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Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Apresentação da Disciplina Apresentação da Disciplina 2 Contabilidade Pública Aula Tema 1 Estado, Governo e Administração Pública 2 Formas de financiamento da atividade estatal 3 Despesa pública 4 Contabilidade Pública – aspectos introdutórios 5 Contabilidade Pública – aspectos práticos 6 Demonstrações contábeis do setor público 7 Gestão patrimonial 8 Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) 9 Lei de Responsabilidade Fiscal 10 Controle na Administração Pública 2 Apresentação da Disciplina 3 Bibliografia básica: LIMA, Edilberto Carlos Pontes. Curso de finanças públicas. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2015. FILHO, João Eudes Bezerra. Orçamento aplicado ao setor público. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. MENDES, Sérgio. Administração financeira e orçamentária: teoria e questões. 5ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. Bibliografia complementar: GIACOMOMI, James. Orçamento Público. 16ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade pública. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2015. PALUDO, Augustinho; Orçamento público, AFO e LRF: teorias e questões. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Método, 2015. (disponível também em edição digital) ROSA, Maria Berenice. Contabilidade do setor público. 2º ed. São Paulo: Atlas, 2013. Contabilidade Pública 3 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 1 Estado, Governo e Administração Pública Conhecer os elementos constitutivos do Estado. Conhecer as estruturas do governo e da Administração Pública. Identificar os princípios que regem a Administração Pública. Objetivos da Aula Estado, Governo e Administração Pública E L J Elementos Constitutivos do Estado Estado, Governo e Administração Pública Estado é a organização juridicamente soberana de um povo em um dado território, sob a gestão de um governo. Povo Território Governo Soberano Finalidade ESTADO Ilimitado O limite é estabelecido pelo próprio Estado Exclusivo Só o Estado pode exercê-lo Originário Não deriva de qualquer outro Incondicionado Não existem condições para exercê-lo Soberania A Soberania é um Poder: É o poder de organizar-se juridicamente e fazer valer dentro do seu território as suas decisões. Não reconhece poder igual, superior ou concorrente na ordem interna, e tampouco poder superior na ordem externa. Estado, Governo e Administração Pública Elementos Constitutivos do Estado O Estado Leviatã – Thomas Hobbes Em “Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil”, livro do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651, são tratados aspectos referentes à estrutura da sociedade organizada. O seu título se deve ao monstro bíblico Leviatã. Hobbes dizia que o Estado determinava tudo, como um monstro horrível que devora e absorve todos os direitos individuais das pessoas. Estado, Governo e Administração Pública Elementos Constitutivos do Estado Para Hobbes: Os humanos são egoístas por natureza; Tendência a guerrear entre si - todos contra todos; Necessidade de um contrato social que estabeleça a paz para não nos exterminarmos; Necessidade de um soberano que puna quem não obedeça ao contrato social; O soberano pode ser uma pessoa ou um grupo, eleito ou não; É melhor governar sem a presença de um parlamento, pois dividir o poder seria um transtorno ao Leviatã. O Estado Leviatã – Thomas Hobbes Estado, Governo e Administração Pública Elementos Constitutivos do Estado Estrutura do Governo LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO Federal Senado Federal Câmara dosDeputados TCU Presidência da República Ministérios STF, STJ, STM,TST, TSE, TRF Estadual Assembleia Legislativa TCE Conselho de Contas Governadoria Secretarias Tribunal de Justiça Tribunal de Alçada Tribunal Militar Municipal CâmaradeVereadores TCM Prefeitura Secretarias Inexistente Estado, Governo e Administração Pública Adaptado de Sérgio Jund. AFO, 2ª. Ed. Campus, p. 510 Administração Pública Administração Auxiliar Administração Central Descentralização por Colaboração Descentralização por Cooperação Administração Indireta Administração Direta Concessionários (com contrato) Permissionários (sem contrato) Entidades não Públicas Fundações Autarquias Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Poder Judiciário Poder Executivo Poder Legislativo Especial Institucional Corporativa Estado, Governo e Administração Pública Estrutura da Administração Pública 11 Estrutura da Administração Pública Estado, Governo e Administração Pública Agências Executivas Agências Reguladoras Organizações Sociais (OS) Parcerias Público-Privadas (PPP) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Outras Modalidades Administrativas Estado, Governo e Administração Pública Estrutura da Administração Pública PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Constitucionais Princípios do DL nº 200/67 Supremacia do interesse público Indisponibilidade do interesse público Proporcionalidade Motivação Razoabilidade Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Planejamento Coordenação Descentralização Delegação de Competência Controle L I M P E Gerais Contabilidade Pública Atividade 1 Prof. Cristóvão Araripe Marinho Atividade 01 As entidades da Administração Indireta, com autonomia administrativa, caracterizadas pela atribuição da personalidade jurídica, de direito público ou privado, a um patrimônio, que exercem atividades de caráter social, como assistência médica, educação, assistência social, pesquisa, etc. são denominadas: Agências Executivas Agências Reguladoras Fundações Públicas Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Estado, Governo e Administração Pública Atividade 02 A afirmativa “os atos dos administradores públicos devem, obrigatoriamente, ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto pequeno de pessoas amigas ou outro interesse qualquer, que não seja público”, refere-se ao princípio da: Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Estado, Governo e Administração Pública Resumo da Aula Nesta aula você: Conheceu os elementos constitutivos do Estado. Conheceu as estruturas do governo e da Administração Pública. Identificou os princípios que regem a Administração Pública. Estado, Governo e Administração Pública Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 2 Formas de Financiamento da Atividade Estatal Identificar os meios através dos quais o Estado obtém recursos para o seu funcionamento. Conhecer as estruturas de classificação das receitas públicas, dos créditos públicos e da dívida ativa. Identificar as etapas e os estágios de execução das receitas públicas. Objetivos da Aula Formas de Financiamento da Atividade Estatal 20 Origem dos Recursos Públicos Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita Pública Formas de Financiamento da Atividade Estatal Ingressos ou entradas são palavras utilizadas para caracterizar as importâncias recebidas pelos cofres públicos. Entretanto, nem todas as entradas de recursos podem ser consideradas como receita pública. Para Aliomar Baleeiro receita pública é “...a entrada, que integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o eu vulto, como elemento novo e positivo Não passíveis de devolução. Destinados as despesas. Passíveis de Devolução. Não destinados as despesas. Receita Pública Formas de Financiamento da Atividade Estatal Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita – Enfoque Patrimonial Termo utilizado mundialmente pela contabilidade. Evidencia a variação positiva do Patrimônio Líquido. Resulta do aumento de ativos ou da redução de passivos. Contabilização regulamentada pelas Res. CFC nº 750/93 e nº 774/94. Conceito De acordo com a Resolução CFC nº 1.121/2008, que dispõe sobre a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, “receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade”. Receita Formas de Financiamento da Atividade Estatal Momento de Reconhecimento da Receita, sob o Enfoque Patrimonial Oportunidade Competência Princípio Contábil A receita deverá ser registrada no momento em que ocorre o fato gerador, independentemente do recebimento. Na Contabilidade Pública, as receitas são registradas pelo Regime de Competência Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita – Enfoque Orçamentário Receita Pública - Conceito Receita Pública são todos os ingressos de recursos não passíveis de devolução, auferidos pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas Públicas. Formas de Financiamento da Atividade Estatal Momento de Reconhecimento da Receita sob o Enfoque Orçamentário No regime de caixa os recursos só são computados após o efetivo ingressado nos cofres públicos. O regime de caixa tem o objetivo de assegurar o equilíbrio entre a arrecadação das receitas e a execução das despesas. Quando a receita orçamentária é reconhecida pode ocorrer, ou não, alteração da situação líquida patrimonial, conforme ela seja efetiva ou não efetiva. Na contabilidade pública as receitas orçamentárias são reconhecidas pelo regime de caixa, nos termos estabelecidos no art. 35 da Lei nº 4320/64. “Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas ...” Classificação Ocorrências Natureza Econômica Corrente, Capital Fonte / Destinação Vinculada, não Vinculada Indicador de Resultado Primário Primária, Financeira Afetação Patrimonial Efetiva, não Efetiva Procedência Originária, Derivada Regularidade Ordinária, Extraordinária Competência Federal, Estadual, Municipal Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Natureza Econômica Tem o objetivo de identificar a origem do recurso segundo o fato gerador. Segue o critério econômico para classificar as receitas orçamentárias, dividindo-as em duas Categorias Econômicas: (1) Receitas Correntes; e (2) Receitas de Capital (art. 11 da Lei nº 4.320/64). Os itens da discriminação da receita são números de código decimal, que apontam a origem do recurso segundo o fato gerador que ocasionou o ingresso nos cofres públicos. Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Nível Título Finalidade 1º Categoria Econômica Mensura o impacto na economia nacional. (bens de capital ou custeio) 2º Origem Identifica a procedência dos recursos públicos em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas. 3º Espécie Vinculado à Origem, permite qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos das receitas. 4º Desdobramento Identifica peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. Pode ou não ser utilizado, conforme a necessidade de especificação do recurso. 5º Tipo Corresponde ao último dígito na natureza de receitaetem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza. Natureza Econômica Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Natureza Econômica Corrente Capital Tributária Serviços Patrimonial Transferências Agropecuária Industrial Operações de Crédito Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências Outras Contribuições Outras Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Natureza Econômica Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Natureza Econômica Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária O Tipo Descrição 0 Quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou agregadora. 1 Quando se tratar da arrecadação principal da receita. 2 Quando se tratar de multas e juros de mora da respectiva receita. 3 Quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita. 4 Quando se tratar de multas e juros de mora da Dívida Ativa da respectiva receita. A classificação por fonte/destinação dos recursos é um instrumento criado para assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem a consecução de despesas ou políticas públicas associadas ao respectivo objetivo legal. Fonte / Destinação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela Constituição e por leis. Livre alocação entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, no âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade. Fonte / Destinação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Código Grupo da Fonte de Recurso (1º Dígito) 1 Recursos do Tesouro - Exercício Corrente 2 Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente 3 Recursos do Tesouro - Exercícios Anteriores 6 Recursos de Outras Fontes - Exercícios Anteriores 9 Recursos Condicionados 1º Dígito 2º e 3º Dígitos Grupo da Fonte de Recurso Especificação da Fonte de Recurso A classificação por fonte/destinação consiste em um código de três dígitos. Fonte / Destinação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Identificador de Resultado Primário Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária 37 Afetação Patrimonial Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Procedência Originária Derivada Tributos Multas Impostos Taxas Contribuição de Melhorias Patrimonial Empresarial Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Crédito Público – Quanto a Origem e Local Formas de Financiamento da Atividade Estatal Crédito Público – Quanto ao Prazo Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita da Dívida Ativa Formas de Financiamento da Atividade Estatal Recolhimento Previsão Arrecadação Lançamento Planejamento Execução Controle e Avaliação Metodologia Destinação dos recursos Classificação da Receita Caixa e Bancos Unidade de Caixa Etapas e Estágios da Receita Pública Declaração Direto Homologação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Contabilidade Pública Atividade 2 Prof. Cristóvão Araripe Marinho Atividade 01 Ingressos ou entradas são palavras utilizadas para caracterizar as importâncias recebidas pelos cofres públicos. Entretanto, nem todas as entradas de recursos nos cofres públicos podem ser consideradas como receita pública. Assinale a alternativa que representa uma entrada de recursos nos cofres públicos que não configura uma receita pública. Recebimento de multas. Recebimento de taxas. Recebimento de contribuições. Recebimento de valores caucionados. Recebimento de doações em dinheiro. Formas de Financiamento da Atividade Estatal Atividade 02 A soma dos créditos tributários e não tributários em favor da Fazenda Pública, não recebidos dentro dos prazos de pagamento estabelecidos em lei, inscritos pelo órgão ou entidade competente, após apuração de certeza e liquidez, constituem a: Dívida pública Dívida flutuante Dívida fundada Dívida ativa Dívida mobiliária Formas de Financiamento da Atividade Estatal Resumo da Aula Nesta aula você: Identificou os meios através dos quais o Estado obtém recursos para o seu funcionamento. Conheceu as estruturas de classificação das receitas públicas, dos créditos públicos e da dívida ativa. Identificou as fases e os estágios de execução das receitas públicas. Formas de Financiamento da Atividade Estatal CONTABILIDADE PÚBLICA Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 3 Despesa Pública Identificar o conceito, as estruturas de classificação e os estágios de execução da despesa pública. Conhecer três tipos especiais de despesas: restos a pagar, despesas de exercícios anteriores e suprimento de fundos. Conhecer a legislação que rege as despesas públicas, em especial os limites de gastos com pessoal estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Objetivos da Aula Despesa Pública Conceito Para Diana Vaz de Lima, “Define-se despesa pública como o conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais.”. Despesa Pública Despesa Pública Alinhamento da Despesa Despesa Pública Conceito Momento de Reconhecimento da Despesa, sob o Enfoque Patrimonial Oportunidade Competência Princípio Contábil A despesa deverá ser registrada no momento em que ocorre o fato gerador, o que, de acordo com os Manuais de Despesa Nacional da STN/SOF, normalmente ocorre no momento da liquidação. Na Contabilidade Pública, as despesas são registradas pelo Regime de Competência Despesa Pública Momento de Reconhecimento da Despesa sob o Enfoque Orçamentário Na contabilidade pública as despesas orçamentárias são reconhecidas pelo regime de competência nos termos estabelecidos no art. 35 da Lei nº 4320/64. “Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: ... II – as despesas nele legalmente empenhadas” Despesa Pública Entretanto, o empenho não é um passivo pois no momento da sua emissão não houve a prestação do serviço ou a entrega do bem e, portanto, pode ser anulado. O reconhecimento da despesa orçamentária ocorre no momento da liquidação, que corresponde ao fato gerador da despesa. Apenas no encerramento do exercício é que os empenhos são considerados como despesa realizada. Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Despesa Pública Dispêndio, gasto ou desembolso são palavras normalmente utilizadas para caracterizar as importâncias que saem dos cofres públicos. Entretanto, nem toda saída de recursos dos cofres públicos pode ser considerada como despesa pública. Strictu Sensu, não constituem Despesa Pública Diferenciação da Despesa Pública Despesa Pública Afetação Patrimonial Despesa Pública Tipo Classificação Qualitativa Esfera Orçamentária Institucional Funcional Programática Quantitativa Meta Física Financeira Natureza da Despesa Identificador de Uso Fonte de Recursos IDOC / Doação Identificador Resultado Primário Classificação Orçamentária Despesa Pública Princípio Descrição Utilidade A destinação dos recursos deve, obrigatoriamente, visar à satisfação das necessidades coletivas. Legitimidade A despesa deve ter ao consentimento da coletividadeeser suportável pelos contribuintes. Oportunidade A despesa deve considerar as prioridades e as limitações de gasto e as condições econômicas vigentes na ocasião. Legalidade A despesa pública só pode ser realizada se autorizada em lei. Economicidade Está relacionada à questão do custo-benefício, considerando à eficiência e a eficácia da despesa. Despesa Pública Princípios Empenho Identificação do Credor Autorização Formalização Liquidação Origem e objeto Importância exata a ser paga Certificação do credor Pagamento Entrega do numerário ao credor Autorização Formalização Fixação Organização das estimativas Conversão da proposta em orçamento Programação da despesa Lei nº 4.320/64 LOA Licitação Escolha da proposta mais vantajosa Lei nº 8.666/93 Etapas de Execução Despesa Pública São despesas empenhadas, mas não pagas, dentro do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro (art. 36 da Lei nº 4.320/64 e 67 do Decreto nº 93.872/86). Quando o pagamento deixa de ser efetuado no próprio exercício, a despesa é inscrita em Restos a Pagar. Os Restos a Pagar podem ser classificados em: Processados - são despesas em que o credor já cumpriu as suas obrigações, isto é, entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da obra, dentro do exercício, tendo, portanto, direito líquido e certo, faltando, apenas, o pagamento; Não-processados - são despesas que ainda dependem da prestação do serviço ou do fornecimento do material, ou seja, cujo direito do credor não foi apurado. São despesas ainda não liquidadas. Restos a Pagar Despesa Pública É a denominação dada à despesa realizada em regime de adiantamento que é aplicável aos casos especiais de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Consiste na entrega de numerário a servidor, para realização dessas despesas. Casos de Aplicação do Suprimento de Fundos: Despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; Despesas feitas em caráter sigiloso (conforme regulamento); Despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ultrapassam os limites estabelecidos pela Port. MF nº 95/2002. REGRA: Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). EXCEÇÃO: Depósito em c/c nos casos em que não seja possível utilizar o CPGF. Suprimento de Fundos Despesa Pública 60 São despesas de exercícios encerrados, para as quais o respectivo orçamento consignava crédito, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Considera-se DEA (§ 2º do art. 22 do Decreto 93.872/86): Despesas que não tenham sido empenhadas na época própria; Empenhos indevidamente anulados no encerramento do exercício; Restos a Pagar com prescrição interrompida – Restos a Pagar cancelado, mas em relação ao qual ainda vige o direito do credor; Compromisso reconhecido após o encerramento do exercício – obrigação de pagamento criada por lei, mas reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA Despesa Pública 61 Despesa Pública Principais normas e leis relacionadas com a despesa no Setor Público Lei Federal nº 4.320 de 17/03/1964 – Conhecida como Lei Geral de Finanças Públicas, este Lei responsável pela emissão de regras para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Lei Complementar n º 101, de 04/05/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão. Códigos de Administração Financeira – que compõem a legislação que trata de matéria contábil, financeira e orçamentária, nas esferas estadual e municipal, de forma complementar à Lei nº 4.320/64 62 Despesa Pública Principais normas e leis relacionadas com a despesa no Setor Público Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCTSP), editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, representam um importante marco na normatização da contabilidade do setor público. Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), Aplicado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, editado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda (MF), desenvolvido com conteúdo alinhado às NBCTSP. Manual Técnico de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, cujos volumes I e II, recebem os subtítulos de Manual da Despesa Nacional e Manual da Receita Nacional, respectivamente 63 O principal objetivo da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei Responsabilidade Fiscal (LRF), é estabelecer “normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”. A LRF estabelece diversos mecanismos de controle. Despesa Pública Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF 64 Despesa Pública 65 Despesa Pública Limites de Despesa com Pessoal Estabelecidos pela LRF O limite de despesa com pessoal é estabelecido com base na receita corrente líquida, que consiste no somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, conforme definido no art. 2º da LRF. 66 Despesa Pública Limites de Despesa com Pessoal Estabelecidos pela LRF De acordo com o art. 18 da LRF, para efeito e cálculo das despesas com pessoal, são considerados os gastos com: Servidores ativos; Despesas com inativos e pensionistas; Mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias; Vencimentos e vantagens, fixas e variáveis;. Subsídios, proventos de aposentadoria; Reformas e pensões; Adicionais de qualquer natureza; Gratificações, horas extras e vantagens pessoais; Encargos sociais; Contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. 67 Despesa Pública Limites de Despesa com Pessoal Estabelecidos pela LRF Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. 68 Despesa Pública Limites de Gastos Estabelecidos pela LRF Limites de Gastos com Pessoal com base na ReceitaCorrente Líquida União: 50% 40,9% para o Executivo; 6% para o Judiciário; 2,5% para o Legislativo 0,6% para o Ministério Público Estados: 60% 49% para o Executivo 6% para o Judiciário 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado 2% para o Ministério Público Municípios: 60% 54% para o Executivo 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, quando houver 69 Contabilidade Pública Aula 3 Despesa Pública Atividade Atividade 01 Dispêndio, gasto ou desembolso são palavras normalmente utilizadas para caracterizar as importâncias que saem dos cofres públicos. Entretanto, nem toda saída de recursos dos cofres públicos pode ser considerada como despesa pública. Assinale a alternativa que representa uma saída de recursos nos cofres públicos que não configura uma despesa pública. Pagamento de material de consumo. Pagamento de indenizações a terceiros estranhos à Administração Pública. Pagamento de contribuições sociais. Pagamento de valor recebido a título de caução. Pagamento de despesas de exercícios anteriores. Despesa Pública Atividade 02 Restos a Pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro. Por sua vez, o art. 35 do Decreto n° 93.872/86, determina que o empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: Estiver vigente o prazo estabelecido para cumprimento da obrigação assumida pelo credor. O credor não ainda não entregou o bem adquirido. Estiver vencido o prazo estabelecido para cumprimento da obrigação assumida pelo credor. Ainda não tiverem sido atendidas as condições estabelecidas em contrato de fornecimento. Não houver recurso financeiro suficiente para realizar o pagamento. Despesa Pública Resumo da Aula Nesta aula você: Identificou o conceito, as estruturas de classificação e os estágios de execução da despesa pública. Conheceu três tipos especiais de despesas: restos a pagar, despesas de exercícios anteriores e suprimento de fundos. Conheceu a legislação que rege as despesas públicas, em especial os limites de gastos com pessoal estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Despesa Pública CONTABILIDADE PÚBLICA Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 4 Aspectos Introdutórios Relativamente à Contabilidade aplicada ao Setor Público, conhecer seus princípios, regime, objeto, objetivo, campo de aplicação e função social. Traçar um breve histórico da evolução da Contabilidade Pública no Brasil. Objetivos da Aula Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios A NBC T 16.1, aprovada pela Resolução CFC nº 1.128/08, conceitua e define o objeto, o objetivo, o campo de aplicação e a função social da Contabilidade aplicada ao Setor Público. Conceito de Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objeto da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. Função Social da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objetivo da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Campo de Aplicação da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Administração Direta Administração Indireta Direito Público Direito Privado CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE EMPRESARIAL PÚBLICA PRIVADA ENTIDADE Prof. Cristóvão Araripe Marinho Dependentes Não Dependentes Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Regime contábil é um procedimento que estabelece as regras para classificação e registro das variações ou alterações patrimoniais (fatos contábeis). Existem três tipos de regimes contábeis: regime de caixa, regime de competência e regime misto. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Na doutrina contábil encontramos o entendimento de que na área pública o regime contábil é misto. Esse entendimento tem origem na interpretação do artigo 35 da Lei nº 4.320/1964. ”Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas; II – as despesas nele legalmente empenhadas”. Reforça este entendimento o inciso II do art. 50 da LRF: “a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa”. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Por outro lado, a Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008, alterou esse entendimento doutrinário e estabeleceu que o regime da competência, tanto para a receita quanto para a despesa, aplica-se de forma integral. A Lei nº 4.320/64 não indica o regime contábil que deve ser adotado e a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, como ramo especializado da contabilidade, deve obedecer aos Princípios de contabilidade, dentre os quais encontramos o da Competência e o da Oportunidade, cujos conceitos estão definidos na Resolução CFC n.º 750/93. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Na área pública, para o regime contábil aplica-se integralmente o regime de competência. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público . O CFC, com base no Decreto-Lei nº 9.295, de 27/05/1946, com as alterações introduzidas pela Lei nº 12.249/2010, edita resoluções que visam a disciplinar as Normas Brasileiras de Contabilidade, e regular os Princípios de Contabilidade. O Apêndice II da Resolução CFC nº 750/93, aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07, trata dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público “O ponto de partida para qualquer área do conhecimento humano deve ser sempre os princípios que a sustentam. Esses princípios espelham a ideologia de determinado sistema, seus postulados básicos e seus fins. Vale dizer, os princípios são eleitos como fundamentos e qualificações essenciais da ordem que institui. Os princípios possuem o condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema”. Resolução CFC nº 1111/07 Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 1808 1822 1964 1986 1987 Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 1988 1997 2000 2004 2007 Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 2008 2009 2012 2014 2015 95 Contabilidade Pública Aula 4 Aspectos Introdutórios Atividade Atividade 01 De acordo com a NBC T 16.1, o objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é: O Orçamento Público. O Patrimônio Público e o Orçamento Público. O Patrimônio Público, o Orçamento Público e os atos administrativos. O Patrimônio Público. Qualquer entidade do Setor Público. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Atividade 02 As entidades abrangidas pelo campo de aplicação da Contabilidade Pública que devem observar integralmente as normas e aplicar as técnicas próprias desse segmento são: Apenas as autarquias e as fundações públicas. As autarquias, as fundações públicas e todas as sociedades de economia mista. Todas aquelas da Administração Direta e da Administração Indireta. Todas aquelas da Administração indireta. Todas as da Administração Direta. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Resumo da Aula Nesta aula você: Conheceu os princípios, regime, objeto, objetivo, campo de aplicação e função social da Contabilidade aplicada ao Setor Público. Traçou um breve histórico da evolução da Contabilidade Pública no Brasil. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios CONTABILIDADE PÚBLICA Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 5 Aspectos Práticos Verificar os aspectos relacionados com o patrimônio público, suas variações e formas de mensuração, reavaliação, depreciação, exaustão e provisionamento. Conhecer o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e os subsistemas de informação contábil. Verificar a forma de registro dos principais atos e fatos contábeis típicos do setor público. Objetivos da Aula Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Patrimônio Público Segundo a NBC T 16.2, “Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações”. O patrimônio público é estruturado em três grupos: Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público NBC T 16.6 Ativo Circulante Não Circulante Passivo Circulante Não Circulante Lei nº 4.320/64 Ativo Financeiro Permanente Passivo Financeiro Permanente A NBC T 16.6, e a Lei nº 4.320/64 segregam o ativo e o passivo de forma diferente: Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Bens Públicos Quanto à destinação, os bens públicos podem ser classificados em: Como desdobramento do processo de convergência da Contabilidade Pública Brasileira para padrões internacionais, os bens públicos de uso comum que não eram passíveis de registro, passaram a ser. A NBC T – SP 16.10 passou a estabelecer que os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos públicos, devem ser incluídos no Ativo não Circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não relacionados à sua atividade operacional. Dessa forma, sempre que houver alocação de recursos públicos em bens de uso comum, os valores gastos deverão ser registrados pela contabilidade. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilização dos Bens de Uso Comum Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Mensuração de Ativos e Passivos Reconhecimento inicial. Mensuração após o reconhecimento inicial. Reavaliação. Redução ao Valor Recuperável (impairment). Depreciação. Amortização. Exaustão. Provisões Conceitos Envolvidos Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Variações Patrimoniais Conforme estabelecido no art. 100 da Lei nº 4.320/64, a Contabilidade Pública dispõe de um conjunto de contas destinadas a demonstrar as alterações sofridas pelo patrimônio. As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. A NBC T 16.4, que trata das Transações no Setor Público, trás as seguintes definições: Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Variações Patrimoniais Efeitosobre o Patrimônio Quantitativas Decorrem de transações que aumentam ou diminuem o PL (VPA e PVD). Qualitativas Decorrem de transações que alteram a composição do patrimônio sem afetar o PL (Fatos Permutativos). Origem Orçamentárias Têm origem na execução da LOA e podem aumentar ou reduzir valor do PL (VPA ou VPD); Extraorçamentárias Ocorrem independente da execução da LOA, e podem aumentar ou reduzir o valor do PL (VPA ou VPD). Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Variações Patrimoniais Ativas Passivas Orçamentárias Extraorçamentárias Orçamentárias Extraorçamentárias Receita Mutações Ativas (Despesa) Superveniências Ativas Insubsistências do Passivo Despesa Mutações Passivas (Receita) Insubsistências do Ativo Superveniências Passivas Variações Patrimoniais PL PL Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Resultado Patrimonial O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o total das VPA e o total das VPD em um dado período. Caso o total das VPA seja superior ao total das VPD o resultado patrimonial será superavitário, caso contrário, será deficitário. Conta R$ Tipo de Conta 12320.00.00 BENS IMOVEIS (saldo inicial) 1.000.000 Patrimonial + Aquisição de Imóveis 1.400.000 Variação (resultado) -Perdas com alienaçãode Imóveis (500.000) +Reavaliação de Imóveis 800.000 -Doações/Transferências - Concedidas (300.000) + Construção de Imóveis 600.000 12320.00.00 BENS IMOVEIS(saldo final) 3.000.000 Patrimonial Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) A LRF determinou que seja feita a consolidação nacional das contas públicas. A STN exerce esta atribuição através da publicação anual do Balanço do Setor Público Nacional, congregando as contas da União, estados, municípios e DF. A Portaria MF nº 184/2008 e o Decreto nº 6.976/2009 determinam que a STN, edite normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e o plano de contas de âmbito nacional, objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis consolidadas. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) A STN editou o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), com abrangência nacional, que regulamentam o registro da aprovação e execução do orçamento, resgatam o objeto da contabilidade – o patrimônio, e buscam a convergência aos padrões internacionais, tendo sempre em vista a legislação nacional e os princípios da ciência contábil. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) Um plano de contas deve ter os seguintes componentes: Elenco de contas, que é a relação das contas que compõem o plano; Função das contas, que é o descritivo do que a conta registra; Funcionamento das contas, que se refere à descrição das situações nas quais a conta é debitada ou creditada. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos O PCASP e os Subsistemas de Informações Contábeis A CASP é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade. Contabilidade Pública Aula 5 Aspectos Práticos Atividade Atividade 01 Conforme disposto na NBC T 16.6, que trata das Demonstrações Contábeis do Setor Público, o ativo e o passivo são segregados em: Circulante e não circulante. Circulante e permanente. Tangíveis e intangíveis. Bens, direitos e obrigações. Direitos e obrigações. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Atividade 02 As alterações da situação líquida patrimonial abrangem os resultados da execução orçamentária, as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas e constituirão elementos da conta patrimonial. As variações patrimoniais, segundo o efeito causado no patrimônio líquido, classificam-se: Rotineiras e não rotineiras. Ordinárias e extraordinárias. Brutas e líquidas. Superveniências e insubsistências. Quantitativas e qualitativas. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Resumo da Aula Nesta aula você: Verificou os aspectos relacionados com o patrimônio público, suas variações e formas de mensuração, reavaliação, depreciação, exaustão e provisionamento. Conheceu o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e os subsistemas de informação contábil. Verificou a forma de registro dos principais atos e fatos contábeis típicos do setor público. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos CONTABILIDADE PÚBLICA Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula Revisão 01 a 05 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 1 Estado, Governo e Administração Pública E L J Elementos Constitutivos do Estado Estado Governo e Administração Pública Estado é a organização juridicamente soberana de um povo em um dado território, sob a gestão de um governo. Povo Território Governo Soberano Finalidade ESTADO Estrutura do Governo LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO Federal Senado Federal Câmara dosDeputados TCU Presidência da República Ministérios STF, STJ, STM,TST, TSE, TRF Estadual Assembleia Legislativa TCE Conselho de Contas Governadoria Secretarias Tribunal de Justiça Tribunal de Alçada Tribunal Militar Municipal CâmaradeVereadores TCM Prefeitura Secretarias Inexistente Estado Governo e Administração Pública Adaptado de Sérgio Jund. AFO, 2ª. Ed. Campus, p. 510 Administração Pública Administração Auxiliar Administração Central Descentralização por Colaboração Descentralização por Cooperação Administração Indireta Administração Direta Concessionários (com contrato) Permissionários (sem contrato) Entidades não Públicas Fundações Autarquias Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Poder Judiciário Poder Executivo Poder Legislativo Especial Institucional Corporativa Estado Governo e Administração Pública Estrutura da Administração Pública 130 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Constitucionais Princípios do DL nº 200/67 Supremacia do interesse público Indisponibilidade do interesse público Proporcionalidade Motivação Razoabilidade Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Planejamento Coordenação Descentralização Delegação de Competência Controle L I M P E Gerais Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 2 Formas de Financiamento da Atividade Estatal Origem dos Recursos Públicos Formas de Financiamento da Atividade Estatal Não passíveis de devolução. Destinados as despesas. Passíveis de Devolução. Não destinados as despesas. Receita Pública Formas de Financiamento da Atividade Estatal Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Classificação Ocorrências Natureza Econômica Corrente, Capital Fonte / Destinação Vinculada, não Vinculada Indicador de Resultado Primário Primária, Financeira Afetação Patrimonial Efetiva, não Efetiva Procedência Originária, Derivada Regularidade Ordinária, Extraordinária Competência Federal, Estadual, Municipal Formas de Financiamento da Atividade Estatal Classificação da Receita Orçamentária Crédito Público – Quanto a Origem e Local Formas de Financiamento da Atividade Estatal Crédito Público – Quanto ao Prazo Formas de Financiamento da Atividade Estatal Receita da Dívida Ativa Formas de Financiamento da Atividade Estatal Recolhimento Previsão Arrecadação Lançamento Planejamento Execução Controle e Avaliação Metodologia Destinação dos recursos Classificação da Receita Caixa e Bancos Unidade de Caixa Etapas e Estágios da Receita Pública Declaração Direto Homologação Formas de Financiamento da Atividade Estatal Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 3 Despesa Pública Conceito Para Diana Vaz de Lima, “Define-se despesa pública como o conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais.”. Despesa Pública Despesa Pública Alinhamento da Despesa Despesa Pública Conceito Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Despesa Pública Dispêndio, gasto ou desembolso são palavras normalmente utilizadas para caracterizar as importâncias que saem dos cofres públicos. Entretanto, nem toda saída de recursos dos cofres públicos pode ser considerada como despesa pública. Strictu Sensu, não constituem Despesa Pública Diferenciação da Despesa Pública Despesa Pública Tipo Classificação Qualitativa Esfera Orçamentária Institucional Funcional Programática Quantitativa Meta Física Financeira Natureza da Despesa Identificador de Uso Fonte de Recursos IDOC / Doação Identificador Resultado Primário Classificação Orçamentária Despesa Pública Princípio Descrição Utilidade A destinação dos recursos deve, obrigatoriamente, visar à satisfação das necessidades coletivas. Legitimidade A despesa deve ter ao consentimento da coletividadeeser suportável pelos contribuintes. Oportunidade A despesa deve considerar as prioridades e as limitações de gasto e as condições econômicas vigentes na ocasião. Legalidade A despesa pública só pode ser realizada se autorizada em lei. Economicidade Está relacionada à questão do custo-benefício, considerando à eficiência e a eficácia da despesa. Despesa Pública Princípios Empenho Identificação do Credor Autorização Formalização Liquidação Origem e objeto Importância exata a ser paga Certificação do credor Pagamento Entrega do numerário ao credor Autorização Formalização Fixação Organização das estimativas Conversão da proposta em orçamento Programação da despesa Lei nº 4.320/64 LOA Licitação Escolha da proposta mais vantajosa Lei nº 8.666/93 Etapas de Execução Despesa Pública São despesas empenhadas, mas não pagas, dentro do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro (art. 36 da Lei nº 4.320/64 e 67 do Decreto nº 93.872/86). Quando o pagamento deixa de ser efetuado no próprio exercício, a despesa é inscrita em Restos a Pagar. Os Restos a Pagar podem ser classificados em: Processados - são despesas em que o credor já cumpriu as suas obrigações, isto é, entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da obra, dentro do exercício, tendo, portanto, direito líquido e certo, faltando, apenas, o pagamento; Não-processados - são despesas que ainda dependem da prestação do serviço ou do fornecimento do material, ou seja, cujo direito do credor não foi apurado. São despesas ainda não liquidadas. Restos a Pagar Despesa Pública É a denominação dada à despesa realizada em regime de adiantamento que é aplicável aos casos especiais de despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Consiste na entrega de numerário a servidor, para realização dessas despesas. Casos de Aplicação do Suprimento de Fundos: Despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; Despesas feitas em caráter sigiloso (conforme regulamento); Despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ultrapassam os limites estabelecidos pela Port. MF nº 95/2002. REGRA: Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). EXCEÇÃO: Depósito em c/c nos casos em que não seja possível utilizar o CPGF. Suprimento de Fundos Despesa Pública 148 São despesas de exercícios encerrados, para as quais o respectivo orçamento consignava crédito, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Considera-se DEA (§ 2º do art. 22 do Decreto 93.872/86): Despesas que não tenham sido empenhadas na época própria; Empenhos indevidamente anulados no encerramento do exercício; Restos a Pagar com prescrição interrompida – Restos a Pagar cancelado, mas em relação ao qual ainda vige o direito do credor; Compromisso reconhecido após o encerramento do exercício – obrigação de pagamento criada por lei, mas reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. Despesas de Exercícios Anteriores - DEA Despesa Pública 149 O principal objetivo da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei Responsabilidade Fiscal (LRF), é estabelecer “normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”. A LRF estabelece diversos mecanismos de controle. Despesa Pública Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF 150 Despesa Pública Limites de Gastos Estabelecidos pela LRF Limites de Gastos com Pessoal com base na ReceitaCorrente Líquida União: 50% 40,9% para o Executivo; 6% para o Judiciário; 2,5% para o Legislativo 0,6% para o Ministério Público Estados: 60% 49% para o Executivo 6% para o Judiciário 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado 2% para o Ministério Público Municípios: 60% 54% para o Executivo 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, quando houver 151 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 4 Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios A NBC T 16.1, aprovada pela Resolução CFC nº 1.128/08, conceitua e define o objeto, o objetivo, o campo de aplicação e a função social da Contabilidade aplicada ao Setor Público. Conceito de Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objeto da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público. Função Social da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Objetivo da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Campo de Aplicação da Contabilidade Pública - NBC T 16.1 Administração Direta Administração Indireta Direito Público Direito Privado CONTABILIDADE PÚBLICA CONTABILIDADE EMPRESARIAL PÚBLICA PRIVADA ENTIDADE Prof. Cristóvão Araripe Marinho Dependentes Não Dependentes Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Regime Contábil Na área pública, para o regime contábil aplica-se integralmente o regime de competência. Contabilidade Pública - Aspectos Introdutórios Princípios Contábeis sob a perspectiva do Setor Público . O Apêndice II da Resolução CFC nº 750/93, aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07, trata dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público Princípio da Entidade Princípio da Continuidade Princípio da Oportunidade Princípio do Registro pelo Valor Origina Princípio da Competência Princípio da Prudência Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 1808 Criação do Erário Régio 1822 Código de Contabilidade Pública 1964 Lei nº 4.320/1964 - Lei Geral de Finanças Públicas. 1986 Criação da Secretaria do Tesouro Nacional 1987 Implantação do SIAFI e da Conta Única 1988 CF – PPA, LOA , LDO 1997 Edição das normas internacionais de Contabilidade. 2000 Edição da Lei de Responsabilidade Fiscal, LC nº 101 – LRF. 2004 CFC cria grupo para estudar e propor as NBCTSP. 2007 Convergência da Contabilidade Pública para os princípios contábeis. 2008 Edição das NBCTSP e da Portaria MF nº 184/2008. 2009 Dec. nº 6976/2009 - Sist. de Contabilidade Federal e edição do MCASP 2012 Início de Vigência das NBCTSP. 2014 PCASP obrigatório para todos os entes públicos. 2015 Consolidação do novo padrão Contábil. 160 Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 5 Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Estrutura do Patrimônio Público NBC T 16.6 Ativo Circulante Não Circulante Passivo Circulante Não Circulante Lei nº 4.320/64 Ativo Financeiro Permanente Passivo Financeiro Permanente Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido / Saldo Patrimonial Como desdobramento do processo de convergência da Contabilidade Pública Brasileira para padrões internacionais, os bens públicos de uso comum que não eram passíveis de registro, passaram a ser. A NBC T – SP 16.10 passou a estabelecer que os bens de uso comum, que absorveram ou absorvem recursos públicos, devem ser incluídos no Ativo não Circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não relacionados à sua atividade operacional. Dessa forma, sempre que houver alocação de recursos públicos em bens de uso comum, os valores gastos deverão ser registrados pela contabilidade. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilização dos Bens de Uso Comum Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Mensuração de Ativos e Passivos Reconhecimento inicial. Mensuração após o reconhecimento inicial. Reavaliação. Redução ao Valor Recuperável (impairment). Depreciação. Amortização. Exaustão. Provisões Conceitos Envolvidos Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Variações Patrimoniais Ativas Passivas Orçamentárias Extraorçamentárias Orçamentárias Extraorçamentárias Receita Mutações Ativas (Despesa) Superveniências Ativas Insubsistências do Passivo Despesa Mutações Passivas (Receita) Insubsistências do Ativo Superveniências Passivas Variações Patrimoniais PL PL Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) A LRF determinou que seja feita a consolidação nacional das contas públicas. A STN exerce esta atribuição através da publicação anual do Balanço do Setor Público Nacional, congregando as contas da União, estados, municípios e DF. A Portaria MF nº 184/2008 e o Decreto nº 6.976/2009 determinam que a STN, edite normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e o plano de contas de âmbito nacional, objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis consolidadas. Contabilidade Pública - Aspectos Práticos Contabilidade Pública - Aspectos Práticos O PCASP e os Subsistemas de Informações Contábeis A CASP é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade. Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 6 Demonstrações Contábeis Conhecer as estruturas das demonstrações contábeis aplicadas ao Setor Público (DCASP). Objetivos da Aula Demonstrações Contábeis As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP), também conhecidas como Demonstrações Financeiras, constituem um conjunto de relatórios que tem por objetivo: Subsidiar o processo de tomada de decisão Permitir a adequada prestação de contas Dar transparência da gestão fiscal Permitir o controle social sobre a gestão pública. Demonstrações Contábeis O art. 113 da Lei nº 4.320/1964, dentre outros aspectos, atribuiu competência ao Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda para atualizar os anexos à referida Lei. Com a extinção deste Conselho, essa atribuição passou a ser exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por ser o órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, nos termos estabelecidos pelo inciso XXIV do art. 7º do Decreto nº 6.976/2009. Demonstrações Contábeis Lei nº 4.320/64 Portaria STN nº 438/2012 NBC T SP 16.6 Lei Complemantar nº 101/2000 – LRF Legislação Básica Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) 1 - Balanço Orçamentário 2 - Balanço Financeiro 3 - Balanço Patrimonial 4 - Demonstração das Variações Patrimoniais 5 - Demonstração dos Fluxos de Caixa 6 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 7 - Relatório Resumido da Execução Orçamentária (LRF) 8 - Relatório de GestãoFiscal (LRF) 9- Notas Explicativas Demonstrações Contábeis RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão Inicial Previsão Atualizada Receita Realizada Saldo a b c d = c - b Receitas Correntes (I) Tributária Contribuições Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços Transferências Outras Receitas de Capital (II) Operações de Crédito Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas e Capital Balanço Orçamentário 175 RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão Inicial Previsão Atualizada ReceitaRealizada Saldo a b c d=c-b Recursos Arrecadados de Exercícios Anteriores (III) TOTAL DAS RECEITAS (IV) = I + II + III Operações de Crédito Refinanciamento V Operações de Crédito Internas Mobiliárias Contratual Operações de Crédito Externas Mobiliárias Contratual SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO VI = IV + V Déficit VII TOTAL VIII = VI + VII Saldos de Exercícios Anteriores (Util. p/ Créd.Adic.) Superávit Financeiro Reabertura de Créditos Adicionais Balanço Orçamentário 176 DESPESASORÇAMENTÁRIAS Dotação Inicial Dotação Atualizada DespesasEmpenhada Despesas Liquidada Despesaspaga Saldo da Dotação e f g h i j = f - g Despesas Correntes (IX) Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital (X) Investimentos Inversões Financeiras Amortizaçãoda Dívida Reserva de Contingência (XI) Reserva RPPS (XII) Subtotal Despesas (XIII)= IX+X+XI+ XII Amortização da Dívida /Refinanc. (XIV) Amortização da Dívida Interna Mobiliárias Outras Amortização da Dívida Externa Mobiliárias Outras Subtotal comRefinanc. XV=XIII+XIV Superávit (XVI) Total XVII = XV + XVI 177 Execução de Restos a Pagar Não Processados Inscrito Liquidado Pagos Cancelados Saldo Em Exercícios Anteriores Em3/12 do Exercício Anterior (a) (b) (c) (d) (d) a+b-d-e DespesaCorrente Pessoal e Enc. Sociais Juros e Enc. da Dívida Outras Desp. Correntes Despesa de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Total 178 Execução de Restos a Pagar Processado e Não Processados Liquidados Inscrito Pagos Cancelados Saldo Em Exercícios Anteriores Em31/12 do Exercício Anterior (a) (b) (c) (d) a+b-c-e DespesaCorrente Pessoal e Enc. Sociais Juros e Enc. da Dívida Outras Desp. Correntes Despesa de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Total 179 = > Superávit Orçamentário < No final do exercício é apurado o Resultado Orçamentário: Equilíbrio Orçamentário Déficit Orçamentário Receita Executada Despesa Executada Balanço Orçamentário INGRESSOS Notas Exercício Atual Exercício Anterior Receita Orçamentária (I) Ordinária Vinculada Recursos Vinculados à Educação Recursos Vinculados à Saúde Recursos Vinculados à Previdência Social RPPS (...) Outras Destinações de Recursos Transferências Financeiras Recebidas (II) Transferências Recebidas para Execução Orçamentária Transferências Recebidas Independente da Execução Orçamentária Transferências Recebidas p/ Aportes para RPPS Transferências Recebidas p/ Aportes para RGPS Balanço Financeiro 181 INGRESSOS Notas Exercício Atual Exercício Anterior Recebimentos Extraorçamentários (III) Inscrição de Restos a Pagar Não Processados Inscrição de Restos a Pagar Processados Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Outros Recebimentos Extraorçamentários Saldo do Exercício Anterior (IV) Caixa e Equivalente de Caixa Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados TOTAL (V) = (I + II + III + IV) Balanço Financeiro 182 DISPÊNDIOS Notas Exercício Atual Exercício Anterior Despesa Orçamentária (VI) Ordinária Vinculada Recursos Destinados à Educação Recursos Destinados à Saúde Recursos Destinados à Previdência Social RPPS (...) Outras Destinações de Recursos Transferências Financeiras Concedidas (VII) Transferências Concedidas para Execução Orçamentária Transferências Concedidas Independente da Execução Orçamentária Transferências Concedidas p/ Aportes para RPPS Transferências Concedidas p/ Aportes para RGPS Balanço Financeiro 183 DISPÊNDIOS Notas Exercício Atual Exercício Anterior Pagamentos Extraorçamentários (VIII) Pagamentos de Restos a Pagar Não Processados Pagamentos de Restos a Pagar Processados Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Outros Pagamentos Extraorçamentários Saldo do Exercício Anterior (IX) Caixa e Equivalente de Caixa Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados TOTAL (X) = (VI + VII + VIII + IX) Balanço Financeiro 184 ATIVO ExercícioAtual Exercício Anterior Ativo Circulante Caixa e Equivalentesde Caixa Créditos a Curto Prazo Investimentose Aplicações Financeiras a Curto Prazo Estoques VPD Pagas Antecipadamente Total do Ativo Circulante Ativo não Circulante Realizávela Longo Prazo Créditos a Longo Prazo Investimentos Temporários a Longo Prazo Estoques VPD Pagas Antecipadamente Investimentos Imobilizado Intangível Diferido Total do Ativo não Circulante Total do Ativo Balanço Patrimonial PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ExercícioAtual Exercício Anterior Passivo Circulante ObrigaçõesTrabalhistas Prev. Assist. a Pagar Curto Prazo Empréstimos eFinanciamentosa Curto Prazo Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo Obrigações a Fiscais a Curto Prazo Obrigações de Repartições Outros Entes Provisões a Curto Prazo Demais Obrigações a Curto Prazo Total do Passivo Circulante Passivo não Circulante ObrigaçõesTrabalhistas Prev. Assist. a Pagar Longo Prazo Empréstimos eFinanciamentosaLongoPrazo Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo Obrigações a Fiscais a Longo Prazo Provisões a Longo Prazo Demais Obrigações a Longo Prazo Resultado Diferido Total do Passivo não Circulante Balanço Patrimonial 186 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ExercícioAtual Exercício Anterior Patrimônio Líquido Patrimônio Social e Capital Social Adiantamento para Futuro Aumento de Capital Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Demais Reservas Resultados Acumulados (-) Ações / Cotas em Tesouraria Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo e do Patrimônio líquido Balanço Patrimonial Quadrodos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes (Lei nº 4.320/1964) ExercícioAtual Exercício Anterior Ativo (I) Ativo Financeiro Ativo Permanente Total do Ativo Passivo (II) Passivo Financeiro Passivo Permanente Total do Passivo Saldo Patrimonial (III) = (I) - (II) Total do Patrimônio Líquido Balanço Patrimonial Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP Evidencia As alterações ocorridas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária. O resultado patrimonial do exercício (confronto entre as VP quantitativas aumentativas e diminutivas. Sintético: especifica apenas os grupos (2º nível de detalhamento do PCASP), e é acompanhado de quadros anexos que detalham sua composição. Analítico: detalha os subgrupos das variações patrimoniais em um único quadro. Esse modelo auxilia o recebimento das contas anuais por meio do Siconfi para fins de consolidação. Modelo Ativas Passivas Orçamentárias Extraorçamentárias Orçamentárias Extraorçamentárias Receita Mutações Ativas (Despesa) Superveniências Ativas Insubsistências do Passivo Despesa Mutações Passivas (Receita) Insubsistências do Ativo Superveniências Passivas Variações Patrimoniais PL PL Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP Setor Público (DVP) Setor Privado (DRE) Características do Resultado Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP MODELO SINTÉTICO ExercícioAtual Exercício Anterior Variações Patrimoniais Aumentativas Impostos, Taxas e Contribuições de Melhorias Contribuições Exploração de Bens, serviços e Direitos Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras] Transferências e Delegações Recebidas Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos Outras Variações Patrimoniais Aumentativas Total das Variações Patrimoniais Aumentativas (I) Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP MODELO SINTÉTICO ExercícioAtual ExercícioAnterior Variações Patrimoniais Diminutivas Pessoal e Encargos Benefícios Previdenciários e Assistenciais Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo Transferências e Delegações Concedidas Desvalorização e Perdas de Ativos e incorporação de Passivos Tributárias Custo das Mercadorias Vendidas e dos Serviços Prestados Outras Variações Patrimoniais Diminutivas Total das Outras Variações Patrimoniais Diminutivas (II) Resultado Patrimonial do Período (III) = (I – II) Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC QUADROPRINCIPAL ExercícioAtual Exercício Anterior Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Ingressos Receitas derivadas e originárias Transferências correntes recebidas Outros ingressos operacionais Desembolsos Pessoal e demais despesas Juros e encargos da dívida Transferências concedidas Outros desembolsos operacionais Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC QUADROPRINCIPAL ExercícioAtual Exercício Anterior Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento Ingressos Alienação de bens Amortização de empréstimos e financiamentos Outros ingressos de investimentos Desembolsos Aquisição de ativo não circulante Concessão de empréstimos e financiamentos Outros desembolsos de investimentos Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (II) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC QUADROPRINCIPAL ExercícioAtual Exercício Anterior Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Ingressos Operações de crédito Integralização de capital social de empresas dependentes Transferências de capital recebidas Outros ingressos de financiamentos Desembolsos Amortização / Refinanciamento da dívida Outros desembolsos de financiamentos Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento III Geração Líquida de Caixa e Equivalente de Caixa(I+II+III) Caixa e Equivalente de Caixa Inicial Caixa e Equivalente de Caixa Final Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Demonstra a evolução do patrimônio líquido. É obrigatória para as empresas estatais dependentes constituídas sob a forma de SA, e facultativa para as demais entidades. Complementa o Anexo de Metas Fiscais, integrante do Projeto de LDO. os ajustes de exercícios anteriores. as transações de capital com sócios. o superávit ou déficit patrimonial. a destinação do resultado. Características Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF Subsidiar o controle social sobre as contas públicas. Transparência da gestão fiscal . Planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. Prestações de contas e o respectivo parecer prévio. RREO e o RGF, e as versões simplificadas desses documentos. A LRF exige que os governantes demonstrem todas as suas ações. Objetivos dos relatórios da LRF Principais características do RREO: consiste em um balanço orçamentário mais detalhado; deve ser publicado 30 dias após o encerramento de cada bimestre (municípios com menos de 50 mil habitantes podem divulga-lo semestralmente); alcança a movimentação orçamentária de todos os Poderes e entidades de uma mesma esfera de governo. Relatório Resumido de Execução Orçamentária - RREO Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF Principais características do RGF: consiste em um relatório setorial; é elaborado e publicado pelo Poder Executivo, mas inclui dados referentes ao Poder Legislativo; demonstra a execução de variáveis sujeitas a limite (pessoal, dívida consolidada, ARO, operações de crédito e garantias). deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre. Municípios com menos de 50 mil habitantes podem divulga-lo semestralmente. Relatório da Gestão Fiscal – RGF Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF Os artigos 54 e 55 da LRF, com padronização da Portaria STN nº 632/06, tratam da publicação do RGF, que deve conter: • demonstrativo da Despesa com Pessoal; • demonstrativo da Dívida Consolidada; • demonstrativo de Garantias e Contragarantias de Valores; • demonstrativo de Operações de Crédito; • demonstrativo da Disponibilidade de Caixa; • demonstrativo de Restos a Pagar; • demonstrativo com Despesas com Terceiros; • demonstrativo com limites da Educação e Saúde. Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF Relatório da Gestão Fiscal – RGF Contabilidade Pública Aula 6 Demonstrações Contábeis Atividade Atividade 01 A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciam as alterações ocorridas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária e o resultado patrimonial do exercício e pode ser elaborada de acordo com um dos dois modelos: Modelo Orçamentário e Modelo Patrimonial. Modelo Simples e Modelo Completo. Modelo Direto e Modelo Indireto. Modelo Individual e Modelo Consolidado. Modelo Sintético e Modelo Analítico. Demonstrações Contábeis Atividade 02 O art. 113 da Lei nº 4.320/1964, dentre outros aspectos, atribuiu competência ao Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda para atualizar os anexos à referida Lei. Com a extinção deste Conselho, que órgão exerce atualmente essa função? Secretaria de Orçamento Federal. Secretarial Federal de Controle. Secretaria do Tesouro Nacional. Secretaria de Fazenda. Secretaria de Contabilidade e Finanças. Demonstrações Contábeis Resumo da Aula Nesta aula você: Conheceu as estruturas das demonstrações contábeis aplicadas ao Setor Público (DCASP). Demonstrações Contábeis Contabilidade Pública Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula 7 Gestão Patrimonial Conhecer os diferentes tipos de inventários, suas fases, princípios, normas e a integração entre os setores de patrimônio, almoxarifado e contabilidade. Estudar a forma de classificação patrimonial dos bens públicos. Objetivos da Aula Gestão Patrimonial Na área pública o patrimônio merece especial atenção e é objeto de normas específicas, na medida em que este se diferencia do patrimônio particular e contem em si um paradoxo, pois os bens públicos pertencem a todos os cidadãos e por isso não pertencem a ninguém. Durante sua vida útil, desde a aquisição, passando pela utilização, e finalizando com o consumo ou desfazimento, os bens recebem tratamento físico e contábil específicos, o que confere à administração patrimonial especial importância e responsabilidade. Gestão Patrimonial Gestão Patrimonial Gestão Patrimonial Muitas vezes as empresas colocam em suas fachadas uma placa com a expressão - “fechado para balanço”. Esses dizeres são inadequado, porque na verdade o estabelecimento está “fechado para inventário”, visando a conferir e atualizar as quantidades físicas dos seus estoques e, em alguns casos, dos seus equipamentos e materiais. Gestão Patrimonial A Lei nº 4.320/1964 estabelece que a contabilidade deve manter registros analíticos e sintéticos de todos os bens de caráter permanente (bens móveis e imóveis). Os registros analíticos devem conter a indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada bem e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis (inventário) terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. Gestão Patrimonial SANTOS, 2012, conceitua inventário sob duas abordagens: Gestão Patrimonial Fases do Inventário Fase Descrição Criação da Comissão de Inventário Consiste na designação de servidores para realização do inventário. Levantamento Consiste na emissão da lista inicial do inventário, que deve conter a totalidade dos bens a serem inventariados, com a sua descrição, localização e valor. Arrolamento Consiste no registro das características e quantidades obtidas no levantamento, podendo ser de forma sintética ou analítica. Conciliação Ajuste dos dados escriturais dos saldos físicos e contábeis, bem como o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e suas necessidades de manutenção e reparo, ou mesmo, se o bem ainda é necessário naquela unidade. Avaliação Consiste na atribuição de uma unidade de valor ao elemento patrimonial, devendo ter por base o custo. Encerramento Emissão e assinatura dos Termos de Responsabilidade pelos responsáveis pela guarda dos bens. Relatório final da Comissão de Inventário. Gestão Patrimonial Tipos de Inventário Tipo Característica Anual Destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício – constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. Inicial Realizado quando por ocasião da criação de uma unidade gestora, com o objetivo de identificar e registrar os bens sob sua responsabilidade. De transferência de responsabilidade Realizado quando há mudança do dirigente de uma unidade gestora. De extinção ou transformação Realizado quando há extinção ou transformação da unidade gestora. Eventual Realizado em qualquer época, por iniciativa do gestor ou dos órgãos de fiscalização e controle. Gestão Patrimonial Princípios Gerais do Inventário Princípio Descrição Instantaneidade O levantamento deve referir-se a um determinado instante, dia e hora do seu início e término, para todo o patrimônio a que se refere. Tempestividade O levantamento deve ser realizado na data mais próxima possível do evento (motivo) a que se refere, e no menor tempo possível, para evitar manobras, distorções de fatos ou situações. Integridade O levantamento deve envolver todos os elementos que são objetos do inventário a que se refere. Especificação O inventário deve especificar cada elemento patrimonial e agrupa-los de acordo com sua função em grupos homogêneos que efetivamente os represente. Homogeneidade Os elementos patrimoniais devem ser apresentados sob medidas uniformes (litros, metros, quilos) e, principalmente, uma única medida de valor (moeda nacional). Uniformidade Devem ser mantidos os mesmos critérios, normas e estrutura, para a elaboração de todos os inventários, com a finalidade de assegurar a possibilidade de comparações entre inventários sucessivos. Gestão Patrimonial Responsabilidade sobre a Guarda e Conservação dos Bens Públicos Nos termos da IN SEDAP nº 205/1988, todo servidor público poderá ser chamado à responsabilidade pelo desaparecimento do bem que lhe for confiado, para guarda ou uso, bem como pelo dano que, dolosa ou culposamente, causar a qualquer material, esteja ou não sob sua guarda. Além disso, é dever do servidor comunicar, imediatamente, a quem de direito, qualquer irregularidade ocorrida com os bens entregues aos seus cuidados. Gestão Patrimonial Bens em Almoxarifado A existência e a movimentação dos itens de material permanente e de consumo serão registradas e controladas mediante a observância das normas relativas ao controle do almoxarifado. Os itens de material permanente normalmente não passam por armazenagem em estoque ou guarda em almoxarifado, pois são colocados imediatamente em uso. Os itens de material de consumo normalmente são armazenados em estoques ou guardados em almoxarifado e são colocados em uso paulatinamente. A atividade de administração patrimonial demanda a interação dos setores de patrimônio, contabilidade e almoxarifado e consiste na execução de diversas tarefas, dentre as quais podemos citar: Classificação dos bens; Registro contábil dos bens; Identificação, numeração e emplacamento dos bens; Cadastramento dos bens no patrimônio; Atribuição de responsabilidade sobre os bens; Avaliação e reavaliação dos bens; Descrição das características e do estado físico dos bens; Movimentação dos bens: alocação, recolhimento, transferência e baixa; Registro e regularização dos bens imóveis. Gestão Patrimonial Atividades Básicas da Administração Patrimonial Operacionalmente a baixa consiste na retirada do bem do cadastro físico e contábil e pode ter origem em variadas causas, tais como: Esgotamento pelo uso normal; Alienação; Avaria; Furto; Obsolescência. Gestão Patrimonial Baixa de Bens Patrimoniais Gestão Patrimonial Classificação Patrimonial dos Bens Públicos O artigo 99 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002) classifica
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