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A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES DO 6º ANO AO 9º ANO

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A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES DO 6º ANO AO 9º ANO. NA E.M.E.F REGINA COSTA EM MOCAJUBA-PARÁ
1;Gisele do Socorro dos Santos Pompeu
 2;Maria do Socorro dias Pinheiro
Gleicy do Socorro Barradas Lopes3
1, Profª. Drª da Faculdade de Educação do Campo da Universidade Federal do Pará. Cametá-Pará (UFPA);
2 Profª e coordenadora da faculdade de Educação do Campo pela Universidade Federal do Estado do Pará. Cametá- Pará;
Aluna de Graduação da faculdade de Licenciatura em Educação do Campo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). gleicybarradas@gmail.com3,
RESUMO
Este estudo teve como foco de interesse discutir sobre a importância da disciplina de Ciências nas séries do 6º ao 9º ano. Na E.M.E.F Regina Costa em Mocajuba Pará. A indagação acerca do por que e para quê ensinar ciências se constituiu como norteadora deste estudo. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, utilizando-se de periódicos científicos nacionais da área de Educação em Ciências, defende-se que ter acesso à educação é um direito de todos e que seu ensino pode contribuir para o desenvolvimento intelectual das crianças, auxiliando a aprendizagem de outras áreas. Entende-se também que o ensino de ciências pode constituir-se em práticas de cidadania e instrumentalização dos alunos para ações responsáveis no meio social. Conclui-se que investir em educação, é a peça chave para a construção de uma sociedade democrática, economicamente produtiva, mais humana e sustentável. Nessa perspectiva, torna-se essencial uma formação de professores consistente e contínua, aliada a uma cultura de trabalho coletivo entre os pares na escola e o compromisso com a realização de um ensino de ciências de qualidade. Ressalta-se que esse contexto solicita medidas como apoio institucional e implementação de políticas públicas de investimento em educação continuada na disciplina ciências para os docentes que atuam nas séries do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Ensino de ciências, Anos finais do ensino fundamental.
ABSTRACT
This study had as focus of interest to discuss about the importance of the science discipline in grades 6 through 9. At E.M.E.F Regina Costa in Mocajuba Pará. The question as to why and for what purposes teaching science was the guiding principle of this study. The methodology used was the bibliographical research, using national scientific journals of the area of ​​Education in Sciences, it is defended that to have access to education is a right of all and that its teaching can contribute to the intellectual development of the children, helping the learning from other areas. It is also understood that the teaching of sciences can constitute in practices of citizenship and instrumentalization of the students for responsible actions in the social environment. We conclude that investing in education is the key to building a democratic, economically productive, more humane and sustainable society. In this perspective, a consistent and continuous teacher education, together with a collective work culture among the peers in the school and the commitment to the realization of a quality science education, become essential. It should be emphasized that this context calls for measures such as institutional support and implementation of public investmentpolicies in continuing education in the science discipline for teachers who work in the grades 6 to 9 of Elementary School.
KEY WORDS: Education, Science education, Final years of elementary school.
1 INTRODUÇÃO
No âmbito educacional, gradativamente as pesquisas vem aumentando em torno do Ensino de Ciências nas séries do 6º ao 9º ano, devido à necessidade de ampliação dos conhecimentos, bem como de oferecer suporte aos profissionais da educação, objetivando contribuir para um ensino de melhor qualidade. Nesse preâmbulo, ressalta-se que mesmo diante do exacerbado número de pesquisas e estudos que contemplam o Ensino de Ciências nos Anos finais do ensino fundamental, ainda deparamo-nos com algumas defasagens, tais como a falta de formação adequada dos profissionais que atuam nesta área. Frente ao cenário delineado, Lima e Maués (2006, p. 164) afirmam que “é relativamente consensual nessas pesquisas o diagnóstico relativo à baixa qualidade de ensino, quanto à ineficácia das estratégias metodológicas adotadas e, principalmente, sobre o “precário” conhecimento de conteúdo apresentado pelos professores”. Nesta perspectiva, Ovigli e Bertucci (2009) relatam que o Ensino de Ciências apresenta características próprias, caso o comparemos aos anos subsequentes. 
Os conteúdos da disciplina de Ciências não vêm sendo articulados de maneira a formatar os saberes da escola, legitimando-os. O estudo da disciplina tem sido tratado num universo amplo, estático, cristalizado do universo sócio-cultural do aluno. O professor por falta de tempo disponível para as aulas, por comodismo, ou falta de autoconfiança, preparo, não cria; se posta a utilizar-se de materiais elaborados por autores que se presumem bons. Através desses materiais, o professor abre mão de sua autonomia e liberdade, transformando-se em mero técnico, quando poderia usar da internet, livros didáticos, revistas e vários outros materiais de seu conhecimento e de seus alunos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 9394/96, clarifica a importância de se conduzir o aluno a uma interação com a ciência e a tecnologia, que lhe oportunize um conhecimento dentro de seu cotidiano sócio-cultural. O aluno tem direito a um saber científico, não somente dos conteúdos sistematizados através de programas de ensino, livros didáticos, preferência do professor por este ou aquele conteúdo, esta ou aquela prática, mas um saber que lhe oportunize opinar, problematizar, agir, interagir, entendendo que o conhecimento adquirido não é definitivo, absoluto.
Salienta-se a importância do enfoque das práticas de Ciências, do ensino Fundamental, diante dos questionamentos críticos, relatórios e análises sobre a contextualização dos conteúdos da disciplina.
O estudo teve por objetivo identificar a percepção dos alunos sobre a importância do Ensino de Ciências para as suas vidas. Os objetivos específicos foram: identificar as maiores dificuldades e facilidades apresentadas pelos alunos para o aprendizado de Ciências; identificar quais as metodologias que mais surtem efeito para o seu aprendizado; verificar quais os temas que mais gostam de estudar na área de ciências; e identificar o que mais os motiva a estudar Ciências. 
Para alcançar os objetivos propostos, utilizamos uma metodologia de cunho qualitativo descritivo cujas questões norteadoras da pesquisa foram: Qual a percepção dos alunos sobre o Ensino de Ciências em Escolas da Rede Pública Municipal de Mocajuba-Pará? Qual a importância das aulas de ciências para a vida dos alunos? Quais as maiores dificuldades e facilidades que os alunos encontram para aprender ciências?
Quanto ao delineamento metodológico, este estudo é de natureza exploratória e qualitativa e prima por investigar a importância da formação dos professores e suas contribuições para o processo de aprendizagem dos alunos, enfatizando-se as influências das práticas investigativas para o efetivo Ensino de Ciências em uma perspectiva interdisciplinar.
Entende-se que, todo o professor deva conhecer como se desenvolveu historicamente a disciplina da área em que atua, as abordagens de ensino, as tendências pedagógicas, propostas e teorias de aprendizagem que tiveram influência sobre ela, razão pela qual, os temas foram relembrados.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional clarifica a importância de se conduzir o aluno a uma interação com a ciência e a tecnologia, que lhe oportunize um conhecimento dentro de seu cotidiano sócio-cultural. O aluno tem direito a um saber cientifico, não somente dos conteúdos sistematizados através de programas de ensino, livros didáticos, preferências do professor por este ou aquele conteúdo, esta ou aquela prática, mas um saberque lhe oportunize opinar, problematizar, agir, interagir, entendendo que o conhecimento adquirido, não é definitivo, absoluto.
2 METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa exploratória, para a coleta de dados de caráter quantitativo e qualitativo, partindo do método dedutivo por meio de questionários de múltipla escolha, com três turmas do 6º ao 9º ano na escola Regina Costa em Mocajuba-Pará. Onde esses alunos estão inseridos alunos do Campo e da Cidade. Aapresentação dos dados ocorreu através de gráficos, seguidos de análise crítica dos resultados aos quais afinalidade erainformar se a didática aplicada estava sendo usada segundo os PCNs. Os dados foram analisados estatisticamente, para a distribuição das frequências relativas, inerentes às perguntas inseridas no questionário.
Metodologicamente optei pela pesquisa bibliográfica, sendo direcionada para estudos que versam sobre o ensino de ciências no ensino fundamental. Mediante a complexidade da pesquisa, houve a necessidade de analisar linhas de investigações construídas sobre o tema. Assim, uma pesquisa que parte dessa condição deve buscar primeiro abordar os conceitos, para em seguida, apresentar explanações e considerações.
3 DICUSSÕES E DADOS
A educação estabelece vínculos diretos com a sociedade, de modo que esta pesquisa norteou-se pelo entendimento da educação enquanto processo humano, ou seja, processo social composto por forças e grupos humanos, dotada de intencionalidade e, portanto detentora de um duplo papel: reprodução das desigualdades ou espaço de contestação e emancipação dos sujeitos na luta por transformações, afinal, “neutra, indiferente a qualquer destas hipóteses, a da reprodução da ideologia dominante ou a de sua contestação, a educação jamais foi, é ou pode ser” (FREIRE, 1996, p. 99).
Embora a Constituição Federal (Brasil 1988) estabeleça que a educação seja um direito de todos os cidadãos de modo que o ensino seja realizado com igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, nota-se que ao longo da história, a educação brasileira tem se caracterizado pelo atendimento dos interesses da classe dominante. De modo muito claro fica evidenciado a ausência do caráter universal que deveria fazer-se presente na educação do Brasil, como destaca Peres (2013, p.14):
O meio rural pode ser definido como uma tradicional “área de exclusão”, onde o sistema capitalista mantém formas arcaicas e extremadas de exploração da classe trabalhadora, com desrespeito, até mesmo, aos direitos socialmente instituídos (dentre eles o direito a educação), e configurando uma questão social agrária.
Segundo Brandão (2006), ao abordar a educação do campo é importante considerar a singularidade e as peculiaridades dos sujeitos do campo. Ademais, o autor destaca que:
Para pensar uma educação do campo deve-se ter noção de quem é a população do campo. Que tempo as pessoas dispõem, considerando que levantam às 3, 4 ou 5 horas da madrugada para trabalhar e não tem horas de retorno para descanso. Parcela da população trabalhadora rural já desejou estudar ou tentou participar de processos de aprendizagem. As tentativas geralmente são seguidas de evasão por não haver reconhecimento das especificidades da população da cidade e população do campo quanto às suas possibilidades de tempo e espaço de vida (BRANDÃO, 2006, p. 41).
É importante pontuar que a abordagem da temática inerente à educação do campo tem em sua gênese a marca da exclusão social que é reproduzida de modo natural na sociedade brasileira regida pelos ditames neoliberais. Torna-se, portanto, de fundamental importância pensar uma educação que contemple a diversidade e a peculiaridade do camponês e que possibilite aos alunos do campo a oportunidade de um aprendizado científico a partir da realidade do trabalho, da vida e da cultura camponesa.
3.1 Escola Municipal de Mocajuba- Pará. Regina Costa e o atendimento educacional aos alunos do campo
Na realização desta pesquisa tomou-se por norte uma abordagem qualitativa, que de acordo com Ludke e André (1986) envolve a obtenção de dados descritivos que são obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, realizou-se um estudo de caso na Escola de Ensino Fundamental Regina Costa em Mocajuba- Pará, uma vez que apresenta como particularidade a localização na zona urbana, mas com um atendimento expressivo aos alunos do campo. Para coleta e análise de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: aplicação de questionários e análise documental. 
A organização e o tratamento dos dados coletados com a aplicação dos questionários ocorreu através da leitura e análise individual dos questionários, nos quais analisou-se as respostas apresentadas pelos pesquisados conforme sua categorização.
A escola Regina Costa de Mocajuba- Pará oferta atualmente o ensino fundamental, vespertino. Educação de Jovens e Adultos- Supletivo no noturno. 
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação,é uma das unidades de ensino do município que recebe maior número de estudantes que residem no campo, oriundos de várias regiões rurais do município que diante da ausência de unidades de ensino que possibilitem a continuidade de sua trajetória educacional em suas comunidades, deslocam-se, diariamente, para ter o atendimento educacional na zona urbana, tratando-se então, de uma escola pública municipal da zona urbana que tem como uma de suas características principais o atendimento expressivo aos alunos do campo.
A escola é de porte grande tem um total de 790 alunos e esta ai a seguinte estrutura da pesquisa: 
	SÉRIES
	ALUNOS DA CIDADE
	ALUNOS DO CAMPO
	6º ANO "A"
	29
	05
	6º ANO "B"
	32
	09
	6º ANO "C"
	34
	04
	6º ANO "D"
	31
	17
	7º ANO "A"
	30
	01
	7º ANO "B"
	35
	10
	8º ANO "A"
	37
	06
	9º ANO "A"
	30
	05
Infraestrutura
Alimentação escolar para os alunos
Água filtrada
Água de poço artesiano
Energia da rede pública
Fossa
Lixo destinado à coleta periódica
Acesso à Internet
Banda larga
Equipamentos
Computadores administrativos
Computadores para alunos
TV
DVD
Copiadora
Impressora
Projetor multimídia (datashow)
Dependências
16 de 17 salas de aulas utilizadas
79 funcionários
Sala de diretoria
Sala de professores
Laboratório de informática
Quadra de esportes coberta
Cozinha
Banheiro dentro do prédio
Banheiro adequado à educação infantil
Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
Dependências e vias adequadas a alunos com deficiência 
Sala de secretaria
Banheiro com chuveiro
Refeitório
Despensa
Almoxarifado
Auditório
Pátio coberto
Pátio descoberto
Lavanderia
De acordo com os dados coletados por meio do questionário feito com alunos do 6º ao 9º ano da escola pública do município de Mocajuba– PA, a hipótese foi confirmada, ou seja, há um entrave entre aluno/professor/conteúdo. Quando feita a pergunta no questionário referente às principais dificuldades que o aluno encontra quando o professor(a) aplica a disciplina de ciências e que o aluno não entende, obtivemos os seguintes resultados: 24% responderam que ficam com vergonha de falar que não entenderam; 20,24% disseram que não ligam, pois não gostam de ciências; 52,72% falaram que gostariam de saber mais, porém, a maneira que o professor explica fica mais complicada e 18,22% disseram ter outros motivos.
Figura 1. Resultado do questionário aplicado às turmas do 6° ano ao 9º ano
Vygotsky (1989) observa que a maior parte da aprendizagem é construída a partir de relações sociais. Mediante as relações que trava no seu cotidiano, nas trocas de experiências, os alunos vão se apropriando de conhecimentos com os quais interagem, construindo seus próprios conceitos e/ou conhecimentos e, nesse sentido, os grupos são locais ideais.
Alunos que se responsabilizam pela interação que os levará a uma meta comum, sendo essa prática muito utilizada em nossas escolas.
Figura 1. Resultado do questionário aplicado às turmas do 6° anoao 9º ano
O número de aulas é suficiente, porém fica claro que essas aulas devem ter maior aproveitamento.
Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno, criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos sistematizados (BRASIL, 1998, p.28).
A pergunta referente ao gráfico expunha em relação a importância da escola possuir um laboratório de ciências, obteve-se 100 % de sim.
 Figura 1. Resultado do questionário aplicado às turmas do 6° ano ao 9º ano
Ou seja, há um anseio em terem um laboratório, sendo que este possibilitaria um contato maior com a prática da ciência, e desta forma, adquirindo maior conhecimento. Quando perguntado aos alunos se eles costumavam revisar os assuntos vistos na aula de ciências em casa: 70% disseram que sim e 30% que não.
 Figura 1. Resultado do questionário aplicado às turmas do 6° ano ao 9º ano
Levando-se em conta que tal revisão diz respeito à realização das tarefas extraclasse e não ao aprofundamento do conteúdo.
Carvalho e Gil-Pérez (2003) destacam que diante da complexidade da prática docente para o ensino de ciências, que exige do professor uma série de conhecimentos e destrezas necessárias para o desenvolvimento ciêntífico, torna-se funadmental que esta tarefa seja realizada coletivamente buscando-se alternativas que possibilitem um trabalho permanente de inovação, pesquisa e formação permanente. Ao tratar da prática docente no sentido do que deverão saber e saber fazer, esses autores chamam atenção para alguns requisitos essenciais na formação dos professores de ciências:
1. Conhecer a matéria a ser ensinada. 2. Conhecer e questionar o pensamento docente espontâneo. 3Adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem e a aprendizagem de Ciências. 4. Crítica fundamentada no ensino habitual. 5. Saber preparar atividades. 6. Saber dirigir a atividade dos alunos. 7. Saber avaliar. 8 Utilizar a pesquisa e a inovação (CARVALHO; GIL-PÉREZ, 2003, p.19).
É, portanto, indispensável que o conhecimento científico seja concebido por professores e alunos como em constante processo de construção e não como pronto e acabado, de modo que seja perceptivel para os sujeitos do processo que a ciência se transforma e transforma o modo de viver das pessoas bem como a sua forma de se relacionar com os outros e com o mundo que os cerca.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca por uma aproximação e uma melhor compreensão sobre a realidade de oferta educacional para os alunos do campo que estudam na escola Regina Costa possibilitaram visualizar o retrato de um público que se apresenta em uma situação escolar cercada por um conjunto de intensas vulnerabilidades: distorção idade/série, deslocamento diário e inadequado campo-cidade, descontextualização, o estigma do desinteresse, além de carregar a culpa pela sua triste condição, aspectos esses, que podem influenciar diretamente na aprendizagem de ciências pelos alunos do campo.
Encontram-se aqui reunidos os principais resultados da pesquisa bibliográfica realizada, onde aparecem algumas implicações quanto à relação professor e aluno, especialmente no que diz respeito ao contexto do em sala de aula.
Trabalha-se na escola, com diversos grupos étnicos e sociais, permitindo ainda, que fosse evidenciado o conhecimento científico à margem do saber em elaboração, como parte do processo do conhecimento crítico, efetivo e intelectual do aluno.
A tarefa da disciplina de ciências é compreender o que está à volta da sociedade, buscar o conhecimento sobre o Universo e seu funcionamento. Uma busca que nunca termina, pois cada novo conhecimento gera conflitos, cada solução pode desencadear novos problemas.
Pensando assim, acredita-se que o processo de construção da ciência deve ser visto como um processo histórico, contextualizado no tempo e no espaço, indefinido e, portanto, passível de mudança.
Assim, acredita-se ainda, que a disciplina de Ciências Naturais no fazer pedagógico é de vital importância para desafiar o aluno na busca de conhecimento, explorando as peculiaridades relacionadas ao cotidiano do aluno.
Diante disso não poderíamos deixa de observar que tem faltado nos ensinamentos, principalmente na formação de professores, o ensino da humanidade a ser humano. Assim, como poderemos aprender os outros valores que envolvem o cosmo. Desde já, podemos observar que este venha a ser um desafio para os futuros mestre, ensinar a vida a partir de si mesmo.
O objetivo, ao final deste estudo, após contextualizarmos o problema do fracasso escolar, enfocarmos abordagens e propostas de ensino nas diversas tendências pelas quais perpassou a disciplina de Ciências e estudarmos sobre o Construtivismo direcionado para uma Aprendizagem Significativa é que, essas análises possam apontar direções que levem à superação do fracasso escolar nas disciplinas afins. Será validado, na medida em que ajudar nas reflexões sobre os principais aspectos que deverão ser considerados ao se praticar a ensinar os conteúdos dessas disciplinas. 
A pretensão no enfoque deste tipo de ensino foi de levar à reflexão de nossos colegas, professores, a relevância do processo, quando ocorre dentro de uma Aprendizagem Significativa, que parta do cotidiano do aluno, do que ele já sabe, onde passe a interagir, a construir e reconstruir conceitos, a contextualizar e por fim, a legitimar a aprendizagem proposta.
Destaca-se então a necessidade cada vez mais urgente de busca por alternativas de ensino e organização curricular que venham favorecer a aprendizagem dos alunos do campo de modo significativo e contextualizado, especialmente no que se refere as ciências naturais, como enfatizado por Silva (2012), faz-se necessário a realização de ações que favoreçam ao aluno uma compreensão adequada de aspectos relacionados a sociedade da qual faz parte, inclusive culturais, políticos, científicos e tecnológicos. Considerando-se principalmente que o contexto do campo: biodiversidade, território natural, cultura e experiências da vivencia dos alunos como fatores que podem contribuir para um ensino-aprendizagem de ciências que seja dinâmico e significativo para os educandos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRANDÃO, Cláudio. Acidente do Trabalho e Responsabilidade Civil do Empregador. 3. ed. São Paulo: LTR, 2006.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de Professores de Ciências: tendências e inovações. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro; MAUÉS, Ely. Uma Releitura do Papel da Professora das Séries Iniciais no Desenvolvimento e aprendizagem de Ciências das Crianças. Revista Ensaio. Belo Horizonte. v. 8, n. 2, p. 161-175, set./nov. 2006. PubliLUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.cado em: 30 nov. 2006. Disponível em: . Acesso em: 10 mai. 2013.
OVIGLI,D. F.B.;BERTUCCI, M. C. S.O ensino de Ciências nas series iniciais e a formação do professor nas instituições públicas paulistas. I Simpósio Nacional de Ciências e Tecnologias. Paraná, 2009.
SILVA, T. T. (Org.). Alienígenas na Sala de Aula: Uma Introdução aos Estudos Culturais em Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168p. (Coleção Psicologia e Pedagogia. Nova Série).

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