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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Prof. Karla Katiuscia Abr/2015 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: utilidade “(...) O balanço patrimonial, a demonstração de resultado e a demonstração de lucros acumulados nem sempre mostram todo o quadro da condição financeira de uma empresa ou instituição”. Weygandt, kieso e Kimmel (2005, p. 647) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Utilidade “Fornecer informações sobre recebimentos e pagamentos em moeda corrente de uma empresa durante um período. Weygandt, Kieso e Kimmel (2005. p. 647) “Fornecer informações sobre as atividades operacionais, de investimento e de financiamento da empresa durante o período. (Statement of Financial Accounting Standards – SFAS n.º 95/87) DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: UTILIDADE INFORMATIVA Capacidade de geração de fluxos de caixa. Capacidade de pagamento de dividendos e cumprimento de obrigações. Motivos da diferença entre o lucro líquido e o caixa líquido proveniente das (utilizado pelas) atividades operacionais. Transações de financiamento e investimento de caixa durante o período. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Objetivo Objetivo: Prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período, e com isso ajudar os usuários das demonstrações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa. Os usuários das demonstrações contábeis de uma entidade estão interessados em saber como a entidade gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: obrigatoriedade Lei 6.404/76 Artigo 176. Ao final de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. IV - demonstração dos fluxos de caixa; e (...) § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa." (NR) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: obrigatoriedade O CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa requer que todas as entidades apresentem demonstração dos fluxos de caixa. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: OBRIGATORIEDADE PAÍSES DE ELABORAÇÃO OBRIGATÓRIA AUSTRÁLIA ESPANHA EUA PAÍSES DE ELABORAÇÃO FACULTATIVA VÁRIOS PAÍSES EUROPEUS E ESCANDINAVOS BRASIL (Obrigatória a partir de 2008, Lei n.º 11.638/07) IASB FASB DOAR X DFC DFC em substituição a DOAR? DOAR DFC FOLGA FINACNEIRA DE CURTO PRAZO ORIGEM E APLICAÇÃO DO CAIXA E O RESULTADO DESSE FLUXO MAIOR CAPACIDADE INFORMATIVA AO USUÁRIO EXTERNO MAIS ÚTIL AO GERENTE FINANCEIRO EQUIVALENTES CAIXA “Investimentos de altíssima liquidez, prontamente conversíveis em uma quantia conhecida de dinheiro e que apresentam risco insignificante de alteração de valor.” International Accounting Stardards Board – IASB Caixa e equivalentes de caixa: Dinheiro à mão e em conta corrente em bancos. Investimentos resgatáveis em até três meses em relação a sua aquisição. Caderneta de poupança. CDB/RDB prefixados Títulos públicos de alta liquidez. DFC ou Demonstração do Fluxo do Disponível? Equivalentes-caixa Atendimento cumulativo de três requisitos: Ser de curto prazo; Ser de alta liquidez e Apresentar insignificante risco de mudança de valor. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: CONTEÚDO INFORMATIVO ATIVIDADES OPERACIONAIS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Conteúdo Informativo Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento. CPC 03 (R2) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Conteúdo Informativo TIPOS DE ENTRADAS E DE SAÍDAS DE CAIXA Atividades operacionais Entradas de caixa: Da venda de mercadorias ou de serviços. Dos lucros sobre os financiamentos (juros recebidos) e sobre as ações do capital (dividendos recebidos). Saídas de caixa: Para fornecedores pela compra de estoque. Para funcionários por serviços. Para o governo pelos impostos. Para os financiadores pelos juros. Para outros pelas despesas. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Conteúdo Informativo Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Conteúdo Informativo Atividades de investimentos Entradas de caixa: Da venda de propriedade, fábrica e equipamento. Da venda de títulos representativos de dívida ou de ações do capital de outras empresas. Da cobrança do principal de empréstimos a outras empresas. Saídas de caixa: Para adquirir propriedade, fábrica e equipamento. Para adquirir títulos representativos de dívida ou de ações do capital de outras empresas. Para fazer empréstimos para outras empresas. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: Conteúdo Informativo Atividades de financiamento Entradas de caixa: Da emissão de ações do capital (ações da própria empresa). Da emissão de título de dívida. Saídas de caixa: Para os acionistas como dividendos. Para resgatar dívidas a longo prazo ou para readquirir ações representativas do capital. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: MÉTODOS DE ELABORAÇÃO MÉTODO DIRETO “Explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais (...) o saldo final das operações expressa o volume líquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um período”. MÉTODO INDIRETO “Faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações, por isso é também chamado de método da reconciliação. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2004, p. 402) ETAPAS NA PREPARAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA A diferença entre os saldos de caixa iniciais e finais pode ser facilmente calculada a partir da comparação dos balanços patrimoniais. Esta etapa abrange a análise não apenas da demonstração de resultado do ano em curso, mas também dos balanços patrimoniais comparativos e de dados adicionais selecionados. Esta etapa abrange a análise dos dados do balanço patrimonial comparativo e de informações adicionais selecionadas pelos seus efeitos no caixa. Etapa 1: Determinar aumento/redução líquidos no caixa. + ou - Etapa 2: Determinar o caixa líquido proveniente dos/utilizado pelas atividades operacionais Etapa 3: Determinar o caixa líquido proveniente das/utilizado pelas atividades de financiamento e de investimentos. Fonte: adaptado de Weygandt, Kieso e Kimmel (2005, p.653) FORMATO DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA NOME DA EMPRESA Demonstração de Fluxos de Caixa, Período Fluxos de caixa das atividades operacionais (Listade itens individuais) XX Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades operacionais XXX Fluxos de caixa das atividades de investimentos (Lista de itens individuais) XX Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades de investimentos XXX Fluxos de caixa das atividades de financiamento (Lista de itens individuais) XX Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades de financiamento XXX Aumento (ou redução) líquido no caixa Caixa no início do período Caixa no final do período Fonte: Weygandt, Kieso e Kimmel (2005, p. 650). LUCRO LÍQUIDO X CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES Receitas Realizadas Lucro Líquido Despesas Contraídas Caixa Líquido Proveniente das Atividades Operacionais Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido com o Caixa Líquido proveniente das operações Fonte: Weygandt, Kieso e Kimmel (2005, p. 656). CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS – MÉTODO INDIRETO Ajustes para converter o Lucro Líquido (L.L.) em Caixa Líquido proveniente das Atividades Operacionais Ativo Circulante e Passivo Circulante Acrescentar ao L.L Deduzir do L.L. Contas a receber Redução Aumento Estoque Redução Aumento Despesas pagas antecipadamente Redução Aumento Contas a pagar Aumento Redução Despesas provisionadas a pagar Aumento Redução Despesa que não afetam o Caixa Despesa de depreciação Acrescentar Despesa de amortização de patente Acrescentar Despesa de exaustão Acrescentar Perda na venda de ativo Acrescentar DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA MÉTODO INDIRETO: vantagens e desvantagens VANTAGENS Sua capacidade de deixar claro que certas variações no caixa geradas pelas operações se dão por alterações n os prazos de recebimentos e de pagamentos, ou por incrementos, por exemplo, dos estoques. Mais fácil de ser preparada. Enfoca as diferenças entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. Possui semelhanças em relação ao método de elaboração do DOAR DESVANTAGENS Deixa lacunas importantes na evidenciação das informações, pois não demonstra as diversas entradas e saídas de dinheiro do caixa pelos seus valores efetivos. “Enfoque que mais oculta do que revela”.
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