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Direitos Humanos

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DIREITOS 
HUMANOS
Guérula Mello Viero
Evolução histórica dos 
direitos humanos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Analisar a situação do homem no mundo.
  Descrever as etapas históricas na afirmação dos direitos humanos.
  Definir a posição dos direitos humanos no sistema normativo.
Introdução
O art. 5º da Constituição Federal estabelece que todos são iguais perante 
a lei, sem distinção de qualquer natureza. Mas, para se chegar a essa 
positivação dos direitos fundamentais do homem no âmbito jurídico, 
foram necessárias diversas lutas. Em muitos momentos, o homem foi 
visto como objeto, com inerente valor de troca. Mas, aos poucos, os 
seus direitos fundamentais foram sendo positivados, garantindo-se a 
segurança jurídica do indivíduo e estabelecendo-se a preservação da 
dignidade humana como princípio básico do Direito. 
Neste capítulo, você vai estudar como se estabeleceu o conceito 
de homem perante o mundo, como os seus direitos naturais foram re-
conhecidos e elevados a direitos fundamentais e qual é o papel dos 
direitos humanos frente à proteção da dignidade da pessoa humana no 
âmbito mundial. 
Situação do homem no mundo
Os seres humanos são todos iguais e merecem o mesmo respeito, indepen-
dentemente das suas crenças culturais e diferenças físicas e biológicas. Isso 
é o que postula a Constituição Federal de 1988, no art. 5º, caput: “todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]” (BRASIL, 1988, 
documento on-line). Mas como se chegou a esse entendimento?
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A ideia de igualdade entre os homens aflorou durante o período axial da 
história (ocorrido entre os séculos VIII e II a.C.), a partir da instituição da lei 
escrita “como regra geral e uniforme, igualmente aplicável a todos os indi-
víduos que vivem numa sociedade organizada”, conforme explica Comparato 
(2010, p. 24). Os judeus tinham a lei em uma posição sagrada, pois equivalia 
à manifestação da divindade.
No entanto, a lei escrita só se tornou fundamento preponderante na socie-
dade em Atenas (Grécia), momento em que a força das leis proporcionou ao 
cidadão um sentimento de vitória, visto que se deixou de falar da soberania 
de um indivíduo ou classe social em detrimento dos demais. Reforçando essa 
ideia dos atenienses, Comparato (2010, p. 25) reproduz um trecho da peça As 
Suplicantes (versos 434–437), de Eurípedes, que demonstra a importância da 
lei escrita contra o arbítrio do governo da época: “[...] uma vez escritas as leis, 
o fraco e o rico gozam de um direito igual: o fraco pode responder ao insulto 
do forte, e o pequeno, caso esteja com a razão, vencer o grande”.
Contudo, os gregos davam igual importância às leis não escritas, que 
ora poderiam representar os costumes relevantes ao mundo jurídico, ora as 
leis universais, relativas às crenças religiosas, as quais, por serem gerais e 
absolutas, não necessitavam de promulgação no território de uma só nação, 
conforme expõe Silva (2014). O caráter religioso dessas leis não escritas 
acabou sendo dizimado nas gerações posteriores. Isso fica visível na obra 
de Aristóteles, que passou a chamá-las de leis comuns, uma vez que tinham 
seu consenso universal reconhecido. Nesse contexto, conforme Comparato 
(2010), os romanos acabaram por adotar o conceito de leis comuns a todos 
os povos, baseadas nas leis não escritas, utilizando a expressão ius gentium 
(direito comum a todos os povos).
Com o aspecto religioso dissipado, era necessário achar outra justificativa 
que fundamentasse as leis universais aplicáveis a todos os homens. Como 
leciona Comparato (2010), tanto para os sofistas quanto, mais tarde, para os 
estoicos, o fundamento para a vigência desse direito de igualdade se encontrava 
na natureza humana. No período de Péricles, um dos principais líderes demo-
cráticos de Atenas, os direitos dos homens se fundamentavam na existência 
de uma igual natureza a todos, devido à contrariedade de Péricles à divisão da 
humanidade entre gregos e bárbaros. Segundo Silva (2014), os demais autores 
gregos da época entendiam que a igualdade essencial do homem surgia em 
oposição à existente disputa entre a individualidade própria de cada um e as 
funções que exerciam na vida social. 
O Sócrates de Platão, por exemplo, no seu diálogo com Alcibíades, procura 
traduzir a essência do homem como positivada na alma, não se misturando 
Evolução histórica dos direitos humanos2
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com o corpo, pois, para ele, esta daria origem à individualidade do ser hu-
mano. Os estoicos acabaram por discutir e aprofundar, durante seis séculos, 
a personalidade do homem, originada da oposição entre o papel de cada 
indivíduo na vida social e a essência individual de cada um. Assim, o estoi-
cismo centrou-se nas ideias de unidade moral do ser humano e na dignidade 
do homem, que possuía “[...] direitos inatos e iguais em todas as partes do 
mundo, não obstante as inúmeras diferenças individuais e grupais”, como 
elabora Comparato (2010, p. 28).
Em meio a debates religiosos sobre a elaboração do conceito de pessoa, 
uma das consequências foi o rompimento entre cristianismo e judaísmo. 
Até então, a tradição bíblica trazia Deus como modelo de pessoa a todos os 
homens, mas, o seu filho, Jesus, representava um modelo ético de pessoa. Tal 
rompimento ocasionou dois grandes debates iniciais: 
  primeiro, os doutores da Igreja discutiram a identidade de Jesus Cristo 
por dois ângulos — sendo ele possuidor de uma natureza exclusiva-
mente divina ou não tendo uma natureza consubstancial ao Pai, por ter 
sido efetivamente gerado por Ele; decidiram pela incidência de dupla 
natureza, divina e humana;
  segundo — no início do século VI, o filósofo Boécio rediscutiu o con-
ceito de pessoa e acabou por estabelecer uma nova definição, estabele-
cendo que a pessoa é a “[...] substância individual da natureza racional” 
(COMPARATO, 2010, p. 32), culminando na influência direta de todo 
o pensamento medieval.
Nesse contexto da concepção medieval de pessoa, iniciou-se a elaboração do 
princípio da igualdade, que norteia a vida do ser humano, independentemente 
da existência de diferenças biológicas ou culturais. Conforme Silva (2014), “é 
essa igualdade de essência da pessoa que forma o núcleo do conceito universal 
de direitos humanos”. Ou seja, a igualdade representa os direitos resultantes da 
própria natureza humana, os direitos que são comuns a todos, “a todo homem 
enquanto homem”, como afirma Comparato (2010, p. 32).
Assim, com base nessa nova fundamentação, escolásticos e canonistas 
medievais concluíram que não teriam vigência, muito menos força jurídica, 
as leis que fossem contrárias ao direito natural, momento inicial das bases 
da constitucionalidade. Graciano, considerado o pai do Direito Canônico, 
redigiu, entre 1140 e 1142, o Decretum Gratiani (Decreto de Graciano). No 
Distinctio 9, ele afirma: “[...] as normas positivas, tanto eclesiásticas quanto 
3Evolução histórica dos direitos humanos
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seculares, uma vez demonstradas a sua contrariedade com o direito natural, 
devem ser totalmente excluídas” (COMPARATO, 2010, p. 33).
Após as duas discussões iniciais, que convergiram para o conceito de 
pessoa, surgiu um terceiro debate, dessa vez por meio da filosofia kantiana, 
a qual sustentava que só quem possui a faculdade de agir conforme leis e 
princípios é ser racional. Dessa forma, a dignidade da pessoa não diz respeito 
apenas ao fato de a pessoa ser tratada ou considerada, em si mesma, como 
um fim em si, em vez de um meio para a obtenção de um determinado resul-
tado, diferentemente das coisas. “Ela resulta também do fato de que, pela sua 
vontade racional, só a pessoa vive em condições de autonomia, isto é, como 
ser capaz de guiar-se pelas leis que ele próprio edita”, conforme afirma Silva 
(2014, documento on-line).
Essa definiçãoculmina no entendimento de que a dignidade do homem 
não pode ser precificada como as coisas, visto que a humanidade é espécie 
e, em sua individualidade, não pode ser trocada por outra coisa. Segundo 
Comparato (2010, p. 34), “[...] pela sua vontade racional, a pessoa, ao mesmo 
tempo que se submete às leis da razão prática, é a fonte dessas mesmas leis, 
de âmbito universal”. 
Essa oposição ética entre pessoas e coisas, defendida por Kant, cuja concep-
ção defendia a dignidade humana como um fim em si, condenava práticas de 
desvalorização das pessoas à condição de coisas, como ocorria na escravidão. 
A escravidão, no entanto, acabou sendo abolida universalmente somente no 
século XX (COMPARATO, 2010, p. 35). 
Nesse mesmo século, a criação do universo concentracionário (pelos so-
viéticos, o Gulag; pelos nazistas, o Lager) evidenciou a despersonalização 
do ser humano, que:
[...] colocado nos campos de concentração esvaziado do seu próprio ser, da 
sua personalidade, com a substituição altamente simbólica do nome por um 
número [...] O prisioneiro já não se reconhecia como ser humano, dotado de 
razão e sentimentos: todas as energias concentravam-se na luta contra a fome, 
a dor e a exaustão. E nesse esforço puramente animal, tudo era permitido: o 
furto da comida dos outros prisioneiros, a delação, a prostituição [...] (COM-
PARATO, 2010, p. 36)
Evolução histórica dos direitos humanos4
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O termo universo concentracionário é composto por três aspectos centrais: repressão 
política, extermínio, por questões sobretudo raciais, e brutal exploração de trabalho 
forçado de prisioneiros, incluindo “extermínio pelo trabalho” (Vernichtung durch 
Arbeit). Desde 1949 sabe-se que o sistema concentracionário nazista, de exploração 
de trabalho forçado nos campos e guetos da Alemanha e da Europa ocupada, chegou 
a englobar 2.498 empresas, 20 mil “campos de trabalho civil” e “entre 10 a 12 milhões 
de pessoas, provenientes dos países ocupados, que foram sequestradas pela SS e pela 
Wehrmacht (Forças Armadas) para os campos”, para exercer trabalho forçado para a 
economia de guerra alemã, conforme expõe Cavalcante (2008, p. 8) .
De maneira análoga, o desenvolvimento do sistema capitalista de produ-
ção também transformou as pessoas em coisas, mas de forma mais discreta. 
Contrário ao capitalismo, Karl Marx denunciou que essa inversão de valores:
[...] implicaria na reificação das pessoas; ou melhor, a inversão completa da 
relação pessoa-coisa. Enquanto o capital é, por assim dizer, personificado e 
elevado à dignidade de sujeito de direito, o trabalhador é aviltado à condição 
de mercadoria, de mero insumo no processo de produção (SILVA, 2014, 
documento on-line)
Assim, com base na afirmação defendida por Kant de que as coisas possuem 
valor relativo, nascia a quarta etapa de elaboração do conceito de pessoa: “[...] 
a descoberta do mundo dos valores, com a consequente transformação dos 
fundamentos da ética”. Conforme Comparato (2010, p. 37), “[...] o homem 
é o único ser, no mundo, dotado de vontade, isto é, da capacidade de agir 
livremente, sem ser conduzido pela inelutabilidade do instinto”.
Há de se destacar que, em uma sociedade organizada, deve-se considerar a 
hierarquia existente: há bens ou ações humanas que valem mais que outras, ou 
que possuem valores mais acentuados. Nesse sentido, os direitos humanos “[...] 
foram identificados como os valores mais importantes da convivência humana, 
aqueles sem os quais as sociedades acabam perecendo, fatalmente, por um pro-
cesso irreversível de desagregação”, conforme expõe Comparato (2010, p. 38).
5Evolução histórica dos direitos humanos
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Dessa forma, chega-se na quinta e última etapa da elaboração do conceito 
de pessoa, que se iniciou no século XX, englobando a filosofia da vida e o 
pensamento existencialista. Nessa concepção, houve o reconhecimento de 
que a “[...] essência da personalidade humana não se confunde com a função 
ou papel que cada qual exerce na vida. A pessoa não é personagem” (COM-
PARATO, 2010, p. 39). 
Assim, o ser humano tem sua personalidade moldada pelo seu passado. 
A sua essência é evolutiva: ao longo da vida, o indivíduo está em constante 
transformação, pois seu ser é incompleto e inacabado. A dignidade existe de 
forma singular em cada um, pois o ser humano é dotado de caráter único e 
insubstituível, com valor próprio. Toda essa elaboração teórica, desenvolvida 
ao longo dos séculos, foi condensada na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (DUDH), aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, a qual proclamou, “[...] em seu 
artigo VI, que todo homem tem direito de ser, em todos os lugares, reconhecido 
como pessoa”, conforme explica Silva (2014, documento on-line).
Toda essa construção do conceito de pessoa, que ocasionou a legitimação 
da sua dignidade ao longo dos séculos, culminou na conclusão da descoberta 
de que a pessoa é a fonte e a medida de todos os valores, segundo uma 
expressão utilizada pelo filósofo Martin Heidegger, isto é:
[...] se o próprio homem [...] é o fundamento do universo ético, a História nos 
ensina que o reconhecimento dessa verdade só foi alcançado progressivamente, 
e que a sua tradução em termos jurídicos jamais será concluída, pois ela não 
é senão o reflexo do estado de ‘permanente inacabamento’ do ser humano 
(COMPARATO, 2010, p. 49)
Como leciona Paupério (1962, p. 72) no artigo “Direitos e deveres naturais 
do homem”:
[...] os direitos do homem são necessários à existência do próprio homem porque 
necessários à consecução do seu próprio fim. Esses direitos decorrem, como 
é óbvio, da própria natureza: são, portanto, direitos naturais. Tais direitos 
naturais são, dessa forma, direitos fundamentais inerentes à própria natureza.
Evolução histórica dos direitos humanos6
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A afirmação dos direitos humanos
O indivíduo percorreu um longo caminho, desde os primórdios até os dias 
atuais, para positivar os direitos considerados essenciais à pessoa. Como 
leciona Bobbio (1992, p. 5), os direitos do homem, “[...] por mais fundamentais 
que sejam, são direitos históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, 
caracterizados por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e 
nascidos de modo gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas”. 
Os direitos que hoje se encontram positivados nasceram das lutas contra o 
poder, contra a opressão, de forma gradual; isto é, esses direitos não foram 
conquistados de uma só vez, foram sendo adquiridos aos poucos, conforme 
nascia a necessidade de assegurar a cada pessoa e à sociedade uma existência 
digna, como afi rmam Siqueira e Piccirillo (2009). 
A consciência histórica dos direitos humanos despontou após um longo 
trabalho voltado à limitação do poder político. A primeira manifestação ocorreu 
entre os séculos XI e X a.C., quando se instituiu o reino unificado de Israel, 
tendo Rei Davi como responsável pela execução da lei divina, conforme 
explica Comparato (2010). Os direitos humanos também tiveram suas bases 
na Grécia Antiga, como vimos anteriormente, quando esta colocou a pessoa 
como centro das discussões, o que possibilitou refletir-se sobre a vida humana, 
como expõem Siqueira e Piccirillo (2009). Já em Roma, a limitação do poder 
político foi atingida por meio de um controle recíproco entre os órgãos políticos, 
não pela soberania popular.
O cristianismo também teve sua parcela de responsabilidade para o reco-
nhecimento dos direitos humanos. Como explica Miranda (2000, p. 17), “[...] 
todos os seres humanos, só por o serem e sem acepção de condições, são 
considerados pessoas dotadas de um eminente valor. [...] Criados à imagem 
e semelhança de Deus, todos têm uma liberdade irrenunciável que nenhuma 
sujeição política ou social pode destruir”. Por influência do cristianismo e do 
feudalismo,visto a dificuldade da prática comercial à época, a descentrali-
zação política marcou a sociedade medieval, culminando na existência de 
diversos centros de poder. Nesse período, haviam três divisões, como explicam 
Siqueira e Piccirillo (2009): 
  o clero, que respondia pela oração e pregação; 
  a nobreza, que vigiava e protegia; 
  o povo, que tinha a incumbência de trabalhar para sustentar a todos.
7Evolução histórica dos direitos humanos
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Determinadas comunidades, sejam pertencentes ao clero, à nobreza ou ao 
povo, passaram a ter alguns direitos reconhecidos por meio de documentos 
escritos, a partir da segunda metade da Idade Média. O documento que merece 
destaque é a Magna Carta de 1215, escrita por João Sem-Terra, no século XII, 
na Inglaterra (Figura 1). Considerada o “[...] documento básico das liberdades 
inglesas, foi editada com o intuito de assegurar os privilégios dos barões e 
garantir os direitos individuais dos homens livres” (SILVA, 2013, documento 
on-line). Moraes (2000, p. 25) destaca que, entre outras garantias, a Magna 
Carta previa “[...] a liberdade da Igreja da Inglaterra, restrições tributárias, 
proporcionalidade entre delito e sanção; previsão do devido processo legal, 
livre acesso à justiça, liberdade de locomoção e livre entrada e saída do país”.
Figura 1. Memorial erguido em Runnymede, no estado inglês 
de Surrey, em homenagem à Magna Carta de 1215.
Fonte: Paul Daniels/Shutterstock.com.
No século XIII, já no final da Idade Média, os escritos de São Tomás de 
Aquino exerceram fundamental importância no campo teórico, ao ressaltarem 
que o ser humano possui dignidade e igualdade, visto que foi criado à imagem 
e semelhança de Deus. Ainda, reforçam que há quatro classes distintas de leis: a 
eterna, a natural, a divina e a humana. A humana, segundo São Tomás, é fruto 
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da vontade do soberano, mas precisa estar acordada com a vontade de Deus. 
Dallari (1999, p. 54) reforça esses ideais, ao dizer que São Tomás de Aquino:
[...] tomando a vontade de Deus como fundamento dos direitos humanos, con-
denou as violências e discriminações, dizendo que o ser humano tem direitos 
naturais que devem ser sempre respeitados, chegando a afirmar o direito de 
rebelião dos que forem submetidos a condições indignas.
Já na Idade Moderna — período da civilização ocidental que vai de 1453, 
com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, até a Revolução 
Francesa, em 1789 —, a descentralização política, o predomínio da Igreja 
Católica e o feudalismo vão deixando de existir, dando início à sociedade 
moderna, como explicam Siqueira e Piccirillo (2009). Esse cenário decorre 
de inúmeros fatores, como do desenvolvimento do comércio — que deu ori-
gem à burguesia — e da aparição do Estado Moderno, com o poder político 
centralizado, em que todos do reino passam a ter os mesmos direitos, etc., 
conforme expõe Martinez (1999). O Estado Moderno surgiu aliado à burguesia, 
que tinha interesse em ter um poder único, absoluto, para desenvolver as suas 
atividades, com o objetivo de criar uma sociedade em que o indivíduo tivesse 
prevalência sobre o grupo. 
Nesse período, os principais escritos foram a Petição de Direito (Petition 
of Rights), de 1628, elaborada por Sir Edward Coke, na Inglaterra; a Lei do 
Habeas Corpus (Habeas Corpus Amendment Act), de 1679; a Declaração 
de Direitos (Bill of Rights), de 1689; a Declaração de Direitos do Povo da 
Virgínia, de 1776; a Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 
1776; e a Constituição dos Estados Unidos da América, de 1787, conforme 
expõe Silva (2013).
O absolutismo valorizava as particularidades de cada indivíduo depois 
pensar na sociedade, privilegiava o privado ao público, centralizava a economia 
e beneficiava a burguesia, mas mantinha o domínio do Estado Absolutista nas 
mãos da nobreza feudal. Esse regime político-econômico da época acabou se 
transformando em uma maneira de exploração, o que ocasionou constantes 
revoltas dos burgueses contra os feudos, desencadeando a Revolução Francesa 
de 1789, na qual os movimentos sociais buscavam o fim do antigo regime. 
Conforme Silva (2013, documento on-line), “[...] com as revoluções bur-
guesas instalou-se o Estado Liberal, que promoveu a distinção entre Estado 
e sociedade civil (público e privado) e fez nascer a primeira noção de Estado 
de Direito”. Esse período histórico ficou marcado pela conquista da liberdade 
“[...] consubstanciada nos direitos e garantias individuais (todo poder emana 
9Evolução histórica dos direitos humanos
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do povo e em seu nome será exercido)” (SILVA, 2013, documento on-line). A 
Revolução Francesa culminou na elaboração da primeira declaração contem-
porânea de direitos humanos, a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1789, a qual definiu que todos os indivíduos “[...] nascem e são 
livres e iguais em direitos”, como afirma Comparato (2010, p. 62). 
A Declaração de 1789 serviu de inspiração para as constituições que a 
sucederam, principalmente a DUDH, de 1948, promulgada pela Organização 
das Nações Unidas. Os direitos humanos possibilitaram a inserção dos direitos 
fundamentais no contexto internacional, fato que ensejou maior prevalência 
nos ordenamentos jurídicos internos. Como destacam Siqueira e Piccirillo 
(2009), a partir da aprovação da Declaração de 1948 na Assembleia Geral das 
Nações Unidas, em Paris, os direitos fundamentais passaram a ser vistos sob 
outra ótica, em que a necessidade e a isonomia estão lado a lado, buscando a 
limitação do poder estatal. 
Qual é a diferença entre direitos dos homens, direitos fundamentais e direitos humanos 
(MACHADO, 2015)?
  Os direitos dos homens são aqueles originários do jusnaturalismo (naturais, ine-
rentes à pessoa), que não são positivados ou escritos, ou seja, não encontram 
legitimidade em constituições ou legislações. Essa classificação se encontra em 
desuso, visto que a quase totalidade dos direitos está prevista, implícita ou expli-
citamente, nos textos normativos internos e internacionais.
  Os direitos fundamentais se relacionam à previsão constitucional dos direitos 
das pessoas que se encontram dentro de determinado Estado.
  Os direitos humanos configuram os direitos previstos nos tratados internacionais 
e costumes internacionais. Eles corporificam o Direito internacional dos direitos 
humanos, enriquecendo o escudo protetor interno dos Estados. 
Os direitos humanos no sistema normativo
Todos os homens possuem direitos naturais, que são inerentes aos seres hu-
manos. Esses direitos, em comunhão com diversas fontes, que vão desde 
as tradições das civilizações ao longo dos anos, passando pelos incontáveis 
pensamentos fi losófi cos-jurídicos, até as ideias do cristianismo, são os res-
ponsáveis pelo surgimento dos direitos fundamentais. Esses fatores possuíam 
um ponto em comum, conforme Moraes (2011, p. 1): “[...] limitação e controle 
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dos abusos de poder do próprio Estado e de suas autoridades constituídas e a 
consagração dos princípios básicos da igualdade e da legalidade como regentes 
do Estado moderno e contemporâneo”.
Bobbio (1992) destaca que, no período em que os direitos dos homens eram 
vistos apenas como direitos naturais, a única maneira de se defenderem de 
uma violação do Estado era por meio do direito de resistência. No entanto, 
com o surgimento das Constituições, que reconheceram que alguns direitos 
mereciam proteção jurídica, esse direito de resistência se tornou um direito 
positivo, que permitia ação judicial contra o Estado. 
Durante a passagem da Idade Média para a Moderna, identificam-se os 
primeiros sinais de positivismo dos direitos dos homens. Em meio aos ideais 
burgueses, as concepções individuais e a instauraçãodo capitalismo liberal, 
a Magna Carta de 1215 surgia para limitar os poderes monárquicos e dar 
liberdade de ação aos burgueses. Esse governo, que seria antiabsolutista, 
permitiu a materialização da soberania popular. Contudo, essa também pode 
ser vista como a fase embrionária dos direitos humanos, segundo Comparato 
(2007), por nela ter despontado o valor da liberdade. Quando o autor se 
refere à liberdade, não é a geral, que beneficia a todos, sem condições sociais 
— esta só viria a ser declarada no final do século XVIII —, mas liberdades 
específicas, aquelas que favorecem os estamentos superiores da sociedade, 
nos quais o clero e a nobreza estão inseridos, permitindo algumas concessões 
em benefício do povo, que o autor chama de “terceiro Estado”.
Essa fase mais liberal foi marcada por três momentos importantes da 
história, que representaram as aspirações democráticas: 
1. a Revolução Inglesa; 
2. a Independência das Treze Colônias Americanas, que culminou na 
elaboração da Constituição dos Estados Unidos; 
3. a Revolução Francesa, que foi responsável pela Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, de 1789, e pela origem da Constituição da França. 
Note que a ideia de direitos fundamentais é anterior ao surgimento do 
constitucionalismo, uma vez que esse último apenas representou a necessidade 
de estabelecer por escrito um rol mínimo de direitos humanos. Como leciona 
Moraes (2011), o nascimento do constitucionalismo tem relação direta com 
as Constituições dos Estados Unidos da América, em 1787, e da França, em 
1791. Ambos os textos apresentavam dois traços marcantes: “[...] organização 
do Estado e limitação do poder estatal, por meio da previsão de direitos e 
garantias fundamentais” (MORAES, 2011, p. 1).
11Evolução histórica dos direitos humanos
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O Direito Constitucional é um dos ramos do Direito Público e tem por 
objetivo a constituição política do Estado, visto que é “[...] fundamental à 
organização e ao funcionamento do Estado”, como afirma Moraes (2011, p. 1). 
Segundo Canotilho (1994, p. 151), a Constituição é o próprio produto legislativo 
do Direito Constitucional, uma vez que sua elaboração exerce dupla função: 
“[...] garantia do existente e programa ou linha de direção para o futuro”. 
Com o passar dos anos, os direitos civis começam a dar espaço para os 
direitos sociais. As Constituições passam a ser o centro do ordenamento ju-
rídico, deixando de lado os Códigos Civis. Essa transformação do liberalismo 
clássico concretiza os interesses capitalistas, visto que ocorre durante a Grande 
Depressão, quando o intervencionismo estatal precisava ser institucionalizado 
para garantir soluções aos problemas econômicos e sociais, como expõem 
Menezes et al. (2008).
Nesse sentido, os direitos fundamentais acabam por constituir previsões 
necessárias a todas as Constituições, uma vez que consagram o respeito à digni-
dade humana, garantem a limitação do poder e visam ao pleno desenvolvimento 
da personalidade humana (MORAES, 2011). No entanto, segundo Comparato 
(2007), a plena afirmação dos novos direitos humanos, os quais englobavam 
exigências econômicas e sociais, ocorreu apenas no século XX, quando foram 
efetivadas as constituições mexicana, em 1917, e alemã (Weimar), em 1919.
As Constituições passaram a priorizar a dignidade da pessoa humana 
nosseus textos, demonstrando uma preocupação mais humanitária em suas 
elaborações. Entretanto, a conscientização generalizada dos países sobre a 
necessidade de proteção ao indivíduo só veio após a Segunda Guerra Mundial, 
devido às barbáries ocorridas durante o nazismo, culminando na DUDH, 
em 1948. Ela teve papel fundamental, influenciando internacionalmente 
toda a esfera constitucional, consistindo no momento em que diversos países 
incorporaram em seu ordenamento jurídico um capítulo sobre os direitos e 
garantias individuais. Assim, surgiram diversas outras cartas internacionais 
na conquista dos direitos humanos fundamentais, como a Carta Africana de 
Direitos Humanos e dos Povos, a Declaração Islâmica Universal dos Direitos 
do Homem, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos, a Declaração 
Americana de Direitos e Deveres do Homem, a Declaração Solene dos Povos 
Indígenas do Mundo, entre outras, conforme expõe Freitas (2012).
Cabe ressaltar que os direitos humanos foram sendo positivados conforme as 
mutações das ideologias sociais, ao longo de três gerações distintas de direito. 
Na primeira geração, o homem era visto como independente do Estado. Na 
segunda, os direitos sociais, culturais e econômicos ganham destaque, gerando 
uma maior preocupação com a igualdade material. A terceira traz os direitos 
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de solidariedade, “[...] vinculados ao desenvolvimento, à paz internacional, ao 
meio ambiente saudável, à comunicação, que são os direitos difusos”, como 
afirma Freitas (2012, documento on-line).
No âmbito brasileiro, a Constituição do Império do Brasil, de 1824, foi 
a primeira no mundo a positivar os direitos do homem; já a Constituição de 
1891 trouxe direitos e garantias individuais. Porém, ambos se focaram nos 
direitos particulares do indivíduo, sem preocupação com os direitos sociais. 
Em 1934, a Constituição incorporou em seu texto direitos econômicos e sociais, 
inclusive inserindo os direitos trabalhistas. Tais direitos foram mantidos nas 
constituições seguintes, de 1937, 1946, 1967 e 1969.
Mas a plena positivação dos direitos humanos fundamentais, sejam os 
individuais, coletivos ou difusos, só ocorreu na Constituição Federal de 
1988. Conforme Moraes (2011), a Carta Magna de 1988 apresenta, no Título 
II, os direitos e as garantias fundamentais, os quais são divididos em cinco 
capítulos: “[...] direitos individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; 
direitos políticos e partidos políticos” (MORAES, 2011, p. 23).
Os direitos individuais e coletivos são aqueles ligados diretamente à pessoa 
e à personalidade — por exemplo, vida, dignidade, honra, liberdade — e a 
maioria está disposta no art. 5º da Constituição Federal. Os direitos sociais 
correspondem às liberdades positivas, visando à melhoria das condições dos 
hipossuficientes, com o objetivo de atingir a igualdade social. Os direitos 
de nacionalidade representam o vínculo jurídico-político de um indivíduo 
com o Estado, possibilitando a ele compor o povo. Os direitos políticos se 
referem às regras de atuação da soberania popular. E, por fim, os direitos dos 
partidos políticos correspondem à regulamentação dada pela Carta Magna, 
os transformando em instrumentos necessários à preservação do Estado 
Democrático de Direito (MORAES, 2011).
Constitucionalizar os direitos humanos fundamentais não significa apenas formalizar 
os princípios, mas realmente positivar os direitos, garantindo a qualquer indivíduo a 
exigência de tutela do Poder Judiciário, essencial para a concretização da democracia. 
A efetiva aplicação e o respeito aos direitos humanos fundamentais, previstos tanto na 
CF brasileira quanto no ordenamento jurídico em geral, se dá por meio da proteção 
judicial dispensada ao indivíduo via positivação de seus direitos.
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