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10/05/2021 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaofluxocaixa.html 1/5 Tamanho do Texto + | Tamanho do texto - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) A DFC indica a origem de todo o dinheiro que entrou e saiu do caixa da em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no Balanço Patrimonial. A DFC irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. ELABORAÇÃO OBRIGATÓRIA A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais. PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a DFC também é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBC TG 1000. NORMAS - CVM A Deliberação CVM 641/2010 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2), que trata da Demonstração dos Fluxos de Caixa. AS PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE AFETAM O CAIXA A seguir, relacionaremos em dois grupos as principais transações que afetam o caixa. a) Transações que Aumentam o Caixa (Disponível) Integralização do Capital pelos proprietários em dinheiro; Empréstimos bancários e financiamentos oriundos das instituições financeiras; Vendas de Ativos Não Circulantes; Outras entradas (juros recebidos, indenizações de seguros, recebimentos de clientes, etc.). b) Transações que Diminuem o Caixa (Disponível) Pagamento de dividendos aos acionistas; Pagamento de juros, correção monetária de dívidas; Aquisição de itens do Ativo Não Circulante; Compra à vista e pagamento de fornecedores; Pagamentos de despesas/custo, contas a pagar e outros. c) Transações que não Afetam o Caixa javascript: void(0); javascript: void(0); http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/NBC-TG-1000.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/deliberacao-cvm-641.pdf 10/05/2021 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaofluxocaixa.html 2/5 Dentre as transações realizadas pela empresa, algumas não afetam o caixa, isto é, não há encaixe e nem desencaixe de dinheiro, como por exemplo: - Depreciação, amortização e exaustão; - Provisão para devedores duvidosos; - Acréscimo ou diminuições de investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sem significar que houve vendas ou novas aquisições. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: I - Atividades Operacionais; II - Atividades de Investimento; III - Atividades de Financiamento. As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros. MONTAGEM DOS FLUXOS DE CAIXA Método Direto De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de entradas e saídas de caixa podem ser obtidas: 1) dos registros contábeis da entidade; ou 2) ajustando as vendas, os custos das vendas e outros itens da demonstração do resultado referentes a: a) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; b) outros itens que não envolvem caixa; e c) outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento e de investimento. EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DE DFC PELO MÉTODO DIRETO (Conforme Pronunciamento CPC 03) 1. Fluxos de caixa das atividades operacionais (+) Recebimentos de clientes (-) Pagamentos a fornecedores e empregados (+) Caixa gerado pelas operações (-) Juros pagos (-) Imposto de renda e contribuição social pagos (-) Imposto de renda na fonte sobre dividendos recebidos (=) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 10/05/2021 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaofluxocaixa.html 3/5 2. Fluxos de caixa das atividades de investimento (-) Aquisição da controlada X líquido do caixa incluído na aquisição (-) Compra de ativo imobilizado (+) Recebido pela venda de equipamento (+) Juros recebidos (+) Dividendos recebidos (=) Caixa líquido usado nas atividades de investimento 3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento (+) Recebido pela emissão de ações (+) Recebido por empréstimo a logo prazo (-) Pagamento de passivo por arrendamento (-) Dividendos pagos (=) Caixa líquido usado nas atividades de financiamento 4. Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do período Caixa e equivalentes de caixa ao fim do período EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DE DFC PELO MÉTODO DIRETO (Conforme FAS 95) A seguir mostraremos um modelo simplificado de DFC pelo método direto, baseado no modelo FAS 95, ou seja, fazendo uma segregação dos tipos de atividades: 1. Das Atividades Operacionais (+) Recebimentos de Clientes e outros (-) Pagamentos a Fornecedores (-) Pagamentos a Funcionários (-) Recolhimentos ao Governo (-) Pagamentos a Credores Diversos 2. Das Atividades de Investimentos (+) Recebimento de Venda de Imobilizado (-) Aquisição de Ativos Não Circulantes (+) Recebimento de Dividendos 3. Das Atividades de Financiamentos (+) Novos Empréstimos (-) Amortização de Empréstimos (+) Emissão de Debêntures (+) Integralização de Capital (-) Pagamento de Dividendos 4. Aumento/Diminuição nas Disponibilidades Método Indireto O Método Indireto é aquele pelo qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados na contas de resultado, porém sem afetar o caixa da empresa. O Método Indireto é feito com base nos ajustes do lucro líquido do exercício que se encontra na Demonstração de Resultado. Primeiro passo: Os itens operacionais que não usaram dinheiro, mas foram deduzidos como despesas devem ser acrescentados de volta ao lucro do exercício, como é o caso da depreciação. Segundo passo: As alterações ocorridas no Capital Circulante Líquido (AC e PC) também devem ser ajustadas, porque estão relacionadas com as atividades operacionais. EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PELO MÉTODO INDIRETO (Conforme Pronunciamento CPC 03) 10/05/2021 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaofluxocaixa.html 4/5 1. Fluxos de caixa das atividades operacionais (+) Lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social Ajustes por: (+) Depreciação (+) Perda cambial (-) Renda de investimentos (+) Despesas de juros (-) Aumento nas contas a receber de clientes e outros (+) Diminuição nos estoques(-) Diminuição nas contas a pagar – fornecedores (+) Caixa proveniente das operações (-) Juros pagos (-) Imposto de renda e contribuição social pagos (-) Imposto de renda na fonte sobre dividendos recebidos (=) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2. Fluxos de caixa das atividades de investimento (-) Aquisição da controlada X menos caixa líquido incluído na aquisição (-) Compra de ativo imobilizado (+) Recebimento pela venda de equipamento (+) Juros recebidos (+) Dividendos recebidos (-) Caixa líquido usado nas atividades de investimento 3. Fluxos de caixa das atividades de financiamento (+) Recebimento pela emissão de ações (+) Recebimento por empréstimos a longo prazo (-)Pagamento de obrigação por arrendamento (-) Dividendos pagos* (-) Caixa líquido usado nas atividades de financiamento 4. Aumento líquido de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalente de caixa no início do período Caixa e equivalente de caixa no fim do período (*) – Esse valor também pode ser apresentado no fluxo de caixa das atividades operacionais. OUTRO EXEMPLO: 1. Fluxo de Caixa Operacional Líquido Lucro Líquido (-) Aumento de Estoques (+) Depreciação (-) Aumento de Clientes (+) Pagamento a Funcionários (+) Contas a Pagar (+) Pagamentos de Impostos e Tributos (+) Aumentos de Fornecedores 2. Das Atividades de Investimentos (+) Recebimento de Venda de Imobilizado (-) Aquisição de Ativo Não Circulante (+) Recebimento de Dividendos 3. Das Atividades de Financiamentos (+) Novos Empréstimos (-) Amortização de Empréstimos (+) Emissão de Debêntures (+) Integralização de Capital (-) Pagamento de Dividendos 4. Aumento/Diminuição nas Disponibilidades É 10/05/2021 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) www.portaldecontabilidade.com.br/guia/clientes/comercial/demonstracaofluxocaixa.html 5/5 ACRÉSCIMOS NOS ATIVOS OU PASSIVOS Quando há um aumento nos ativos circulantes (estoques, contas a receber), o raciocínio é que foi usado dinheiro do caixa, para comprar estoques ou conceder crédito a clientes. De maneira inversa, se os estoques ou clientes diminuírem é porque a empresa está tendo receita ou recebimento de clientes. Nota: Os aumentos do Ativo Circulante usam caixa, as diminuições produzem caixa. Os aumentos do Passivo Circulante têm o efeito oposto sobre o caixa. Quando os fornecedores concedem créditos, o caixa é liberado para outras atividades. Quando a empresa diminui a conta de fornecedores, é que ela está usando caixa para solver compromissos. Nota: Os aumentos do Passivo Circulante produzem caixa, as diminuições usam caixa. Todos estes ajustes fazem parte das atividades operacionais. As demais atividades de investimento e de financiamento serão elaboradas nos mesmos moldes do Método Direto, usando-se para tanto os dados do Balanço Patrimonial. CONCLUSÃO A demonstração é uma ferramenta que permite ao administrador financeiro melhorar o planejamento financeiro da empresa, conseguindo, com isso, que o Caixa fique livre de excessos e que a empresa conheça antecipadamente as suas necessidades de dinheiro. Dessa maneira, deverá sempre ser comparada com o efetivo desempenho de Caixa da empresa para poder alcançar toda a sua utilidade nas previsões orçamentárias e de investimentos, assim como ser aperfeiçoada para tornar-se cada vez mais objetiva e próxima da realidade. Clique aqui se desejar imprimir este material. Clique aqui para retornar. Guia Contábil - Índice Não autorizamos reproduções (total ou parcial), revenda ou qualquer outra forma de distribuição (gratuita ou paga) do conteúdo deste Guia Contábil. Todas nossas publicações têm direitos autorais registrados, conforme Lei nº 9.610/1998. Copyright © 2003-2021 Portal Tributário© Publicações. 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