na Macedônia, [ .. . . : 
colônia romana e a principal cidade daquele distrito” (At 16.12).
4.15 A Macedônia era a parte ao norte da Grécia moderna, na qual esci 
vam situadas Bereia, Filipos e a capital, Tessalônica.
4.16 Ver “Tessalônica”, em lT s 1.
4.18 A “oferta de aroma suave” tem seu contexto no sacrifício do AT — 
não o sacrifício de expiação pelo pecado, mas a oferta de gratidão e c : 
louvor (ver nota em Rm 12.1; E f 5.2).
4.22 “Os que estão no palácio de César” não eram parentes do impen 
dor, mas pessoas (escravos ou libertos) com funções no recinto do palaz:

Continue navegando

Outros materiais