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A Resposta dada por Miguel Reale a teoria positivista de que a ética e também por consequência

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A Resposta dada por Miguel Reale a teoria positivista de que a ética e também por consequência, o Direito não são Ciências?
1. Introdução a resposta ao trabalho.
Inicialmente buscaremos estabelecer conceitos, características, diferenças e semelhanças entre moral, ética e direito para só após isto procedermos uma análise sobre o exercício de algumas profissões jurídicas no Brasil.
A vida em sociedade seria insuportável se destituída de um mínimo de respeito, bom senso e solidariedade no trato das pessoas umas com as outras, deste modo é que se torna imprescindível impor ao ser humano um rol de normas morais e jurídicas capazes de fazer com que ao menos as pessoas se tolerem e se respeitem mutuamente. 
A corrupção é abominável e opera em desfavor das virtudes e valores de qualquer sociedade, deste modo a intolerância, o desprezo aos valores e o desrespeito às pessoas e instituições têm uma relação muito próxima com a questão ético-moral e com o direito. 
É fundamental que se assegure o respeito a uma estrutura moral básica, posto que em sua essência além de ser um ser social o Homem também é um ser moral, e neste desiderato a ética e o direito assumem grande relevância.
2. A questão ética enquanto questão moral
Quanto à ética pode-se dizer que é a ciência humana que estuda o comportamento moral humano em sociedade na busca do bem comum. 
Com efeito, apenas no campo das idéias, isto é, no pensamento, não se perpetra qualquer ilegalidade, todavia, por esta mesma via não se estará isento da prática de lesões aos princípios morais.
A sanção social aplicada a um delito moral exige a externalização da conduta ou a confissão de sua realização, o interessante é que a externalização da imoralidade poderá configurar também uma lesão à ordem jurídica. 
A moral não é ciência - é parte do conhecimento - sendo mais ampla que a ética e do que o próprio direito, atuando sem qualquer comprometimento com o rigor científico. 
A seu turno, o direito é uma ciência humana, ou ainda como querem alguns, ciência social aplicada, que se externaliza pela assunção do fato sócio-jurídico, onde a conduta antijurídica é punida pelo Estado.
Em verdade, o direito exige método, objeto e princípios próprios, aptos a serem validados universalmente.
A propósito, a universalidade do direito não se dá por sua vertente positivada, antes tal característica se origina a partir do chamado direito natural. Desta forma, o direito e a ética se assemelham pelo fato de ambos estarem no rol das ciências humanas, com manifestação na seara do dever ser.
Assim como o direito, a ética também é parte do conhecimento científico e deste modo também possui metodologia, objeto de estudo e princípios próprios atuando em qualquer parte, sem limitação geográfica, donde exsurge sua validade universal.
Todo conteúdo ético é moral, quando falamos de ética falamos necessariamente de moral. 
A moral não tem preocupação ou compromisso com a norma, a ética e o direito sim. A ética é normativa, é utilitária, pragmática, e objetiva. O direito do mesmo modo se manifesta em regra através de normas escritas ou consuetudinárias em exceção.
3. Ética, moral e direito e o problema da coercibilidade
Questão interessante é aquela referente ao modo de sanção atribuída às condutas imorais e as antijurídicas. Com efeito, no ilícito jurídico a punição é externa manifesta pela coerção e sanção impostas pelo aparelho estatal. 
Doutra sorte, no que tange ao ilícito moral a penalidade poderá tanto ser interna quanto poderá também ser externa, neste último caso, tal ocorre quando a moral abandona as questões individuais e avança sobre as relações sociais, onde também o comportamento moral considerado adequado é cobrado, ocasião em que a própria sociedade cuida de punir a conduta moralmente inadequada mediante reprovação, reprimenda ou reclamação, como ocorre, por exemplo, quando alguém fura uma fila. 
Neste caso, a coerção impingida pela sociedade ao infrator não tem o mesmo poder daquela aplicada pelo Estado, haja vista que ninguém deverá ser, por exemplo, detido pela autoridade policial por mera afronta a um preceito moral não tipificado enquanto conduta antijurídica, isto não impede que a sociedade crie seus próprios mecanismos de desestimulo às práticas imorais apesar da não garantia de efetividade sancionatória.
Em realidade, direito e moral se relacionam e disto decorre que o direito passa a ter conteúdo moral, e a moral passa a revestir-se de roupagem jurídica, todavia tanto as morais como o direito guardam um espaço de independência. 
4. Positivismo jurídico e sua influência sobre a ética 
A moral é mais ampla que o direito, todavia como já asseveramos nem todo conteúdo jurídico é necessariamente moral.
Entendemos que o direito positivo é um reflexo do direito natural. É certo ainda que o direito positivo é a base do chamado codicismo, onde o que interessa é o que está posto, o que está colocado na norma jurídica.
Para o positivismo jurídico prevalece o direito enquanto norma jurídica estatal, enquanto para o direito natural o que prevalece é o direito advindo não do Estado, mas, da sociedade, numa compreensão segundo a qual o direito já existia antes mesmo da criação do Estado.
É preciso reconhecer que a atuação do Estado tem sido valiosa na produção e validação da norma que regerá a sociedade e o as próprias instituições estatais.
Como água e óleo, o positivismo jurídico desconsidera a importância do direito natural, e o jusnaturalismo também tenta desqualificar o direito positivo, todavia é inútil posicionar-se em favor de uma ou de outra teoria, sem se considerar ambas as teorias como parte de uma única engrenagem, e isto ocorre pelo fato do direito natural estar na base do próprio direito positivo, haja vista que a norma jurídica é edificada sobre fundamento principio lógico.
5. Conclusão
Da abordagem desta temática surge a convicção a respeito da atualidade e urgência atinentes à questão ético-moral. 
A vida em sociedade exige posturas moralmente responsáveis nos campos pessoal, familiar e profissional. 
Na atualidade há um grande esforço no sentido de pautar a conduta profissional dentro de um padrão ético que satisfaça minimamente às exigências de decência e dignidade nas relações estabelecidas entre profissionais e destes com seus clientes.
Na seara jurídica, como noutros ofícios, há uma enorme preocupação em diminuir o desgaste pelo qual passa principalmente a advocacia diante de tantos escândalos envolvendo advogados. 
Os códigos de conduta profissional têm sido adotados como uma forma de tentar frear os abusos cometidos, mas enfrentam dificuldades no que se refere à aplicação das punições, em virtude do corporativismo que move os interesses profissionais.
Apesar disto, é sobremodo importante a valorização das condutas profissionais adequadas pautadas nos princípios morais, na ética e quando for o caso na própria norma jurídica.
CENTRO DE CIÊNCIAS ASSOCIADAS E APLICADAS DO DIREITO
TRABALHO DE FILOSOFIA DO DIREITO
Profº: STEFANORODRIGUES
Curso Direito- Turma: DIR15/1A
Acadêmico: 
Alonsio Rangel de Souza

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