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Identificação e Abordagem de Gastroenterites

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IDENTIFICAÇÃO E ABORDAGEM DE GASTROENTERITES 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
“Aparelho ou sistema digestório é o nome dado ao conjunto de órgãos responsáveis 
pela captação, digestão e absorção de substâncias nutritivas. É constituído de um tubo 
digestivo (boca, esôfago, estômago – pré-estômagos e abomaso, em animais 
ruminantes –, alças intestinais, reto e ânus) e de órgãos anexos (glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula biliar). A maior cavidade corporal é a abdominal, 
intermediária entre a torácica e a pélvica, separada anteriormente pelo diafragma e, em 
sentido caudal, pelas estruturas que constituem a pelve.” 
 
FOME X APETITE 
O apetite é o desejo do alimento, faz supor preferência por determinado alimento A 
fome, por sua vez, é a desagradável sensação de vazio no estômago, é a necessidade do 
alimento. A fome, de maneira geral, refere-se ao estômago e o apetite, ao paladar. Para 
saciar a fome o que interessa é a quantidade de ali- mento e não a qualidade. Já o 
apetite independe da sensação de plenitude e sim da qualidade e palatabilidade do 
alimento. "A fome é um fenómeno físico, enquanto o apetite é um fenómeno psíquico, 
mental. 
APETITE AUMENTADO: Polifagia, bulimia (grau máximo). 
Fisiológico: reparação de perdas (diarreias, parasitismo), como nos casos de 
recuperação de doen ças, após exercícios ou trabalho, gestação (maior taxa 
metabólica), fase de crescimento, amamen tação, dietas pobres (animal tem que ingerir 
uma maior quantidade de alimentos para compensar a menor porcentagem de algum 
nutriente) 
Patológico: parasitismo (helmintíases gastrointestinais), perda de material nutritivo 
(diabetes melito). 
APETITE DIMINUÍDO: Inapetência, anorexia (ausência de ingestão - grau máximo). 
Aparente: lesões da mucosa bucal ou faríngea (devido a sensação dolorosa na fase de 
mastigação e deglutição. O animal tem fome mas não consegue alimentar-se - tétano). 
Real: Processos enfermos, principalmente aqueles acompanhados de episódios tóxicos 
e/ou febris, acompanhados ou não de dor. 
APETITE PERVERTIDO: Ingestão de substâncias estranhas à alimentação habitual do 
animal. 
Parorexia, pica ou alotriofagia(ingestão de corpo estranho). Dependendo do tipo de 
material ingerido, podem ser denominadas: 
Osteofagia (ossos): sugere deficiência de minerais tais como cálcio e fósforo. 
Infantofagia (canibalismo, geralmente filhotes): sugere deficiência de proteínas, 
estresse (coelhas e porcas). 
Fitofagia: (plantas) muitas vezes serve de estímulo para centro emético desencadear o 
reflexo do vómito em cães e gatos. 
Pilofagia, tricofagia (pêlos e lã - gatos tendem a ter tricobezoares). 
Pterofagia (pteron - penas): sugere deficiência proteica. 
Xilofagia, lignofagia (xilon: madeira): sugere deficiência de cobalto em ruminantes. 
Ceofagia (geo - terra, areia, pedras): sugere deficiência de minerais. 
Aerofagia (ar): ocorre mais em equinos estabulados em virtude do estresse. 
Coprofagia (fezes): sugere verminose; é comum em cães jovens. 
INGESTÃO DE ÁGUA 
O consumo de água é controlado pelo centro da sede no hipotálamo, através de 
osmorreceptores. A quantidade de água ingerida varia de acordo com a temperatura 
ambiente (estação do ano), espécie animal, tipo de trabalho, idade e quantidade de 
água contida nos alimentos. 
Adipsia = Não ingere água/ perda de interesse 
Oligodipsia = Diminuição de ingestão de água 
Normodipsia = Ingestão normal 
Polidipsia = Aumento de ingestão de água 
ESTIMATIVA DA QT DE ÁGUA INGERIDA PELOS DEMAIS ANIMAIS DOMÉSTICOS: 
Cães e gatos: 100ml/kg/dia. 
Equinos: 25 a 70ml/kg/dia (5,41/100kg) 
Bovinos: Criação extensiva: 38-45L/dia :: Criação intensiva: 3- 4L/cada litro de leite/dia 
Ovinos e Caprinos: 3-5,7L/dia 
DISFAGIA: Dificuldade de deglutição(fazer inspeção, pode causar anorexia). 
HALITOSE: cheiro desagradável na boca, mau hálito; ozostomia. 
- Hálito Urêmico: Sinal de insuficiência renal, que libera na corrente substâncias que 
causam o hálito com odor de urina, amônia ou peixe. 
- Odor de maçã: Hálito cetônico - Em casos de diabetes mellitus ou jejum prolongado. 
Produção de acetona. 
REGURGITAÇÃO X VÔMITO 
O vômito é a expulsão do conteúdo presente no estômago e/ou intestino delgado 
(inicio do intestino, logo depois da saída do estômago). 
Evolução aguda: Indiscrições alimentares ou mudança brusca na dieta, gastroenterite 
viral, pancreatite, obstruções por CE, infecções severas ou sepse, hemoparasitoses, 
neuropatia ou hepatopatia. 
Evolução crônica: Doenças metabólicas degenerativas, inflamações crônicas, 
gastroparesia (Condição que afeta os músculos do estômago e impede o esvaziamento 
adequado desse órgão). 
Regurgitação é a expulsão do conteúdo do esôfago. O esôfago é um tubo estreito, que 
leva o alimento da boca ao estômago em questão de segundos. O alimento não pode 
parar nunca no esôfago em uma condição normal. 
Avaliar a faixa etária do animal, se o material expelido contém bile, no vômito o animal 
tem contrações abdominais, reações estranhas como se estivesse fazendo força, além 
de náuseas, inquietação e ansiedade, tonturas, e o material nunca está em forma 
tubular, já na regurgitação, o animal somente inclina a cabeça e elimina o material não 
digerido, em bolo ou tubular. 
HEMATÊMESE 
Presença de sangue no vômito. A localização da origem do sangramento é importante, 
podendo ser gastrointestinal, da cavidade oral ou do trato respiratório. Então o 
primeiro passo na avaliação do paciente com hematêmese é diferenciar o sangramento 
apresentado no vômito de outros processos, como a hemoptise(tosse com sangue), ou 
localizar sangramentos provenientes de outras regiões. Em geral, a anamnese e exame 
físico são suficientes nessa avaliação. Pode ser causado por gastrite aguda, 
gastroenterites hemorrágicas, neoplasias, uso excessivo de ainess, corpos estranhos, 
ulcerações e erosões secundárias. 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL X OBSTIPAÇÃO INTESTINAL 
A constipação é a passagem das fezes dificultada, infrequente ou ausente, caracterizada 
pelo esforço ao defecar e retenção das fezes secas e endurecidas no cólon e reto, pode 
ser por causas latrogênicas, comportamentais, ambientais, dietéticas, obstrução do 
cólon, doença neuromuscular, megacólon, desidratação grave, fratura pélvica, afecções 
ósseas degenerativas, enfermidades do disco intervertebral . Já a obstipação é a 
retenção das fezes intratável. 
INCONTINÊNCIA FECAL 
Incapacidade de controlar a eliminação das fezes, acompanhada pelo relaxamento do 
esfíncter anal e a descarga do material fecal ocorre em intervalos não regulares. Pode 
ser proveniente de doenças neuromusculares, danos no esfíncter anal ou ao seu 
suporte neural ou também por proctite irritativa. Deve-se diferenciar e incontinência da 
urgência do animal ao defecar. 
DIARRÉIA 
Aumento anormal do volume fecal, da frequência e evacuação e da qtd de conteúdo 
liquido nas fezes. Pode resultar de doença intestinal primária(parasitismo, distúrbios 
inflamatórios ou infecciosos, neoplasias) distúrbios hepáticos ou pancreáticos que 
interfiram nos processos de absorção e digestãode alimentos, além de um grande 
número de fatores que afetam a função intestinal, como reações adversas à dieta, 
doenças sistêmicas(insuficiência renal, hipoadrenocorticismo) e administração de 
fármacos(antibióticos) 
Avaliar se é aguda ou crônica, se tem origem no intestino delgado(perda de peso, 
desidratação, polifagia, vômito, volume fecal aumentado, melena, sem urgência ao 
defecar) ou grosso(volume fecal normal ou diminuído, frequência ao defecar 
aumentada, tenesmo, disquezia, hematoquezia, muco, estresse) e na indicação dos 
mecanismo fisiopatológicos desencadeantes(osmótica, secretória, por alteração da 
permeabilidade e/ou motilidade). 
DIARRÉIA OSMÓTICA - Decorrentes do acúmulo de substâncias osmoticamente ativas 
(carboidratos, fosfatos e ácidos graxos) no lúmen intestinal, secundário a má digestão 
ou má absorção de alimentos. Alterações osmóticas podem ocorrer nos filhotes, cuja 
capacidade de digestão e absorção é suplantada por sobrecarga quantitativa ou 
qualitativa de alimento, secundária a mudança brusca na composição da dieta. A 
principal característica da diarréia osmótica é a sua interrupção com o jejum, pela 
eliminação da fonte dos solutos para o lúmen intestinal. Outra característica notável é a 
existência de fezes de ph ácido, odor azedo e com alimento não digerido. Esse tipo de 
diarréia, quando agudo, costuma ser benigno, de fácil identificação pela anamnese, 
pelo tempo de evolução e pelo estado do animal, que normalmente não está 
comprometido. Diarreias osmóticas de evolução crônica podem ser causadas por 
parasitismo de intestino delgado (p. ex., casos de giardíase), doenças inflamatórias 
crônicas (enterite eosinofílica, linfocítico-plasmocitária), linfangiectasia, linfoma do trato 
digestório, alterações anatômicas, corpos estranhos, insuficiência pancreática exócrina 
(ipe) ou deficiências enzimáticas e de fatores de transporte de nutrientes. 
DIARRÉIA SECRETÓRIA - As diarreias ditas secretórias são causadas pelo aumento da 
secreção de líquido por células indiferenciadas das criptas intestinais para o lúmen 
intestinal. Essa secreção anormal pode ser desencadeada por toxinas, estimulação 
parassimpática (distensão de alças intestinais, processos dolorosos intra-abdominais), 
além de mediadores de inflamação e hormônios gastrintestinais. A diarreia secretória é 
caracterizada por ser aquosa e clara, não cessando com o jejum. Devido à grande perda 
de fluidos e íons, rapidamente provoca grave desidratação e acidose metabólica no 
paciente. Diarréias por aumento de permeabilidade podem ser decorrentes do 
aumento da pressão hidrostática dentro da parede intestinal (enterites e linfangiectasia 
intestinal) ou externa a ela, como na insuficiência cardíaca congestiva e a hipertensão 
portal. Os mediadores de inflamação, com as prostaglandinas e a serotonina, além de 
estimularem a secreção intestinal, medeiam diretamente essa dilatação. Logo, esse tipo 
de diarreia pode ocorrer por extravasamento de líquido devido à inflamação 
(exsudação), por alteração osmótica secundária a perda de íons e solutos plasmáticos 
(transudação), e pela estimulação da secreção pelos mediadores de inflamação. Desse 
modo, as características clínicas das diarreias por aumento de permeabilidade são 
variáveis e de causas dependentes. 
DIARRÉIA AGUDA – Até 2 semanas, autolimitantes, respondem ao tto de suporte e 
sintomático. 
DIARRÉIA CRÔNICA – Períodos longos, refratárias aos ttos convencionais. 
TENESMO X DISQUEZIA 
Tenesmo é o esforço improdutivo e repetitivos de defecação em geral, o animal com 
tenesmo assume postura característica para defecar e, após eliminar pequena 
quantidade de fezes, permanece nessa posição mantendo esforços de defecação. Nesse 
momento, é comum que pequenas quantidades de fezes, muco e sangue, caiam ou 
gotejem pelo ânus. Já a disquezia é a defecação dolorosa. 
Tenesmo e disquezia costumam estar associados e são causados principalmente por 
lesão obstrutiva ou inflamatória do reto ou cólon distal, sendo causas comuns: colites e 
retocolites, constipação intestinal, hérnias perianais e doença prostática. É importante 
definir se o tenesmo está associado a alterações do trato urinário (tenesmo vesical) ou 
alimentar. Em gatos, é frequente o tenesmo secundário a obstrução uretral, que pode 
ser confundido com constipação intestinal. Nesse caso, a palpação da bexiga distendida 
indica obstrução, enquanto, se pequena e dolorida, sugere inflamação. A urinálise e, se 
houver necessidade, a cateterização vesical, podem ser úteis na localização do 
problema. Uma vez identificado, o tenesmo alimentar é um indicativo marcante de 
doença colorretal ou anorretal. Durante o exame físico, deve-se realizar a inspeção do 
ânus e da região perianal, palpação abdominal e retal. Essas avaliações ajudam a 
determinar a causa do tenesmo e da disquezia, podendo identificar distensão colônica, 
estenoses, hérnias perianais, massas, aumento de próstata, fraturas pélvicas, pólipos e 
tumores retais. 
HEMATOQUEZIA X MELENA 
Hematoquezia são estrias na superfície ou misturado ao bolo fecal. As estrias de sangue 
no exterior de fezes de formato e volume normais costumam ser características das 
lesões colônicas distais ou pólipos retais, ao passo que o sangue misturado ao bolo fecal 
sugere lesões mais proximais (cólon transverso e ascendente). hematoquezia é causada 
por lesões hemorrágicas focais no cólon distal, reto e região do períneo, 
frequentemente associadas ao tenesmo e disquezia. 
Melena é a coloração escura das fezes, resultante de sangue digerido. Esse 
escurecimento resulta da oxidação da hemoglobina em hematina ou qualquer outro 
hematocromo. Os sangramentos gástrico e/ou duodenal são causas frequentes de 
melena; contudo, a deglutição de sangue proveniente de lesões hemorrágicas na boca, 
nos lábios, nos dentes, na faringe e no trato respiratório pode determinar essa 
alteração. É necessário considerar que animais submetidos a dietas ricas em ferro 
(carne vermelha), beterraba ou que estejam sendo medicados com salicilatos ou 
carvão, também podem apresentar fezes escuras. 
EXAMES CLÍNICOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
CAVIDADE ORAL X FARINGE X ESÔFAGO 
Análise minuciosa da cavidade oral > verificando doenças periodontais > odores 
característicos (halitose) > completa e minuciosa anamnese > avaliação de glândulas 
salivares e linfonodos > descartar alterações nasais e otites. 
Análise de faringe (laringoscópio) > odor característico > palpação de esôfago > 
correlacionar histórico clínico com sinais clínicos. 
DIVISÃO DO ABDÔMEN 
Região epigástrica, mesogástrica e hipogástrica/ direita e esquerda/ dorsal, medial, 
ventral 
LOCALIZAÇÕES DOS ÓRGÃOS 
Epigástrica: fígado, estômago, rins, baço. 
Mesogástrica: intestinos, ovários, ureter. 
Hipogástrica: bexiga, próstata, uretra, reto. 
INSPEÇÃO DO ABDÔMEN 
Posição do observador em relação ao paciente, formato (espécie, raça e idade), 
perímetro, simetria, equilíbrio. 
Líquido livre, acúmulo de gás, gases ou fluidos em órgãos intracavitários. 
PALPAÇÃO ABDOMINAL 
Postura do animal, ambas as mãos, início superficial, elevação de pressão na palpação 
(sensibilidade cutânea, tônus muscular, conteúdo abdominal, identificação e 
delimitação dos órgãos) 
Avaliação dos órgãos (formato, volume, sensibilidade, consistência, espessamento, 
avaliação de linfonodos mesentéricos e colônicos) 
PERCUSSÃO DO ABDÔMEN 
Útil quando há alterações ou aumento de volume abdominal, visto que o som 
resultante da percussão da área alterada dá indícios a respeito do conteúdo, além de 
possibilitar a delimitação de algumas estruturas. Em geral, utiliza-se a técnica de 
percussão digitodigital, com o paciente postado em decúbitodorsal ou lateral. É 
realizada ao longo das três linhas verticais na parede do mesogástrio ou em qualquer 
região com a anatomia alterada. 
SONS NA PERCUSSÃO 
Órgãos com ar – claro á timpânico / Órgãos maciços – mate ou maciços 
DIFERENÇAS DOS SONS 
Área maciça, circunscrita, em uma região normalmente sonora, sugere estase fecal, 
contratura dos músculos da parede ou o deslocamento de órgãos maciços. A percussão 
sobre estômago ou intestinos repletos de material líquido ou sólido revela som mate. 
Nos casos de derrame abdominal, a percussão revela som mate nas partes inferiores e, 
nas superiores, som timpânico. Ou seja, se o paciente estiver em decúbito dorsal, 
haverá som maciço no flanco e timpânico no epigástrio. 
AUSCULTA DO ABDÔMEN 
A ausculta abdominal revela ruídos próprios do trato gastrintestinal, os borborigmos, 
provocados pelo deslocamento de gás e líquido no tubo gastrintestinal. Costumam ser 
ausentes quando o trato está vazio, ao passo que, durante o processo de digestão, é 
possível auscultar ruídos ininterruptos, baixos e pouco intensos. Borborigmos 
frequentes, fortes e com ruídos variáveis indicam motilidade intensa. No estado hígido, 
a passagem de gás e líquido pelas dobras intestinais produz um ruído leve, difícil de ser 
percebido. Nas obstruções intestinais, podem tornar-se exagerados e, por vezes, 
sibilantes. Em peritonites e inflamações crônicas do revestimento peritoneal do fígado, 
estômago e baço, podem ocorrer ruídos de atrito. Na prenhes adiantada, é possível 
perceber os ruídos cardíacos do(s) coração(ões) do(s) feto(s). 
SONS DE CAPOTEIO 
O som de capoteio é produzido quando, em uma mesma cavidade, existe grande 
quantidade de gás e líquido. Em acúmulos de líquido, sem gás (ascite, repleção da 
bexiga), não há produção do som de capoteio. Para a identificação do som, posiciona-se 
uma das mãos em cada lado do abdome e move-se o conteúdo abdominal de um lado 
para o outro. Se o som de capoteio for audível, deve-se identificar sua área de origem. 
capoteios na região epigástrica costumam ter origem no estômago. Som audível por 
todo o abdome indica acúmulo de gás e líquido no intestino delgado, podendo ser 
decorrente de obstrução localizada ou difusa. Os capoteios do epigástrio mediodorsal 
têm sua origem no cólon, sugerindo disfunção desse órgão. Ao alterar a posição do 
animal, haverá mudança também nos sons produzidos nas diferentes áreas. 
PROVA DE ONDULAÇÃO OU BALOTEAMENTO 
A prova de ondulação auxilia a percussão no diagnóstico de casos de aumento de 
diâmetro da cavidade abdominal, e na suspeita de líquido livre. Posicionamento - esse 
movimento produz uma onda que avança pelo líquido livre na cavidade peritoneal e 
que é percebida com a outra mão. Nas distensões abdominais causadas por 
meteorismo (gases acumulados no intestino) ou pelo pneumoperitônio (derrame de ar 
na cavidade peritoneal), o som produzido à percussão costuma ser timpânico, de 
tonalidade variavelmente elevada. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Exames sanguíneos, exames de imagem (ultrassonografia, radiografia, endoscopia), 
laparotomia exploratória ou laparoscopia exploratória 
 
GLOSSÁRIO – SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 Adipsia = ausência de ingestão de água 
 Anorexia = completa perda de apetite ou ao desinteresse pelo alimento 
 Constipação= a passagem de fezes dificultada, infrequentes ou ausente, 
caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e 
endurecidas no colón e reto. 
 Diarréia = aumento anormal do volume fecal, da freqüência de defecação e 
do conteúdo de líquido nas fezes. 
 Disfagia = dificuldade durante o ato da deglutição 
 Disquezia = defecação dolorosa 
 Halitose = odor alterado, desagradável ou fét ido do ar expirado (hálito). 
 Hematêmese = presença de sangue no vômito 
 Hematoquezia = presença de sangue vivo nas fezes 
 Inapetência = diminuição do apetite 
 Incontinência fecal = incapacidade de controlar a eliminação de fezes. 
 Melena = coloração escura das fezes, resultante da presença de sangue 
digerido. 
 Normodipsia = ingestão normal de água 
 Normorexia = apetite normal 
 Obstipação = retenção fecal intratável. 
 Oligodipsia = diminuição da quantidade de água ingerida 
 Parorexia = ingestão de substâncias estranhas à alimentação habitual do 
animal. 
 Polidipsia = aumento do consumo de água 
 Polifagia = apetite aumentado 
 Regurgitação = eliminação retrógrada e passiva (sem esforços abdominais) 
do conteúdo esofágico. 
 Tenesmo = esforços improdutivos e repetidos de defecação 
 Vômito ou êmese = ejeção forçada de conteúdo gástrico e, ocasionalmente, 
duodenal através da boca. Processo ativo devido a presença da atividade 
muscular abdominal. 
 
 
PREFIXOS : 
 
 Hiper – muito, em alto grau, aumento, álém 
 Poli – Muito, elevado 
 Hipo – diminuição, baixo 
 Oligo – diminuição, pouco 
 Dis – dificuldade, distúrbio 
 A – ausência 
 Normo – normal 
 Paro – inapropriado ou anormal 
 Odino - dor 
SUFIXOS: 
 Réxis – alimentação 
 Dipsia – ingestão de água 
 Fagia – deglutição 
 Quesia – defecação/fezes 
 
APETITE E DEGLUTIÇÃO 
 Anorexia = Perda de apetite/ interesse por comida 
 Hiporexia = Diminuição do apetite (apetite seletivo?) 
 Normorexia = Apetite normal 
 Polifagia = Aumento continuo do apetite 
 Parorexia = Apetite inapropriado ou anormal {FITOFAGIA, COPROFAGIA} 
 Disfagia = Dificuldade de deglutição 
 Odinofagia = Dor durante a deglutição 
 ÊMESE E REGURGITAÇÃO 
 Êmese – expelir conteúdo gástrico, com esforço, digerido ou não. 
 Regurgitação – expelir conteúdo esofágico, sem esforço, não digerido. 
 Hematêmese (vomito com sangue) 
 
 
DEFECAÇÃO/FEZES (SEMPRE PERGUNTAR POR VERMES) 
 Normoquesia = defecação normal 
 Aquesia = não defeca 
 Oligoquesia = diminuição de defecação 
 Hematoquesia = sangue vivo nas fezes (geralmente do IG) 
 Melena = sangue preto ou digerido nas fezes 
 Disquesia = Dor ao defecar 
 Tenesmo = Esforço ao defecar 
 Diarreia x constipação x incontinência 
 Aumento do vol. Liquido x não está defecando x não consegue segurar 
 
INGESTÃO DE ÁGUA 
 Adipsia = Não ingere água/ perda de interesse 
 Oligodipsia = Diminuição de ingestão de água 
 Normodipsia = Ingestão normal 
 Polidipsia = Aumento de ingestão de água

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