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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO Profª Engª Diana Caranjo CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO O concreto é um dos poucos materiais de construção em que os engenheiros civis e arquitetos ainda têm acesso direto na sua produção, podendo interferir diretamente nas especificações e produção do material. Os engenheiros devem ter o conhecimento de que a durabilidade, a resistência a compressão, a relação água/cimento, o consumo de cimento r o abatimento do concreto tem uma interdependência entre si. • O que não deve ser tolerado NORMALIZAÇÃO BRASILEIRA NBR6118: 1978 Projeto Execução Produção Controle Uso e Manutenção Desempenho NBR6118:2007 NBR14931:2004 NBR 7212:2012 NBR 12655: 2006 NBR 5674:2012 • Concreto com Resistência inferior a 50MPa • é dosado com cimento, areia, brita e água. • não leva em conta os aditivos minerais e químicos. • é dosado em função da resistência e abatimento. CLASSES DE RESISTÊNCIAS DE CONCRETO • além do cimento, areia, brita e água leva em conta a presença de aditivos minerais e químicos • introduz o conceito de ponto de saturação do aditivo químico (superplastificante) e compatibilidade com o cimento empregado. • Concreto com Resistência superior a 50MPa (Alto Desempenho - CAD) COMPOSIÇÃO DOS CONCRETOS • Cimento • Adições Minerais: sílica ativa, escória de alto-forno, cinzas (volantes, casca de arroz, bagaço de cana-de-açúcar), resíduos cerâmicos, metacaulinita, caulim etc • Agregados (areia, brita) • Água • Aditivos Químicos (plastificantes e superplastificantes) • Fibras (vegetais, minerais, metálicas, sintéticas) Materiais componentes do concreto? TABELA 1 – CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (NBR 12655:2006) Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto Risco de deterioração da estrutura I Fraca Rural Insignificante Submersa II Moderada Urbana 1), 2) Pequeno III Forte Marinha 1) Grande Industrial 1), 2) IV Muito forte Industrial 1), 3) Elevado Respingos de maré 1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes secos com concreto revestido com argamassa ou pintura). 2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente. 3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes e indústrias químicas. (NBR 12655:2006) Tabela 2 – Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto (NBR 12655:2006) Concreto Tipo Classe de agressividade (Tabela 1) I II III IV Relação a/c em massa CA < 0,65 < 0,60 < 0,55 < 0,45 CP < 0,60 < 0,55 < 0,50 < 0,45 Classe de Concreto (NBR 8953) CA > C20 > C25 > C30 > C35 CP > C25 > C30 > C35 > C40 Consumo de cimento/m3 CA e CP > 260 > 280 > 320 > 360 Nota: CA Concreto armado; CP Concreto protendido PEDIDO E RECEBIMENTO DO CONCRETO CONTROLE DO CONCRETO • O que deve ser pedido • Resistência mínima • Máxima relação a/c • Módulo de deformação mínimo • Máxima dimensão do agregado • Abatimento para a condição de lançamento Concreto com: • O que não deve ser tolerado • A relação a/c não deve superar o valor estabelecido para o traço • Tempo longo entre o início da mistura e o lançamento do concreto nas formas (máximo 2 horas). • Consistência (abatimento) fora da especificada, comprometendo o lançamento TRAÇO PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO • Traço em massa: utilizado nas centrais de dosagem (usinas) • Traço em volume: utilizado no canteiro de pequenas obras MISTURA • Tipos de misturadores: com eixo horizontal, vertical ou inclinado MISTURA NA OBRA PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO MISTURA NA CENTRAL PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO MISTURA NA CENTRAL PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO APLICAÇÃO CONCRETO FRESO PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO Até 21 m3/h Velocidade de concretagem LANÇAMENTO DIRETO DA BICA PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO 3,8 a 13,6 m3/h Velocidade de concretagem GIRICAS PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO Velocidade de concretagem 7 a 21 m3/h BOMBA PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO Velocidade de concretagem 28 A 80 m3/h BOMBA PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO Velocidade de concretagem 7 a 40 m3/h GRUAS PRODUÇÃO DENTRO E FORA DO CANTEIRO CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) •Esta Norma é aplicável a concreto de cimento Portland para estruturas moldadas na obra, estruturas pré-moldadas e componentes estruturais pré-fabricados para edificações e estruturas de engenharia. •Atribuição das responsabilidades; •Moldagem de corpos de prova; •Formação de lotes de concreto; •Análise estatística dos corpos de prova. Responsabilidades do profissional responsável pelo projeto estrutural: • Registro da resistência característica à compressão do concreto, fck, obrigatório em todos os desenhos e memórias que descrevem o projeto; • Especificação de fcj para as etapas construtivas, como retirada de cimbramento, aplicação de protensão ou manuseio de pré-moldados; • Especificação dos requisitos de durabilidade da estrutura e elementos pré-moldados, durante sua vida útil, inclusive classe de agressividade adotada; • Especificação de propriedades especiais do concreto como: módulo de deformação mínimo na idade de desforma, movimentação de pré- moldados ou aplicação de protensão. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) Responsabilidades do profissional responsável pela execução da obra: • Escolha da modalidade de preparo do concreto; • Escolha do tipo de concreto a ser empregado e sua consistência, dimensão máxima do agregado e demais propriedades; • Atendimento a todos os requisitos de projeto, inclusive quanto a escolha dos materiais a serem empregados; • Aceitação do concreto; • Cuidados requeridos pelo processo construtivo e pela retirada do escoramento; • Verificação do atendimento da ABNT NBR 12655:2006. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) Responsáveis pelo recebimento do concreto: • Os responsáveis pelo recebimento do concreto são o proprietário da obra e o responsável técnico pela obra, designado pelo proprietário; • A documentação comprobatória do cumprimento da ABNT NBR 12655:2006 deve estar disponível no canteiro de obra, durante toda a construção e deve ser arquivada e preservada pelo prazo previsto na legislação vigente. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) ENSAIO DE CONTROLE DE ACEITAÇÃO: CONSISTÊNCIA (ABATIMENTO TRONCO CÔNICO) • Para o concreto preparado pelo executante da obra, devem ser realizados ensaios de consistência sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados ou: • Primeira amassada do dia; • Ao reiniciar o preparoapós uma interrupção de pelo menos 2 horas; • Na troca de operador; • Cada vez que forem moldados corpos de prova • Para o concreto preparado por empresa de serviços de concretagem, devem ser realizados ensaios de consistência a cada betoneirada. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; TRABALHABILIDADE – esforço para manipular uma quantidade de concreto com perda mínima de homogeneidade; MANIPULAR - PRIMEIRAS IDADES LANÇAMENTO ADENSAMENTO ACABAMENTO TRABALHABILIDADE – propriedade composta : FLUIDEZ - MOBILIDADE COESÃO - RESISTÊNCIA À EXSUDAÇÃO E SEGREGAÇÃO; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; O ENSAIO UNIVERSALMENTE MAIS USADO QUE MEDE APENAS A CONSISTÊNCIA É O ENSAIO DE ABATIMENTO DE TRONCO DE CONE; TRABALHABILIDADE AFETA A CAPACIDADE DE EXECUÇÃO ADEQUADA E DOS RESULTADOS DE RESISTÊNCIA E DURABILIDADE. CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; O EQUIPAMENTO PARA O ENSAIO DE TRONCO DE CONE É MUITO SIMPLES: HASTE DE SOCAMENTO; TRONCO CONE DE 300 mm DE ALTURA E DIÂMETRO VARIANDO DE 100 mm NO TOPO E 200 mm NA BASE O TRONCO DE CONE É PREENCHIDO COM CONCRETO E DEPOIS LENTAMENTE SUSPENSO. O CONCRETO, SEM APOIO, ABATE-SE COM SEU PRÓPRIO PESO. O DECRÉSCIMO DA ALTURA DO TRONCO DE CONE É CHAMADO DE ABATIMENTO DO CONCRETO . ESTE ENSAIO NÃO É ADEQUADO PARA CONCRETOS MUITO SECOS OU MUITO FLUIDOS CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; FONTE : http://engciv.wordpress.com/ CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; O ENSAIO NÃO MEDE COM SATISFAÇÃO O COMPORTAMENTO REOLÓGICO DO CONCRETO (FLUIDEZ); O MÉTODO É POPULAR MUNDIALMENTE POR SER DE SIMPLES EXECUÇÃO E FACILIDADE DE CONTROLE DE UNIFORMIDADE DA PRODUÇÃO DO CONCRETO; AS VARIAÇÕES FORA DO NORMAL NO RESULTADO DO TESTE PODE SIGNIFICAR UMA MUDANÇA INESPERADA NO TRAÇO, NA GRANULOMÉTRIA OU UMIDADE DO AGREGADO; ISSO POSSIBILITA UMA RÁPIDA INVESTIGAÇÃO E CORREÇÃO DO PROBLEMA; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO FRESCO: TESTE ABATIMENTO DO TRONCO CONE; FATORES QUE AFETAM A TRABALHABILIDADE, segundo Scanlon: - CONSUMO DE ÁGUA; - CONSUMO DE CIMENTO; - CARACTERÍSTICAS DO AGREGADO; - ADITIVOS E ADIÇÕES. • TRÊS CAMADAS IGUAIS COM APLICAÇÃO DE 25 GOLPES CADA ABNT NBR NM 67. • Norma: ABNT NBR NM 67 • Tempo para retirada do tronco cônico: de 5 a 10 segundos Medir o abatimento • Operação em no máximo 2 minutos e 30 segundos Controle de Produção e de Aceitação do Concreto Endurecido • Ensaios de corpos de prova • Moldagem dos corpos de prova • Cura Imediatamente após desmoldagem e identificação, os corpos-de- prova devem ser armazenados até o momento do ensaio em solução saturada de hidróxido de cálcio a (23 ± 2)°C ou em câmara úmida à temperatura de (23 ± 2)°C e umidade relativa do ar superior a 95%. Os corpos-de-prova não devem ficar expostos ao gotejamento nem à ação de água em movimento. Corpos de prova 10x20 ou 15x30 Golpes nos CP’S 10x20 (2 cam. c/ 12 golpes) e 15x30 (3 cam. c/ 25) • Ensaios mecânicos a serem realizados com os corpos de prova Compressão, módulo de elasticidade, tração, etc CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; A RESISTÊNCIA É A MEDIDA DE QUANTIDADE DE TENSÃO NECESSÁRIA PARA QUE O MATERIAL SE ROMPA. A RESISTÊNCIA DO CONCRETO É FUNÇÃO DO PROCESSO DE HIDRATAÇÃO DO CIMENTO, RELATIVAMENTE LENTO. TRADICIONALMENTE AS ESPECIFICAÇÕES DOS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA DO CONCRETO SE BASEIAM EM CORPOS DE PROVA CURADOS SOB CONDIÇÕES PADRÃO DE TEMPERATURA E UMIDADE PARA PERÍODOS DE 28 DIAS. CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; TIPICAMENTE A RESISTÊNCIA DE TRAÇÃO É 10% DA RESISTÊNCIA DE COMPRESSÃO E A RESISTÊNCIA DE FLEXÃO EM TORNO DE 15% OS FATORES QUE MAIS INFLUENCIAM NO RESULTADO DA RESISTÊNCIA SÃO: RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO; POROSIDADE. CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CURA EM LABORATÓRIO A cura do concreto nas primeiras idade deve ser feita preferencialmente em câmera úmida: CURA NA OBRA CURA NA OBRA CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CURA Cura inicial Após a moldagem, coloca –se os moldes sobre uma superfície horizontal rígida, livre de vibrações e de qualquer outra causa que possa perturbar o concreto. Durante as primeiras 24 h (no caso de corpos-de-prova cilíndricos), todos os corpos-de-prova devem ser armazenados em local protegido de intempéries, sendo devidamente cobertos com material não reativo e não absorvente, com a finalidade de evitar perda de água do concreto. Os corpos-de-prova a serem ensaiados a partir de um dia de idade, moldados com a finalidade de verificar a qualidade e a uniformidade do concreto utilizado em obra ou para decidir sobre sua aceitação, devem ser desmoldados 24 h após o momento de moldagem, no caso de corpos-de-prova cilíndricos, ou após 48 h, para corpos-de-prova prismáticos. CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE CURA Antes de serem armazenados, os corpos-de-prova devem ser identificados; Imediatamente após sua identificação, os corpos-de-prova devem ser armazenados até o momento do ensaio em solução saturada de hidróxido de cálcio a (23 ± 2)°C ou em câmara úmida à temperatura de (23 ± 2)°C e umidade relativa do ar superior a 95%. Os corpos-de-prova não devem ficar expostos ao gotejamento nem à ação de água em movimento. Na prática: retira-se o corpo de prova da solução 24h antes do ensaio. CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE RETIFICAÇÃO OU CAPEAMENTO RETIFICAÇÃO - Consiste na remoção, por meios mecânicos, de uma fina camada de material do topo a ser preparado. Esta operação é normalmente executada em máquinas especialmente adaptadas para essa finalidade, com a utilização de ferramentas abrasivas. A retificação deve ser feita de tal forma que se garanta a integridade estrutural das camadas adjacentes à camada removida, e proporcione uma superfície lisa e livre de ondulações e abaulamentos. As falhas de planicidade, em qualquer ponto da superfície obtida, não devem ser superiores a 0,05 mm CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE RETIFICAÇÃO OU CAPEAMENTO CAPEAMENTO - Consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova com uma fina camada de material apropriado. Deve ser utilizado um dispositivo auxiliar, denominado capeador, que garanta a perpendicularidadeda superfície obtida com a geratriz do corpo-de-prova. A superfície resultante deve ser lisa, isenta de riscos ou vazios e não ter falhas de planicidade superiores a 0,05 mm em qualquer ponto. A espessura da camada de capeamento não deve exceder 3 mmm cada topo. CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; PROPRIEDADES MECÂNICAS • Ensaios mecânicos Preparação dos corpos de prova CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EXECUÇÃO DO ENSAIO Até a idade de ensaio, os corpos-de-prova devem ser mantidos em processo de cura úmida ou saturada; As faces de aplicação de carga dos corpos-de-prova (topos inferior e superior) devem ser rematadas; Os corpos-de-prova devem ser rompidos à compressão em uma dada idade especificada, com as tolerâncias de tempo descrito abaixo Idade de ensaio /Tolerância permitida 24 h ± 30 min. 28 d ± 24 h 3 d ± 2 h 63 d ± 36 h 7 d ± 6 h 91 d ± 2 d CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; CONCRETO: ENSAIOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS O certificado de resultados de ensaio de corpos de prova moldados segundo a NBR 5738 deve conter as seguintes informações: a) número de identificação do corpo-de-prova; b) data de moldagem; c) idade do corpo-de-prova; d) data do ensaio; e) dimensões dos corpos de prova; f) tipo de capeamento empregado; g) classe da máquina de ensaio; e) resultado da resistência à compressão individual dos corpos-de-prova e do exemplar; f) tipo de ruptura do corpo-de-prova (opcional). CONCRETO ENDURECIDO: CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA E TESTE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES; ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO • Para controle bastam os resultados de 28 dias. Outras idades são para informações adicionais; • A amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura a lotes. Para cada lote deve ser retirada uma amostra, com número de exemplares de acordo com o tipo de controle: • Parcial: retirada amostras de uma parte das betonadas; • Total: retirada amostras de todas as betonadas. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) • AMOSTRAGEM - LOTES • Lotes: o controle de aceitação do concreto para cada lote estará de acordo com o máximo volume: • Exemplar: a) Num. Mínimo de exemplares é de 6 (NBR 12655:2006) b) Num. Máximo de exemplares é de um por betonada (NBR 12655:2006) Limites superiores Solicitação principal dos elementos da estrutura Compressão ou compressão e flexão Flexão simples Volume do concreto 50 m3 100 m3 Número de andares 1 1 Tempo de concretagem 3 dias de concretagem1) 1) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de 7 dias, que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas. CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) • CONTROLE ESTATÍSTICO DO CONCRETO POR AMOSTRAGEM PARCIAL • Para este tipo de controle, as amostras devem ser de no mínimo seis exemplares (n) (2 corpos de prova por exemplar) para concretos de classes até 50Mpa. • Para lotes com 6 ≤ n ≤ 20, o valor estimado de resistência característica à compressão (fck,est) na idade especificada, é dada por: Sendo: fck,est ≥ 6 . f1 m= n/2 . Despreza-se o valor mais alto de n, se for impar. f1, f2, fm valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente. fcm resistência média dos exemplares do lote, em MPa. SD desvio padrão da amostra Condição de preparo 6 - Número de Exemplares 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 ≥16 A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02 B ou C 0,75 0,80 0,84 ,087 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 •Para lotes com n ≥ 20: Fck,est = fcm – 1,65 SD CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) CONTROLE ESTATÍSTICO DO CONCRETO POR AMOSTRAGEM TOTAL (100%) • Consiste no ensaio de exemplares de cada amassada de concreto. • Não há limitação para o número de exemplares do lote e o valor estimado da resistência característica é dada por: Para lotes com n ≤ 20, fck,est = f1 Para lotes com n ≥ 20: fck,est = f1i Onde: i = 0,05n (quando o valor de i for fracionário, adota-se o número inteiro imediatamente superior) ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO DOS LOTES DE CONCRETO • Os lotes devem ser aceitos quando: fck,est ≥ fck CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO – PROCEDIMENTO (ABNT NBR 12655:2006) CONTROLE DO CONCRETO Referências ISAIA, G. C., Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência d Engenharia de Materiais. Ed.II São Paulo: IBRACON, 2010. MEHTA, P. K., MONTEIRO, P. J.M. Concreto:Microestrutura, propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 2008 ABNT NBR 12655:2006 - Concreto - Preparo Controle E Recebimento ABNT NBR 5738: 2003 – Concreto - Procedimento Para Moldagem E Cura De Corpos-de Prova NBR 5739: 2007 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos – Método de ensaio ABNT NBR NM 67 :1998– Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone Notas de Aula DS.c. Sidiclei Formagini
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