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Estafilococos: Características e Patogenicidade

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FACULDADE DE IMPERATRIZ- FACIMP/DEVRY
BACHARELADO EM FARMÁCIA
	
KELLY CRISTINA MENEZES LIMA SARAIVA
ESTAFILOCOCOS
Imperatriz
2018
KELLY CRISTINA MENEZES LIMA SARAIVA
ESTAFILOCOCOS
Trabalho apresentado para a obtenção parcial de notas a disciplina de Microbiolgia do curso de Bacharelado de Farmácia da Faculdade de Imperatriz- FACIMP/DEVRY.
Professor (a): Jeane Francisca Alves Ribeiro
Imperatriz
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 ESTAFILOCOCOS	5
3 CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	9
1 INTRODUÇÃO
As bactérias Gram-positivas, especialmente os cocos, representam grande quantidade de microrganismos no meio ambiente e são frequentemente isoladas em amostras biológicas humanas contidas em laboratórios de microbiologia. O gênero staphylococcus apresenta 40 espécies, das quais quatro são encontradas com maior facilidade: Staphylococcus aureus, Stafilococcus epidermidis, Stafiococcus lugdumensis e o Stafilococcus saprophyticus.
Os estafilococos são organismos esféricos dispostos em cachos irregulares semelhantes a cachos de uvas. Seu crescimento ocorre de forma exponencial em quase todos os meios de cultura e apresenta o metabolismo ativo com a capacidade de fermentação de carboidratos e pigmentos de tonalidade esbranquiçada e amarelada. Após coloração por técnica de Gram, adquirem cor arroxeada ao microscópio óptico, devido à sua membrana simples e parede celular de peptidoglicano grossa, constituída por mureína, ácido teicóico e polissacarídeos. Esses organismos caracterizam os patogénos mais comuns do ser humano. 
Esses microrganismos bacterianos manifestam-se em maior inúmeros na pele e na mucosa humana e de outros animais. Alguns deles têm a capacidade de ser isolar em locais específicos do corpo. Os estafilococos podem se apresentar isolados ou em pares, em cadeia curta, ou agrupados. Seu aspecto da colônia acontece em meio sólido, apresenta pigmento e hemólise em ágar. 
As bactérias estafilococos patogênicas ocasionando inúmeros danos aos organismos biológicos as quais entram em contato, como, por exemplo, à coagulação sanguínea. Essas são capazes de formar abscessos, supurações e outras infecções que podem evoluir para doenças mais severas septicemia.
2 ESTAFILOCOCOS
As bactérias do gênero Sthaphylococcus gram-positivas tem formato esférico com aproximadamente 1 µm de diâmetro e se apresentam em grupos de aspectos de cachos irregulares. Esses microrganismos não apresentam flagelo, o que os incapacitam de locomover-se autonomamente. São caracterizando com seres anaeróbicos facultativos, que podem viver em ambientes aeróbios usando oxigênio e, facultativamente, viver em meios anaeróbicos através da fermentação, seu crescimento ocorre de forma mais rápida em ambientes aeróbios com temperatura em média de 37º C, no entanto para se obter uma melhor pigmentação seu processo de crescimento tem que ocorrer a uma temperatura de 20 a 25°C. Assim, as colônias que se desenvolvem em meio solido apresenta um formato arredondado, lisa apresentando uma elevação e brilhantes.
Para que se tenha um crescimento de forma adequada os Sthaphylococcus possuem a capacidade de produzirem catalises, um processo de fermentação lento dos carboidratos, resultando no ácido láctico. Os estafilococos apresentam uma propriedade em que é possível suporta o processo de ressecamento, calor e cloreto de sódio a 9%, contudo demonstram certa inibição com relação a determinadas substâncias químicas. 
Os estafilococos são organismos fáceis de cultivar, pois não precisam de um alimento específico para isso, apenas que este alimento seja rico em nutrientes. Desta forma, eles podem ser analisados de forma isolados, aos pares, tétrades e cadeias em uma cultura liquida. Com acontece o envelhecimento dessas células muitos gram-positivos passam a serem gram-negativos imóveis e não formam esporos. Quando os estafilococos se misturam com determinados fármacos, como a penicilina, eles sofrem o processo de lise, onde ocorre a destruição ou dissolução da célula causa pela rotura da membrana plasmática.
Das espécies bacterianas do gênero Sthaphylococcus destacam-se a Staphylococcus aureus, por ser um coagulase-positivo, característica que faz com que sejam facilmente identificados das outras espécies, esses é significativo patógeno humano, quase os todos os seres humanos já apresentaram alguma forma de infecção causada por esse tipo de bactéria. Os coagulase-negativos estão relacionados com a microbiota do ser humano em que só provoca alguma infecção a partir de uma implantação de um aparelho para facilitar a saúde do paciente, como próteses de articulação, por exemplo, cerca ¾ das infecções causadas por estafilococos coagulase-negativo é provocado pela S. epidermidis. 
Os estafilococos na sua composição apresentam polissacarídeos e proteínas antigênicas, assim como outras substâncias importantes na construção da parede celular. Com ajuda do polímero que ajuda a rigidez da parede celular, o peptidoglicano possui a capacidade de forma um rígido exoesqueleto na parede celular bacteriana. Esse pode ser danificado por um ácido forte ou por exposição à lisozima, a qual tem um papel importante no ato da infecção, devido a sua habilidade de induzir a produção de interleucina e de anticorpos opsônicos pelos monócitos. 
Por causa da grande capacidade de proliferação que os estafilococos apresentam, esses são capazes de desenvolver diversas doenças e produzirem substâncias extracelulares, como enzimas e toxinas. 
Os microrganismos estafilococos geram a catalise (enzima intracelular encontrada na maior parte dos organismos que decompõem o peróxido de hidrogênio H2O2) processo pelo no qual convertem o H2O2 em água e oxigênio. O teste da catalise enzimática distingue os estafilococos positivos dos estreptococos negativos. Bactérias como Staphylococcus aureus produzem coagulase (complexo protéico reconhece e se ligam a receptores protéicos na superfície da célula hospedeira). A coagulase conecta-ser á protrombina (proteína plasmática inativa essencial para a coagulação sanguínea) que juntas torna-se enzimaticamente ativas, resultando na polimerização da fibrina (proteína fibrosa envolvida na coagulação de sangramento). A produção de coagulase pelos os estafilococos é vista como fenômeno patogênico invasivo. 
Essas bactérias ainda apresentam a habilidade de induz forma outras substâncias enzimáticas, como hialuroridase (degrada a matriz extra-celular, composta de ácido hialurónico, facilitando a invasão dos tecidos), posta como fator de propagação, e estafioquinese (capaz de dissolver os coágulos de fibrina, tornando mais fácil sua multiplicação e invasão). E ainda, possuem a capacidade de produzir a α-hemolisina (proteína heterogênica apta a atuar em um largo espectro de membranas das células eucarióticas), β- toxina capaz de causar danos a esfinogomielina, sendo um tipo de substância bastante tóxica para o ser humano. 
	Existem inúmeras patologias causadas pelas bactérias do gênero Sthaphylococcus, como S. epidermidis encontrados na microbiota normal da pele humana, das vias respiratórias e do trato gastrintestinal. As características da S. aureusfazem com que ocorra a formação se coagulase no qual vai ocorrer a formação de pigmentação amarelado e ser hemolítico e provocar intoxicação alimentar. O S. epidermidis pode infectar próteses ortopédicas e cardiovasculares e ainda acometer paciente imunossuprimidos. O S. saprophyticus capaz de causa infecções das vias urinárias em mulheres jovens e outros. 
Os fatores de virulência são mecanismos que permitem a invasão do microrganismo no sistema biológico saudável. Essa etapa é regulada por diversos sistemas que são sensíveis e tem a capacidade de reagir aos sinais do meio ambiente. O sistema que é considerado o principal esta relacionada com a consistência de duas proteínas, o DNA e os pequenos RNAs reguladores. 
Os estafilococos mais patogênicos é Staphylococcus aureus. Geralmente, causa infecções de pele e algumasvezes pneumonia, endocardite e osteomielite. Na maioria das vezes, provoca a formação de abscesso, a lesão estafilocócica em forma de furúnculo. Algumas cepas elaboram toxinas que provocam gastrenterite, síndrome da pele escaldada e síndrome do choque tóxico. 
O diagnóstico é por coloração de Gram e cultura. O tratamento é realizado com betalactâmicos penicilinase-resistentes, mas como a resistência a antibióticos é comum, pode ser necessário o uso de vancomicina ou outros antibióticos mais novos. Algumas cepas são parcial ou totalmente resistentes a todos, exceto aos novos antibióticos, que incluem linezolida, tedizolida, quinupristina/dalfopristina, daptomicina, telavancina, dalbavancina, oritavancina, tigeciclina, ceftobiprole e ceftarolina.
	
	
	
	
3 CONCLUSÃO
Os estafilococos são organismos bacterianos de grande importância microbiológica. Esses podem ser encontrados em qualquer forma de ambiente em quaisquer condições adversas para eles, pois são capazes de sobreviver em, praticamente, todos os meios.
Devido a sua variedade de adaptação, as bactérias Sthaphylococcus caracterizam-se um dos principais patogénos que acomete o sistema biológico humano. Apesar das diversas espécies já categorizadas, somente quatro espécie desse gênero apresenta significativa relevância dos estudos microbiológicos médicos, em razão das suas patogenias e prevalência. 
REFERÊNCIAS
BROOKS, G. F. [et. al.]. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg [recurso eletrônico]. Tradução: Cláudio M. Rocha de Souza. Revisão Técnica: José Procópio Moreno Senna. – 26. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2014.
ARAUJO, M. Staphylococcus. InfoEscola. Disponível em: https://www.infoescola.com/reino-monera/staphylococcus/. Acesso em: 12 abr. 2018.
BUSH, L. M. [et. al.]. Infecções estafilocócicas. Manual MSD. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/cocos-gram-positivos/infec%C3%A7%C3%B5es-estafiloc%C3%B3cicas. Acesso em: 12 abr. 2018.

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