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Crimes Contra o Patrimônio Esquematizado - Lúcio Valente

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ESTUDO ESQUEMATIZADO DA PARTE ESPECIAL (CRIMES EM ESPÉCIE) 2014 
PROFESSOR LÚCIO VALENTE 
 
Visite nosso canal do Youtube (pesquisar: lúcio valente) 
Atualizações importantes: 
 SÚMULA n. 511 É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualif icado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor 
da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. 
 É típica a conduta denominada “roubo de uso” (STJ, REsp 1.323.275-GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/4/2014 (Informativo nº 539). 
 A conduta de destruir, inutilizar ou deteriorar o patrimônio do Distrito Federal não configura, por si só, o crime de dano qu alificado, subsumindo-se, em tese, à modalidade simples do delito (STJ, HC 
154.051-DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 4/12/2012 (Informativo nº 0515) 
 
 
CRIMES CONTRA O 
PATRIMÔNIO 
FORMAS DO CRIME ELEMENTO 
SUBJETIVO 
CONSUMAÇÃO INFORMAÇÕES DE PROVA OBSERVAÇÕES DO LÚCIO VALENTE DURANTE A 
AULA: 
 
 
 
 
 
 
 
FURTO 
(art. 155) 
Furto SIMPLES 
 Art. 155 - Subtrair, 
para si ou para outrem, 
coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de 
um a quatro anos, e 
multa. 
 AUMENTO DE 
PENA § 1º - A pena 
aumenta-se de um 
terço, se o crime é 
praticado durante o 
repouso noturno. 
 FURTO 
PRIVILEGIADO§ 2º - Se 
o criminoso é primário, 
e é de pequeno valor a 
coisa furtada, o juiz 
pode substituir a pena 
de reclusão pela de 
detenção, diminuí-la de 
um a dois terços, ou 
 
-SOMENTE DOLO 
-Dolo específico 
(elemento 
subjetivo do tipo): 
o crime de furto 
exige, além do dolo 
de subtrair (animus 
furandi), o dolo 
específico 
consistente na 
vontade de o 
agente se apossar 
ou de se apropriar 
de coisa alheia 
(animus rem sibi 
habendi). Com esse 
raciocínio, em 
princípio, não 
haverá crime no 
- Crime material 
Consumação: 
a consumação do furto oc
orre no momento em que 
o agente tem a posse da 
res furtiva, cessada a 
clandestinidade, 
independente da 
recuperação posterior do 
bem objeto do delito (STF, 
HC 95.398/RS, DJ 
03/09/2009). 
1. Crime impossível e dispositivos 
antifurto (alarmes, câmeras, agentes de 
segurança): o fato do paciente estar sendo 
vigiado por fiscal do estabelecimento comercial 
ou a existência de sistema eletrônico de 
vigilância não impede de forma completamente 
eficaz a consumação do delito. Deste modo, não 
há que se reconhecer caracterizado o crime 
impossível, pela absoluta ineficácia dos meios 
empregados (STJ, HC 153.069/SP, DJ 
03/05/2010). 
2. Furto praticado durante o repouso 
noturno (art. 155, § 1º): trata-se de causa de 
aumento de pena para o crime praticado 
durante o repouso noturno. A pena é a mesma 
do furto simples com um aumento de 1/3. 
Aplica-se tal causa de aumento de pena apenas 
para o furto previsto no caput do art. 155, e não 
para suas figuras qualificadas (STJ, REsp 
940.245/RS, DJ 13/12/2007). 
3. “Repouso noturno”: não se refere 
propriamente à “noite”, mas ao período que 
 
aplicar somente a pena 
de multa. 
 COISA MÓVEL 
EQUIPARADA § 3º - 
Equipara-se à coisa 
móvel a energia 
elétrica ou qualquer 
outra que tenha valor 
econômico. 
 Furto qualificado 
 § 4º - A pena é de 
reclusão de dois a oito 
anos, e multa, se o 
crime é cometido: 
 I - com destruição 
ou rompimento de 
obstáculo à subtração 
da coisa; 
 II - com abuso de 
confiança, ou mediante 
fraude, escalada ou 
destreza; 
 III - com emprego 
de chave falsa; 
 IV - mediante 
concurso de duas ou 
mais pessoas. 
 § 5º - A pena é de 
reclusão de três a oito 
anos, se a subtração 
for de veículo 
automotor que venha a 
ser transportado para 
outro Estado ou para o 
exterior. (Incluído pela 
Lei nº 9.426, de 1996) 
 
 
 
 
furto de uso. 
 
normalmente a população de determinada 
comunidade se aquieta para o sono noturno. É 
suficiente que o delito ocorra durante repouso 
noturno, período de maior vulnerabilidade para 
as residências, lojas e veículos. É irrelevante o 
fato de se tratar de estabelecimento comercial 
ou de residência, habitada ou desabitada, bem 
como o fato de a vítima estar, ou não, 
efetivamente repousando (STJ, REsp 
940.245/RS, DJ 10/03/2008). 
4. Furto privilegiado (art. 155, § 2º): 
trata-se de causa especial de diminuição de 
pena (1/3 a 2/3) ou benefício para aplicação 
exclusiva da pena de multa. Exige primariedade 
(não ter sido condenado definitivamente após 
outra sentença condenatória definitiva) e 
pequeno valor da coisa furtada (não excedente 
a um salário mínimo), independentemente do 
efetivo prejuízo para a vítima. Desta forma, a 
excessiva fortuna ou a demasiada pobreza da 
vítima são irrelevantes para a concessão do 
privilégio. 
5. Homicídio privilegiado-qualificado: 
há compatibilidade entre as hipóteses de furto 
qualificado e o privilégio constante do § 2º do 
art. 155 do CP. Em se tratando de circunstância 
qualificadora de caráter objetivo (meios e 
modos de execução do crime), é possível o 
reconhecimento do privilégio, o qual é sempre 
de natureza subjetiva. A qualificadora do 
rompimento de obstáculo (natureza 
nitidamente objetiva) em nada se mostra 
incompatível com o fato de ser o acusado 
primário e a coisa de pequeno valor (STF, HC 
98.265/MS, DJ 24/3/2010).. 
6. Destruição ou rompimento de 
obstáculo: o obstáculo, obrigatoriamente, há de 
ser estranho à coisa furtada. Não se aplica 
quando a violência é utilizada pelo agente 
contra a própria coisa subtraída. Exemplo: 
romper a janela de um veículo para subtraí-lo 
não configura a qualificadora. Ao oposto, caso a 
janela do veículo seja rompida para que seja 
subtraída uma bolsa que se encontrava em seu 
interior, haverá furto qualificado pelo 
arrombamento (STF, HC 98.606/RS, DJ 
28/05/2010) 
7. Abuso de confiança: ocorre quando 
o agente se prevalece da confiança da vítima, 
facilitando, assim, sua ação criminosa. Exemplo: 
furto praticado por agente-diarista, contratada 
em função de boas referências, a quem são 
entregues as próprias chaves do imóvel, 
enquanto viajavam os patrões (STJ, HC 
82.828/MS, DJ 04/08/2008). 
8. Fraude (engano, falcatrua): ocorre 
quando o agente emprega meio fraudulento 
para reduzir a vigilância da vítima sobre a coisa 
e, com isso, realizar a subtração. 
9. Distinção entre furto com fraude e 
estelionato: 
a) Furto com fraude: a fraude é aplicada como 
meio para diminuir a vigilância da vítima ou de 
terceiro sobre o bem, facilitando, com isso, a 
subtração. Pode ocorrer de a vítima não estar 
detendo a coisa, entretanto mantém vigilância 
sobre ela. 
b) Estelionato (art.171): a fraude se destina a 
colocar a vítima ou terceiro em erro, 
conseguindo que ela lhe entregue 
espontaneamente o bem, sem vigilância sobre o 
mesmo. 
10. Distinção entre furto com fraude e 
apropriação indébita: 
a) Furto com fraude: a fraude é aplicada como 
meio para diminuir a vigilância da vítima ou de 
terceiro, facilitando, com isso, a subtração. 
Exemplo: Ana pede que a bibliotecária procure 
determinado livro, subtraindo outro que estava 
na estante. 
b) Apropriação indébita (art. 168): a coisa vem 
às mãos do autor de forma legítima 
(empréstimo, aluguel etc) e, posteriormente, 
ocorre a inversão de ânimo sobre a coisa, uma 
vez que o mero detentor ou possuidor passa a 
agir como se dono fosse (subloca, vende etc). 
Exemplo: Ana, colega de faculdade de Beto, 
pede a este sua motocicleta, pois pretende 
visitar uma tia que mora em outra cidade. Após 
dois dias, vende o bem para pagar dívidas 
pessoais; 
11. Com base no estudo realizado acima, 
é possível afirmar que a subtração de valores de 
conta-corrente, mediante transferência 
fraudulenta para conta de terceiro, sem 
consentimentoda vítima, configura crime de 
furto mediante fraude. Na hipótese, é 
competente o Juízo do lugar da consumação do 
delito de furto, local onde a vítima tem a 
titularidade da conta-corrente (STJ, CC 
81.477/ES, DJ 08/09/2008). 
12. A captação irregular de sinal de TV a 
cabo configura furto de energia com valor 
econômico - art. 155, § 3º (STJ, REsp 
1.076.287/RN, DJ 29/06/2009).Obs.: STF 
recentemente entendeu não ser energia, 
portanto afastou o crime. 
13. Atualmente, ainda é majoritário no 
STJ que constitui crime, mas já há posição 
divergente da 6ª Turma. 
14. Emprego de chave falsa: é qualquer 
instrumento, com ou sem forma de chave 
(garfo, arame, segmento de metal), que pode 
funcionar no lugar da chave verdadeira. Inclui-se 
nesse conceito: 
a) a cópia sem autorização de chave verdadeira; 
b) a chave diferente da verdadeira (ex.: José usa 
a chave de seu veículo para abrir o veículo de 
Juca); 
c) a “mixa”, ou seja, simulacros de chave feitos 
com objetos diversos. 
15. O uso de "mixa", na tentativa de 
acionar o motor de automóvel, caracteriza a 
qualificadora do inciso III do § 4º do art. 155 do 
Código Penal (STJ, REsp 906.685/RS, DJ 
06/08/2007). 
16. Furto qualificado pelo concurso de 
pessoas: o fundamento do tratamento mais 
severo consiste na maior facilidade para o 
aperfeiçoamento do furto com a reunião de 
duas ou mais pessoas. Reconhece-se a 
qualificadora ainda que o crime tenha sido 
praticado em concurso com menor inimputável, 
uma vez que a norma incriminadora tem 
natureza objetiva e não faz menção à 
necessidade de se tratarem todos de agentes 
capazes (STJ, HC 131.763/MS, DJ 14/09/2009). 
 
 
 
 
 
ROUBO (157) 
 
 
 Roubo 
 SIMPLES Art. 157 - 
Subtrair coisa móvel 
alheia, para si ou para 
outrem, mediante 
grave ameaça ou 
violência a pessoa, ou 
depois de havê-la, por 
qualquer meio, 
reduzido à 
impossibilidade de 
resistência: 
 Pena - reclusão, de 
quatro a dez anos, e 
multa. 
 ROUBO 
IMPRÓPRIO § 1º - Na 
mesma pena incorre 
quem, logo depois de 
subtraída a coisa, 
emprega violência 
contra pessoa ou grave 
ameaça, a fim de 
assegurar a 
impunidade do crime 
ou a detenção da coisa 
para si ou para 
terceiro. 
 ROUBO 
 
-Somente DOLO 
- Consumação: para a 
consumação do crime de 
roubo, basta a inversão da 
posse da coisa subtraída, 
sendo desnecessária que 
ela se dê de forma mansa 
e pacífica. Assim, a prisão 
do agente, ocorrida logo 
após a subtração da coisa 
subtraída, ainda sob a 
vigilância da vítima ou de 
terceira pessoa, não 
descaracteriza a 
consumação do crime de 
roubo (STF, HC 
100.189/SP, DJ 
15/04/2010). 
 
Consumação do roubo 
impróprio: consuma-se no 
momento em que a 
violência ou grave ameaça 
são empregadas, uma vez 
que estas são posteriores à 
subtração da coisa, de 
modo que não se há que 
falar em tentativa (STJ, HC 
92.221/SP, DJ 
02/02/2009). 
 
consumação do 
LATROCÍNIO (STF, Súmula 
610): “Há crime de 
latrocínio, quando o 
 
 
1. Golpe do “boa noite cinderela”: trata-se de 
roubo praticado por meio que impossibilita a 
capacidade de resistência da vítima (ex.: agente 
ministra sonífero para a vítima, subtraindo seus 
pertences posteriormente). 
2. Subtração por arrebatamento (trombada): 
a) a “trombadinha” praticada com a finalidade 
de desviar a atenção da vítima caracteriza o 
furto (ex.: esbarra na vítima para derrubar-lhe 
os livros, subtraindo sua carteira em seguida). 
b) o “trombadão” com violência e finalidade de 
subjugar a vítima, permitindo, com isso, a 
subtração dos bens que lhe pertencem, 
configura roubo (ex.: Juca, por meio de 
esbarrão, derruba José ao chão para subtrair-lhe 
os bens). 
c) quando, na subtração de objetos presos ou 
juntos do corpo da vítima, a ação do agente 
repercute sobre esta, causando-lhe lesões ou 
diminuindo a capacidade de oferecer 
resistência, tem-se configurado o crime de 
roubo (STJ, REsp 631.368/RS, DJ 07/11/2005). 
Exemplo: o agente arranca da vítima seu cordão 
de ouro, machucando-lhe o pescoço. 
3. Princípio da insignificância e crime de 
roubo: o crime de roubo visa proteger não só o 
patrimônio, mas, também, a integridade física e 
a liberdade do indivíduo (crime complexo). 
Deste modo, ainda que a quantia subtraída 
tenha sido de pequena monta, não há como se 
aplicar o princípio da insignificância diante da 
evidente e significativa lesão à integridade 
 
MAJORADO § 2º - A 
pena aumenta-se de 
um terço até metade: 
 I - se a violência ou 
ameaça é exercida com 
emprego de arma; 
 II - se há o 
concurso de duas ou 
mais pessoas; 
 III - se a vítima está 
em serviço de 
transporte de valores e 
o agente conhece tal 
circunstância. 
 IV - se a subtração 
for de veículo 
automotor que venha a 
ser transportado para 
outro Estado ou para o 
exterior; (Incluído pela 
Lei nº 9.426, de 1996) 
 V - se o agente 
mantém a vítima em 
seu poder, restringindo 
sua liberdade. (Incluído 
pela Lei nº 9.426, de 
1996) 
 ROUBO 
QUALIFICADO § 3º Se 
da violência resulta 
lesão corporal grave, a 
pena é de reclusão, de 
sete a quinze anos, 
além da multa; se 
resulta morte, a 
reclusão é de vinte a 
trinta anos, sem 
homicídio se consuma, 
ainda que não se realize o 
agente a subtração de 
bens da vítima.” Assim, 
temos: 
I. morte 
tentada + subtração 
tentada = tentativa de 
latrocínio; 
II. morte 
tentada + subtração 
consumada = tentativa de 
latrocínio; 
III. morte 
consumada + subtração 
tentada = latrocínio 
consumado; 
IV. morte 
consumada + morte 
consumada = latrocínio 
consumado; 
Obs. 1: em resumo, 
havendo morte, há 
latrocínio consumado. 
Havendo tentativa de 
morte, há latrocínio 
tentado. 
 
pessoal da vítima (STF, HC 96.671/MG, DJ 
24/04/2009). Exemplo: não é insignificante a 
conduta do agente que, mediante ameaça com 
arma de fogo, subtrai um passe estudantil da 
vítima. 
 
prejuízo da 
multa. (Redação dada 
pela Lei nº 9.426, de 
1996) Vide Lei nº 
8.072, de 25.7.90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTORSÃO (art. 158) 
 
 
 
 
Extorsão 
 Art. 158 - Constranger 
alguém, mediante 
violência ou grave 
ameaça, e com o 
intuito de obter para si 
ou para outrem 
indevida vantagem 
econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou 
deixar fazer alguma 
coisa: 
 Pena - reclusão, de 
quatro a dez anos, e 
multa. 
 § 1º - Se o crime é 
cometido por duas ou 
mais pessoas, ou com 
emprego de arma, 
aumenta-se a pena de 
um terço até metade. 
 § 2º - Aplica-se à 
extorsão praticada 
mediante violência o 
disposto no § 3º do 
artigo anterior. Vide Lei 
nº 8.072, de 25.7.90 
§ 3
o
 Se o crime é 
cometido mediante a 
restrição da liberdade 
da vítima, e essa 
 
 
 
 
 
- DOLO 
. 
 
 
 
 
 
 
CONSUMAÇÃO: O delito 
de extorsão se consuma, 
em se tratando de crime 
formal, com o 
constrangimento causado 
pelo Réu, sendo, pois, 
desnecessário que se 
obtenha a vantagem 
patrimonial almejada, a 
teor do verbete sumular 
nº 96 do STJ. 
 
 
Tentativa: é possível 
quando, por exemplo, a 
ameaça não chegar ao 
destino (ex.: carta 
interceptada) ou quando a 
ação típica não for seguida 
da obediência da vítima 
(ex.: a vítima não efetuou 
as compras determinadas 
pelo agente, tampouco 
preencheu cheques, uma 
vez que houve intervenção 
policial em tempo, 
caracterizando o início da 
execução que restou 
interrompida, antes de sua 
consumação, por força 
 
 
 
 
 
“Sequestro relâmpago” (§ 3º): este parágrafo 
foi recentemente adicionado ao CP, criando 
mais uma qualificadora para a extorsão, o que 
popularmente se denomina de “sequestro 
relâmpago”. Referida qualificadora foi criada 
tendo em mente a conduta frequente nas 
cidadesbrasileiras em que o agente restringe a 
liberdade da vítima e, por exemplo, a desloca 
para um caixa eletrônico para que obtenha a 
vantagem indevida. 
 
“Sequestro relâmpago” e a Lei dos Crimes 
Hediondos: por uma falha do legislador, a Lei nº 
8.072/90 não foi alterada para incluir as 
hipóteses de extorsão comum com restrição de 
liberdade qualificada pela morte (art. 158, § 3°). 
Assim, em respeito ao princípio da legalidade, a 
extorsão comum sem restrição da liberdade 
qualificada pela morte (§ 2º) é crime hediondo. 
Ao inverso, a extorsão comum qualificada pelo 
seqüestro e pela morte (§ 3º) não será crime 
hediondo, por falta de previsão legal (nesse 
sentido: Nucci e Masson; em sentido contrário: 
Rogério Sanches). 
 
 
condição é necessária 
para a obtenção da 
vantagem econômica, 
a pena é de reclusão, 
de 6 (seis) a 12 (doze) 
anos, além da multa; se 
resulta lesão corporal 
grave ou morte, 
aplicam-se as penas 
previstas no art. 159, 
§§ 2
o
 e 3
o
, 
respectivamente. (Inclu
ído pela Lei nº 11.923, 
de 2009) 
 
alheia à vontade do autor). 
 
 
 
EXTORSÃO MEDIANTE 
SEQUESTRO (ART. 159) 
 
 
 Extorsão mediante 
seqüestro 
 Art. 159 - 
Seqüestrar pessoa com 
o fim de obter, para si 
ou para outrem, 
qualquer vantagem, 
como condição ou 
preço do resgate: 
 Pena - reclusão, de 
oito a quinze anos.. 
 § 1
o
 Se o seqüestro 
dura mais de 24 (vinte 
e quatro) horas, se o 
seqüestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou 
maior de 60 (sessenta) 
anos, ou se o crime é 
cometido 
 por bando ou 
quadrilha. 
 Pena - reclusão, de 
doze a vinte anos. 
 § 2º - Se do fato 
resulta lesão corporal 
de natureza grave: 
Elemento subjetivo 
Finalidade especial 
(dolo específico): a 
lei exige que a 
privação da 
liberdade se dê com 
a finalidade 
específica de obter 
vantagem como 
condição ou preço 
do resgate. 
Consumação: a 
consumação desse delito 
prescinde da efetiva 
obtenção da vantagem, 
pelo que, com a privação 
de liberdade, já está 
consumado o delito. 
Cuida-se de crime 
permanente: a 
consumação se prolonga 
no tempo, subsistindo o 
crime por todo o período 
em que a vítima estiver 
com a liberdade 
restringida. Então, a prisão 
em flagrante é possível a 
qualquer momento, 
enquanto perdurar a 
restrição de liberdade. 
Tentativa: admite-se 
quando o agente tenta 
restringir a liberdade da 
vítima, mas não obtém 
sucesso (ex.: quando o 
agente segura a vítima, 
esta se desvencilha e 
consegue fugir). Nesses 
casos, deve ficar 
Vantagem: prevalece a posição de que a 
vantagem deve ser necessariamente econômica 
e indevida (Hungria, Nucci e Delmanto). 
 
Preço do resgate: valor em dinheiro. 
 
Condição do resgate: é qualquer outra 
vantagem econômica (ex.: bens móveis ou 
imóveis, títulos). 
 
 
 Pena - reclusão, de 
dezesseis a vinte e 
quatro anos. 
 § 3º - Se resulta a 
morte: 
 Pena - reclusão, de 
vinte e quatro a trinta 
anos. 
 § 4º - Se o crime é 
cometido em concurso, 
o concorrente que o 
denunciar à 
autoridade, facilitando 
a libertação do 
seqüestrado, terá sua 
pena reduzida de um a 
dois terços. 
 
demonstrado o dolo do 
agente em sequestrar a 
vítima com a finalidade de 
pedir resgate. 
 
 
EXTORSÃO INDIRETA 
ART. 160 
 
 
O delito incrimina a 
conduta de exigir ou 
receber uma garantia 
altamente 
comprometedora 
abusando de alguma 
pessoa em difícil 
situação econômica. A 
lei impõe ao credor o 
dever de não exigir 
nem aceitar este tipo 
de garantia (ex.: José 
recebe um documento 
de Juca, no qual consta 
a confissão de crime 
praticado por este, 
para que sirva como 
garantia de dívida de 
Juca em relação a 
José). 
 
 
Dolo de 
aproveitamento: o 
direito civil utiliza o 
termo “dolo de 
aproveitamento” 
para expressar 
aquelas situações 
em que o credor 
tem conhecimento 
sobre a premente 
necessidade do 
devedor. Os 
penalistas exigem 
esse conhecimento 
por parte do agente 
para que o crime 
fique configurado. 
 
 
Consumação: trata-se de 
crime formal quanto ao 
núcleo “exigir”, pois basta 
a mera exigência, estando 
consumado o delito 
mesmo que não ocorra a 
entrega do documento 
comprometedor. É crime 
material quanto ao núcleo 
“receber”. A consumação 
ocorre com o efetivo 
recebimento do 
documento. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES CESPE 2014 
1 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros) 
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, assinale a 
opção correta. 
a) Se, após passar horas em poder de assaltantes e sob a mira 
de uma arma, a vítima fornecer-lhes a senha para saque em 
caixas eletrônicos, estará caracterizado o roubo circunstanciado 
pela restrição da liberdade da vítima. 
ROUBO EXTORSÃO 
No roubo o agente subtrai 
(contrectatio) 
Na extorsão o agente constrange 
a vítima a entregar (traditio 
coatta) 
O objeto é sempre coisa 
móvel 
O objeto pode ser móvel ou 
imóvel (ex.: “se não escriturar 
tua casa em meu nome, conto 
para todos que...”) 
 
Ameaça é de mal grave 
atual ou iminente 
A ameaça pode ser de mal 
futuro 
No roubo não importa a 
atitude da vítima (ex.: se a 
vítima não entregar a bolsa, 
o ladrão pode tomá-la a 
força) 
Na extorsão é imprescindível a 
colaboração da vítima (ex.: se a 
vítima não fornecer a senha, o 
ladrão fica sem saída) 
É crime material (consuma-
se com a subtração) 
É crime formal (consuma-se com 
o constrangimento, 
independentemente do efetivo 
ganho patrimonial) 
 
b) Em se tratando do crime de extorsão mediante sequestro, 
será reduzida a pena do corréu que, agindo em concurso de 
agentes, denunciar o delito à autoridade competente, ainda que 
a delação não seja meio eficaz de facilitação da libertação da 
vítima. 
ART. 159, § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o 
concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a 
libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois 
terços. 
 
c) A incidência da qualificadora consistente em emprego de 
arma independe da comprovação, por meio de apreensão e 
perícia, do grau de lesividade da arma utilizada na prática do 
crime de roubo. 
 
STJ, HC 213.261/SP, DJe 12/11/2014, pacificou-se o 
entendimento de que, para a incidência da majorante, prevista 
no art. 157, § 2º, I, do Código Penal, é prescindível 
(dispensável) a apreensão e perícia da arma, desde que 
evidenciada a sua utilização por outros meios de prova, tais 
como a palavra da vítima, ou mesmo pelo depoimento de 
testemunhas. 
 
d) Se o porte ilegal de arma de fogo funcionar como crime meio 
para a prática do roubo, aplicar-se-á o princípio da 
subsidiariedade, respondendo o agente pela prática do crime 
fim. 
 
Os princípios que solucionam o conflito aparente de normas são 
os seguintes: 
a. Consunção: meio absorve fim 
b. Alternatividade: vários verbos + um contexto = crime único 
c. Subsidiariedade: O tipo subsidiário cabe dentro do tipo 
primário. 
d. Especialidade: norma especial derroga a geral 
Para memorizar: C.A.S.E. (OU S.E.C.A.) 
 
e) Se, em um jogo de futebol, as torcidas rivais se agredirem 
mutuamente e um dos contendores atingir, com o bastão de 
uma bandeira, a boca do adversário, causando-lhe lesões 
corporais graves, todos os envolvidos responderão pelo 
resultado mais gravoso, por se tratar do crime de rixa, em que 
se encontra presente o animus rixandi, ainda que o agressor 
seja prontamente identificado e preso em flagrante. 
Rixa qualificada (cruenta ou complexa): ocorre quando a rixa 
causa lesão corporal de natureza grave ou morte em qualquer 
dos participantes ou mesmo em terceira pessoa (ex.: um 
espectador, um transeunte,apaziguador). 
Se o autor da lesão grave ou morte for identificado, este 
responde, segundo a maioria, pela lesão grave ou morte em 
concurso material com o crime de rixa qualificada (as penas são 
somadas). Os demais rixosos respondem pelo crime de rixa 
qualificada, inclusive aquele que sofreu as lesões graves, pois o 
parágrafo único do art. 137 não faz distinção. 
Se o autor da lesão grave ou morte não for identificado: todos 
os rixosos respondem pela rixa qualificada. 
 
 
 
2 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento ) Acerca dos crimes culposos, dolosos 
e preterdolosos e dos crimes contra a pessoa e contra o 
patrimônio, assinale a opção correta. 
a) Considera-se consumado o roubo apenas se o bem objeto do 
delito sai da esfera de vigilância da vítima. 
"O delito de roubo consuma-se com a simples posse da coisa 
alheia móvel subtraída, ainda que por breves instantes, sendo 
desnecessário que o bem saia da esfera de vigilância da vítima. 
Prescindível, portanto, a posse tranquila do bem, obstada, 
muitas vezes, pela imediata perseguição policial ou por terceiro" 
(STJ, AgRg no REsp 1423108/SP, DJe 04/09/2014). 
b) Tratando-se do crime de homicídio, a incidência de 
circunstância qualificadora de caráter objetivo, por si só, afasta 
o reconhecimento do privilégio, cuja natureza é subjetiva. 
Homicídio privilegiado-qualificado: o homicídio pode ser, ao 
mesmo tempo, privilegiado e qualificado. Segundo o STF, tal é 
possível, desde que não haja incompatibilidade entre as 
circunstâncias do caso, como na hipótese de reconhecimento de 
qualificadoras objetivas (meios e modos) e do privilégio afinal 
reconhecido (sempre de natureza subjetiva),(STF, HC 
97.034/MG, DJ 07/05/2010). 
 
c) Para a configuração do crime de latrocínio, são necessárias a 
consumação do homicídio e a efetiva subtração de bens da 
vítima. 
b) consumação (STF, Súmula 610): “Há crime de latrocínio, 
quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o 
agente a subtração de bens da vítima.” Assim, temos: 
 morte tentada + subtração tentada = tentativa de 
latrocínio; 
 morte tentada + subtração consumada = tentativa de 
latrocínio; 
 morte consumada + subtração tentada = latrocínio 
consumado; 
 morte consumada + morte consumada = latrocínio 
consumado; 
 
d) São suscetíveis de cúmulo material a qualificadora do crime 
de quadrilha ou bando armado e o delito de roubo agravado 
pelo emprego de arma, não se aplicando, nesse caso, o princípio 
do non bis in idem. 
Roubo armado e Quadrilha armada, configura Bin In Idem? R: 
Não. A condenação simultânea pelos crimes de roubo 
qualificado com emprego de arma de fogo e formação de 
quadrilha armada não configuraria bis in idem. Isso porque não 
haveria relação de dependência ou subordinação entre as 
citadas condutas e os dispositivos penais visariam bens jurídicos 
diversos (STF, informativo 684 -2ª Turma). 
 
e) Para a configuração do crime de quadrilha, exige-se a 
caracterização do ajuste prévio e do intuito de união, entre mais 
de três pessoas, para a prática de um crime. 
ATUALIZAÇÃO 
Associação Criminosa 
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim 
específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, 
de 2013) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela 
Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a 
associação é armada ou se houver a participação de criança ou 
adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) 
(Vigência) 
Constituição de milícia privada (Incluído dada pela Lei nº 
12.720, de 2012) 
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear 
organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão 
com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste 
Código: (Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada 
pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
3 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros) 
A respeito dos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, 
assinale a opção correta. 
a) O fato de um agente subtrair de sua vítima o veículo, a 
carteira, o celular e ainda restringir sua liberdade para realizar 
saques em caixas eletrônicos configura continuidade delitiva 
referente a todos os delitos cometidos. 
É clássica a jurisprudência desta Corte no sentido de que os 
delitos de roubo e de extorsão praticados mediante condutas 
autônomas e subsequentes (a) não se qualificam como fato 
típico único; e (b) por se tratar de crimes de espécies distintas, é 
inviável o reconhecimento da continuidade delitiva (CP, art. 71) 
(STJ, HC 113900, PUBLIC 20-11-2014) 
b) Considere que Paulo, mediante o emprego de arma de fogo, 
tenha praticado roubo contra Maria, no momento em que ela 
descia do carro no estacionamento de um supermercado, pela 
manhã, e que, depois do almoço, enquanto se dirigia a sua casa, 
Paulo tenha sido parado em blitz de rotina e, sem que os 
policiais soubessem do roubo ocorrido, tenha sido preso em 
flagrante com a arma utilizada no delito da manhã. Nessa 
situação, Paulo deve responder, em concurso formal, pelo crime 
de roubo e porte ilegal de arma, afastando-se o princípio da 
consunção. 
O Tribunal de Justiça Candango, ao analisar o caso, entendeu 
por deferir o pedido de absolvição do crime de porte ilegal de 
arma de fogo de uso restrito em razão da existência de prova 
apta a ensejar conclusão no sentido de que o revolver 
apreendido teria sido adquirido anteriormente, em ato 
preparatório visando a prática do delito de roubo (STJ, AgRg no 
AREsp 484.845/DF, DJe 08/10/2014). 
 
"A conduta de portar arma ilegalmente é absorvida pelo crime 
de roubo, quando, ao longo da instrução criminal, restar 
evidenciado o nexo de dependência ou de subordinação entre 
as duas condutas e que os delitos foram praticados em um 
mesmo contexto fático, incidindo, assim, o princípio da 
consunção"(STJ, HC 270.330/SP, DJe 18/06/2014). 
c) Caso dois agentes, previamente ajustados, tenham praticado 
crime de roubo, com o uso de arma de fogo, e, em 
consequência dos disparos feitos com a arma, a vítima faleça, o 
comparsa que não disparou os tiros somente responde pelos 
atos que efetivamente tiver praticado, não devendo ser 
responsabilizado pelos disparos que resultaram no óbito da 
vítima. 
Coautor que participa de roubo armado responde por latrocínio, 
ainda que o disparo tenha sido realizado pelo comparsa (STF, 
Informativo 670 – 1ª Turma) 
Importante: o STF já afastou o latrocínio acima de comparsa 
que já estava preso quando o autor, em fuga, matou policial. No 
caso, o STF entendeu que o primeiro responde por roubo e o 
segundo por latrocínio, ante as especificidades do fato 
(Informativo 670 – 1ª Turma). 
d) Em se tratando de roubo circunstanciado duplamente 
qualificado, o acréscimo da pena na terceira fase da dosimetria 
não constitui mera decorrência da gravidade do delito. 
e) Para a incidência da causa de aumento de pena no crime de 
roubo com emprego de arma de fogo, exige-se a perícia da 
arma a fim de se comprovar, de fato, o seu grau de lesividade. 
Obs.: STJ, Súmula 443O aumento na terceira fase de aplicação 
da pena no crime de roubo circunstanciado exige 
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua 
exasperação a mera indicação do número de majorantes. 
 
4 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário; ) Julgue os 
itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas. 
 
Na hipótese de condenação pela prática de roubo 
circunstanciado pelo concurso de agentes e pelo emprego de 
arma, o juiz deve fundamentar concretamente o aumento na 
terceira fase de aplicação da pena, sendoinsuficiente, para a 
sua exasperação, a mera indicação do número de majorantes. 
Obs.: STJ, Súmula 443O aumento na terceira fase de aplicação 
da pena no crime de roubo circunstanciado exige 
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua 
exasperação a mera indicação do número de majorantes. 
 
5 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Remoção ) Considere que Mário, tabelião do 
registro de imóveis de Brasília, tenha exigido de Cláudio o 
pagamento de custas e emolumentos que deveria saber 
indevidos, relativos à expedição de uma certidão de ônus reais. 
Nessa situação hipotética, conforme jurisprudência atual do STJ, 
Mário 
a) praticou o comportamento típico do peculato, mas sua 
punibilidade será extinta caso, voluntariamente, devolva o valor 
indevidamente cobrado até o recebimento da denúncia. 
b) praticou conduta atípica. 
c) cometeu o crime de excesso de exação. 
d) praticou o delito de extorsão. 
e) perpetrou a infração penal de concussão. 
Excesso de exação 
Art. 316§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição 
social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, 
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não 
autoriza: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
6 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros ) Acerca dos crimes contra o patrimônio, de tráfico 
de drogas, contra a dignidade sexual, contra o sentimento 
religioso e contra o respeito aos mortos, bem como acerca dos 
delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
assinale a opção correta. 
a) O indivíduo que mantiver relações sexuais com prostituta, 
prometendo-lhe, dolosa e enganosamente, pagá-la após a 
prática do ato, e não cumprir com o pactuado, poderá ser 
responsabilizado pelo crime de estelionato. 
O estelionato consiste no uso de fraude (falcatrua, artimanha, 
engodo, engano, “lábia”) para ludibriar alguém (pessoa 
determinada) com a finalidade (dolo específico) de obter 
vantagem ilícita (e de natureza econômica) para o próprio 
agente ou para terceiro (ex.: a agente, fazendo-se passar por 
freira responsável por instituição de caridade, colhe donativos 
da vítima). 
 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou 
dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena - 
reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
b) Constitui fato atípico a subtração de cinzas e ossos humanos 
de uma sepultura. 
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver 
Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
Vilipêndio a cadáver 
Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: 
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
 
c) A venda de bebida alcoólica a pessoa menor de dezoito anos 
constitui crime previsto no ECA. 
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar 
ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem 
justa causa, produtos cujos componentes possam causar 
dependência física ou psíquica, ainda que por utilização 
indevida: Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, 
se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei 
nº 10.764, de 12.11.2003) 
 
d) Segundo o entendimento do STJ e do STF, a captação 
irregular de sinal de TV a cabo não configura delito de furto de 
energia de valor econômico. Obs.: este item anulou a questão, 
mas é válido analisa-la para fins de prova. 
 
Não configura (STF, informativo 623). Reputou-se que o objeto 
do aludido crime não seria “energia” e ressaltou-se a 
inadmissibilidade da analogia in malam partem em Direito 
Penal, razão pela qual a conduta não poderia ser considerada 
penalmente típica. HC 97261/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 
12.4.2011. (HC-97261) . 
 
STJ (duas posições): 
1ªPOSIÇÃO Não Configura (minoritária): A captação clandestina 
de sinal de televisão fechada ou a cabo não configura o crime 
previsto no art. 155, § 3º, do Código PenalAdemais, a Lei n. 
8.977/95, que dispõe sobre serviços de TV a cabo, em seu art. 
35, in verbis, tipifica tal conduta como crime, sendo inaplicável 
o Código Penal em atenção ao princípio da especificidade. 
*Art. 35. Constitui ilícito penal a interceptação ou a recepção 
não autorizada dos sinais de TV a Cabo. 
2ª POSIÇÃO Configura (majoritário no STJ): Ver: STJ, RHC 
30.847/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, 
julgado em 20/08/2013, DJe 04/09/2013 
 
 
e) Réu condenado pelo crime de tráfico ilícito de drogas, 
reincidente em razão de condenação anterior transitada em 
julgado pelo crime de furto, deve cumprir dois quintos da pena 
para que possa progredir de regime. 
 
 
 
7 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados) O fato de 
um indivíduo retirar sorrateiramente de uma bolsa a carteira de 
outrem, sem o uso de força ou ameaça, configura a prática do 
crime de roubo. 
 
8 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados) Um servidor 
que, durante seu expediente, receba equivocadamente de uma 
transportadora uma encomenda que contenha um aparelho 
eletrônico destinado a outra pessoa que não trabalha naquela 
empresa, e se aproprie desse aparelho, mesmo ciente de que tal 
bem é proveniente de transação comercial legítima e não lhe 
pertence, responderá por crime de receptação. 
Peculato mediante erro de outrem 
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:Pena - 
reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
9 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados) Paulo e João 
foram surpreendidos nas dependências da Câmara dos 
Deputados quando subtraíam carteiras e celulares dos casacos e 
bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo tem dezessete 
anos e teve acesso ao local por intermédio de João, que é 
servidor da Casa. 
 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
A conduta de João se enquadra no tipo penal de apropriação 
indébita, uma vez que ele subtraía os referidos bens valendo-se 
da facilidade que lhe proporcionava sua atividade profissional. 
 
10 - ( Prova: CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar; ) 
Considere a seguinte situação hipotética. José, com dezoito 
anos de idade, e Lauro, com quinze anos de idade, recém-
egressos de casa de internação onde cumpriram medida 
socioeducativa após a prática de ato infracional, mediante 
ajuste prévio, passaram conjuntamente a subtrair objetos de 
transeuntes na rua, sem violência ou ameaça. Nessa situação 
hipotética, José responderá por crime de furto qualificado. 
 
É pacífico o entendimento de que o crime tipificado no art. 
244-B da Lei n. 8.069/1990 é de natureza formal, ou seja, não se 
exige a prova efetiva da corrupção do inimputável para que haja 
a consumação do delito. 
3 - Agravo regimental não provido. 
(STJ, AgRg no REsp 1428894/MG, DJe 15/09/2014) 
 
GABARITOS: 
1 - C 2 - D 3 - D 4 - C 5 - C 6 - D 7 - E 8 - E 9 - E 10 - C 
 
 
QUESTÕES 
 
 
 
1 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-RN - Juiz; ) No que concerne aos 
crimes em espécie, assinale a opção correta. 
a) Tratando-se de crimes contra o patrimônio, o 
reconhecimento das escusas absolutórias de caráter pessoal 
afasta a configuração do fato típico. 
Obs.: Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos 
crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, 
de 2003) 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo 
ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o 
crime previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 
10.741, de 2003) 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando 
haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. 
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou 
superior a 60 (sessenta) anos 
 
b) A unificação no mesmo tipo penal, sob a rubrica de estupro, 
das figuras da conjunção carnal e de outros atos libidinosos, 
afasta a possibilidade de se admitir a tentativa em relação a 
esse tipo de crime. 
c) Requer-se o exame pericial para a constatação do crime de 
falsidade ideológica. 
d) Considere que Marcos, com o objetivo de matar Pedro, tenha 
atirado nele e que o projétil, após atingir o braço de Pedro, 
tenha atingido Lúcio, que faleceu no local em decorrência do 
ferimento provocado pela bala. Nessa situação, Marcos 
responderá pelo homicídio consumado e pelo crime de 
tentativa de homicídio, por também ter atingido Pedro, 
aplicando-se as regras da continuidade delitiva para o cálculo da 
pena final. 
e) Pratica o crime de latrocínio o agente, pretendendo subtrair 
coisa alheia móvel, emprega violência contra a pessoa e, em 
decorrência dessa violência, consuma o homicídio, ainda que 
não realize a subtração de bens da vítima. 
 
 
2 - ( Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal ) Aquele 
que ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, 
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou 
valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração 
penal, praticará o delito de receptação. 
 
Ver Lei 12.683/2012 (Lavagem de Dinheiro) 
 
 
3 - ( Prova: CESPE - 2013 - PC-DF - Agente de Polícia) No que 
concerne a crimes, julgue o item a seguir. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
 
Hugo e Ivo planejaram juntos o furto de uma residência. Sem o 
conhecimento de Hugo, Ivo levou consigo um revólver para 
garantir o sucesso da empreitada criminosa. Enquanto Hugo 
subtraia os bens do escritório, Ivo foi surpreendido na sala por 
um morador e acabou matando-o com um tiro. 
Nessa situação hipotética, Ivo responderá por latrocínio, e 
Hugo, apenas pelo crime de furto. 
 
4 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros ) Para os fins de caracterização do furto de uso, 
exige-se, como um dos requisitos de demonstração da ausência 
de ânimo de assenhoramento, a rápida devolução da coisa 
subtraída, em seu estado original. 
 
5 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-ES - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros) Acerca dos crimes contra o patrimônio e contra a 
pessoa, assinale a opção correta. 
a) O indivíduo penalmente imputável que, com a intenção de 
subtrair valores e mediante destreza, coloca as mãos nos bolsos 
do casaco de um transeunte praticará furto tentado qualificado 
se ele não encontrar nenhum objeto nos referidos bolsos. 
b) Para a consumação do crime de calúnia, basta que a vítima 
tome ciência de que o agente lhe atribuiu, falsamente, a prática 
de fato definido como crime, sendo prescindível a ciência de 
terceiro a respeito do fato. 
c) O aborto terapêutico, necessário para salvar a vida da 
gestante, configura causa de atipicidade da conduta por 
ausência do elemento subjetivo do tipo do injusto. 
d) O crime de estelionato na modalidade de fraude no 
pagamento por meio de cheque consuma-se no momento em 
que o agente obtém vantagem ilícita em prejuízo alheio, ou 
seja, no momento em que o sacado recusa o pagamento do 
título por insuficiência de fundos. 
 
Anotações: 
 
Fraude no pagamento por meio de cheque (171, § 2º, VI): é 
uma espécie de fraude equiparada ao estelionato em que se 
emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do 
sacado, ou se lhe frustra o pagamento. 
 
Consumação e competência: “O foro competente para o 
processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a 
modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de 
fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo 
sacado” (Súmula 521 do STF). O “sacado” é o banco que se 
responsabiliza pelo pagamento do cheque. No caso, o banco 
onde o emitente é titular da conta. 
 
 
e) Apenas o motivo de relevante valor social, como, por 
exemplo, patriotismo, lealdade, fidelidade ou valor moral, torna 
privilegiado o homicídio, o que resulta em diminuição da pena. 
 
6 - ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-ES - Titular de Serviços de Notas e 
de Registro) A respeito dos crimes contra o patrimônio, assinale 
a opção correta. 
a) Conforme a teoria da contrectatio, o crime de furto consuma-
se no momento em que o agente toca na coisa com a finalidade 
de subtraí-la, ainda que ele não consiga removê-la do local em 
que se encontra. 
 
Anotações: 
Teorias sobre a consumação do furto/roubo: 
-contrectatio: basta tocar 
-amotio (aprehensio); basta se apoderar 
-ablatio: transportar 
-ilatio: levar para local seguro 
 
b) Para a configuração do crime de furto, basta a existência 
do animus furandi, sendo desnecessário, portanto, o especial 
fim de agir. 
c) Dada a natureza do crime de furto, não há crime de furto por 
omissão. 
d) Para a configuração do emprego de chave falsa no crime de 
furto, considera-se a aparência do instrumento usado pelo 
agente. 
e) Para a configuração da tentativa de latrocínio, é necessária a 
comprovação de que a vítima sofreu lesão corporal, leve ou 
grave. 
 
7 - ( Prova: CESPE - 2013 - SEGESP-AL - Papiloscopista ) Diante 
de furto de objeto de pequeno valor cometido por réu primário, 
poderá o juiz limitar a pena ao pagamento de multa. 
 
 155, § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a 
coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de 
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a 
pena de multa. 
 
8 - ( Prova: CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal) 
Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada acerca de 
determinadas espécies de delitos. Assinale a opção em que a 
assertiva está correta. 
a) Margarida trabalhava no caixa de uma loja de roupas de 
propriedade de Teresinha, de cuja confiança gozava, razão por 
que detinha o controle pessoal da movimentação do caixa. 
Pretendendo mudar-se para outra cidade, Margarida pediu 
demissão e, no decurso do período de cumprimento do aviso 
prévio, deixou de registrar, no caixa da loja, a entrada de várias 
notas relativas a vendas efetuadas, tendo-se apropriado do 
valor correspondente, que totalizou R$ 850,00. Além disso, 
Margarida retirou do caixa, para si, ao longo do referido 
período, outras quantias, que, somadas, alcançaram o valor de 
R$ 1.500,00. Nessa situação, Margarida praticou furto 
qualificado em continuação delitiva. 
b) Augusto confiou a Bernardo o preenchimento de uma folha 
de papel assinada em branco, na qual deveria constar proposta 
de trabalho com orçamento que seria remetida a um cliente. 
Bernardo guardou a folha em uma gaveta, planejando 
preenchê-la assim que retornasse do almoço. Aproveitando-se 
da ausência de Bernardo, Heleno retirou o papel da gaveta, 
redigiu uma confissão de dívida de duzentos mil reais de 
Augusto a seu favor, embora este não lhe devesse coisa alguma, 
e se apropriou do documento. Nessa situação, a conduta de 
Heleno se enquadra no tipo penal da falsidade ideológica. 
Papel em branco assinado: 
a. Se houver convenção sobre o teor do que deve ser lançado 
no documento, sendo que quem deveria preenchê-lo o faz de 
maneira diversa da convencionada, configurar-se-á a falsidade 
ideológica; 
Se não houver convenção sobre o teor do documento ou 
qualquer autorização para seu preenchimento, o lançamento 
de informações poderá configurar o crime de falsificação de 
documento público ou particular.c) Joaquim subtraiu de Manuel um cheque assinado em branco, 
preencheu-o com valor expressivo e efetuou o saque do 
dinheiro diretamente no caixa do banco. Posteriormente, 
descobriu-se que, de fato, o verdadeiro titular da conta bancária 
a que pertencia o cheque era Felipe, cuja assinatura fora 
falsificada por Manuel que havia subtraído o cheque. Nessa 
situação, Joaquim e Manoel devem responder pela falsificação 
material do documento e Joaquim, também, por estelionato. 
 
d) Emiliana, pobre e desempregada, sem condições de criar o 
quinto filho recém-nascido, entregou a criança a Letícia, que, de 
comum acordo com o marido, Arnaldo, e juntamente com este, 
registrou em cartório o menino como se fosse filho do casal. 
Nessa hipótese, Letícia e Arnaldo devem responder por 
falsidade ideológica, configurada como crime contra a fé 
pública. 
 
Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao 
estado civil de recém-nascido 
 Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como 
seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, 
suprimindo ou alterando direito inerente ao estado 
civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei 
nº 6.898, de 1981) 
 
e) Ao sair de uma festa, Celestino entregou o ticket de 
estacionamento ao manobrista e aguardou a chegada do 
automóvel. O manobrista, por engano, entregou-lhe outro 
veículo, muito mais novo e, portanto, mais valioso. Mesmo 
sabendo que aquele não era o seu automóvel, Celestino o 
recebeu e o levou consigo. Nessa situação, Celestino não 
provocou o engano, mas também não o desfez, incorrendo no 
crime de estelionato. 
 
9 - ( Prova: CESPE - 2013 - SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da Receita 
Estadual) Considere que, logo após subtrair, dentro de um 
ônibus, a carteira de Manoel, sem que este perceba o fato, 
Jonas se dirija para o fundo do veículo, onde, mediante ameaça 
com uma faca, subtraia o celular de Paula e a carteira de seu 
namorado, Pedro. Nessa situação hipotética, Jonas pratica. 
a) furto em continuidade delitiva com roubo. 
b) roubo continuado. 
c) roubo, dada a progressão criminosa. 
d) furto em concurso material com roubos em concurso formal. 
e) furto em concurso formal com roubo. 
 
10 - ( Prova: CESPE - 2013 - PRF - Policial Rodoviário Federal) 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Pedro e Marcus, penalmente responsáveis, foram flagrados pela 
polícia enquanto subtraíam de Antônio, mediante ameaça com 
o emprego de arma de fogo, um aparelho celular e a 
importância de R$ 300,00. Pedro, que portava o celular da 
vítima, foi preso, mas Marcus conseguiu fugir com a 
importância subtraída. 
Nessa situação hipotética, Pedro e Marcus, em conluio, 
praticaram o crime de roubo tentado. 
 
 
 
 
GABARITOS: 
1 - E 2 - E 3 - C 4 - C 5 - D 6 - A 7 - C 8 - E 9 - 
D 10 - E

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