Buscar

Aula 09 - Crimes dolosos, culposos e preterdolosos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO PENAL: PARTE GERAL I
Profª.: Henara Marques da Silva
3 ª Série
CRIMES DOLOSOS, CULPOSOS E PRETERDOLOSOS
I - CRIMES DOLOSOS 
 CONCEITO:
É a vontade e consciência dirigidas a realização de um tipo penal.
Disposição legal: art. 18 do CP. 
Regra geral, todos os crimes são dolosos.
II – TEORIAS DO DOLO 
Teoria do Assentimento: O sujeito aceita a ocorrência do resultado 
Teoria da Vontade: Vontade livre e consciente de querer praticar o fato considerado típico.
Teoria da Representação: Basta a previsão da ocorrência do resultado e que o sujeito mesmo sem desejá-lo venha a ocorrer.
Teoria da Probabilidade: Se o sujeito considera provável a ocorrência do resultado estamos diante de tipo doloso.
 Teorias adotadas pelo CP: Teoria da vontade e do assentimento.
III – ESPÉCIES DE DOLO 
 DOLO DIRETO: o agente quer efetivamente cometer a conduta descrita no tipo.
 DOLO INDIRETO: é aquele em que o agente não quer um resultado certo, preciso. Divide-se em:
 - Dolo eventual: neste o sujeito não quer o resultado diretamente mas pouco importa se ele vier a acontecer. 
 - Dolo alternativo: o aspecto volitivo se dirige de modo alternativo seja em relação ao resultado, ou ao sujeito.
DOLO GENÉRICO: O tipo não exige nenhum fim além do necessário para atingir o elemento objetivo.
DOLO ESPECÍFICO: Há uma finalidade que acaba indo além do que o tipo objetivo apresenta.
DOLO DE DANO: É a vontade dirigida a causar um dano concreto.
DOLO DE PERIGO: é a vontade dirigida a expor um bem jurídico a perigo de lesão. Ex: arts. 132, 133 do CP.
IV - CRIMES CULPOSOS 
 CONCEITO:
 Segundo Mirabete: “a conduta humana voluntária(ação ou omissão) que produz resultado antijurídico não querido, mas previsível, e excepcionalmente previsto, que podia com a devida atenção ser evitado”.
PREVISÃO LEGAL: Art. 18, II do CP. 
 IV. 1 - ELEMENTOS DO TIPO CULPOSO :
Conduta humana voluntária;
Inobservância do dever objetivo de cuidado(imprudência, negligência, imperícia)
Resultado naturalístico involuntário;
Nexo de causalidade;
Previsibilidade Objetiva;
Tipicidade 
IV.2 – NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E IMPERÍCIA 
NEGLIGÊNCIA: Deixar de fazer algo que a diligência normal determina que se faça.
IMPRUDÊNCIA: É a ação que inobservando o dever de cuidado acaba por atingir bem penalmente protegido.
IMPERÍCIA: Inaptidão, momentânea ou não, por parte do agente para o exercício de arte, profissão ou ofício. 
IV.3 - CULPA CONSCIENTE E INCONSCIENTE 
CULPA INCONSCIENTE: O agente deixa de prever o resultado previsível.
CULPA CONSCIENTE: O agente prevê o resultado mas acredita fielmente que ele não ocorrerá. 
Obs: CULPA CONSCIENTE X DOLO EVENTUAL
- No primeiro ele acredita que o resultado mesmo previsível jamais ocorrerá, na segunda corre o risco dele vir a se concretizar, mas o agente não se preocupa. 
V – ÚLTIMAS OBSERVAÇÕES 
COMPENSAÇÃO E CONCORRÊNCIA DE CULPAS:
Não há possibilidade no direito penal de ocorrer a compensação, podendo ocorrer a concorrência.
TENTATIVA NOS CRIMES CULPOSOS:
Impossibilidade em regra.
EXCEPCIONALIDADE DO CRIME CULPOSO.
- Os delitos culposos são exceção, só ocorrendo quando houver expressa previsão.
VI - CRIME PRETERDOLOSO 
CONCEITO
 É uma das espécies de crime qualificado pelo resultado quando o sujeito agindo inicialmente com DOLO vem a causar um resultado agravador oriundo da CULPA.
ELEMENTOS: DOLO no antecedente e CULPA no consequente.
Exemplos: Lesão corporal seguida de morte; aborto qualificado art 127 do CP.
Tentativa: Impossibilidade.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais