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RESUMO DO LIVRO O OUE SÃO DIREITOS HUMANOS

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RESUMO DO LIVRO O “QUE SÃO DIREITOS HUMANOS”
As origens mais remotas da fundamentação filosófica dos direitos fundamentais da pessoa humana se encontram nos primórdios da civilização. Na transição do feudalismo para a sociedade burguesa e a influencia de pensadores iluministas, se formou a moderna doutrina sobre os direitos naturais, onde a base divina daria lugar a expressão racional do ser humano.
Segundo o autor, o assunto possui três concepções para a fundamentação filosófica dos Direitos Humanos. A primeira concepção é denominada idealista, que fundamenta os direitos humanos, a partir de uma visão metafísica e abstrata, através da vontade divina e da razão natural humana. E essa não depende do reconhecimento do Estado.
A segunda concepção é a positivista, apresenta os direitos humanos como um produto que emana da força do Estado por meio do seu processo de legitimação e o reconhecimento do legislativo.
	Por fim, a concepção crítico-materialista é inspirada nas obras de Karl Marx, onde afirma que os direitos humanos são “produtos da história”, ou seja, são lutas sociais em busca de reconhecimento político.
	A primeira geração ou primeiro momento mostra a luta da burguesia revolucionaria, contra o despotismo do absolutismo. Foi somente a partir das lutas travadas pela burguesia europeia contra o Estado absolutista, que se criaram condições para a instituição formal de um elenco de direitos que passariam a ser considerados fundamentais para o ser humano.
Esses direitos eram de grande interesse para as amplas massas populares, mas satisfazem primeiramente as necessidades da burguesia relacionada ao mercado livre e com isso favoreciam a consolidação do modo de produção capitalista. Para que isso acontecesse, o Estado liberal se consolidou e ocorreu a regulamentação constitucional dos direitos dos indivíduos.
Esses direitos individuais são civis e políticos, atribuídos a uma pretensa condição natural do individuo e sua realização é permitida pelo Estado. Esse período estava organizado em um Estado liberal comandado pela burguesia que avançava em desenvolver a economia industrial.
Com o desenvolvimento das indústrias, se formou uma nova classe social: o proletariado, que operava as maquina. Com esse novo perfil de sociedade, surgiu a crítica social sobre os direitos humanos e a organização dos sindicatos dessa classe operaria.
Esses direitos expressavam os desejos de uma classe que conseguirá transformar em um único projeto os sentimentos da ampla maioria do povo.
Um grande expoente dessa época foi Karl Marx, que desenvolveu um pensamento crítico sobre os direitos humanos. Sua reflexão abordava a luta de classes como meio de garantir na prática os direitos humanos.
A partir do pós-guerra desenvolvem-se os direitos dos povos, também chamados de “direitos da solidariedade”, a partir de uma classificação que distingue entre os “direitos da liberdade”, os “direitos da igualdade” e os “direitos da solidariedade”. Assim, os direitos dos povos são ao mesmo tempo “direitos individuais” e “direitos coletivos”, e interessa a toda a humanidade.
Documentos como a Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem e a Declaração Universal dos Direitos do homem, e a criação de órgãos controladores e fiscalizadores com caráter moral, como as Nações Unidas (ONU), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) expressaram a ampliação da temática dos direitos humanos no âmbito internacional. Dessa maneira, o ser humano passou a ter uma série de direitos universalmente reconhecidos por todos os Estados.
A América Latina, como um todo, incluindo o Brasil, não é conhecido como forte valorizadora dos Direitos Humanos. O final do século XX foi marcado pelo autoritarismo político e limitação da liberdade democrática, o que pode ser vista como Cone Sul da América Latina.
Segundo Dornelles, medidas paliativas repressivas reproduz apenas uma sociedade desigual à injusta, consequentemente aumenta o drama da criminalidade. Essa é uma realidade presente no nosso país.
 O autor conclui o livro fazendo reflexão de todos os problemas e situações dramáticas vividas principalmente pelos brasileiros. Para ele não basta apenas escrever na lei os direitos que temos e viver na utopia, mas sim garantir condições reais para que esses direitos sejam respeitados. Por fim, É importante ter noção de que justiça não é sinônimo de igualdade e sim de direitos aplicados corretamente. O fato é que ainda existe o preconceito, a descriminação racial e a impunidade de muitos. Os direitos das pessoas devem ser buscados e atendidos de maneira que não seja discriminatória.
DORNELLES, João Ricardo W. O Que São Direitos Humanos. Coleção Primeiros Passos. Vol. 229. Brasiliense. 2ªed.1989.

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