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ENSAIO DE ABATIMENTO DO CONCRETO: SLUMP TEST AULA 14 * Turma SEGUNDA (24/05/2021) Professora Rachel Pires Semestre: 2021.1 rachelpireseng@gmail.com Laboratório de Materiais de Construção Engenharia Civil e Arquitetura 2 NBR 16889: 2020 – Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. NBR 7212: 2021 – Execução de concreto dosado em central – Procedimento. NBR 12655: 2015, versão corrigida 2015 – Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento. NBR 5738: 2016 – Concreto – procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. NORMAS TÉCNICAS 3 A consistência do concreto está relacionada com suas próprias características, com a mobilidade da massa e a coesão entre seus componentes. Modificando a proporção de água adicionada ou empregando aditivos, sua plasticidade é alterada, variando a deformação do concreto perante esforços. INTRODUÇÃO 4 A consistência é um dos principais fatores que influenciam na trabalhabilidade do concreto, sendo que esta última depende também de características da obra e dos métodos adotados para o transporte, lançamento e adensamento do concreto. A trabalhabilidade é uma propriedade do concreto recém-misturado que determina a facilidade e a homogeneidade com a qual o material pode ser utilizado. INTRODUÇÃO 5 O ensaio do abatimento do concreto, também conhecido como Slump Test, é realizado para verificar a trabalhabilidade do concreto em seu estado plástico, buscando medir sua consistência e avaliar se está adequado para o uso a que se destina. OBJETIVO 6 - coletar a amostra de concreto (Preparar o concreto); - colocar a fôrma tronco-cônica sobre uma placa metálica bem nivelada e apoiar os pés sobre as abas inferiores do cone; - preencher o cone com a primeira camada de concreto e aplicar 25 golpes com a haste de socamento, atingindo a parte inferior do cone; - preencher com mais duas camadas, cada uma golpeada 25 vezes e sem penetrar a camada inferior; PROCEDIMENTO 7 - após a compactação da última camada, retirar o excesso de concreto, alisar a superfície com uma régua metálica e em seguida retirar o cone; - colocar a haste sobre o cone invertido e medir o abatimento (a distância entre o topo do molde e o ponto médio da altura do tronco de concreto moldado). OBS: Estas operações devem ser executadas sem interrupção e num período de tempo não superior a 2min e 30s. O tempo total desde a coleta da amostra até o desmolde não deve ultrapassar de 5min. PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO 7 PROCEDIMENTO 10 A medida máxima e mínima do abatimento é definida pelo calculista, em função das propriedades desejadas de trabalhabilidade. Normalmente são realizados dois slump test: um, para verificar as propriedades do concreto usinado entregue, e outro após a adição de um aditivo, para verificar a capacidade de auto adensamento do concreto (obtenção de um círculo de concreto de 45 cm, de acordo com especificações do cálculo estrutural). Após o concreto ser aceito através do ensaio de abatimento, deve-se coletar amostras para realizar o ensaio de resistência, através de moldagem de corpos de prova. OBSERVAÇÕES 11 Tabela de limites para o slump determinado após o abatimento. OBSERVAÇÕES 12 O Slump Test verifica o abatimento do concreto, seja usinado, seja rodado na obra. Ele é responsável por verificar a trabalhabilidade do concreto e sua unidade de medida é o centímetro (cm). Diferente do que muitos pensam, não existe nenhuma relação direta entre a resistência do concreto e seu Slump. Para concreto usinado, a verificação do Slump é realizada assim que o caminhão betoneira chega na obra, e ele tem uma tolerância indicada, para mais ou para menos. Por exemplo, um concreto com Slump 10 +/- 2, significa que o Slump desse concreto pode variar de 8cm a 12cm. OBSERVAÇÃO: 13 OBSERVAÇÃO: 14 Procedimentos corretos previstos em norma são fundamentais para não alterar resultados no laboratório: Para execução de estruturas em concreto armado, há uma série de vantagens em solicitar o fornecimento do concreto a uma empresa de serviços de concretagem. O primeiro fator é o corte de gastos com energia elétrica, água, areia, brita e cimento, além do melhor aproveitamento do espaço físico. Outra vantagem é que o concreto pode ser entregue no volume estritamente necessário para a obra, sem desperdícios. No entanto, não se deve perder de vista a qualidade do concreto. É por isso que se fazem testes com corpos-de-prova representativos do concreto, cuja moldagem e acondicionamento são tão importantes quanto a execução dos ensaios em si. MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA 15 Uma série de procedimentos deve ser respeitada. Assim que a betoneira estacionar no local da obra e bater (homogeneizar) o concreto, o laboratorista retira a amostra para a realização do ensaio de abatimento. A moldagem é realizada em moldes cônicos, em três camadas de volumes iguais. Em cada camada são aplicados 25 golpes com soquete apropriado, distribuídos uniformemente em toda a superfície do concreto. Em seguida, retira-se o molde suavemente dentro de um prazo de dez segundos. O abatimento é a diferença entre a altura do molde e o cone abatido de concreto. De posse do resultado, autoriza-se ou não a descarga do concreto. MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA 16 Após a liberação, descarrega-se o concreto, retirando-se do terço médio do volume da betoneira amostra para a confecção dos corpos- de-prova para ensaios de compressão. Dispondo dos equipamentos e materiais necessários, inicia-se a moldagem em moldes cilíndricos de 150 x 300 mm (15 x 30 cm) ou 100 x 200 mm (10 x 20 cm). Os moldes cilíndricos são preenchidos em quatro camadas de igual volume. Em cada camada são aplicados 30 golpes, com soquete apropriado (haste de 5/8”; h = 60 cm), distribuídos uniformemente em toda a superfície do concreto. Em seguida, dá-se o arrasamento dos topos com uma régua. MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA 17 Os corpos-de-prova são cobertos com um filme plástico ou placa de madeira para que fiquem protegidos da perda de água e das intempéries. Devem permanecer em superfície plana e isenta de qualquer tipo de vibração por 24 horas. Decorrido esse tempo, deverão ser retirados da obra e transportados para o laboratório, onde serão desenformados, identificados e acondicionados em câmara úmida até a data do ensaio de compressão. A compressão poderá ser depois de três, sete, 28 dias, ou qualquer outra data preestabelecida pelo projetista da estrutura. MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA 18 Após a definição da data de ruptura, os corpos-de-prova são retirados da câmara úmida e levados para faceamento dos topos (retífica) ou capeamento com enxofre. Após essa regularização, as amostras passam por ensaios de resistência à compressão em uma prensa devidamente calibrada, que comprovará se o material atende às especificações. MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA Fim!
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