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Física II F 228 2º semestre 2012 Peter A. Schulz: turmas A,B,R e S pschulz@ifi.unicamp.br Kelin Regina Tasca: turma A Eric Perim: turmas B e R Diogo Almeida: turma S 1 Conteúdo • Afinal para que serve a massa? Gravitação • Matéria: “Hard and soft” Do rígido ao maleável e os fluidos • Propriedades coletivas calor e termodinâmica: motores, mudanças climáticas e informação. • Teoria cinética dos gases: do comportamento médio dos grandes números ao movimento browniano e a origem da mecânica quântica • Oscilações: tempo e ressonâncias • Ondas: propagação de energia, música & terremotos 2 Estrutura da disciplina • Aulas magnas e exploratórias. magnas: conceitos gerais com demonstrações e simulações (experimentos virtuais) exploratórias: aprofundamento dos conceitos e aplicações • Resolução de problemas em classe: 3 problemas baseados nas listas sugeridas • Avaliação: 3 provas, participação em aula (problemas resolvidos) 3 Detalhes da avaliação • As 3 provas (P) terão pesos iguais (1/4 da média total cada uma) • A quarta avaliação será dada pela média exercícios (E) feitos em sala. • Nota final: NF = (P1+P2+P3+E)/4 • NF ≥ 7,0 (aprovado) NF < 7,0 → exame (NE) • Média final: MF = (NF+NE)/2 ≥ 5,0 → aprovado 4 Programa: datas importantes • Semanas de Provas: 17/9, 22/10 e 26/11 • Testes: (nas aulas exploratórias): semanas dos dias 3/9, 15/10 e 21/11 (aula magna para algumas turmas) • Exame: 12/12 • Obs.: o exame contará como prova substitutiva se for o caso. 5 Bibliografia • Serão disponibilizadas listas de problemas para guia de estudos da disciplina na página da disciplina. • Serão disponibilizadas referências de artigos de divulgação e especializados sobre os temas da ementa. • Biblioteca de demonstrações e experimentos virtuais: http://phet.colorado.edu/ http://www.falstad.com/mathphysics.html http://www.phy.ntnu.edu.tw/oldjava/portuguese/simulac oes.html 6 Livros Livros texto (existem vários outros para consulta, a lista é apenas indicativa): • Fundamentos de Física 2 - Gravitação, Ondas e Termodinâmica, Halliday e Resnick, 6a. Edição Brasileira. Editora Livros Técnicos e Científicos • Física, Vol. 1 e 2., P.A. Tipler , Ed. Guanabara Dois • Curso de Física Básica, Vol. 2 - Gravitação, Ondas e Calor, H.M. Nussenzweig, Ed. Edgard Blücher Ltda. • The Feynman Lectures on Physics, Vol. 1, R.P. Feynman, R.B. Leighton, M. Sands , Ed. Addison-Wesley Publishing Company, 1966 Livros de divulgação para familiarizar-se com o desenvolvimento dos conceitos científicos abordados e a história da ciência em geral: • “O Sol Morto de Rir”, Sérgio de Régules, Coleção Meio de Cultura, Editora da UNICAMP. • “Dez teorias que comoveram o mundo”, Leonardo Moledo e Esteban Magnani, Coleção Meio de Cultura, Editora da UNICAMP. 7 Aula 1 Gravitação, massa e etc 8 Por que existe massa? A massa tem uma origem? É talvez a pergunta mais fundamental ainda em aberto!(?) http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa 2r Mm GF Século XVIII 2c E m Século XX O maior experimento já concebido Parece ter fornecido a resposta Século XXI http://www.exploratorium.edu/origins/cern/ideas/higgs.html 9 Concepção geocêntrica do universo 10 Desenvolvimentos do modelo de Ptolomeu O geocentrismo “puro” não explicava o movimento dos planetas 11 De Revolutionibus Orbium Coelestium Nicolau Copérnico 1473 - 1543 Esta é a página do manuscrito original de Copernicus onde ele desenhou o seu sistema heliocêntrico. O Sol está no centro circundado por Mercúrio (Merc), Vênus (Veneris), Terra (Telluris), Marte (Martis), Júpiter (Jovis), Saturno (Saturnus) e as estrelas fixas. Este manuscrito está na biblioteca da Universidade de Cracow, na Polônia. O livro foi finalizado em 1530, mas foi editado apenas em 1542. http://www.on.br/certificados/ens_dist_2008/site/conteudo/modulo1/5-cosmologia-renascenca/copernico/copernico.html 12 Vantagens de Copérnico sobre Ptolomeu Explicação mais simples para o movimento de “laçada” dos planetas: 13 Geocentrismo vs heliocentrismo Geocentrismo • Eudóxio (437 A.C. 408 A.C.) • Ptolomeu (90-168) Heliocentrismo • Aristarco de Samos (310 A.C. 230 A.C.) • Copérnico (1473-1543) Pitágoras: modelo geométrico do Universo Mistura: Modelo de Ticho Brahe (1546 – 1601) 14 O sistema solar moderno: a precisão de Johannes Kepler Kepler abandonou idéias pré- concebidas como as órbitas circulares do modelo platônico. O resultado foi que a órbita de Marte seria uma elipse com o Sol em um dos seus focos. Este mesmo resultado valia para outros planetas Kepler 1571 - 1630 15 Órbitas elípticas e suas 3 leis “As órbitas descritas pelos planetas em redor do Sol são elipses com o Sol num dos seus focos”. e = c/a chama-se excentricidade. e = 0 temos órbita circular. 1 16 Órbitas elípticas e suas 3 leis 2 Lei das áreas A B Áreas iguais varridas em intervalos de tempo iguais: A = B http://www.animations.physics.unsw.edu.au/jw/gravity.htm 17 3ª lei, a lei das órbitas “Os quadrados dos períodos de revolução de dois planetas estão entre si como os cubos de suas distâncias ao Sol”. 3 3 2 1 2 2 1 R R T T 18 A lei da Gravitação Universal É possível fundamentar as leis empíricas de Kepler ? Isaac Newton 1642 - 1727 r R mM GF ˆ 2 19 Fundamentando a 3ª lei de Kepler rt r m r v m r Mm G 12 22 2 GM r t 2 3 2 Aproximação (boa) de órbitas circulares: ! 4 2 3 2 cte GMr t 20 Falta um detalhe: G • Podemos medir a distância Sol-Terra e a duração de um ano, mas sobram duas incógnitas: G e a massa do Sol. • Outros problemas parecidos também apresentam G como incógnita... mg r mM G Terra Terra 2 Sabendo G, determina-se a massa da Terra, medindo g 21 O valor de G • A teoria da Gravitação Universal: 1666 • A medida de G: 1798 (Henry Cavendish) http://www.fisica.ufs.br/egsantana/celeste/constante/constante.htm 22 m Mr Medida das forças entre as massas na balança de torção 21311 1067,6 skgmG 23 Como Newton testou sua teoria sem saber o valor de G? 2 Terra Terra r mM Gmg 2 222 2 4 T r m r v m r mM G LuaTerra Lua LuaTerra Lua LuaTerra LuaTerra Comparando a queda da maçã com a “queda da Lua” 2 Terra Terra r M Gg 2 22 2 4 T r r M G LuaTerra LuaTerra Terra A igualdade foi verificada com os dados já disponíveis na época 2 4 22 4 T r grGM LuaTerraTerraTerra 24 Gravitação com massas pontuais r R mm GF ˆ 2 21 m1 m2 R 25 Gravitação com uma distribuição de massa r R mm GF ˆ 2 21 Mas e se.. m1 m2 R 26 Princípio de superposição FFres ?resF O diagrama se complica se as massas azuis estiverem livres. Você consegue desenhar o diagrama completo de forças nesse caso? Massas fixas Massa livre 27 Um exemplo simples usando o princípio de superposição: 3 massas no plano (2 fixas) sen az mM GF az mM GF xy 2 22 1 1 2 22 1 1 cos 22 22 cos az a sen az z 28 sen bz mM GF bz mM GF x y 2 22 2 2 2 22 2 2 cos 22 22 || cos bz b sen bz z M1 M2 z ab F2 F1 m F2 F1 m 22222 2 22222 1 bz b bz M az a az M GmF resx 22222 2 22222 1 11 bzbz M azaz M GmzF resy atenção para o sinal na direção x! Discussão da solução 29 M1 M2 z ab F2 F1 m 22222 2 22222 1 bz b bz M az a az M GmF resx 22222 2 22222 1 11 bzbz M azaz M GmzF resy Pelo referencial escolhido, a>0, b<0 portanto: Se |a| = |b| e M1 = M2 0 xF 2 3 22 12 az M GmzF resy Se z=0 0 yF 2 2 2 1 b M a M GmF resx 2 2 2 1 b a M M Condição de equilíbrio: Se z >> a e b: M1 + M2 compartam-se como uma carga pontual! Para a próxima aula... 2 temas atuais baseados na distribuição continua de massa 30 Um problema fundamental em aberto: a matéria escura http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/o_enigma_da_materia_escura_imprimir.html Fritz Zwicky observou nos anos 1930 que algo estranho ocorria com a velocidade de rotação de galáxias no aglomerado de galáxias de Coma. A velocidade de rotação era muito maior do que a prevista pela quantidade de massa identificável no aglomerado. Assim surgiu a hipótese da “matéria escura”. O que vem a ser este problema? 31 Uma aplicação tecnológica relevante: a localização do pré-sal 32
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