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Atividade proposta 
Aula 1  
 
Helena e Marcílio pretendem se divorciar de forma consensual. São pais de 02                         
filhos menores, absolutamente incapazes, e, por isso, deverão promover a medida                     
judicial para chancelar o acordo de vontades. Indaga-se: 
a) A tutela reclamada em juízo é da jurisdição contenciosa ou não contenciosa                         
(voluntária)? Justifique. 
b) O ato judicial é uma decisão solucionando lide? Justifique. 
GABARITO 
a) Ela é da jurisdição não contenciosa (voluntária). Nessa, não há lide, não há partes, não 
há sentença solucionando conflito algum, ela apenas chancela ou homologa a vontade 
das partes dentro de determinadas condições previstas na lei. 
b) Não, porque não é deduzida em juízo uma pretensão, de regra, com possibilidade de 
resistência. A sentença homologatória do ato das partes não faz coisa julgada material. 
 
Aula 2 
Regina, brasileira, solteira, com seis filhos menores, desempregada, residente na 
comunidade carente de sua cidade, procura certo órgão de atuação da Defensoria 
Pública. 
Lá, ela narra que, no último dia 04 de janeiro de 2007, durante uma incursão 
policial na comunidade, uma de suas filhas, Ana, de apenas cinco anos de idade, 
foi vítima de uma bala perdida e, apesar de socorrida, morreu logo ao chegar ao 
Hospital Municipal local. 
A Defensora Pública, diante do relato e após verificar as condições 
socioeconômicas de Regina, decide ajuizar ação buscando indenização junto ao 
Estado. 
Indaga-se: 
A Defensoria Pública é órgão criado para servir de instrumento de acesso à 
justiça? Justifique a resposta? Aponte o fundamento legal. 
b) O prazo em dobro concedido à Defensoria Pública infringe o princípio da 
igualdade das partes? Justifique. 
c) Analisando o quadro de evolução histórica do Direito Processual Civil, em que 
fase nos encontramos? Qual a preocupação do processualista moderno? Justifique 
as respostas. 
GABARITO 
a) Sim, a Defensoria é um importante instrumento de acesso à justiça, pois atende a 
camada social mais desfavorecida economicamente e frágil da população (CF, arts 5º, 
LXXIV e 134, caput). Destaca-se que, onde estão instalados órgãos da Defensoria 
Pública, chega a ser a que mais promove ação em juízo. A procura dos jurisdicionados é 
grande diante da possibilidade de obter a assistência judiciária gratuita, na grande maioria 
dos casos. 
b) Não. Tal previsão serve justamente para garantir um tratamento igualitário às partes. 
Verificar o posicionamento do STF sobre a chamada inconstitucionalidade progressiva, na 
medida em que esses órgãos nacionalmente se organizaram e estão, de fato, em 
perfeitas condições de oferecer às partes um atendimento adequado. Essa previsão é até 
possível, no futuro, perderá o seu sentido e aí sim será considerada inconstitucional, ou 
seja, quando estiver suficientemente aparelhada, quer em sentido físico (instalações) ou 
de pessoal. 
c) Fase instrumentalista. A preocupação do processualista moderno é garantir que o 
processo seja efetivamente um instrumento de acesso à justiça. A Constituição da 
República no seu art. 5º, inciso LVXXVIII, incluído na reforma do Poder Judiciário, 
estabelece que o processo deva ser conduzido pelo juiz e pelas partes de forma a ter 
duração razoável (tempestividade) e celeridade​. 
Aula 3 
Analise o seguinte caso: 
Mário promove ação em face de Companhia Real de Sapatos para postular a                         
condenação do réu a lhe pagar indenização por danos morais e materiais. Citado, o                           
réu apresenta como peça de resistência a existência de cláusula compromissória                     
entre as partes na convenção de arbitragem. Em função disso, o processo deve ser                           
extinto sem resolução de mérito. 
Após a análise da situação, responda: 
a) O réu tem razão em sua defesa? Por quê? 
b) O juiz pode conhecer de ​ofício ​a convenção de arbitragem para extinguir o                           
processo sem resolução do mérito? Por quê? 
GABARITO 
a) Sim. O estabelecimento da cláusula compromissória, quando alegada pelo réu 
em sua defesa, inibe a atuação do Poder Judiciário. Nesse caso, a solução do 
conflito ocorrerá pela arbitragem prevista na lei nº 9.307/1996. 
b) Não. Essa é uma das únicas hipóteses do elenco do artigo 337 do NCPC/2015 
que o juiz não pode conhecer ​de ofício​ (parágrafo 5º). A outra arguição é de 
incompetência relativa: considera-se que a falta de arguição do compromisso 
resulta em renúncia à arbitragem – um direito das partes. 
 
Aula 4 
Arnaldo pretende promover ação visando a condenação do réu a lhe pagar o valor                           
de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) e contrata um advogado que adota o procedimento                           
comum. Ao despachar a inicial, o juiz ordena a remessa dos autos a um dos                             
juizados especiais cíveis, tendo em vista o valor da causa. 
a) Agiu corretamente o Juiz? Justifique. 
GABARITO 
a) Não. A competência em relação ao valor da causa, quando não se extrapola o 
valor máximo dos juizados especiais cíveis, é relativa (CPC, art. 63, caput). Sendo 
relativa, não poderia ser conhecida de ofício pelo magistrado (súmula 33 do STJ). 
b) Há diferença do procedimento dos juizados especiais para o procedimento                     
comum? Justifique. 
GABARITO 
b) Sim. No procedimento dos juizados, é acentuado o princípio da oralidade e da 
concentração dos atos processuais. O réu é citado para comparecer à audiência 
de conciliação, instrução e julgamento e nela produzir a sua defesa escrita ou oral. 
Faz-se presente o princípio da concentração dos atos na audiência, tudo em 
homenagem a outro princípio, que é o da economia processual (mínimo de 
atividade jurisdicional com o máximo de resultado na prestação jurisdicional). 
O procedimento comum é o único disciplinado de forma completa pelo CPC, por 
isso tem aplicação subsidiária aos demais e nele se assegura a amplitude de 
defesa. A cognição é ampla para se alcançar um grau máximo de segurança 
quanto à entrega da prestação jurisdicional. 
 
 
Aula 5 
Victor procura um advogado e relata que foi lesado por Lauro. Narra que Lauro                           
indevidamente se nega a restituir o imóvel que lhe cedeu a título de comodato e                             
que precisa retomar a coisa para fins de alojar novamente a sua família, em conta                             
que perdeu o imóvel que residia em razão de chuvas e ventanias fortíssimas como                           
foi amplamente noticiado na imprensa escrita e falada. Indaga-se: 
a) Como o advogado deve orientar Victor, em conta que foi contratado para                         
promover a medida judicial cabível? Justifique a resposta. 
b) Qual o tipo de tutela jurisdicional deverá ser promovido por Victor através de seu                             
advogado? Justifique a resposta. 
GABARITO 
a) O advogado deve orientar o seu cliente a promover ação de conhecimento, mas 
antes deverá notificar o comodatário para desocupar o imóvel no prazo previsto 
contratualmente ou, se não previsto, no prazo de praxe de 30 dias. Feita a 
notificação e permanecendo inerte o comodatário, então, deverá promover a açãode reintegração de posse, porque ficará caracterizado o esbulho pela não 
restituição da coisa. 
b) A medida judicial se materializa em uma ação de conhecimento, o instrumento 
de realização do seu direito material. Ela é um direito fundamental à tutela 
jurisdicional, mas não, efetivamente, direito a um processo e a um julgamento de 
mérito. As reformas processuais deram nova redação ao art. 463 do CPC/1973, 
retirando a expressão “mérito”, porque a decisão judicial pode não chegar ao 
exame do mérito, como nos casos de extinção do processo sem resolução de 
mérito, por faltar, por exemplo, as condições para o correto exercício da ação. A 
fórmula foi mantida no art. 494 do NCPC. 
 
 
 
 
 
01. Sobre a jurisdição voluntária, é correto afirmar: 
É uma função desempenhada pelo Poder Judiciário mesmo diante da ausência de                       
um conflito de interesses. 
02. Ação proposta pelo empregado para obter indenização por danos materiais e                       
morais em face de seu empregador deve ser ajuizada: 
Na Justiça do Trabalho. 
03. Sobre a organização judiciária, assinale a alternativa correta: 
O STF é o órgão máximo do sistema judicial brasileiro. 
04. Sobre a organização judiciária é correto afirmar: 
A Justiça Comum divide-se em estadual e federal. 
05. (II Exame de Admissão ao Estágio Forense – MPE/RJ) São características da                         
jurisdição: 
Caráter substitutivo e escopo jurídico de atuação do direito 
06. Foram direcionadas as seguintes causas aos Juizados (não fazendário), todas                     
envolvendo pessoas físicas capazes e sem necessidade de perícia: 
I – Ação de despejo, por falta de pagamento, cujo valor de causa equivale a dez                               
salários mínimos; 
II – Ação possessória de bem móvel; 
III – Ação de indenização por danos morais, em que se pede a condenação do réu                               
ao pagamento de quantia equivalente a 100 (cem) salários mínimos. 
Logo: 
Somente a causa de número III poderia prosseguir e, ainda assim, haveria                       
ineficácia. Eventualmente, ultrapassaria o teto e não decorreria dos acréscimos                   
permitidos (como juros, correção e eventuais honorários de sucumbência). 
07. Foi distribuída determinada Ação Monitória, com cobrança do equivalente a 10                       
salários mínimos, no Juizado especial cível não fazendário, envolvendo pessoas                   
físicas capazes e sem necessidade de perícia. Após os trâmites iniciais (como                       
distribuição e expedição automática de mandado de citação ao réu), os autos                       
foram conclusos ao Juiz, que deverá proferir a seguinte decisão: 
Extinguir o feito, pela incompetência absoluta para conhecer de matéria que                     
tramite por esse procedimento; 
08. Foi movida ação de cobrança no Juizado fazendário estadual, por                     
microempresa em face de empresa pública, em causa não excluída pela Lei                       
12153/09, ainda que não verse sobre relação de consumo. Esta ação: 
I – Pode ser proposta no foro do domicílio do réu. 
II – Pode ser proposta no foro do domicílio do autor, independente de qualquer                           
outro fator. 
III – Pode ser proposta no foro de onde a obrigação deva ser satisfeita. 
Logo: 
Estão corretas as assertivas I e III, somente. 
09. Opte pela alternativa ​incorreta​: 
É exemplificativo o elenco das causas previstas na o art. 3º da Lei 9.099/1995. 
10. Leia as assertivas abaixo, para, em seguida, optar pela alternativa incorreta que                         
melhor corresponda ao entendimento doutrinário e jurisprudencial afeto à matéria: 
Os Juizados não fazendários, são absolutamente competentes para as seguintes                   
causas, independente do valor: as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de                           
Processo Civil e a ação de despejo para uso próprio. 
 
AULA 6 
(Questão Discursiva - MP/RJ – XXXI CONCURSO – 2009. Adaptada) 
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através da Promotoria de Tutela                           
Coletiva de Ondefica, instaurou inquérito civil visando apurar notícia de má                     
prestação do serviço público de transporte coletivo urbano por ônibus naquela                     
cidade. No curso das investigações, restou apurado que os veículos da                     
concessionária do serviço, Rodebem Transportes Ltda., estavam em péssimas                 
condições, apresentando vícios capazes de expor a vida e a segurança dos                       
usuários a graves riscos. 
Apurou-se, ainda, que os veículos já contavam mais de quinze anos de utilização,                         
em que pese o contrato de concessão prever que a vida útil dos coletivos não                             
poderia ultrapassar dez anos. 
No curso das investigações, o Promotor de Justiça oficiante é surpreendido com a                         
notícia de que a concessionária firmara um Termo de Ajustamento de Conduta                       
com a Associação de Moradores de Canavial, principal bairro servido pelas linhas                       
operadas por aquela, visando à solução do problema. Requisitada cópia desse                     
TAC, o Promotor de Justiça verificou que ali constavam as seguintes cláusulas: 
 
1) A concessionária efetuará a troca de toda a frota de veículos. 
2) A concessionária realizará reparos mecânicos nos veículos coletivos hoje em                     
uso, de forma a torná-los seguros e adequados. 
3) A concessionária indenizará qualquer consumidor que sofra danos materiais ou                     
morais decorrentes da má prestação do serviço com a quantia de R$ 1000,00. 
Diante desse quadro, examine as principais questões envolvidas. 
GABARITO 
Devem ser examinadas as questões relativas às esferas de legitimidade na tutela 
coletiva. Com efeito, o TAC foi proposto por uma associação de moradores, o que 
não é admitido, nos termos do art. 5°, § 6° da lei n 7347/85. A partir desse vício de 
legitimidade, o Promotor, ao tomar conhecimento do fato, deve promover em juízo 
ação anulatória do TAC, com o objetivo de desconstituir o acordo irregularmente 
firmado. 
Aula 7 
Que espécies de medidas pode o magistrado determinar a fim de garantir o                         
cumprimento de uma ordem judicial? 
GABARITO 
o art. 139 do CPC/2015, no inciso IV, possibilita ao magistrado determinar "todas 
as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias 
para assegurar o cumprimento de ordem judicial". 
O novo CPC permite, assim, que o magistrado, independentemente de provocação 
da parte interessada, tome providências concretas no sentido de fazer valer o que 
foi decidido. Tais medidas podem ser: 
a) indutivas: são uma novidade em relação ao CPC de 1973. Não está ainda muito 
clara a distinção entre medidas indutivas e coercitivas. Poderíamos ter, aqui, uma 
medida a ser aplicada nos casos de contempt of court, ou seja, uma sanção nos 
casos de descumprimento de decisão judicial. Por outro lado, também seria 
possível conceber tais medidas como viabilizadoras de uma tutela que recaia sobre 
obrigação pecuniária, como é o caso da multa de dez por cento a ser acrescida às 
obrigações pecuniárias não adimplidas, na forma do art. 523 do CPC/2015. 
b) coercitivas: são as que impõem sanção, com o objetivo de constranger o 
devedor ao cumprimento da obrigação. É o caso da multa imposta nas obrigaçõesde fazer e de entrega de coisa. 
c) mandamentais: são as que determinam obrigação de fazer, não fazer ou 
desfazer. Podem ser reforçadas pelas medidas de apoio, ou ainda viabilizadas por 
meio do resultado prático equivalente. Alternativamente, pode também o 
magistrado determinar o cumprimento por terceiro às expensas do devedor. 
d) sub-rogatórias: são as que visam ao cumprimento da obrigação, 
independentemente da vontade do devedor, e normalmente nos casos em que há 
inadimplemento qualificado pelo descumprimento à ordem judicial. É o caso da 
penhora física ou eletrônica dos bens que vão, após a avaliação e expropriação, 
servir para a satisfação do credor. 
Aula 8 
Comente o seguinte Acórdão do STJ: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. REGULAMENTAÇÃO DO PROCESSO ELETRÔNICO PELOS               
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO. É possível que o tribunal local defina, por meio de                           
resolução que regulamente o processo eletrônico no âmbito de sua respectiva                     
competência, ser de responsabilidade do autor a digitalização dos autos físicos para                       
continuidade da tramitação do processo em meio eletrônico. Isso porque, nessa hipótese,                       
a regulamentação está em consonância com o art. 18 da Lei 11.419/2006, o qual prevê                             
que os “órgãos do Poder Judiciário regulamentarão esta Lei, no que couber, no âmbito de                             
suas respectivas competências”. REsp 1.374.048-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado                   
em 21/5/2013 (Informativo nº 0524) 
GABARITO 
Competência privativa da União para normas de processo e competência 
concorrente dos Estados para normas de procedimento. Peculiaridades do Tribunal 
local. Necessidade de regulamentação específica, caso a caso, sobretudo durante 
a etapa de transição dos autos físicos para os autos eletrônicos. 
 
 
Aula 9 
Victor procura um advogado e relata que foi lesado por Lauro. Narra que Lauro                           
indevidamente lhe nega a restituir o imóvel que lhe cedeu a título de comodato e que                               
precisa retomar a coisa para fins de alojar novamente sua família, em conta que perdeu o                               
imóvel que residia em razão de chuvas e ventanias fortíssimas como foi amplamente                         
noticiado na imprensa escrita e falada. 
Indaga-se: 
a) Como deve o advogado orientar Victor, em conta que foi contratado para promover a                             
medida judicial cabível? Justifique a resposta. 
b) Qual o tipo de tutela jurisdicional deverá ser promovido por Victor, através de seu                             
advogado? Justifique a resposta​. 
GABARITO 
a) O advogado deve orientar seu cliente a promover ação de conhecimento, mas 
antes deverá notificar o comodatário para desocupar o imóvel no prazo previsto 
contratualmente ou se não previsto, no prazo, de praxe, de 30 dias. Feita a 
notificação e permanecendo inerte o comodatário, então, deverá promover a ação 
de reintegração de posse, porque caracterizado o esbulho pela não restituição da 
coisa. 
b) A medida judicial se materializa em uma ação de conhecimento, o instrumento 
de realização do seu direito material. Ela é um direito fundamental à tutela 
jurisdicional, mas não, efetivamente, direito a um processo e a um julgamento de 
mérito. As reformas processuais deram nova redação ao art. 463 do CPC/1973, 
retirando a expressão ”mérito”, porque a decisão judicial pode não chegar ao 
exame do mérito, como nos casos de extinção do processo sem resolução de 
mérito, por faltar, por exemplo, as condições para o correto exercício da ação. A 
fórmula foi mantida no art. 494 do NCPC​. 
Aula 10 
Eduardo promove, em face da Fazenda Pública Estadual, ação visando a condenação do                         
réu a fornecer remédios para tratamento de doença (AIDS). Na inicial postula, ainda, a                           
concessão de tutela antecipada, diante do risco de dano irreparável. O juiz, ao examinar                           
inicial concede a tutela reclamada, que foi objeto de recurso por parte do réu. Indaga-se: 
a) É admissível a concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública Estadual?                           
Justifique. 
b) Como se comporta a jurisprudência do STJ sobre a possibilidade ou não de concessão                             
de tutela antecipada em face do Estado? 
GABARITO 
a) Sim. Valorização máxima dos princípios do Acesso à Justica (art. 5º XXXV da 
CF 88) e Razoável Duração do Processo (art. 5º, LXXVIII da CF 88). Nas situações 
previstas no art. 300 do CPC, a tutela antecipada pode ser concedida contra o 
Estado quando envolve a demanda direitos fundamentais, como o direito à saúde, 
que deve ser prestado pelo Estado, por princípio constitucional. 
b) A jurisprudência do STJ assim se comporta: 
 
b1) “Esta Corte Superior vem entendendo, em regra, pela impossibilidade da 
antecipação da tutela em face da Fazenda Pública, conforme decisão do Pretório 
Excelso acerca da liminar n a ADC nº 4; admitindo-a apenas em casos 
excepcionais a concessão antecipada de tutela. A vedação não tem cabimento em 
situações especialíssimas, nas quais resta evidente o estado de necessidade e a 
exigência da preservação da vida humana, sendo imperiosa a antecipação da 
tutela como condição de sobrevivência do requerente“ (STJ, AGREsp 397.275/SP, 
Rel. Min. Francisco Falcão). 
 
b2) “Tutela antecipada contra o Estado é admissível quando em jogo direitos 
fundamentais, como o de prestar saúde a toda a coletividade. Proteção imediata de 
direito instrumental à concessão do direito-fim e dever do Estado” (STJ, AgRg ao 
REsp 635.949/SC. Rel. Min. Luis Fux, 1ª Turma).

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