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Direito PROCESSUAL

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Divisão dos processos | 
Os processos são:
- Conhecimento - Resolve a crise de certeza do direito
- Execução - Resolve a crise de inadimplemento do direito creditório.
O processo de conhecimento visa resolver as seguintes crises de certeza:
- Declaração (afirmar judicialmente e com o poder do trânsito em julgado que uma determinada relação jurídica existe ou inexiste)
- Condenação (obrigar alguém a pagar, dar coisa certa/incerta, a fazer e a abster-se/não-fazer). 
O que acontece durante o processo de conhecimento?
- As partes alegam os fatos e direitos
- A defesa é produzida 
- As provas são realizadas na fase denominada "instrução" ou mesmo antes com a juntada de documentos nas petições inicial e contestação.
- O juiz emite uma sentença para julgar a causa
- Iniciam-se os recursos para eventual reajuste
PRINCÍPIOS E BASES DO PROCESSO
Acesso à justiça (art.3º) – cabimento de arbitragem (§1º) e incentivo à conciliação por parte de todos (§2º e 3º).
Razoável duração do processo (art.4º e 6º) – tanto em tutela exauriente como em tutela provisória
Ampla defesa e contraditório (art. 10) – O juiz deve ouvir as partes sempre que for decidir, ainda que a matéria seja arguível de ofício (vide também art. 317)
Julgamento em ordem cronológica (art. 12) – lista em cartório (§1º) e exceções (§2º)
Boa-fé como dever processual (art. 5º)
Fins sociais como destino do processo (art. 8º)
Fundamentação das decisões (art. 11)
Condições da ação: legitimidade e interesse (art. 17)
Inércia (art. 492)
JURISDIÇÃO NACIONAL (Arts 21-25).
 
O Brasil pode julgar:
a) Réu domiciliado no Brasil (incluindo agência, filial e sucursal)
b) Cumprimento da obrigação no Brasil
c) Fundamento de fato ou ato ocorrido no Brasil
d) Credor de alimentos domiciliado no Brasil
e) Réu com vínculos no Brasil (ex. propriedade, posse etc).
f) Domicílio do consumidor, quando desta natureza
g) Por convenção das partes
 
O Brasil deve julgar:
a) Imóveis situados no Brasil
b) Em matéria de sucessões sobre bens situados no Brasil
c) Divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável quando envolver bens no Brasil
Conceitos e revisão 
Definição conceitual para não esquecermos:
Processo de conhecimento é a solução de conflitos visando declarar, condenar ou constituir um direito ainda incerto (ou "relativamente incerto") de modo que será apurado por meio de provas, bem como alegações de fatos e direitos, a a fim de que o juiz emita uma sentença (da qual caberá, oportunamente, eventual recurso).
O processo é o meio de solução de conflitos e são dois: Conhecimento e Execução.
Procedimento é o método ("roupagem" a "definição do caminho") utilizado na solução do conflito em questão. No conhecimento temos dois tipos (procedimento comum e especial) e na execução também serão dois (títulos executivos judiciais e títulos executivos extrajudiciais).
Na verdade, após reformas e o CPC de 2015, a execução dos títulos executivos judiciais (decisões do juiz) são executáveis numa fase logo após o processo de conhecimento, isto é, por meio de um incidente denominado "incidente de cumprimento de sentença".  
Temos assim uma divisão nova:
> Processo sincrético (conhecimento + execução da sentença)
> Processo (direto) de execução (apenas e tão somente execução de título extrajudicial, e.g. cheques). 
Ordem para definir competência
 | 
ORDEM PARA FORMULAR A COMPETÊNCIA
1o. Está sob o julgo da jurisdição nacional?
2o.  É caso de justiça especial (militar, eleitoral, desportiva, trabalho)?
3o.  É justiça estadual ou federal?
4o.  Há hipótese de foro privilegiado? Inicia em varas ou em Tribunal?
5o.  Qual o foro territorial competente?
6o.  Qual a matéria versada (penal, civil, família, sucessões, fazenda pública)
7o.  Há varas específicas para tal matéria?
ATOS PROCESSUAIS: forma, prazo local, categorias.
Forma do ato em geral - liberdade de forma (art.180), mas sempre com uso do vernáculo (art. 192).
Forma digital - competência dos regimentos e do CNJ para regulamentar a matéria (art. 196). As unidades do Poder judiciário devem manter gratuitamente equipamentos para praticar atos eletrônicos e consultar autos digitais (art. 198). Atos devem ser praticados até a meia noite do dia do prazo (art.213).
Publicidade – exceções (art. 189): interesse público ou social, casamento, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes, em que constem dados protegidos pela constituição (intimidade), sobre arbitragem. Terceiro pode requerer certidão de dispositivo da sentença quando provar interesse jurídico (Art. 189, §2º).
Atos das partes (art. 200) – bilaterais ou unilaterais. Poderão exigir recibos de tudo o que entregarem em cartório (ar. 201).
Pronunciamentos do juiz (art.203) – sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Sentença é o ato cujo qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum bem como extingue a execução. Decisão interlocutória é todo pronunciamento decisório que não seja sentença (art. 203, §2º) e despachos são os demais pronunciamentos praticados de ofício ou a requerimento das partes (art. 203, §3º). Acordão é o julgamento colegiado (art. 204).
Atos do escrivão e chefe de secretaria– enumera e rubrica folhas (art. 207), assina termos de juntada, vista e conclusão (art. 208). Não admitirão espaços em branco nos autos, salvo se inutilizados, assim como entrelinhas (art. 211). A juntada se torna automática, independente de serventuário (art. 227, §2º).
Local dos atos (art. 217) – Sede do juízo sempre que possível.
Tempo dos atos (art. 212) – das 6 às 20 horas. Os atos iniciados antes continuarão após as 20 horas (§1º).  Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras podem realizar-se em férias forenses, feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido no artigo (§2º). Protocolos devem obedecer ao horário de funcionamento do fórum (§3º), digitais podem ser protocolados até meia noite (art. 213).
Feriados (art. 216) – Declarados em lei, feriados, sábados, domingos, dias sem expediente forense. 
Férias (art.220) – de 20 de dezembro a 20 de janeiro, inclusive. Suspensão de prazos e não poderão ser realizadas audiências nem sessões de julgamento.
Atos durante as férias ou feriados (art. 214) – apenas se praticam os atos de citação, intimação, penhora e tutelas de urgência. Não suspende durante as férias os processos de alimentos, nomeação ou remoção de curador, aqueles de jurisdição voluntária, bem como os voltados à conservação de direitos (art.215).
Prazos processuais (art.218) – as intimações para comparecimento devem ser feitas no mínimo 48 horas antes (art.218, §2). Se não houver prazo legal, o ato deve ser feito em 05 dias (art.218, §3º). Conta-se apenas dias úteis (art. 219), excluindo o do começo e incluindo o do vencimento (art.224). A publicação dá-se no primeiro dia útil seguinte à disponibilização no DJE, iniciando o prazo no primeiro dia útil seguinte ao da publicação (art. 224, §§2 e 3). A renúncia ao prazo deve ser expressa (art. 225). Em comarcas de difícil transporte, pode prorrogar-se o prazo em até 2 meses (art.222). Prazos peremptórios podem ser reduzido com a anuência das partes (art.222, §2). Precluso o prazo, só a justa causa (evento alheio à vontade) permite praticá-lo (art.223).
Prazos do juiz (art. 226) – despacho em 5 dias; interlocutória em 10 dias e sentenças em 30 dias. Mas o juiz pode exceder por igual tempo se houver justo motivo (art. 227).
Prazos do serventuário (art. 228) – remete à conclusão no prazo de 1 dia e faz os seus atos em 5 dias.
Prazo das partes, procuradores, Advocacia Pública, Defensoria e MP – Em regra começa da citação, intimação ou notificação (art. 230). Considera-se o começo (art. 231): data da juntada aos autos do AR ou mandado cumprido (ainda que por hora certa); da ocorrência quando a citação se deu por ato de escrivão; o dia útil seguinte ao final do prazo estabelecido na citação por edital; dia útil seguinte à consulta do teor ou término do prazo disponível quando eletronicamente; data da juntada do informeeletrônico de carta cumprida a carta ou (não havendo esse) a data da juntada da carta aos autos; da publicação quando a intimação advir de Diário de Justiça; da carga, quando a intimação se der por retirada dos autos. Litisconsórcio: o prazo corre do último citado (Art. 231, §1º). O ato que deve ser praticado pela parte diretamente o prazo inicia-se da comunicação (art. 231, §3º). Os prazos dobram quando diferentes procuradores em litisconsórcio, independentemente de requerimento (art. 229).
Penalidades por não observância de prazos (além da preclusão) (art.233) – contra o serventuário, as partes podem representar ao juiz (art. 233, §2º). Os advogados que não devolverem os autos em três dias após intimação, perderá a vista fora do cartório e incorrerá em multa (metade do salário mínimo) (art. 234, §2º), se o atraso for do MP, Defensoria ou Advocacia pública, multa contra o agente responsável pelo ato. Podem ainda representar ao corregedor do tribunal ou CNJ contra o juiz ou desembargador que não cumpre seus prazos (art.235), ouve-se o juiz e instaura-se a apuração de responsabilidade com intimação para  o representado em quinze dias manifestar-se, 48 horas após findo o prazo anterior o corregedor determinará a intimação do representado por meio eletrônico para em 10 dias praticar o ato e, caso não o faça, remeterá a substituto para que o faça em 10 dias.
Citação (art. 238) – pressuposto de validade ou existência? (art. 239). O comparecimento espontâneo supre (art. 239, §1º), fluindo daí os prazos.
Efeitos da citação (mesmo que incompetente o juiz): induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor (se dívida líquida e positiva, seu termo já constitui em mora e se de ato ilícito, da data do fato) (art. 240).  A interrupção da prescrição (e faz efeito também na decadência) operada pelo despacho que ordena a citação retroagirá à data da propositura da ação (art. 240, §1º), mas citação deve ser promovida em dez dias.
O réu será citado mesmo quando a sentença foi proferida antes do seu conhecimento (art. 241).
Citação é pessoal (art. 242). Fazendas, autarquias e fundações públicas a citação se dá na advocacia pública responsável (art.242, §3º). A citação pode ser feita onde encontrar-se o réu (art. 243). Não pode ser feita a citação quando o réu estiver em culto religioso, de cônjuge, companheiro ou qualquer parente do morto até segundo grau nos sete dias posteriores ao falecimento (inclusive), aos noivos nos 3 primeiros dias seguintes ao casamento; ao doente enquanto grave seu estado (art.244), nem do mentalmente incapaz (art. 245).
Formas de citação (art. 246) – correio, oficial, escrivão, edital, eletrônica. A citação será feita por correio, salvo (art. 247): ações de estado, réu incapaz, réu ser pessoa de direito público, réu domiciliado em área sem acesso aos correios, quando o autor justificadamente requerer de outra forma.
Pessoas jurídicas podem ser citadas na pessoa do gerente geral, administrador ou funcionário responsável por receber correspondências (art. 248, §2º). Nos condomínios edilícios ou loteamentos com controle de acesso, será válida a citação entregue a funcionário da portaria responsável pelas correspondências, poderá se recursar se assinar, sob as penas da lei, que o destinatário está ausente (art.248, §4º).  Microempresas e empresas de pequeno porte estão dispensadas, mas todas as demais devem manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos para efeitos de recebimento de citações e intimações as quais serão feitas, em regra, desta forma. Tal regra aplica-se, ainda, às Fazendas e entidades de administração indireta (art. 246, §§1º 2º). Se for ação de usucapião deve-se citar todos os confinantes pessoalmente (art. 246, §3º).   
Citação por hora certa (art. 252) – quando por 2 vezes diligenciar o oficial sem encontrar réu e ter suspeita de ocultação deste, caberá citação por hora certa. Intima-se familiar ou qualquer vizinho que voltará no próximo dia útil para a citação na hora designada (pode-se intimar também o funcionário da portaria que recebe correspondências). Após feita, o escrivão enviará ao réu telegrama, carta ou intimação eletrônica sobre o ocorrido (art.254).
Cabe citação por edital (art. 256) – citando desconhecido ou incerto, ou em local incerto e inacessível (país que se recusa a cumprir rogatória). Multa de 5 salários mínimos a quem provocou indevida citação por edital (multa ao citando) (art. 258). Publicação de editais (art.259) – usucapião imóvel, recuperação ou substituição de títulos ao portador, qualquer ação que lei seja necessária anunciar a terceiros interessados incertos ou desconhecidos.
Intimações (art.269) – Ciência de ato ou termo processual. Modo: a) pelo advogado da outra parte ao advogado adverso pelo correio com cópia do ofício de intimação e AR (art. 269, §1º); b) por meio eletrônico (o preferencial) (art.270); c) publicação em órgão oficial (art. 272); d) pessoalmente ou carta (art.273); e) em última hipótese por oficial de justiça ou edital (art. 275), inclusive hora certa (art. 272, §2º).  Podem ser intimados advogados ou sociedade de advogados (art. 272, §2º).
- Carta rogatória, Carta de Ordem, Carta precatória e arbitral (art.237).
- Carta rogatória (art.36) é de competência do STJ é contenciosa.
- Auxílio direto entre países dispensa carta rogatória e até mesmo tratados (art.30) (ex.: informações, colher provas).
COMPETÊNCIA (arts. 46-53): Determinação
 Direito Pessoal:
- Domicílio do réu.
- Réu pessoa jurídica: Na sede, agência ou sucursal que se obrigou ou onde exerce suas atividades (pessoa de fato) ou onde a obrigação deve ser satisfeita.
- Réu com mais de um domicílio: em qualquer um deles.
- Réu em domicílio incerto ou desconhecido: onde se encontrar.
- Réu domiciliado fora do Brasil: domicílio do autor. Ambos domiciliados fora do Brasil: Em qualquer lugar.
- Litisconsórcio com diversos domicílios: Qualquer um deles.
 
Direito Real:
- Local do imóvel (art.47) ou domicílio do réu. NÃO poderá ser no domicílio do réu se a ação não versar sobre propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação, nunciação de obra ou posse (§§1º e 2º).
- Se imóvel em mais de um local: o juízo que for prevento (art.60)
 Regras especiais:
- Execução fiscal: Domicílio do réu, residência ou onde for encontrado.
- Quando o espólio for réu, inventário, arrecadação e partilha: domicílio do autor da herança, ou local de qualquer um dos imóveis, quando o domicílio for incerto.
- Réu ausente: último domicílio, mesmo se for arrecadação e inventário.
- Réu incapaz: Domicílio do representante
- União, estado e distrito federal for autora – domicílio do réu
- Idoso: de sua residência, se aplicável o Estatuto
- Alimentos: domicílio do alimentando
- Divórcio, separação, anulação e dissolução de união estável: domicílio do guardião do incapaz, último domicílio (sem filhos) ou do réu, caso nenhum dos dois resida no último domicílio.
Reflexos da incompetência
Existem duas: incompetência absoluta e a relativa.
Competência absoluta (art.62):
Matéria
Pessoa
Função (hierárquica)
Competência relativa (art.65):
Territorial 
Salvo: possessória de imóvel (art.47, §2º). 
A diferença entre elas, na prática, é que a incompetência absoluta pode ser arguida a qualquer momento, mesmo após o trânsito em julgado. A incompetência relativa precisa ser arguida na primeira oportunidade de "falar nos autos", que geralmente é a contestação do réu! O autor não reclama da competência pois foi ele que direcionou o processo para aquele juiz (como ele reclamará de algo que escolheu?!).
A forma correta de reclamar a incompetência é a "preliminar de contestação" - em todos os casos.
Chama-se prorrogação de competência quando uma parte, podendo reclamar da incompetência relativa (territorial) não o faz no prazo e o juiz se torna competente pelo silêncio da parte. 
Tipos de Justiça
São Justiça comuns:
Estadual
Federal
São Justiças especiais:
Eleitoral
Trabalhista
Penal militar
Não pertencem ao Judiciário:
Câmaras arbitrais
Justiça Desportiva
Justiçamarítima 
Cartórios e tabelionatos de notas, imóveis etc...
Juntas Comerciais 
Justiça Administrativa
Corregedoria da administração pública
Processo Administrativo (e.g. multas)
COMPETÊNCIA: conceito, divisão e relação. Suspeição e impedimento
Competência absoluta (art. 62) - matéria, pessoa ou função (hierárquica). Arguível em qualquer grau (art. 64, §1º). Na possessória imobiliária o juízo do local do bem é absoluto (art. 47,§2º).
Competência relativa – É prorrogável (art. 65). Permite eleição de foro (art. 63), a qual deve ser expressa, obriga os herdeiros e se abusiva pode ser reconhecida de ofício. O insurgente deve indicar de imediato o foro que entende correto.
Conflito de competência (art. 66) – quando dois juízes se julgam competentes entre si ou incompetentes entre si, ou quando os dois controvertam sobre a reunião e separação de processos. Quem alega é o juiz que não acolheu a competência declinada (Parágrafo único).
Arguição de incompetência (art.64) – Sempre em preliminar de contestação.
Perpetuatio Iurisditiones (art.43) – No momento do registro ou distribuição, salvo modificação competência na absoluta e quando suprimir órgão.
Competência da Justiça Federal (art. 45) – sempre que a União e suas empresas públicas, autarquias, fundações, conselhos de fiscalização de atividades profissionais for PARTE ou TERCEIRO. Exceção: recuperação judicial, falências, acidente de trabalho, insolvência, justiça eleitoral e trabalhista. Os autos apenas não serão remetidos à justiça federal se um dos pedidos for de sua competência, deixando de analisar os outros.
Conexão (art. 55) – Houver vínculo comum entre pedido ou causa de pedir. Cabível apenas até a sentença (§1º), poderá haver mesmo sem vínculo algum sempre que as decisões puderem conflitar (§2º)
Continência (art. 56) – O processo continente deverá ser ajuizado depois (57), do contrário ele será extinto por litispendência.
Prevenção (art. 58) – as ações devem se reunidas no prevento e julgadas simultaneamente. A prevenção surge do registro ou distribuição (art. 59).
Impedimento (art. 144) – juiz atuar em processo em que interveio como mandatário da parte, em que foi perito, foi ouvido como testemunha ou funcionou como membro do MP; processo que decidiu em outro grau de jurisdição; quando nele estiver postulando como defensor, advogado ou membro do MP, seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente em linha reta ou colateral até terceiro grau (inclusive), desde que já exerciam esta atividade antes do juiz ser investido na jurisdição (aplicando-se também quando o advogado é apenas sócio do escritório); quando for parte ele próprio, seu cônjuge, companheiro, parente em linha reta ou colateral até terceiro grau (inclusive); quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; em que figure instituição de ensino em que figure como professor; em que figure como parte cliente de escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro, parente em linha reta ou colateral até terceiro grau (inclusive), mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; quando promoveu ação contra a parte ou o seu advogado.
Suspeição (art. 145) – amigo íntimo e inimigo de qualquer das partes ou advogados; que recebeu presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois da demanda; que aconselhar alguma das partes; subministrar meios para as despesas processuais; quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou parentes até terceiro grau (inclusive, linha reta ou colateral). Contiver qualquer interesse no julgamento do processo. Juiz pode declarar omitindo suas razões (art. 145, §1º). Não caberá quando a suspeição é arguida por quem provocou ela ou quando houver preclusão lógica (art. 145, §2º).
Procedimento de suspeição ou impedimento (art. 146) – 15 dias contados do conhecimento do fato. Petição específica. Pode instruir. Se o juiz reconhece: remessa dos autos a seu substituto legal. Não reconhece: autuação apartada e em 15 dias apresenta suas razões, acompanhadas de documentos e ao de testemunhas, remetendo ao tribunal. No tribunal o relator determinará ou não o efeito suspensivo do incidente. Se o tribunal reconhece: condenará o juiz nas custas e remeterá os autos a seu substituto legal (juiz pode recorrer da decisão), decretando-se a nulidade dos atos.  
Sendo caso de vínculo parental entre juízes o primeiro que conhecer o processo impede que o outro nele atue. (art. 147).
Aplica-se a suspeição e impedimento entre (art.148): membros do MP, auxiliares da justiça, aos demais que tiverem dever de imparcialidade. 
O incidente é processado em incidente separado e sem suspensão. Contraditório em 15 dias. 
Leitura da Constituição Federal
Título IV   Da Organização dos Poderes
Capítulo III   Do Poder Judiciário
Seção I   Disposições Gerais
 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
        I -  o Supremo Tribunal Federal;
        I-A -  o Conselho Nacional de Justiça;
        II -  o Superior Tribunal de Justiça;
        III -  os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
        IV -  os Tribunais e Juízes do Trabalho;
        V -  os Tribunais e Juízes Eleitorais;
        VI -  os Tribunais e Juízes Militares;
        VII -  os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
    § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
    § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
Organização do poder Judiciário
LEGITIMIDADE, SUCESSÃO DE PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL
Capacidade de ser parte - Todas as pessoas
Capacidade de estar em juízo - toda pessoa capaz (art. 70), o incapaz representado por seus pais, tutor, curador (art. 71). Serão representados também (art. 75): União pela Advocacia Geral da União; estados, município e distrito federal por seus procuradores (ou prefeito, se município); autarquia e fundação por quem a lei designar; massa falida pelo administrador judicial; herança jacente ou vacante pelo curador; espólio pelo inventariante; pessoa jurídica por quem designar o ato constitutivo ou por seus diretores (no silêncio); a sociedade e associações irregulares pelo administrador; Pessoa jurídica estrangeira pelo gerente, representante ou adm. de sua filial, agencia ou sucursal; Condomínio pelo sindico ou adm. Sempre deverá o juiz abrir prazo para ajustar o vício de representação (art. 76).  
Substituição Processual (art. 18) – um dos exemplos é o do assistente quando o assistido deixar de agir na causa (art. 121). 
 
Curador especial (art. 72) – ao incapaz sem representante legal, o réu revel preso, bem como o revel citado por edital ou com hora certa. É exercida pela Defensoria Pública
Legitimidade de cônjuges ou companheiros (união estável) (art. 73) – Apenas necessária autorização do cônjuge quando versar sobre direito real imobiliário (salvo regime de separação absoluta de bens). Serão ambos litisconsortes necessários quando envolver (art. 73) direito real imobiliário, fato de relevância aos dois, dívida adquirida por um a bem de família, reconhecimento, extinção ou constituição de ônus sobre imóvel de um ou de ambos. Nas possessórias apenas quando for composse ou ato de ambos. O consentimento pode ser suprido judicialmente (art. 74), mas será invalidado o processo quando não houver (Art. 74, parágrafo único).
Sucessão voluntária de partes (art. 108) – apenas quando a lei autorizar
Sucessão por alienação da coisa ou direito (art. 109) – não altera a legitimidade das partes, salvo se a parte contrária anuir (§1º). Caso não assuma, poderá tornar-se assistente litisconsorcial (§2º) . O adquirente receberá os efeitos naturais da sentença (3º).
Sucessão por morte (art. 110) – suspende-se o processo (art. 313, I) para a habilitação (art. 689). Se não for ajuizada a habilitação (313, 2º): se falecido o réu, intima-se o autor para promovercitação do espólio ou dos herdeiros (no mínimo 2 até 6 meses). Se falecido o autor e o direito dos transmissível, intimação do espólio ou dos herdeiros pelo meio que reputar o juízo como mais adequado paras que manifestem interesse e procedam a habilitação. A habilitação é de competência do mesmo juízo em que o processo suspendeu (art. 689), devendo-se citar os requeridos pessoalmente ou por procurador já constituído para manifestar-se no prazo de 05 dias (art. 690). O juiz decidirá o pedido tão logo, salvo se for impugnado e houver necessidade de provas, caso em que será apartado os autos(art.691). Transitada em julgado, o processo principal retomará seu curso, e cópia da sentença será juntada nele (art.692).
Caso não haja habilitação (art. 313, §2º), o juiz, ao constatar falecimento, suspenderá o processo e ordenará intimação do autor para promover a citação do espólio do réu ou, se falecido o autor, suspenderá e determinará intimação de seu espólio. 
  
LITISCONSÓRCIO
Hipóteses (art.113) – comunhão de direitos ou obrigações, conexão entre pedido ou causa de pedir, afinidade comum de fato ou direito.
 
Facultativo – pode ser limitado em qualquer fase (art. 113, §1º), mas o requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta (§2º).
Necessário (art. 144) – Disposição em lei, natureza da relação jurídica ou quando a eficácia da sentença depender da citação de todos os litisconsortes. Caso não haja o litisconsórcio quando necessário, a sentença será nula (se unitário) ou ineficaz aos que não participaram (se simples).
Unitário (art. 116) – Quando o mérito deve ser julgado igual a todos 
Simples (art.117) – é a regra, atos independentes. 
Se a obrigação for indivisível com pluralidade de credores, não é caso litisconsórcio necessário(art.328), bastará que aquele que não participou do processo receba sua parte deduzida das despesas proporcionais. 
COMPETÊNCIA FEDERAL:
a) Causas em que a administração pública direta e indireta federal for ré, autora, assistente, oponente (exceto falência, acidente de trabalho, e eleitoral);
b) Estado estrangeiro ou entidade internacional X Município ou pessoa domiciliada/residente no país;
c) Fundadas em tratado ou contrato da União com órgãos e estados internacionais;
d) Ações indígenas e crimes que de alguma forma relacionam-se aos interesses federais e nacionais
ESTADUAL:
Todas as demais hipóteses (em regra).
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Apenas aos juridicamente interessados (art. 119) - Cabe em qualquer procedimento e em todos os graus, mas o 3º recebe no estado.
Prazo para impugnar (art.120) – 15 dias. O incidente não suspende.
Assistência simples (art. 121) – se for o assistido revel ou omisso, o assistente será considerado seu substituto processual. O assistido pode reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito e transigir (art.122).
Assistência litisconsorcial (art. 124) – sempre que a causa influir na relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido.
Assistência - Efeitos da sentença e coisa julgada – o assistente não poderá rediscutir a causa se recebeu o processo a tempo de produzir provas e não for prejudicado por atos do assistido. Se conhecer novas provas na época da assistência, poderá rediscutir.
Denunciação da lide (art. 125) – é admissível por ambos: ao alienante no processo relativo ao domínio da coisa (evicção), quando couber indenização por regresso (§1º - mas se não for proposta, ela poderá ser feita em ação autônoma). Quando feita pelo autor, o denunciado assume posição de litisconsorte do denunciante, podendo acrescer novos argumentos à inicial (Art. 127). Feita pelo réu (art.128): se o denunciado contestar o pedido, o processo prosseguirá com litisconsórcio entre denunciante e denunciado; se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com suas defesa (restringindo-se à regressiva); se o denunciado confessar os fatos alegados na principal, o denunciante poderá continuar com sua defesa ou prosseguir apenas como regresso. Não pode o denunciado sucessivo promover nova denunciação (§2º). O julgamento da denunciação depende da sucumbência do denunciante na principal (art. 129)
Chamamento ao processo (art. 130) – admite-se ao: ao afiançado (feita pelo fiador-réu); aos demais fiadores; aos demais devedores solitários. A citação deve ser feita em até 30 dias, sob risco de ficar sem efeito o chamamento, salvo se residir o chamado em outra comarca, quando será dois meses (art. 131). A sentença permitirá os devedores e fiadores cobrarem entre si o montante que utilizaram para pagar ao credor (art. 132).
 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PJ
Cabe desconsideração pela via direta ou reversa. Não cabe de ofício (art. 133). Cabível a qualquer momento (art. 134).
A desconsideração segue duas formas: por meio de demanda ou por meio de incidente. (art.134§2º). Se incidental suspende o principal (§3º).
Contraditório em 15 dias (art. 135).
O incidente se resolve por decisão interlocutória (art. 136), cabendo agravo interno se proferida pelo relator. Há silêncio com relação ao modo de demanda, mas tudo indica que será interlocutória de decidida antes da sentença e, sendo nela, caberá apelação (como são as demais interlocutórias em sentença, como a justiça gratuita).
Uma vez acolhido o pedido, as alienações e onerações de bens fraudulentas não gerarão efeitos perante a parte (art. 137).
 
AMICUS CURIAE
Caberá de ofício ou a requerimento da parte. Matéria relevante com repercussão social. Decisão irrecorrível. Busca a manifestação de pessoa física ou jurídica detentora de determinada opinião importante (prazo de 15 dias da sua intimação – e não juntada) (art. 138). O amicus curiae só poderá recorrer das decisões que julgarem incidentes de demandas repetitivas. (§3º)
Questões para fixar!
1) O que diferencia processo e procedimento?
2) Quais os tipos de processo?
3) Quais os tipos de procedimento?
4) Quais as crises que cada processo resolve?
5) Quais os três efeitos do processo de conhecimento?
6) O que significa fase instrutória?
7) O que significa processo sincrético?
DO JUIZ
O juiz deve (art.139) – jurisdicionar com isonomia, proteger a celeridade, prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça e indeferir atos protelatórios, assegurar o cumprimento da ordem judicial, promover o acordo sempre que possível, adequar os prazos processuais dilatando-os (desde que determinado antes do encerramento do prazo regular) e alterar a ordem de produção das provas de acordo com o caso, exercer poder de polícia, determinar o comparecimento das partes, determinar o saneamento de vícios, oficiar o MP ou outros legitimados quando verificar demandas repetitivas que comportem ação coletiva própria.
Vedação ao non liquet (art. 140).  Vedação do julgamento por equidade (art. parágrafo único). Limitação da sentença: ultra e extra petita (art.141). Processo simulado deve ser impedido por ele, contra autor e réu (art. 142).
Responsabilidade civil (art. 143) – proceder com dolo e fraude, prejudicar providência sem justo motivo a qual deva ordenar de ofício ou a requerimento (quando não apreciado em 10 dias).    
(ARTIGO)
A morosidade processual frente os direitos fundamentais e a ineficiência da Administração Pública
Renato Souza Mendes Publicado em 10/2012. Elaborado em 10/2012.
A morosidade processual, que tem como uma das causas da ineficiência da Administração Pública, pode comprometer a efetivação de direitos fundamentais.
Resumo: O referido artigo debate o problema da morosidade processual, evidenciando suas causas, consequências e possíveis resoluções. Aponta os ideais do novo Código de Processo Civil e suas possíveis contribuições para o referido problema discutindo também a ineficiência da Administração Pública frente a sua demasiada burocracia e inflexibilidade como grande contribuinte à referida anomalia. Exalta a importância de um processo célere e eficiente frente à auferição de direitos fundamentais e o ideal papel de um Estado de Direito para isso.
Palavras-chave:morosidade processual; ineficiência da administração pública; novo código de processo civil, estado de direito
Sumário: 1 – INTRODUÇÃO. 2 – DEFINIÇÕES DE PRINCÍPIOS.. 3 – DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO ROCESSO. 4 -CAUSAS DA MOROSIDADE PROCESSUAL.. 5 – CONSEQUENCIA DA MOROSIDADE PROCESSUAL.. 6 – CONCLUSÃO.. 7 – BIBLIOGRAFIA.
1 - INTRODUÇÃO
Ao se transformar na força dominante e soberana sobre a sociedade, o Estado tomou para si a responsabilidade de pacificação e atribuição de direitos.
A autotutela, princípio que possui embasamento no domínio dos mais fortes, deixou de ser a forma de resolução de conflitos atuante, cedendo espaço para o poder jurisdicional.
Tomando essa responsabilidade, o Estado, em tese, se comprometeu a uma dominação sem opressão, representativa, garantidora da paz social e direitos e garantias fundamentais.
Nesse sentido aduz o mestre Samuel Miranda Arruda[1] :
“... pode-se dizer, em resumo, que no papel de detentor do monopólio da Jurisdição e em atenção ao principio do Estado de Direito, compete ao Estado organizar um sistema judicial amplamente acessívelapopulação e apto a prestação da tutela efetiva. Por efetividade da tutela, compreenda-se também uma prestação jurisdicional em tempo útil, uma prestação judicial temporalmente eficaz.”
Ao contrário disso, nota-se no início desta formação um Estado totalmente prepotente, opressor, autocrata, onde usa seus súditos como fonte de riquezas e poder. Um leviatã, segundo Thomas Hobbes[2], onde os súditos sedem suas cabeças para a ascensão do poder incontrolável do Estado.
"Dos poderes humanos o maior é aquele composto pelos poderes de vários homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem o uso de todos os seus poderes na dependência de sua vontade. É o caso do poder de um Estado.”
Com a Revolução Francesa, elevando as garantias fundamentais à visão do povo, o Estado de Direito, começa a tomar forma e dar os seus primeiros suspiros. A lei magna deixa então de ser apenas letra morta frente aos seus verdadeiros objetivos, e inicia a retenção do poder do Estado com o princípio da legalidade e a atribuição de direitos materiais, até então desconhecidos pelo povo.
Com a Constituição Federal de 1988, com caráter democrático e humanístico, a sociedade em geral, recém liberta de uma ditadura militar, começa realmente a enxergar pequenos feixes de liberdade e democracia, matéria esta que até hodiernamente ocupa os principais debates políticos atuantes à realidade social.
Com tantas normas, citam-se, pactos internacionais, debates e correntes doutrinárias resguardando uma sociedade livre e justa, o povo ainda encontra empecilhos para gozar de tais princípios, a morosidade processual.
Tido como um caminho, um canal para o verdadeiro direito material, o processo é indiscutivelmente um importantíssimo instrumento para a obtenção de garantias tantas, conquistada ao longo de lutas civis.
De nada adianta um ordenamento jurídico recheado de normas programáticas que exaltam o bem estar e a dignidade humana, como o nosso, se a ferramenta que possibilita o acesso a tais normas está corrompida.
A importância do Direito processual vai além do senso comum, muito além de um fim em si mesmo, pois atua como base, sustentação de todo ordenamento que o rodeia.
É através dele, executado sob o princípio do devido processo legal, que o direito líquido cria seus efeitos e prerrogativas, consolidando todos os mandamentos de bem estar social e possibilitando uma atuação mais justa e equânime do Estado.
O presente artigo demonstra as principais causas, efeitos e prejuízos causados pela realidade da morosidade processual, tais como: A relação entre a ineficiência do poder administrativo e o afogamento do poder jurisdicional; O vulgar vezo de se recorrer ao aparato jurisdicional pela sociedade; O novo código de Processo Civil frente à tentativa de dar celeridade ao processo, entre outros.
2.  DEFINIÇÕES DE PRINCÍPIOS
Princípios etimologicamente falando, são as primeiras ideias ou primeiros juízos de valor de algo. São as noções básicas e iniciais, onde em suas estruturas tentam demonstrar sua verdadeira essência. São as proposições básicas que condicionam e validam estruturações subsequentes. Adentrando à Filosofia do Direito, pode-se encontrar a relação dos princípios com os preceitos imutáveis do Direito Natural, que corresponde a uma justiça maior e essencial, procedente da própria ordem equilibrada da natureza independente da vontade do homem.
Saindo do jus naturalismo e adentrando ao rol do direito positivo, os princípios gerais são enunciados normativos que orientam e iluminam a compreensão do ordenamento jurídico no tocante à elaboração, aplicação e integração das normas. Representam o núcleo do sistema legal.
Luiz Roberto Barroso[3] tenta especificar em sua obra o verdadeiro conceito de princípios:
 “Os princípios constitucionais são o conjunto de normasque espelham a ideologia da constituição , seus postulados básicos e seus fins. Dito de forma sumária, os princípios constitucionais, são as normas eleitas pelo constituinte como fundamentos ou qualificações da ordem jurídica que institui “
    Para J.J. Gomes Canotilho[4] considera-se:
“... princípios jurídicos fundamentais são os princípios historicamente objetivados e progressivamente introduzidos na consciência jurídica e que encontram uma recepção expressa ou implícita no texto constitucional.”
    Os princípios, destarte, são normas que possuem um maior grau de abstração e flexibilidade. Necessitam de uma maior interpretação para terem uma maior eficácia, e dão ao magistrado uma maior discricionariedade para julgar.
Os princípios também possuem como função secundária suprir as lacunas da lei, servindo como fontes indiretas de direito, possibilitando ao interprete as ideias e caminhos para que se chegue a uma decisão equânime.
    Para o douto professor Celso Antônio Bandeira de Melo[5]:
 “Princípio é por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão.”
Como ultima posição doutrinária podemos trazer o pensamento clássico de Miguel Reale[6], onde ele trata os princípios como pressupostos de conhecimento:
“... verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis.”
    Em suma, passando por algumas concepções doutrinárias, nota-se que existe uma concordância entre grandes pensadores, concluindo que, em síntese, os princípios são diretrizes, caminhos, valores, ideias, concepções, que atuam como pilares, sustentando a abrangência total do ordenamento jurídico que o sobrepõe, agindo como fonte normativa, resolvendo eventuais conflitos e suprindo possíveis lacunas.
3. DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO
A morosidade processual é um problema que aflige o Poder Judiciário Brasileiro há tempos. Com o intuito de solucionar tal problema, este foi elevado ao nível constitucional com a Emenda Constitucional nª 45.
A partir de tal emenda, onde houve grandes mudanças na maquina estatal, onde foi incrementado ao artigo 5º o princípio darazoável duração do processo,o qual se teve a tentativa de impor por meio de seu enunciado normativo condutas e objetivos finalísticos que tendem a extinguir a morosidade processual.
Segundo o doutro jurista Nagib Slabi Filho[7] :
“A norma garante mais que o direito de ação ou de acesso ao judiciário, mas a sua eficiência, celeridade e tempestividade. Poder-se-ia dizer que a norma declara o direito fundamental de todos à eficiente realização do processo pelo qual se leva o pedido à cognição judicial ou administrativa: é assim, direito ao processo eficiente, muito além do simples direito ao processo.”
O princípio, seguindo suas mais básicas peculiaridades, apresentou conceitos finalísticos, ou seja, demonstrouo verdadeiro objetivo da norma sem demonstrar os caminhos que se deve percorrer.
A morosidade processual, destarte, é um problema que plaina há tempos não só a estrutura judiciária brasileira, mas também quase todos os ordenamentos jurídicos comparados. Esse empecilho, além de antigo, é também universal.
Pode-se se dar como exemplo a Itália - considerada a pátria dos mais importantes processualistas da história - a qual é o país europeu que apresenta os maiores índices de lentidão na prestação jurisdicional.
Parece que essa doença jurídica é algo inerente, impregnado à prestação jurisdicional, uma mal que compromete seriamente a ineficácia do Estado, retardando consequentemente sua função pacificadora.
Isso é bem sintetizado por Cappelletti e Garth[8], onde é dito:
“... uma justiça que não cumpre suasfunções de um prazo razoável e, para muitas pessoas, uma Justiça inacessível.”
No século VIII o imperador Carlos Magna, já ordenava que, os magistrados que dessem causa a uma lentidão injustificada, deveriam continuar o trabalho em suas casas, ocorrendo tudo à custa dos mesmos. Claramente eram medidas de desespero, incabíveis nos dias atuais, mas que demonstravam o quão era problemática e relevante a morosidade da época.
Já no inicio do Brasil República, o Ministro Carlos Maximiliano reclamava que a lentidão nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal era culpa do próprio tribunal, que se transformava numa terceira instância pelo fato de ampliar a sua competência demasiadamente para conhecer e julgar em grau de recurso extraordinário.
    Em 1975, o também Ministro do STF, Rodrigues de Alckmin destacava que o retardamento dos processos e a ineficácia na execução dos julgados eram antigas e generalizadas queixas dos advogados.
A morosidade do poder judiciário causa uma debilidade no chamado “acesso à justiça”. Tal expressão não pode ser confundida com o acesso ao poder judiciário, ou seja, a facilidade de ingresso no poder jurisdicional do Estado. Essa expressão se refere especificamente ao acesso à justiça stricto sensu, a uma resposta proporcional a petição, à verdadeira equidade.
Além de inerente ao Estado de Direito, o acesso à justiçadeve ser visto como corolário do princípio da dignidade da pessoa humana, a qual apenas pode ser garantida dentro de um sistema que, uma vez violados os direitos do cidadão, será intentada uma tutela adequada a tal lesão.
 A descrença, perda de legitimidade e ineficácia em sua capacidade de dizer o direito são fatos habituais que rondam a realidade do Poder Judiciário. O papel mais claro e óbvio tomado para si, ao se criar um Estado, não esta sendo devidamente cumprido, originando assim uma eterna revolta, um semente de indignação de seus “súditos”, onde qualquer “faísca” pode causar uma bela explosão.
4 – CAUSAS DA MOROSIDADE PROCESSUAL
Com o fenômeno ocorrente da morosidade processual, os operadores do direito sempre buscaram a fonte ou as fontes dessa anomalia, tentando encontrar assim maneiras de exterminá-la.
O ponto mais atacado hodiernamente é o próprio corpo jurídico, ou seja, os próprios prazos processuais, e a quantidade de recursos existentes. Em qualquer doutrina, parecer, tratado, o ordenamento é posto como o vilão da situação, sendo exposto à critica social através da mídia como o único contribuinte à morosidade.
Quanto aos prazos, podemos afirmar que estes não são a causa da ineficiência da prestação jurisdicional. Se todos os prazos propostos fossem cumpridos estritamente, o processo terminaria em um curto e ponderado espaço de tempo. Os prazos estão propostos adequadamente, nem tão longos, mas que possibilitam um tempo ideal para uma boa defesa ou ataque. O grande problema é que eles não são cumpridos devidamente. Alguns sequer apresentam sanções aos seus descumprimentos. Podemos, como exemplo, citar o prazo atribuído aos juízes que define o tempo para despachos e sentenças, os quais não propõe nenhum tipo de punição quando não respeitados.
Quanto à quantidade de recursos existentes, podemos expressar que são a consolidação de uma das atribuições fundamentais do Estado de Direito, o princípio do Duplo Grau de Jurisdição. Este é um princípio constitucional atuante e extremamente importante. Ele possui suas bases etimológicas no princípio da segurança jurídica, resguardando as partes de uma decisão única e às vezes imprecisa. Com a quantidade de processos diretamente ligados à estrutura judiciária, fica clara a afirmativa de que os juízes de primeiro grau não possuem a capacidade de julgar com tanta pessoalidade e aprofundamento todos os processos. Tem-se também o fator da inexperiência, ocorrente em alguns magistrados iniciantes, comprometendo também a equidade da decisão.
Com um sistema que por inteiro é lento, não criaria efeitos positivos cortar garantias de segurança dos litigantes em prol de uma celeridade processual mascarada. Ter-se-ia assim um processo que continuaria lento, visto que a quantidade de recursos não são os principais fatores da morosidade processual, e injusto.
O douto Egas Moniz de Aragão[9], expõe no mesmo sentido:
“Os que criticam os recursos (...) apoiam-se basicamente em aspectospatológicos do funcionamento do Poder Judiciário, em que sua morosidade assumerelevante importância. Todavia o combate alentidão processual não se faz com a supressão de vias de recorrer, mas com a aceleração generalizada da marcha da maquina judiciaria.Se esta, no seu todo, funciona devagar e ninguém se preocupa com o porque, devagarcontinuara a funcionar, embora reduzido o numero de recursos. Mesmo que se chegue aextinção absoluta, que deixara os tribunais entregues a ociosidade, perdurara a lentidão naprimeira. Tenho insistido – em vão, reconheço – que e preciso diagnosticar a causa dademora para poder equacionar e solucionar adequadamente o problema em seus múltiplos aspectos. O que mais adeptos atrai, no entanto, são as soluções imediatistas, elucubradasem gabinetes, as quais, com o tempo, revelam-se muitas vezes insatisfatórias
A desestrutura judiciária, a qual pode ser elencada como outro fator, é um dos maiores contribuintes para o problema. A realidade dos órgãos judiciais, principalmente os de 1º grau é crítica e insustentável. Assessores e estagiários precisam “vestir a toga” junto aos juízes atuantes, frente à inundação de processos, para cumprir prazos e cobranças, como por exemplo, as realizadas pelo Conselho Nacional de Justiça, CNJ.
Nesse sentido também expõe o jurista Paulo Hoffman[10]:
“Diante do novo inciso LXXVIII do art. 5° da CF/88, com a previsão da duração razoável do processo como garantia constitucional do cidadão, nosso posicionamento é cristalino no sentido de que o Estado é responsável objetivamente pela exagerada duração do processo, motivada por culpa ou dolo do juiz, bem como por ineficiência da estrutura do Poder Judiciário, devendo indenizar o jurisdicionado prejudicado – autor, réu, interveniente ou terceiro interessado -, independentemente de sair-se vencedor ou não na demanda, pelos prejuízos materiais e morais.”
O costume da sociedade de sempre buscar o Poder Judiciário em primeiro lugar também possui o seu peso. O Douto jurista Sílvio de Salvo Venosa[11] utiliza o direito comparado para nos por a par de nossa realidade:
“No direito chinês, antes de se chegar a um processo judicial, tentam-se todas as formas de conciliação, pois existem muitos grupos sociais dispostos a conciliar os antagonistas, como os municípios e as próprias famílias. Mesmo quando já se conseguiu uma decisão favorável em Juízo, reluta-se em executá-la; quando executada, procede-se de forma que prejudique o adversário o mínimo possível. Esses são os pensamentos tradicionais chineses, de acordo com a doutrina de Confúcio, tão distantes de nosso entendimento ocidental.”
Com o artigo 5º XXXV, onde reza que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, cria-se como direito primário do cidadão a possibilidade de em qualquer caso se recorrer ao Poder Judiciário. É incontestável que o referente artigo possui umaimportância impar para a construção de um eficaz Estado de Direito, porém não pode ser interpretado em seu sentido estrito. Deve ter uma interpretação teleológica e não gramatical do mesmo.
Entende-se nesse sentido o Luiz Guilherme Marioni[12]:
“...faz surgir a ideia de que essa norma constitucional garante nãosó odireito de ação, mas a possibilidade de um acesso efetivo a justiça e, assim,um direito a tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva. Não teriacabimento entender, com efeito, que a constituição da Republica garante aocidadão que pode afirmar uma lesão ou ameaça a direito apenas e tão-somente uma resposta, independentemente e ser ela efetiva etempestiva.”
Assim, de nada adianta apenas o ingresso desmensurado ao Poder Judiciário, se a essência material de justiça não esta sendo alcançado. Meios mais eficazes de resolução de lides devem ser incrementados urgentes no aparato estatal, tanto no Poder Judiciário, como nos outros Poderes.
Por último e talvez o mais relevante fator para a lentidão processual, é a ineficiência da Administração Pública quanto à resolução de suas lides. Segundo o CNJ, Conselho Nacional de Justiça, o maior demandante do país se chama Estado. Esse faz parte de quase 50% de todos os processos demandados, seja como requerente ou requerido. Isso significa basicamente que a metade de todas as demandas do Poder Judiciário poderia de alguma forma desaparecer, visto que se ele possuísse mais identidade e eficiência em seus atos, tais lides não seriam formadas.
A instabilidade dos atos administrativos do Estado gera processos que poderiam ser evitados desde o início, como é o caso da maioria dos processos que envolvem o INSS. A Autarquia Federal ocupa aproximadamente 70% das gavetas do TRF. Muitos, buscando resguardo ao Poder Judicial sobre coisas que, em tese, deveriam ser resolvidas pelo próprio órgão estatal. A discricionariedade ofertada a estes, evidentemente não é bem aplicada, vigorando um excesso de formalidade fora do comum, tendo tais burocracias apenas a função de comprometer o bom tratamento das lides em potência.
Em relação á execução fiscal, a cena continua a mesma. De acordo com um parecer do CNJ, Conselho Nacional de Justiça, a conciliação é a melhor saída para tal fenômeno, visto que o grau de judicialização é imenso e serve apenas para postergar a solução do problema. Em alguns casos, os gastos realizados para tal movimentação judicial são maiores que a dívida ativa cobrada, não cumprindo com o interesse público. Em casos assim, o poder estatal deveria utilizar de uma maior flexibilidade em seus atos, não agindo somente de acordo com a tecnicidade. A ponderação, princípio implícito do direito administrativo, deveria prevalecer em detrimento do principio autoritário da legalidade, criando assim maneiras mais eficazes e que condizem com um maior benefício á sociedade.
Cria-se um sentimento de que a Administração Pública está padronizando a conduta de “quanto maior a procrastinação, melhor”. O uso de ferramentas que podem levar à conciliação é inexistente, optando sempre pela via judicial. No ano de 2008 ocorreram algumas mudanças significativas no âmbito da Administração Pública, onde foi realizada a tentativa de dar um caráter de iniciativa privada à própria administração. Um caráter no sentido funcional, onde a eficiência e flexibilidade eram tidos como base.
Apesar de todo o esforço, nossa Administração ainda possui uma estrutura arcaica e rígida, sopesada de burocracias, onde no fim ao invés de proporcionar um atendimento à sociedade eficaz, causa transtorno e indignação.
Questões para fixar
1) Quais são as justiças especializadas?
2) quais são os requisitos da inicial?
3) Como se determina a competência numa causa?
4) Qual a diferença entre justiça federal e estadual?
5) Qual a diferença entre notificação, citação e intimação processual?
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, ATO ATENTATÓRIO À JUSTIÇA E MULTA PROCESSUAL EM GERAL
 
Atos atentatórios à dignidade da justiça (art. 71, IV e VI) – cumprir as ordens judiciais sem criar embaraços e não praticar inovações ilegais no estado de fato de bem ou direito litigioso. Multa de até 20% de acordo com a gravidade (§2º), podendo chegar até 10 vezes o salário mínimo se for irrisório o valor da causa (§5º). Não caberá ao advogado pagar (§7º).
 Vedação de escritos ofensivos – Art. 78
 Litigância de má-fé (art. 79-81) – tanto às partes como terceiros (art.79). É má-fé (art.80): demandar ou defender-se contra texto expresso de lei ou fato incontroverso, alterar a verdade dos fatos, objetivar uso ilegal para o processo, opuser resistência injustificada ao andamento, proceder de modo temerário, provoca incidente incabível, recurso protelatório. Multa (art. 81) deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, arcando com honorários advocatícios e demais despesas. O valor pode ampliar até dez salários mínimos se for irrisório. A condenação em litisconsórcio deve ser guiada pelo grau de culpabilidade ou solidária se houve conluio.
Destinatário (art. 97) – a multa vai para a parte contrária (litigância de má-fé) e a sanção ao Estado ou União.
Lançar cotar marginais ou interlineares (art. 202) – O juiz mandará riscar e aplica a multa de meio salário mínimo. 
Questão para fixar
19 - Q25201 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; ) 
A respeito da jurisdição e da ação, considere:
I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. 
III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados. 
É correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) II e III. 
c) I. 
d) I e II. 
e) I e III.
Questões para fixar
1) O que deve fazer a parte quando não encontrar o réu em sua casa?
2) Quais as modalidades de citação? 
3) Qual a diferença de citação por hora certa e citação por edital?
4) Qual o nome do auxiliar da justiça que realiza a citação por mandado?
5) Qual o significado de "justiça gratuita"?
CUSTAS E HONORÁRIOS
 Antecipação de custas e incumbência de pagar (art.82)
O autor que for residir fora do Brasil deverá prestar caução suficiente para pagar os honorários e custas da outra parte, se não tiver outros bens no país, mesmo que ele não seja brasileiro (art. 83). Salvo se houver acordo internacional, execução ou cumprimento de sentença, reconvenção.
As custas são formadas pelos valores dos atos processuais, indenização de viagem, remuneração de assistente (art. 84).
Honorários devidos na sentença (art. 85), no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos, cumulativamente (§1º). O valor será de 10 à 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou sobre o valor atualizado da causa (em última hipótese). Nos casos fazendários, haverá uma progressão iniciando de dez e máximo de vinte mas podendo ser reduzido até três por cento em demandas acima de cem salários mínimos (Art. 85, §3º). Ação de indenização por ato ilícito contra pessoa o percentual incidirá sobre a soma da prestação vencida acrescidas de 12 prestações vincendas. Se houver perda do objeto, os honorários devem ser pagos por quem deu causa ao processo (§10º). Possuem caráter alimentar (§14), são devidos mesmo que em causa própria (§17) e que podem ser cobrados autonomamente se a decisão transitar em julgado não especificou valores ou obrigação de pagar (§18).
Sucumbência recíproca e litisconsórcio (art.86 e 87) - distribuição proporcional. Se no litisconsórcio o juízo não dividir expressamente, serão todos solidários pelas despesas e honorários. Em jurisdição voluntária todos os interessados devem pagar proporcionalmente.
Desistência, renúncia (art. 90) – paga quem desistiu e quem renunciou.
Transação (art.90, §2º) – Divisão em parcelas iguais. Se a transação se der antes da sentença as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
Reconhecimento do pedido e, simultaneamente, cumprir a prestação (art. 90, §4º) – honorários reduzidos pela metade.
MP e Fazenda (art. 91) – paga ao final pelo vencido. Eles não adiantam custas. As pericias devem ser feita por órgãos públicos os pagas com previsão orçamentária.
Reabrir mesmo processo (art. 92) – deve pagar as custas do anterior.
Dar causa a repetição do ato ou adiá-lo prejudicando (art.93) – pagará quem deu casa. Incluindo cartório e juiz.
Perícia (art. 95) – adiantada por quem pediu ou rateada se de ofício ou ambas. Se justiça gratuita, será custeada por orçamento do ente público e realizada por órgão conveniado ou público ou será paga com recursos alocados no orçamento (quando por particular privado).
 
Gratuidade da justiça
Quem pode: pessoa física ou jurídica com insuficiência para pagar despesas processuais e os honorários advocatícios (art.98). Pessoalidade do Direito (art. 98, §6º).
Momento para pedir (art. 99) – inicial, contestação, pedido de intervenção ou em recurso ou em petição simples (§1º). Se no recurso, o relator deve apreciar antes de tudo e, se for o caso, abrir prazo para recolhimento (§7º).
Opções: abatimento integral, parcial (alguns atos), proporcional (percentual) (art.98, §5º) ou parcelamento da despesa (§6º).
Abrange (art. 98 §1º): taxa, custa, selos postais, publicações na imprensa oficial (dispensando-se em outros meios), indenização à testemunha, despesas com DNA e outros exames, honorários do advogado e do perito, interprete, tradutor nomeado, custo com cálculo e execução, depósitos previstos em lei para recurso, ajuizamento e outros atos processuais inerentes, emolumentos de notários e registradores (averbação).
Não abrange:
a) Honorários sucumbenciais não é abrangido pela gratuidade (art.98, §2º), mas a cobrança do beneficiário fica adstrita a prova de que deixou de haver hipossuficiência, ficando a cobrança suspensa por 5 anos contados da certificação do trânsito em julgado (§3º).
b) Multas processuais – não são afastadas pela gratuidade (art. 98, §4º)
Presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência (art.99, §3º): Lei  (art. 1º). Advogado particular não prejudica o benefício (art. 98, §4º), mas o recurso sobre a gratuidade estará sujeito ao preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade (art. 98, §5º)
Impugnação (art.100) – feita na contestação, na réplica, nas contrarrazões ou dentro de 15 dias em petição simples. Não suspende o curso processual. Caberá agravo de instrumento ou apelação a depender de quando se deu a decisão (art. 101), mas o recorrente está dispensado do recolhimento até a decisão do relator (se ele pleiteou o benefício).  
Má-fé (art. 100, parágrafo único) – pagará o que não recolheu e multa de até o décuplo do devido.  
Questão para fixação
20 - 286 ( Prova: FCC - 2007 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; ) 
É totalmente correto afirmar que o direito de ação é um direito 
a) subjetivo, privado, autônomo e concreto. 
b) subjetivo, público, autônomo e abstrato. 
c) objetivo, público e vinculado ao resultado do processo. 
d) objetivo, privado e vinculado ao resultado do processo. 
e) objetivo, privado, concreto e abstrato.
RESUMO AVA B2
Questões para fixar!
1) O que é a fase de saneamento do processo?
2) Quando são produzidas as provas documentais?
3) Qual o significado de litisconsórcio?
4) Quais são os principais tipos de prova?
5) Quando se prova direitos (e não fatos)?
6) Qual a finalidade da prova?
PROCURADORES
 Pode-se postular em causa própria (possível: art.103, parágrafo único), mas deve-se declarar o nome completo, número de inscrição na OAB, endereço e suas mudanças (art. 106, incisos I e II).
 A procuração deve conter o nome do advogado, seu número de inscrição na OAB e endereço completo (art.105, §2º). Pode ser digital (105, §1º). 
 Postular sem procuração apenas (art.104) -  evitar preclusão, decadência ou prescrição ou praticar ato reputado urgente. Prazo de quinze dias prorrogáveis por mais quinze. (§1º). O ato não ratificado será tido como ineficaz (§2º).
 
Deve constar em cláusula de procuração específica - receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, renunciar, dar quitação e recebe-la, firmar compromisso, declarar hipossuficiência (art. 105).
 Direitos do advogado (art.107) – examinar, mesmo sem procuração, os autos de qualquer processo, salvo segredo de justiça. Requerer vista, como procurador, de 05 dias. Retirar os autos pelo prazo legal que lhe couber. A devolução deve ser assinada em livro próprio (§1º). Prazo comum impede a retirada dos autos salvo em conjunto ou por prévio ajuste (§2º), cabendo retirar para cópias de 02 a 06 horas (§3º).
 Revogação de mandato (art. 111) – deve a parte, no mesmo ato, nomear outro patrocínio para a causa, se não o fizer em quinze dias, podendo o réu ser considerado revel ou processo extinto (a depender do caso) (art. 76).
 Renúncia (art. 112) – O advogado poderá renunciar provando que informou o mandante, respondendo nos próximos dez dias (§1º). Não será preciso informar o mandante quando constituída a procuração em nome de diversos e permanecerem outros remanescentes (§2º).   
16 - Q77223 ( Prova: FCC - 2010 - TCE-RO - Auditor / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; ) 
A jurisdição contenciosa civil 
a) é divisível. 
b) é atividade substitutiva. 
c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União. 
d) é exercida por membro do Ministério Público. 
e) não pressupõe território.
MÓDULO 01 – Processo de Conhecimento
 
1) Qual das competências descritas abaixo está incorreta:
a) Residência do Idoso, quando versar sobre causa referente ao seu Estatuto;
b) Lugar do ato nas ações de reparação de dano;
c) Último domicílio do casal nas ações de anulação de casamento;
d) O local de celebração do negócio jurídico, quando envolver a sua execução.
 
2) Não é característica da competência territorial (ratione loci):
a) Deve ser arguida na primeira oportunidade;
b) É relativa e permite prorrogação de competência;
c) O Foro Regional é, perante o Foro da Capital, uma competência territorial relativa.
d) Permite, quando cabível, a eleição de foro.
 
3)   Ao estabelecer o critério de competência é necessário atentar para a natureza da demanda, pois:
a) É possível que em questões específicas de direito real possam ser ajuizadas tanto no domicílio do réu quanto no local do imóvel;
b) Em matéria de direito real a regra que prevalece é a do domicílio do réu, podendo ser qualquer domicílio se houver diversos; 
c) O direito real comporta o ajuizamento no domicílio do autor, caso seja desconhecido ou incerto o domicílio do réu;
d) O novo CPC inova ao prever que as ações reais devem ser ajuizadas no domicílio do autor como regra geral.
 
4) Assinale qual efeito prático da distinção entre pressupostos de validade e requisitos de existência.
a) A impossibilidade dos requisitos processuais de validade causar o encerramento do processo sem análise do mérito;
b) A possibilidade das nulidades referentes a pressupostos de existência ser arguida, ainda que após a coisa julgada;
c) A possibilidade dos requisitos serem arguidas em sede de Recurso Extraordinário independentemente de passar a questão pelo STJ;
 d) O rol dos pressupostos processuais e dos requisitos serem taxativamente descritos no Novo CPC como condições necessárias ao desenvolvimento regular do processo.
 
5) Juan recebeu cópia do mandado de citação, mas ao comparecer em juízo verificou que o processo não existe nos arquivos do fórum e que supostamente estaria diante de alguma fraude cometida por alguém do Tribunal. Como poderia proceder Juan para ter máxima segurança?
a) Ajuizar ação declaratória de inexistência de processo e relação processual, a fim de que o juiz possa se manifestar sobre estasuposta simulação de processo;
b) Protocolar defesa nos autos da demanda, arguindo em preliminar o incidente de nulidade processual;
c) Inaugurar incidente conexo e declaratório de prova falsa para que a assinatura seja averiguada pelo perito em fase instrutória;
d) Despachar com o oficial de justiça a interpelação de discordância prévia de contrafé imperfeita.  
 
6) Não é pressuposto de validade do processo:
a) A competência do juízo que profere a decisão;
b) A capacidade postulatória exercida por advogado;
c) A ausência coisa julgada meramente formal;
d) A ausência de coisa julgada material;
 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
 
Escrivão, oficial e chefe de secretaria -  Cada juízo tem um ou mais ofícios de justiça e no mínimo um oficial para cada juízo (art.150 e 151). O escrivão pode praticar atos ordinatórios (inciso VI, art. 152). Também vincula-se o escrivão a ordem cronológica de recebimento e a lista deve ser pública, sendo que a parte pode reclamar se foi preterida  (art. 153). Há responsabilidade civil quando praticarem ato nulo por dolo ou culpa ou sem justo motivo recusarem cumprir os prazos (art.155)
 Perito - conhecimento técnico e científico (art. 156). Dever de cumprir o ofício no prazo. A escusa deve ser alegada em quinze dias, sob pena de não poder fazê-lo mais (art. 157).
 Depositário e administrador  - Receberá remuneração que o juiz fixar(art. 159). Responde pelos prejuízos que der causa e pode responder por multa e sanção de ato atentatório contra a justiça. 
  Do intérprete e do tradutor -  O intérprete não é obrigado a prestar o seu ofício (art.164).  
Conciliadores e mediadores - Os tribunais criarão centros de conciliação seguindo os termos do CNJ (art. 165). O conciliador, que de preferência atuará antes da relação entre as partes, pode sugerir soluções (paragrado 2). O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo entre as partes, auxilia os interessados a compreender as questões e os interesses do conflito, restabelecendo a comunicação (paragrafo 2 e 3). Devem ser habilitados, inscritos em cadastro nacional e regional, além de terem realizado curso por entidade credenciada (pode ser selecionado por concurso público (art. 167, paragrafos 1 a 3). Se advogados estarão impedidos de de exercer advocacia no juízo em que desempenha a função. Estão impedidos, igualmente, no prazo de um ano, de atuarem patrocinando ou representando quaisquer das partes (art.172). As partes respondem escolher o conciliador (art.168). Receberão por seu trabalho (art. 169) em tabela prevista pelo tribunal, conforme CNJ, mas pode ser serviço voluntário. Os tribunais delimitarão as audiências não remuneradas que serão suportadas pelas câmaras (casos de justiça gratuita). Para processos administrativos ou envolvendo TAC haverá pelos órgãos da públicos da União, Estados e Municípios. 
15 - Q79552 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; )
A indeclinabilidade é uma característica
a) da ação.
 b) da jurisdição.
c) do processo.
d) da lide.
 e) do procedimento.
Acerca dos procedimentos, é incorreto dizer que: 
a) O procedimento não é mais dividido em sumário e ordinário;
b) O CPC revogou o procedimento sumaríssimo previsto na Lei 9.099/95 (Juizado Especial Cível);
c) Não existe procedimento especial no novo Código de Processo Civil
d) Procedimentos especiais podem ter efeitos cognitivos, a depender da sua forma.
 
Fernando, cidadão residente no município de “Alto do Morro Baixo”, constatou que seu prefeito estava destruindo o patrimônio da cidade para substituí-lo por um prédio mais moderno para prefeitura, havendo também provas nítidas de corrupção de empreiteiras. Fernando ajuizou ação popular contra os atos do prefeito, todavia, o juiz declarou extinta sua demanda por litispendência, haja vista que outro cidadão já havia movido outra ação popular para reclamar dos mesmos fatos e direitos. Acerca do caso, responda:
a) Agiu corretamente o juiz, porquanto as demandas são idênticas e a litispendência é um pressuposto processual;
b) Agiu corretamente o juiz, embora a litispendência não seja um pressuposto processual, mas uma condição relativa do exercício da competência;
c) Não agiu corretamente o juiz, porquanto os elementos da ação são diversos, não incidindo em litispendência;
d) Não agiu corretamente o juízo, na medida em que os pedidos são diversos e cumulativos, sendo que seria caso de simples conexão.
 
Sobre o procedimento da fase cognitiva do processo de conhecimento previsto no CPC, assinale qual das assertivas abaixo corresponde a ordem correta e ordinária dos atos:
a) Inicial; agendamento de audiência de conciliação; citação do réu; prazo para defesa de 15 dias; realização da audiência de conciliação; saneamento; instrução; julgamento;
b) Inicial; citação do réu; instrução e julgamento;
c) Inicial, agendamento de audiência de conciliação; citação do réu; prazo para manifestação de desinteresse na audiência; audiência de conciliação; prazo para defesa; saneamento; instrução e julgamento.
d) Todas estão incorretas.
 
Acerca da audiência de conciliação, assinale a alternativa correta:
a) Ela será desmarcada sempre que o réu informar por petição, que não pretende a sua realização;
b) O não comparecimento nesta audiência não gera efeito imediato, haja vista que a contestação não será entregue nela e ninguém é obrigado a dispor de seu direito
c) É requisito da inicial informar o autor se pretende a realização desta audiência
d) todas as anteriores estão incorretas.
MINISTÉRIOPÚBLICO 
 Atuação do MP - Defensa da ordem jurídica, regime democrático e direitos sociais e individuais indisponíveis (art.176). Será intimado para atuar (30 dias) quando (art.178): interesse nacional, social ou de incapaz, litígios coletivos pela posse.
 Prazo (art.180) – em dobro para manifestar-se contados da sua intimação pessoal. Intimação por carga, remessa ou eletrônica.
 Responsabilidade civil (art. 181) – quando agir com dolo ou fraude. Regressiva.
 
ADVOCACIA PÚBLICA
 Defender a administração pública direta e indireta (art.182)
 Prazo (art.183) – em dobro, contado da intimação pessoal (mesmo a indireta). Intimação por carga, remessa ou eletrônica.
 Responsabilidade civil (art. 184) – com dolo ou fraude. Regressiva.
 
DEFENSORIA PÚBLICA
 Orientação jurídica integral e gratuita aos necessitados (art. 185)
 Prazo (art.186) – em dobro, contado da intimação pessoal (mesmo a indireta). Intimação por carga, remessa. O prazo é garantido, ainda, às entidades conveniadas com a Defensoria Pública (art. 186, §3º).
 Responsabilidade civil (art. 187) – com dolo ou fraude. Regressiva.
Questão para fixação
14 - Q286689 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; )
No que concerne à natureza jurídica da ação, as afirmativas de que “não há ação sem direito”, “não há direito sem ação” e de que “a ação segue a natureza do direito” são consequências do conceito formulado pela teoria
a) do direito subjetivo instrumental.
b) do direito autônomo e concreto.
c) do direito autônomo e abstrato.
d) clássica ou imanentista.
e) do direito de fazer agir o Estado e não do direito de agir.
Questões para fixar
4 - Q262204 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual Civil / Princípios Gerais do Processo; )
O Código de Processo Civil prevê que o comparecimento espontâneo do réu aos autos supre a falta de sua citação. Nessa norma vislumbra-se o princípio processual 
a) da instrumentalidade dos atos processuais. 
b) da eventualidade. 
c) da congruência ou adstrição. 
d) da persuasão racional. 
e) do livre convencimento do juiz.
NULIDADES DOS ATOS PROCESSUAIS
 Arguível em regra na primeira oportunidade, por quem não a praticou, a fim de nulificar ato que tenha lhe causado prejuízo e que não seja passível de convalidação. 
 Impossibilidade de aproveitamento da própria torpeza (art. 276) – Só quem não praticou que pode alegar.
Instrumentalidadedas formas (art. 277) – só pode nulificar o que não atingiu os mesmos resultados.
Preclusão temporal (art. 278) – Salvo de matéria reconhecível de ofício ou quando a parte estava impedida de alegar, só se pode alegar na primeira oportunidade de falar nos autos.
Aproveitamento (art. 283) – Só se anula o que causa prejuízo e não pode ser convalidado.
Ausência do MP quando obrigatória (art. 279) – O MP, quando intimado, pode alegar não ter prejuízo dos atos anteriores.
13 - Q300432 ( Prova: FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz / Direito Processual Civil / Da Jurisdição e Ação; Competência; ) 
Em relação à jurisdição e à competência, é correto afirmar que 
a) a jurisdição tem por objetivo solucionar casos litigiosos, pois os não litigiosos são resolvidos administrativamente. 
b) a arbitragem é modo qualificado e específico de exercício da jurisdição por particulares escolhidos pelas partes. 
c) em nenhuma hipótese poderá o juiz exercer a jurisdição de ofício, sendo preciso a manifestação do interesse da parte nesse sentido. 
d) a jurisdição é deferida aos juízes e membros do Ministério Público em todo território nacional. 
e) a jurisdição é una e não fracionável; o que se reparte é a competência, que com a jurisdição não se confunde, por tratar, a competência, da capacidade de exercer poder outorgada pela Constituição e pela legislação infraconstitucional.
2 - Q265148 ( Prova: FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual Civil / Princípios Gerais do Processo; )
"É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado". No que se refere ao princípio processual civil trata-se
 a) da eventualidade ou especificidade. 
b) da correlação ou congruência. 
c) da legalidade e isonomia processuais. 
e) da inafastabilidade da jurisdição.
d) do livre convencimento e persuasão racional.
VALOR DA CAUSA
Regras (art. 292):
Ação de cobrança – dívida corrigida + juros + multa
Existência, validade, cumprimento, modificação, resolução, resilição ou rescisão – valor do ato ou parte controvertida.
Alimentos – valor de 12 prestações
Divisão, demarcação, reivindicação – o valor de avaliação da área ou bem.
Indenizatória – valor da reparação (inclusive moral).
 
Cumulação – Todos os pedidos
Alternativos – o maior valor
Subsidiário – o principal
Vincendas – se indeterminado, 1 ano; se determinado, o total delas (art. 292, §2º).
 Correção do valor – de ofício (art.292, §3º); por impugnação em preliminar de contestação (art. 293), o CPC não menciona contraditório, diz que o juiz decidirá apenas.
12 - Q584088 - Da ação - Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa 
Se estiverem ausentes as condições da ação, mas o réu nada alegar em contestação, o juiz deve: 
a) conhecer da matéria de ofício, em qualquer grau de jurisdição, e extinguir o processo sem resolução de mérito. 
b) dar ao processo curso normal, em razão da preclusão. 
c) conhecer da matéria de ofício, desde que ainda não tenha ocorrido audiência de instrução, e extinguir o processo com resolução de mérito. 
d) conhecer da matéria, em qualquer grau de jurisdição, mas apenas se a matéria foi alegada pelo réu no curso do processo, extinguindo-o sem resolução de mérito. 
e) conhecer da matéria de ofício, em qualquer grau de jurisdição, e extinguir o processo com resolução de mérito.
7 - Q87792 ( Prova: FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz / Direito Processual Civil / Princípios Gerais do Processo; )
É correto afirmar que
a) o princípio da eventualidade concerne aos limites do pedido inicial formulado.
b) a coerência dos argumentos expostos caracteriza o princípio da congruência ou adstrição.
c) o princípio isonômico previsto processualmente é meramente formal e abstrato, ao contrário de igual princípio constitucional.
d) o princípio da iniciativa da parte rege o processo civil, não comportando exceções.
e) é possível ao juiz, por sua própria iniciativa, determinar as provas que entender necessárias à instrução do processo, indeferindo diligências inúteis ou meramente procrastinatórias.
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO 
Ajuizamento da demanda – quando do protocolo (art. 312), mas certos efeitos dependem da citação (art. 240).
Suspensão (art. 313) – morte, perda de capacidade das partes ou representante legal e procurador; convenção das partes (até 6 meses); suspensão e impedimento; incidente de demanda repetitivas, quando a sentença de mérito depender de outra causa ou de prova a ser desempenhada em outro juízo (até 1 ano); força maior; causa depender de apreciação em Tribunal Marítimo. Caberá suspensão também quando a matéria envolver fato delituoso em averiguação na esfera criminal (art. 315), mas o ajuizamento neste âmbito deve ocorrer em no máximo 3 meses.  
Pode praticar atos urgentes durante suspensão (art. 314)
O processo se extingue por sentença (art.316), mas antes de decisão sem mérito sempre deverá o juiz conceder oportunidade da parte corrigir o vício (art.317 e art. 10).
10 - ( Prova: FCC - 2015 – MANAUS PREV – Procurador Autárquico / Direito Processual Civil / 
Princípios Gerais do Processo) São princípios gerais do processo civil: 
a) economia processual, publicidade dos atos processuais, eventualidade. 
b) individualização da pena, duração razoável do processo, livre investigação das provas.
c) presunção de inocência, direito ao juiz natural, inércia. 
d) domínio do fato, vedação à prova ilícita, contraditório e ampla defesa. 
e) anualidade, motivação das decisões judiciais, isonomia processual.
5 - Q299009 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho / Direito Processual Civil / Princípios Gerais do Processo; )
Em relação aos princípios fundamentais do processo civil...
a) da instrumentalidade significa que nenhuma nulidade processual é passível de convalidação, pois o que é nulo não produz efeito algum nos autos.
b) da eventualidade é o que determina ao réu a interposição de reconvenção ou de pedido contraposto.
c) da congruência é o que determina ao autor que só cumule pedidos coerentes entre si.
d) inquisitivo é o que dá às partes a liberdade de instauração e impulso processuais. e) da demanda é o que determina que nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando requerida pela parte.
PROCESSO DE CONHECIMENTO
PROCEDIMENTO COMUM
 Procedimento comum é aplicável a todos os demais no que couber (art.318).
Podem as partes convencionar mudanças no procedimento (art.190) e convencionar sobre ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.  De comum acordo, juízes e partes podem fixar calendário para a prática de atos processuais quando for o caso, dispensando-se novas intimações (Art. 191).
 Peça inicial (art.319) – requisitos: endereçamento, qualificação de partes com endereço eletrônico e declaração de existência de união estável, fato e fundamento jurídico, pedido com especificações, valor da causa, provas a produzir, a opção ou não pela audiência de conciliação. Deve, igualmente, conter procuração e endereço eletrônico e não eletrônico do advogado (art.287). A falta de alguma informação na qualificação não torna inepta a inicial se a citação puder ser feita (art. 319, §2º). Por fim, deve ser instruída com os documentos essenciais (art. 320).
 Emenda (art.321) – prazo de 15 dias para emendar ou complementar.  
 Pedido – Deve ser certo (art. 322) e determinado (art.324). É interpretado pelo conjunto da peça e observará a boa-fé (art. 322, §2º). Prestações sucessivas consideram-se incluídas no pedido automaticamente (art.323). Cabe pedido genérico (art. 324, §1º): não se puder individuar bens, impossível determinar as consequências do fato, depender de ato do réu.
Espécies de pedido – alternativo (art. 325), o qual pode ser escolhido pelo réu sempre que a lei ou o contrato permitir, ainda que não peça o autor. Subsidiário (art. 326), ordem de preferência entre pedidos. Cumulado (art. 327), ainda

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