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Casamento nuncupativo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Casamento nuncupativo é aquele realizado quando um dos contraentes está em iminente risco de morte e não há tempo para a celebração do matrimônio dentro das conformidades previstas pelo código civil de 2002.
Nuncupativo vem do latim nuncupativu refere-se ao ato nominal, vocal, oral, de designar solenemente.
Para o reconhecimento desta forma de união é necessário que haja, além da comprovação da urgência, a presença, no ato da celebração, de seis testemunhas, sem relação de parentesco para com os nubentes na linha reta, ou na colateral até o segundo grau, que deverão dirigir-se a autoridade mais próxima no período máximo de 10 dias para validar a união, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
a) que foram convocados por parte do enfermo;
b) que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
c) que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
Ademais, instaura-se um procedimento de jurisdição voluntária, no qual deve intervir o Ministério Público. Por conseguinte, após autuação do pedido e tomadas das declarações, o juiz (da autoridade judicial mais próxima) procederá às diligências necessárias para analisar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias (art. I . 541 , § 1º, do CC). Conforme a imposição da Lei n.º 6.015/73 e dos artigos 1.540 e 1.541 do Código Civil.
Após o citado processo, caso se verifique a idoneidade dos cônjuges para o ato, o casamento será considerado válido, assim, se não houver recurso voluntário válido contra a decisão, o juiz mandará registrar a união no livro do Registro dos Casamentos. Assim lavrado, retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração, possuindo assim efeitos ex tunc.
Em contrapartida, serão dispensadas as formalidades referentes à validação deste tipo de casamento mediante a convalescênça do enfermo e posterior ratificação do mesmo, na presença de autoridade competente e do oficial do registro.
De tal forma, consigne-se que essa maneira de casamento não poderá ser utilizada com o intuito de enriquecimento sem causa, o que pode motivar a decretação da sua nulidade absoluta, por fraude à lei imperativa (art. 1066, VI, do CC), assim como ocorrerá se a união decorrer de simulação absoluta.
Este tipo de união não deve ser confundida com o Casamento em caso de moléstia grave, embora seja bem semelhante, uma vez que não há a presença de uma autoridade celebrante no ato, prevista em lei, ao contrário da modalidade prevista no artigo 1.539 do Código Civil.[1]
O casamento nuncupativo é uma das maneiras de assegurar ao cidadão o seu direito à união com as garantias previstas pelas leis nacionais. Sendo assim, não sendo respeitados os requisitos constantes desses dispositivos, o casamento deve ser tido como ineficaz, não gerando efeitos, como no caso de desrespeito à forma e às solenidades.
Continuando a série de postagens a respeito da celebração do casamento, hoje, vou falar um pouco sobre o casamento nuncupativo. O nome é feio, eu sei. É assim chamado o casamento quando um dos noivos está em iminente risco de No prazo de 10 dias, as testemunhas precisam confirmar o casamento perante a autoridade judicial que, antes de registrar o casamento, deve proceder uma investigação. Isso ocorre para que não haja nenhum tipo de fraude como pessoas que se casam com pessoas muito ricas e sabem que elas estão doentes para ficarem com a herança (outro caso típico de novela). O juiz determinará a realização de diligências e oitiva de pessoas interessadas. Verificada a idoneidade dos cônjuges, o casamento será válido e registrado no livro de Registro de Casamentos.
Todo esse procedimento que mencionei acima é dispensável se o noivo doente convalescer e puder confirmar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do Cartório. Não só o enfermo deve confirmar o casamento, mas ambos os noivos.
Em qualquer das duas hipóteses acima, quer o enfermo sobreviva ou não, os efeitos do casamento retroagem à data da sua celebração, ou seja, se o casamento for registrado bem depois da sua celebração, vale a data em que foi celebrado.
vida de acordo com os artigos 1.540 a 1.542 do Código Civil.
 A modalidade de celebração de casamento denominada nuncupativo, representa a hipótese em que um dos contraentes está em iminente risco de morte, não havendo tempo para a celebração do matrimônio dentro das conformidades e formalidades previstas pelo Código Civil.
Por conta disso, qualquer pessoa pode celebrar o casamento. Todavia, exigi-se a presença de 6 testemunhas desimpedidas
Vale frisar que são impedidos de serem testemunhas os parentes em linha reta e os colaterais até 2º grau.
Nessa toada, reitera-se que, caso o cônjuge sobrevivente ou qualquer das 6 testemunhas não leve o pleito ao juízo no prazo decadencial de 10 dias, a contar do término do evento perigoso, o ato não surtirá os efeitos do casamento.
Por outro lado, a Lei não impõe regime obrigatório, logo, na ausência de pacto antenupcial, o regime de bens será o da comunhão parcial (regime legal).
Vale pontuar que o enfermo deve estar consciente no ato de declaração de sua vontade de casar-se e, caso o enfermo sobreviva ao evento ou no trâmite processual ainda tiver condições de se manifestar, pode o juiz colher seu depoimento a fim de ratificar ou retificar sua vontade.
Destarte, cabe salientar que o procedimento tramitará na Vara da Família, localizada no foro de onde o legitimado tiver a oportunidade de apresentar o pedido.
Casamento putativo
O vocábulo putativo deriva do latim “putare”, cujo significado é imaginar.
Portanto, o casamento putativo pode ser entendido como o casamento “imaginado válido”. Conceitua-se mais formalmente como o matrimônio que, embora padeça de algum vício capaz de torná-lo nulo ou anulável, produz efeitos legais, em respeito à boa-fé de um ou de ambos os consortes.
Para que reste caracterizada a putatividade do matrimônio, é indispensável a verificação da boa-fé. O artigo 1.561 do Código Civil, em seu caput, menciona a boa-fé de ambos os cônjuges. Todavia, o § 1º do referido artigo assegura a preservação dos efeitos do casamento nos casos em que há boa-fé de apenas um dos consortes, a exemplo da bigamia.
Exige-se ainda a invalidade do casamento, o erro desculpável e a declaração judicial de nulidade ou desconstituição do matrimônio.
No que diz respeito ao erro, este pode ser de fato ou de direito, constituindo assim uma rara exceção ao artigo 3º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que veda a possibilidade de alegação do desconhecimento da lei como forma de justificar seu descumprimento.
A sentença declaratória de nulidade (ação declaratória de nulidade) ou desconstituição (ação anulatória) do casamento poderá reconhecer ou não a putatividade. Faculta-se às partes alegá-la desde então, dispensando a necessidade de ação autônoma posterior para fazê-lo. Em todo caso, nada impede que o magistrado a reconheça de ofício.
A verificação da putatividade produz o aproveitamento dos efeitos jurídicos do casamento, para ambos os cônjuges ou para aquele que agiu de boa-fé. Cessados os direitos e deveres conjugais, os efeitos são:
Fixação de alimentos;
Partilha de bens, tal como ocorre num divórcio;
Uso do nome, quando houver justificado receio de lesão a direito pessoal;
Subsistência das doações feitas em contemplação de casamento futuro;
Emancipação ocasionada pelo casamento;
Configurada a boa-fé de apenas um dos consortes, tais efeitos somente a este aproveitarão, sendo-lhe assegurado ainda o direito de pleitear reparação pelos danos morais ou materiais suportados.
Quando ambos os cônjuges agem de má-fé, não há que se falar em putatividade. Entretanto, sendo o casamento inválido, os filhos havidos serão beneficiados de seus efeitos.
Casamento putativo é o casamento celebrado indevidamentede boa-fé, ou seja, um "casamento imaginário", no qual, se imaginava ser verdadeiro, por ter preenchido todos os requisitos de existência, validade e produzido seus efeitos, no entanto, posteriormente, verificou se um vício, suscetível à anulação. Trata-se do casamento que embora nulo ou anulável gera efeitos em relação ao cônjuge que esteja de boa-fé subjetiva.[1]  [2]
Índice
O termo putativo deriva do latim putativus, a, um, e significa "que é reputado ser o que não é"[3]. Assim, o termo casamento putativo remonta que pelo menos para um dos esposos, as circunstâncias do casamento parecem ser diversas daquelas que realmente são. 
De acordo com a maioria dos doutrinadores em direito matrimonial, a origem do instituto do casamento putativo é canônica, e teria se consagrado entre os séculos XI e XV. A razão do seu surgimento foi a natureza sacramental que o casamento tem para a Igreja Católica, de modo que não podiam ficar desprotegidas as pessoas que contraíssem matrimônio sob causa de impedimento sem, todavia, o conhecimento apropriado deste[4].
No Brasil, a putatividade encontra-se disposta no Código Civil, que disciplina o tema desta forma:
Art. 1561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
A redação atual é praticamente fiel à redação do diploma legal anterior (que disciplinava a matéria no seu art. 221), sendo a principal diferença o acréscimo do parágrafo segundo. Assim, há quem defenda que o acréscimo deste parágrafo não teve relevância[5], pois o escopo do dispositivo permanece o mesmo.
Da boa-fé[editar | editar código-fonte]
A boa-fé, no que diz respeito à putatividade do casamento, tem estreita relação com o desconhecimento das circunstâncias impeditivas do matrimônio. A situação deve ser tal que, se soubesse da informação que seu casamento não pode acontecer, o nubente de boa-fé não consentiria com o ato. Ressalta-se, no entanto, que embora isto não esteja expresso em lei, a maioria da doutrina concorda que a boa-fé é presumida, cabendo provar a má-fé a quem alegar.
A discussão maior sobre o tema era a respeito dos tipos de erros de que decorreriam a putatividade. Esses tipos de erros são:
Erro de fato, que é o desconhecimento de circunstância que vicia a validade do casamento. E.g.: Dois parentes em linha reta (tal qual pai e filha) que se casam sem ter consciência do seu parentesco.
Erro de direito, que decorre da ignorância de que a lei impede o ato nupcial. E.g.: Sogro e nora, que sabem que o são entre si, mas que desconhecem a causa impeditiva que recai sobre a união de parentes afins em linha reta.
O problema com o erro de direito é que, segundo o art. 3º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o desconhecimento da lei é inescusável. No entanto, os doutrinadores ensinam que embora o erro de direito seja inescusável, pode ser invocado para justificar a boa-fé, sem que com isso se pretenda o descumprimento da lei, pois o casamento será, de qualquer forma, declarado nulo[6].
Dos efeitos jurídicos[editar | editar código-fonte]
Os efeitos jurídicos do casamento declarado putativo são principalmente em relação aos cônjuges e aos seus filhos. Mas vale lembrar que não desaparecem os direitos e obrigações de terceiros, em razão de contratos feitos com o casal[7]. E.g.: Doação dos cônjuges a terceiros. Havendo boa-fé de ambos os cônjuges, o casamento gera efeitos em relação a estes e aos filhos, até o trânsito em julgado da sentença de nulidade ou anulação. Por isso, eventuais bens adquiridos no período devem ser partilhados entre os cônjuges de acordo com o regime de bens adotado. Em suma, o Direito de Família atinge ambos os cônjuges. Segue-se a corrente doutrinária e jurisprudencial que sustenta a permanência de efeitos pessoais mesmo após a sentença.[8] 
Dos efeitos em relação aos cônjuges[editar | editar código-fonte]
Os efeitos, em relação aos cônjuges, variam de acordo com a forma em que a boa-fé recai sobre eles, posto que a lei dispõe expressamente que se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
Dessa forma, no que tange ao direito das sucessões, quando a morte se dá antes da sentença anulatória, o viúvo inocente conserva os bens herdados que lhe competiram por sucessão do falecido cônjuge de má-fé. Enquanto o cônjuge culpado, não podendo auferir proveito algum do casamento anulado, perde retroativamente todo direito sobre a sucessão do outro, assim, se ele eventualmente tiver recolhido a herança, deverá restituí-la aos herdeiros imediatos[9].
Ainda em sucessões, no que diz respeito a herança decorrente de filiação, ambos aproveitam seus efeitos igualmente, uma vez que não há o que se falar nesse caso em genitor de má-fé ou boa-fé. E por fim, quando há morte de um dos cônjuges após a anulação do casamento, o entendimento também é pacífico que não há vinculo sucessório e por isso nem cônjuge inocente, nem culpado, tem direito à herança.
O cônjuge de má-fé tem também o dever de indenizar o de boa-fé, em virtude do ato ilícito praticado, fundamentado nos arts. 186 e 927 do Código Civil Brasileiro. E esta indenização envolve não apenas o dano patrimonial (perdas e danos. E.g.: gastos com a cerimônia, renúncia a uma proposta de emprego) como o moral.
A lei disciplina ainda que o cônjuge de má-fé deve restituir as vantagens auferidas do cônjuge de boa-fé, mas que sobre ele ainda recai o dever de cumprir o pacto antenupcial. Em linhas gerais, isso quer dizer que o cônjuge culpado não tem direito à meação dos bens que o cônjuge de boa-fé trouxe para o patrimônio comum, mas que para o contraente de boa-fé é garantida a partilha nos termos do regime jurídico de bens no casamento.
Dos efeitos em relação aos filhos[editar | editar código-fonte]
Havendo má-fé de ambos os cônjuges, o casamento somente gera efeitos para os filhos. Eventualmente, se bens forem adquiridos durante a união deverão ser partilhados de acordo com as regras obrigacionais que vedam o enriquecimento sem causa.[1]
Não há mais o que se falar de legitimidade ou ilegitimidade da filiação no casamento putativo com o advento da Constituição brasileira de 1988, pois esta igualou todo tipo de filiação. No ordenamento jurídico atual todos os filhos tem direitos iguais e plenos independente da origem, se biológica, se proveniente da adoção, se oriundo do casamento ou fora dele, etc.
Por isso, a guarda dos filhos, que nos termos do antigo Código Civil era devida ao cônjuge inocente, agora será definida observando o melhor interesse para o menor, ou seja, deverá ficar com o genitor que puder prover as melhores condições de manter a sua prole. E no que tange aos direitos de herança, os filhos deste casamento aproveitam normalmente seus direitos em face de ambos os genitores.
Menor incapaz[]
O casamento civil é uma das formas pelas quais relativamente incapazes podem adquirir capacidade civil plena (art. 5º, inciso II do Código Civil). Uma vez anulado o casamento, há intensa discussão doutrinária sobre se o menor voltaria ao seu estado anterior de incapacidade (o que pode ter inclusive reflexos penais, na medida em que se considerar o crime previsto no art. 236 do Código Penal - "Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento" - um crime de ação penal personalíssima, isto é, uma ação que só pode ser movida pelo próprio ofendido, jamais por seus representantes legais).
O que é o casamento putativo e quais seus efeitos jurídicos?
O instituto do casamento putativo é preconizado por meio do artigo 1.561 do Código Civil de 2002, in verbis:
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento,em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
Por conseguinte, tem-se por casamento putativo aquele que é maculado por uma das causas de anulabilidade ou nulidade, mas que foi celebrado de boa-fé ao menos por um dos cônjuges. Todos os efeitos jurídicos inerentes ao casamento incidem para o cônjuge de boa-fé e aos filhos que sejam frutos da relação.
Destarte, trata-se de tema um tanto quanto complexo, uma vez que engloba diversas possibilidades e regras legais referentes ao matrimônio, uma vez que o objetivo do casamento putativo é a proteção ao cônjuge de boa-fé e à eventual prole oriunda da relação matrimonial.
Com efeito, mostra-se imprescindível a explanação acerca das causas de anulabilidade ou nulidade do casamento, haja vista que um dos requisitos para a configuração do casamento putativo é a presença de pelo menos uma dessas causas. No tocante a estas possibilidades, é suficiente a leitura da dicção legal trazida através dos artigos 1.548 e 1.550 do CC/2002, litteris:
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I – pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II – por infringência de impedimento.
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I – de quem não completou a idade mínima para casar;
II – do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III – por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV – do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V – realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI – por incompetência da autoridade celebrante.
Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.
De imediato, é imprescindível o adendo de que o inciso I do artigo 1.548 foi revogado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº. 13.146, de 2015), que entrará em vigor no início de 2016. Por esta mesma lei, inseriu-se também o parágrafo 2º do artigo 1.550, cuja redação se dá da seguinte forma:
§2º. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
Retornando à baila dos artigos supra, é possível observar que ocorre menção implícita ao artigo 1.521, ao passo que ocorre menção explícita aos artigos 1.556, 1.557 e 1.558, estando todos estes artigos situados no Código Civil de 2002.
Portanto, com o escopo de facilitar a compreensão do assunto, vejamos o que diz a letra do artigo 1.521, cujo teor elenca os impedimentos matrimoniais, colha-se:
Art. 1.521. Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II – os afins em linha reta;
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V – o adotado com o filho do adotante;
VI – as pessoas casadas;
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Logo, caso ocorra algumas das situações dispostas acima, o casamento é nulo, em respeito à inteligência do artigo 1.548. Ainda assim, gera efeitos em caso de casamento putativo.
No tocante à inteligência dos artigos 1.556, 1.557 e 1.558, tem-se que eles dispõem acerca das possibilidades de anulabilidade do casamento, senão vejamos:
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
IV – a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
Novamente é necessária uma menção ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, uma vez que a aludida lei promoveu duas alterações no texto do artigo 1.557. A primeira delas modificou a redação do inciso III, que passará a vigorar da seguinte forma:
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência.
A seu turno, a segunda mudança será a revogação do inciso IV do mesmo artigo.
Em suma, tem-se por casamento putativo aquele celebrado com a mácula de alguma(s) das causas de nulidade (art. 1.521) ou anulabilidade (arts. 1.556, 1.557 e 1.558) do casamento, gerando, todavia, efeitos jurídicos, mas somente para a prole do casal e para o cônjuge que agiu de boa-fé. Em caso de boa-fé de ambos os cônjuges, os efeitos jurídicos incidem sobre os dois.
Por fim, é importante ressaltar que também existe a figura da união estável putativa, que, analogamente ao casamento putativo, estende os direitos inerentes à união estável ao companheiro de boa-fé. Neste caso, é necessária a crença de que não há fatos impeditivos ao matrimônio. Além disso, pode haver o emprego desta modalidade em casos de concubinato, mas um dos requisitos é não saber da existência da outra família do parceiro
	como fica o casamento m caso de moléstia grave?
	
	
	
	
	
	
Se depois de habilitados para o casamento um dos nubentes for acometido de moléstia grave que lhe impeça de comparecer à cerimônia marcada sob de risco de morte, e, em havendo urgência da celebração, poderá ser requerido ao celebrante o seu comparecimento ao local onde se encontra o impedido, mesmo que seja noite.
Nesta oportunidade, não podendo comparecer o celebrante competente, poderá ter sua falta suprida por qualquer dos seus substitutos legais, e se o ausente for o oficial do registro civil, o presidente do ato nomeará outro ad hoc.
O casamento realizado nessas condições necessita da presença de duas testemunhas, pois houve a habilitação prévia. Ou seja, houve publicidade, a documentação foi conferida pelo oficial do Cartório Civil, etc. Já o termo lavrado pelo oficial ad hoc terá o prazo de cinco dias para ser registrado no respectivo cartório, também sob o testemunho duas pessoas civilmente capazes.
	
	
	
	
	
	Fonte Legal: Fonte CC/02,art. 1539
	
A maioria dos doutrinadores pátrios fazem distinção entre o casamento nuncupativo e o casamento sob moléstia grave, contudo, alguns entendem que não há nenhuma diferença entre as duas modalidades, sendo uma apenas complemento da outra, para tato basta a simples leitura do texto legal.
Desta feita, o artigo 1.539 do Código Civil, disciplina o casamento em caso de moléstia grave determinando que “O presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante 2 (duas) testemunhas que saibam ler e escrever”. Já o artigo 1.540 do mesmo diploma legal, afirma que: “Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumbapresidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de 6 (seis) testemunhas, [...]”. Portanto, constata-se que o artigo 1.540 complementa o artigo 1.539, pois dá opção aos contraentes de se casarem, ainda que tenham buscado insistentemente a presença do oficial de registro civil e não lograram êxito em obtê-la.
Entretanto, como é de maior entendimento, o que se leva em consideração para diferenciar os dois institutos é a urgência para que corra a celebração, no caso do casamento nuncupativo, esta é iminente, e apenas a finalidade pode ser considerada igual, ou seja, a realização do casamento.
CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE
Fundamento: artigo 1539 do Código Civil
Foi feito o processo de HABILITAÇÃO.
Se houver IMPOSSIBILIDADE de LOCOMOÇÃO e RISCO DE MORTE:
Art. 1.539. No caso de MOLÉSTIA GRAVE de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar
o impedido, sendo URGENTE, ainda que à noite, perante DUAS TESTEMUNHAS que saibam ler e escrever.
§ 1º A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2º O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
AUTORIDADE
É o juiz de paz ou o seu suplente – o oficial do cartório.
Não encontrado, é nomeado um juiz ad hoc.
AD HOC
Nomeada apenas para este ato, para um fim determinado.
Designa-se pessoa nomeada, em caráter transitório, para exercer uma função determinada.
O cartório de registro civil celebra em qualquer horário, inclusive à noite.
Se não puder levar o livro, registra-se o casamento em uma folha avulsa, e CINCO DIAS DEPOIS esse casamento é TRANSCRITO no livro.

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