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Evolução dos Chordata e Origem dos Vertebrados • Baseada na inovação de traços comuns a invertebrados: – Simetria bilateral, - Cefalização, - Sistema digestório completo • Principais inovações: - Especialização da morfologia e do comportamento Evolução dos Chordata Características comuns: – Notocorda – Cauda pós-anal muscular – Tubo nervoso dorsal oco – Fendas branquiais – Musculatura dividida em blocos (metameria) Sob o ponto de vista funcional: - mudança da alimentação por filtração para a predação; - novo tecido embrionário, único nos vertebrados, a crista neural, dá início ao desenvolvimento dos nervos cranianos, músculos branquiais, cartilagens faríngeas e ossos da região da cabeça. cel ectodérmicas localizadas ao longo do comprimento do TN embrionário (crânio, nervos cranianos, esqueleto branquial e arcos aórticos). ORIGEM DOS VERTEBRADOS O Tubo neural – Se diferencia em SNC, que consiste em encéfalo e medula espinal A Crista neural – dá origem às células formadoras da maior parte do SNP e SNA, constituídos pelos gânglios cranianos, espinhais e autônomos. SISTEMA NERVOSO Placódios epidérmicos – espessamento ectodérmico, em forma de placa, que surgem cranialmente em ambos os lados do TN (nariz, olhos ouvidos, receptores paladar, mecanorreceptores da linha lateral, eletrorreceptores) EMBRIOLOGIA Cefalização | Cephalochordata | Vertebrata (alguns peixes não possuem vértebras) Termos Craniata X Vertebrata Folhetos germinativos (ectoderme + mesoderme + endoderme) + crista neural O que define um vertebrado? – Animal com endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo, – Crânio abrigando um encéfalo dividido em três partes. – Uma coluna vertebral, pela qual passa o tubo nervoso. O encéfalo divide-se em três partes, principais: prosencéfalo (encéfalo anterior) compreende o cérebro e o diencéfalo, que se localizam na parte mais alta e dianteira do crânio. mesencéfalo é a parte do tronco encefálico que fica entre a medula oblonga e o diencéfalo rombencéfalo fica na parte posterior e mais baixa do crânio; inclui a medula oblonga e o cerebelo. Meninges (membranas protetoras) recobrem o encéfalo. Neste, existem ventrículos (cavidades) cheios de líquido. Os vertebrados possuem seus sistemas divididos em 10 categorias básicas: Tegumentar Esquelético Muscular Digestório Circulatório Respiratório Excretor Reprodutor Endócrino Nervoso Divisão da Biologia evolutiva: macroevolução e microevolução Macroevolução: evolução em grande escala - origem de novos planos de organização, direções evolutivas, relações filogenéticas de espécies, extinção em massa e irradiação adaptativa (surgimento de várias espécies a partir de uma inicial por mudança gradual em milhões de anos). Microevolução: alterações na constituição genética de populações naturais (mutações gênicas e mutações cromossômicas) processos de recombinação durante a gametogênese. Origem dos vertebrados - Agnatha (Cambriano ±500 m.a.) • Tradicionalmente as primeiras evidências eram de Ostracodermes (Ordoviciano 480 m.a.). • Agnatha = sem maxilas • filtradores de fundo • presença de osso • esqueleto dérmico: • armadura óssea Conodontes Logo depois na árvore evolutiva, viriam os Conodontes, peixes que teriam registro fóssil provenientes do final do período Cambriano e início do Triássico. Basicamente nestes organismos foram registradas o que seria as primeiras brânquias. No ano de 1983 alguns fósseis completos foram recuperados. Os Conodontes foram animais de corpo mole, considerados, por alguns autores como pertencentes ao grupo dos vertebrados. Eram predadores e livre natantes e exclusivamente marinhos. O que fica preservado nas rochas, na forma de fósseis, são os dentes (placas dentígeras), compostos por fosfato de cálcio, dentina e esmalte. O tamanho das placas dentígeras varia de 0,2 a 6 mm. Partes orgânicas (tecidos moles do corpo) foram encontradas em rochas do Carbonífero da Escócia. • Myllokumingia e Haikouichthys (da China em 1999) estendeu a origem dos vertebrados ainda mais, para o Cambriano inferior (±540 m.a.). • formas semelhantes a peixes • crânio • miômeros em forma de W • nadadeira dorsal • nadadeiras ventrais pares • não apresentam osso • não apresentam mineralizações Vertebrados verdadeiros! Mais derivados que feiticeiras atuais! Phylum Chordata Subphylum Acraniata (Vertebrata) Infraphylum Agnatha Ostracodermos (ostraci = concha; derme = pele) Pteraspida (ptera = asa; aspid = escudo) Coelolepida (coel = oco; lepida = escama) Heterostraci (hetero = diferente; ostraci = concha) Cephalaspida (cephal = cabeça; aspid = escudo) Osteostraci (osteo = osso; ostraci = concha) Galeaspida (galeo = elmo; aspid = escudo) Anaspida (sem escudo) Cyclostomata (boca circular) Ostracodermos Aquáticos e filtradores Bomba muscular Osso (aspidine – acelular, Ca2PO4); hidroxiapatita (mineral formado basicamente por fosfato de cálcio cristalino (Ca10(PO4)6(OH)2) e representam um deposito de 90% do cálcio corporal e 80% do fósforo total = O esmalte que cobre os dentes contém o mineral hidroxiapatita.), placas ósseas articuladas Mobilidade Ausência de: mandíbulas, nadadeiras pares e vértebras Câmaras branquiais Notocorda no adulto Pteraspida (Diphorhina) Heterostraci Coelolepida Fauna muito diversificada Armadura dérmica recobrindo a cabeça (RA), cauda hipocerca ou simétrica; projeções estabilizadoras (mau nadador); Entre 10 cm e 2 m (a maioria entre 5 e 30 cm); Carapaça cefálica com placa dorsal ornamentada com 1 ou + placas laterais; Narina dupla (Diplorhina). Ordem Heterostraci D V Opérculo, câmara branquial Pteraspis Espinho dorsal Placa dorsal Placa orbital Placa rostral Disco ventral Armadura óssea formada por diminutas placas de formato poligonal que se encaixam entre si. Características primitivas: armadura cefálica larga aberturas branquiais simples nad caudal hipocerca Ordem Coelolepida Phlebolepsis elegans Corpo recoberto por placas ósseas pequenas e denteadas. 10 a 20 cm comprimento. RA achatada DV e RP comprimida lateralmente. Numerosos em regiões estuarinas, raros em água doce. Cephalaspida (Monorhina) Galeaspida Osteostraci Anaspida Narina longa e única localizada na região central anterior da cabeça e usualmente associada à glândula pineal. O. Galeapsida - Grande abertura inalante situada na face dorsal da armadura, conectava a faringe com o meio externo. - Linha sensorial dorsal (atual linha lateral) O. Osteostraci Hemicyclaspis murchisoni Carapaça cefálica pesada com projeções ósseas sem suturas dorsais (não crescia com o animal = reabsorção? Osteostraci primitivos Osteostraci mais evoluídos Osteostracos mais diferenciados O. Anaspida Jamoytius Olhos laterais Aberturas branquiais Apêndices pares 15 cm, água doce, escamas pequenas e planas quando presentes, imbricadas, osso acelular (aspidine), cabeça recoberta ou não, corpo fusiforme ~ px atuais, nad caudal hipocerca, boca em forma de ventosa, projeções estabilizadoras (dorsal, anal e laterais) marsipobrânquia MARSIPOBRANCHIA Agnatha viventes (Cyclostomata) Cyclostomata O. Cyclostomata Ausência de apêndices pares, boca circular sem mandíbula, ectoparasitas de outros vertebrados. Assemelham-se aos vertebrados: encéfalo diferenciado, nervoscranianos pares, olhos, ouvido interno, início de vértebras segmentadas, etc. Diferem dos vertebrados: Cabeça não diferenciada, Ausência de mandíbula, extremidades pares, costela, ductos genitais, Bolsa olfativa e gônadas únicas 500 m.a., ausência mandíbula, ossificação interna, escamas e nadadeiras pares; boca circular, língua protusível. Corpo alongado, cilíndrico, nadadeira caudal achatada lateralmente, pele fina (sem escamas), revestida por glândulas mucosas e de secreção albuminóide. Derme com cromatóforos. Abertura branquial em forma de bolsa esférica (marsipobrânquia) ligadas à faringe e à superfície do corpo por meio de tubos finos. Respiração, 7 a 16 pares em sacos branquiais laterais. Sistema digestório simples (saprófagos ou parasitas): boca – faringe curta – esôfago - ausência de estômago – intestino sem distinção entre delgado e grosso – dobra longitudinal espiralada (tiflossole) chamada de válvula espiral (lampreia, cartilaginosos e pulmonados). Boca abre e fecha pelo entra e sai da língua (protusível), dentes córneos. Glândula anexa: fígado com vesícula biliar (anfioxo = ceco hepático) e um tecido pancreático (não uma glândula) Sistema nervoso, encéfalo diferenciado, olfato e paladar apurados. Excreção, rins pronéfricos (amocete) e mesonéfrico (adulto). Circulação simples e completa; sangue com hemácias (circulares e nucleadas) e leucócitos, coração envolto pelo pericárdio (átrio e ventrículo). Reprodução Gônada ímpar e muito desenvolvida, ausência de ductos genitais (caso único entre os vertebrados): poro genital – seio genital – papila urogenital. Lampréias, dióicas, fecundação externa, estágio larval amocete (3 a 7 anos), metamorfose, ninho (cova rasa). Mixinas, monóicos ou dióicos, sem estágio larval. Rins dos vertebrados: metanefrídeos, derivados do mesoderma. Anfioxo: protonefrídeos derivados do ectoderma Mixinas, marinhas, águas profundas tropicais ou temperadas superficiais (plataforma continental). Notocorda como eixo cartilaginoso incompleto (cordão nódulos cartilaginosos) = enrolar o corpo, fuga e alimentação. 6 gêneros com 20 sp. Lampreias, regiões temperadas marinhas ou fluviais (ampla distribuição exceto nas regiões tropicais e altas altitudes – pólos). Arcos neurais imperfeitos, notocorda para sustentação do corpo. 9 gêneros com 30 sp. LAMPRÉIA Apresenta nadadeira dorsal, alimenta-se de fluidos de peixes e mamíferos marinhos, Ouvido com 2 canais semicirculares, Rim mesonéfrico, regulam a cc osmótica, eurihalinos, Dióicos, morrem após a reprodução, Ovos sem casca (adesivos), muitos ovos pequenos, Órgãos sensoriais desenvolvidos, linha lateral. Olhos grandes e bem desenvolvidos, 7 pares de aberturas branquiais. Larva amocetes (3 a 7 anos) Larva amocete Boca com funil revestido por dentículos dérmicos, glândula oral com anticoagulante. Todas sobem o rio para desovar; formas marinhas (anadromas); normalmente a desova ocorre no inverno ou primavera. Formas parasitas marinhas (Petromyzon marinus e Lampreta tridentatus) e dulcícolas (Ichthyomyzon) e não parasitas. Peixes preferidos: trutas, salmão, perca, arenque... Colapso na Industria pesqueira nos Grandes Lagos (anos 40) Invasores silenciosos PEIXE BRUXA Todos marinhos, bentônicos, enterrados no lodo, pouca agilidade natatória; Alimentam-se de poliquetas, peixes mortos ou animais doentes; ausência estomago e válvula espiral. Boca circundada por 3 ou 4 pares de tentáculos sustentados por cartilagem; Ouvido com 1 canal semi-circular; Olhos reduzidos sob a pele; Rim primitivo (mesonefrico), cc osmótica semelhante a água do mar (isosmótico), Monóicos protândricos (1º macho), ovos com membrana coriácea com ganchos (poucos ovos grandes); Ausência de fase larval, desenvolvimento direto, Linha lateral reduzida. Glândulas mucosas para proteção (cristalização) Paramyxine sp Myxine glutinosa 2 pares de tentáculos, ausência de olhos Neomyxine sp Eptatretus strickrotti 1 a 15 pares de brânquias, com 1 a 7 pares de aberturas branquiais; A bolsa braquial de um peixe bruxa do Pacifico (aqui removido do animal) pode absorver nutrientes diretamente do meio. Carol Bucking/Andrea Morash 2 placas denteadas queratinizadas sobre a língua. https://www.youtube.com/watch?v=rB0GVcj2xt8 – caçando um peixe sob a areia https://www.youtube.com/watch?v=RrPvMMkQkk0 – dando nó! https://www.youtube.com/watch?v=9JQ6oHjpeqU - lampreia https://www.youtube.com/watch?v=Bta18FdkVcA#t=132 Links dos vídeos
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