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Tiradas e Nacos de Direito e Português Qual a diferença entre crime preterdoloso e dolo eventual? 1 - No dolo eventual, o agente sabe o risco que existe em produzir o resultado e mesmo assim, continua. Pois pouco se importa se acaso ele ocorrer, embora não queira que ele ocorra. Ex.: um amador resolve atirar uma faca em uma maçã que está posicionada na cabeça de uma mulher, ele não se importa com o risco de sua ação e, acaba acertando a mulher. No crime preterdoloso, o agente age com dolo na ação subsequente e culpa na ação consequente. Ex.: em uma briga, A desfere socos e pontapés na cabeça de B que, acaba morrendo por causa de tantas pancadas. A responderá por lesão corporal seguida de morte, pois teve dolo na lesão e culpa na morte (crime preterdoloso). 2 - No primeiro o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém, acaba obtendo um resulto mais grave, na forma culposa. No segundo, o agente assume o risco de o crime ocorrer (Ex.: uma pessoa dirige a 200 km/h numa avenida movimentada, o motorista não está tentando matar ninguém, mas qualquer pessoa minimamente sana sabe que dirigir a 200km/h numa avenida movimentada provavelmente causará a morte de alguém. Se ele mata alguém, então pode ser enquadrado no homicídio com dolo eventual pois assumiu o risco de causar a morte de alguém). Qual a diferença entre perempção, preclusão e prescrição? Prescrição: é a perda da pretensão punitiva ou executória, causada pelo decurso do tempo. Perempção: é a sanção processual ao autor inerte ou negligente. (A prescrição e a perempção extinguem o direito de punir - art. 107, IV, CP.) Preclusão: é a perda do direito de agir nos autos em face da perda da oportunidade conferida por determinado prazo. Qual a diferença entre linguagem e língua? 1 - Linguagem – capacidade humana de se comunicar com os outros. Exemplos: gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para representar conceitos, ideias, sentimentos, significados, pensamentos. Língua – conjunto de palavras e expressões que usamos para nos comunicar com os outros. A língua tem regras próprias organizadas em um sistema, que no caso é o alfabeto e a gramática. Vejam a linguagem como o fim e a língua como o meio para se comunicar. 2 - A linguagem é a capacidade natural que o ser humano tem de se comunicar, seja por meio de palavras, gestos, imagens, sons, cores, expressões, etc. A linguagem pode ser classificada em: verbal e não verbal: Verbal – quando usa palavras (escrita ou falada). Não-verbal – quando utiliza gestos, sons, cores, imagens, etc. Pode-se optar pelo uso de uma ou outra forma de linguagem, ou mesmo utilizar a combinação da duas para se comunicar. A língua é o conjunto de sinais que determinadas comunidades usam para se comunicar. São as regras gramaticais. Linguagem: universal e abstrata capacidade de todo ser humano. Por exemplo, o sorriso é entendido por qualquer ser humano. Língua: local e concreta, capacidade de determinado povo, ou de quem se disponha a aprender as regras gramaticais da língua específica. Por Exemplo, o idioma francês só é entendido pelo povo francês, ou por quem estude e domine a gramática da língua francesa. 3 - O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade? Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais. Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal! Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal. A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, ”cartoons” e anúncios publicitários. Observe alguns exemplos: Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol. Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim). Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra- molas”. Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”. Imagem indicativa de “silêncio”. Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. 4 - Língua é o conjunto de símbolos, regras que um determinado grupo utiliza para a comunicação. É o idioma utilizado para comunicar. Só é entendida, compreendida por um determinado grupo que conhece a língua ou que conhece toda sua parte gramatical e interpretativa Linguagem é a capacidade que os seres humanos têm em interpretar, produzir, reproduzir, compreender as formas de linguagem. Que pode ser verbal (falada ou escrita) ou não verbal (pintura, arte, movimentos, gestos, entre outras manifestações). Além disso a linguagem é universal, sendo compreendida por todos os povos de diferentes culturas. Qual a diferença entre registro formal e registro informal? 1 - Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem Formal e Linguagem informal. Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante. Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida. Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, emprega uma linguagem informal, podendo usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”. Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc., portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escrever de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem) que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a nossa necessidade. Não esqueça!!!. Muitos acham que linguagem informal é aquela em que usamos gírias, ISSO NÃO É VERDADE .... Podemos fazer uso da linguagem informal sem usar gírias. Por exemplo, quando digo: - A gente vai ao cinema Edu? “A gente” é informal e “ Edu”, um apelido também indica uma intimidade típica da linguagem informal. Então, o que indica se a linguagem é informal ou não, não é apenas o uso de gírias, mas outros aspectos como o grau de intimidade, familiaridade entreos interlocutores (aquele que fala e aquele para quem se fala). 2 - O registro linguístico é a utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a expressão a um determinado auditório ou finalidade. Certas escolhas, especialmente as lexicais e sintáticas, mas também o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua, permitem ajustar a comunicação a uma situação: as pessoas se expressam de forma diferente conforme o ouvinte seja um parente, um desconhecido, uma criança ou um superior hierárquico, e segundo a sua idade, meio social e nível cultural. Na linguagem falada, em grau decrescente de formalidade, o registro pode ser oratório, formal, coloquial tenso, coloquial distenso ou familiar. Na linguagem escrita, o registro pode ser literário, formal, informal ou pessoal. Outra classificação, simplificada, é a distinção entre linguagem formal e informal, válida tanto para a língua falada quanto para a escrita. 3 - Registro formal: é aquele ensinado nas escolas e serve de veículo às ciências; é usado pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais; mais usada na linguagem escrita, reflete prestígio social e cultural; é mais estável, menos sujeito a mudanças. É de uso nos meios diplomáticos e científicos; nos discursos e sermões; nos tratados jurídicos e nas sessões do tribunal. Usam-na os juristas nos diferentes misteres da profissão. Registro informal: é aquele usado espontaneamente pelo povo; mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregado de vícios de linguagem (pleonasmos, solecismos etc.), expressões vulgares, gírias e orações coordenadas, o que ressalta o caráter oral e popular da língua. O que é hipertexto? 1 - Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda a informações que estendem ou complementam o texto principal. O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta. 2 - Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia", que seria a ligação de textos com outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado. Coerência textual é uma relação harmônica que se estabelece entre as partes de um texto, em um contexto específico, e que é responsável pela percepção!? 1 - Coesão – Ligação textual através de elementos linguísticos específicos. Coerência – Relação harmônica que se estabelece entre as partes de um texto, em um contexto específico, e que é responsável pela Coerência textual tem a ver basicamente, com as condições para o estabelecimento de um sentido em um contexto determinado. Pode-se vincular a noção de coerência às condições para que algum evento (textual ou não) seja interpretado em um contexto específico (isto é, possa ter um sentido a ele atribuído, nesse contexto). Coerência textual é, portanto, uma relação harmônica que se estabelece entre as partes de um texto, em um contexto específico, e que é responsável pela percepção de uma unidade de sentido. 2 – Coerência - Para o estabelecimento da coerência são necessários alguns fatores, como: contexto, situação de comunicação, regras do gênero a que o texto pertence e intertexto. O texto em questão utiliza-se do fato de que as propagandas estão sempre em evidência na sociedade, principalmente as de cerveja, que até travam brigas e rixas públicas. Através disso, criam todo um contexto para discutir as mensagens finais que cada uma veicula. Desse modo, o autor tece uma crítica a todo esse sistema comunicativo, no qual é permitido utilizar de qualquer mecanismo para persuadir o telespectador à compra, mesmo que seja de produtos supérfluos ou que causem mal à saúde, desde de que, ao final, apresentem uma frase de advertência para que, de certa forma, amenizem o estrago, com a evidência da palavra “moderação”. O autor tece diversas análises sobre as propagandas comerciais e até critica o cenário político do Brasil, bem como, o consumismo. Alguns exemplos: “Endivide-se com moderação”; ”Desenvolva um enfisema pulmonar com moderação” “Vicie-se com moderação”; “Encha sua cara de espinhas com moderação”; “ Inveje com moderação”; “Acredite com moderação”; “Desconfie com moderação”. O texto segue o mesmo raciocínio, em todos os parágrafos, e a estrutura de sua tipologia textual, no caso, um texto informativo que usa da ironia para convencer o leitor das ideias colocadas. Para criar uma relação com o leitor, o texto sugere novos slogans de propaganda, que segundo ele, seriam mais úteis para a sociedade e poderiam resolver os problemas das relações humanas, nas quais, muitas vezes, esse leitor pode estar inserido. Alguns exemplos são: “ Não fure fila, o mal-educado...”; “ Jogue a embalagem no lixo, seu porco...”; “ Sinal vermelho foi feito para parar, sabia...”. Todo o trabalho de escolha lexical visa à coerência do texto, que é alcançada pelo autor, já que as situações e contexto levam o leitor a compreender e a dialogar com o texto, mesmo que não concorde com todas as ideias.
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