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C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 1 2 Para se “fazer” a qualidade não basta realizar apenas a inspeção final do produto, deve-se incentivar o controle em cada posto de trabalho evitando que itens defeituosos continuem na produção gerando custos da má qualidade. Para efetuar estes controles com eficiência pode-se utilizar o “Controle Estatístico de Processos - CEP”. C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 3 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO Walter A. Shewhart Walter Andrew Shewhart nasceu em 18 de março de 1891 em New Canton, Illinois, EUA. Formado pela universidade de Illinois e seu Ph.D., em Física, foi obtido na universidade da Califórnia em 1917. Também lecionou nas universidades de Harvard, Rutgers e Princeton. Trabalhou como engenheiro na empresa Western Eletric, após se transferiu, em 1925, para os laboratórios da Bell Telefones. Também foi consultor de várias organizações entre elas o departamento de guerra americano, as nações unidas e o governo indiano. Falecido em 11 de março de 1967 aos 75 anos em Troy Hills, New Jersey. 4 CONCEITO DE CEP Pode ser definido como um método preventivo de se comparar continuamente os resultados de um processo com um padrão, identificando, a partir de dados estatísticos, as tendências para variações significativas, eliminando ou controlando estas variações com o objetivo de reduzi-las cada vez mais. Ou seja, é o conjunto de técnicas utilizadas para o controle da qualidade do produto durante cada etapa de fabricação. C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 5 VARIAÇÕES NO PROCESSO Não existem dois produtos ou dois processos exatamente iguais. C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO Causas comuns ou aleatórias: são fontes de variações inerentes a um processo que se encontra sob controle estatístico, as quais são difíceis de identificar, porém juntas criam um sistema constante de variação. Causas especiais: são fontes relativamente grandes de variações, as quais são identificáveis e ocorrem fora do sistema constante de variação. 6 Processo estatisticamente controlado: • As variações são menores (controladas) • Pode-se prever o que será produzido adiante; • Têm-se maior homogeneidade entre os itens produzidos; • Detecta-se a possibilidade de ocorrência de falhas; • O operador é o responsável pela qualidade Existe um histórico de cada processo (visível e de fácil compreensão) • O PROCESSO É PREVISÍVEL Processo sem controle estatístico: • As variações são maiores e não são controladas • Não se pode prever a produção futura; Não há homogeneidade entre os itens; Não há como prever/detectar falhas, pois não exige o acompanhamento do processo; • O operador apenas opera a máquina; • O PROCESSO NÃO É PREVISÍVEL. C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 7 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO A FIGURA mostra a representação gráfica de um processo sob controle estatístico (A) e outro fora de controle estatístico (B). 8 FERRAMENTAS BÁSICAS DO CEP • Histogramas • Diagramas • Curva de Distribuição Normal • Cartas de Controle • Capacidade do Processo • Gráfico de Pareto • Diagrama de Causa-Efeito/Ishikawa C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 9 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO HISTOGRAMAS É um tipo de gráfico de barras que apresenta de forma clara a distribuição de um grupo de dados. 10 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 11 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO CARTAS DE CONTROLE São gráficos de análise e ajuste da variação de um processo em função do tempo, através de duas características básicas: sua centralização e sua dispersão. 12 CARTAS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS Baseadas nas distribuições contínuas apresentam dados que podem ser medidos ou que sofrem variações contínuas. CARTAS DE CONTROLE POR ATRIBUTOS Baseadas em distribuições discretas, possuem um caráter dicotômico, ou seja, os dados só podem ser contados ou classificados. C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 13 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO Exemplo de uma Carta de Controle 14 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO PRINCIPAIS TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS carta de média e desvio-padrão (X e s); carta de média e amplitude (X e R) Observa-se que a análise deve ser feita aos pares, observando a centralização e a dispersão. 15 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 16 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO CARTA DE CONTROLE PARA MÉDIAS E DESVIO PADRÃO Coleta de dados; Cálculo das médias das amostras (x); Cálculo da média do processo (X); Cálculo do desvio-padrão; Cálculo do desvio padrão médio do processo; 17 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 6. Cálculo dos limites de controle (LSC e LIC); Para a média: Limite Superior de Controle (LSC) = Limite Inferior de Controle (LIC) = Para o desvio padrão: Limite Superior de Controle = Limite Inferior de Controle = CARTA DE CONTROLE PARA MÉDIAS E DESVIO PADRÃO 18 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO CARTA DE MÉDIAS E AMPLITUDE Coleta de dados; Cálculo da média das amostras; Cálculo da média do processo (X); Cálculo das amplitudes de cada amostra (r); r = x max – x min 5. Cálculo da amplitude do processo ( R ); 19 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO CARTA DE MÉDIAS E AMPLITUDE 6. Cálculo dos limites de controle; Para a média Limite Superior de Controle (LSC) = Limite Inferior de Controle (LIC) = Para a amplitude Limite Superior de Controle (LSC) = Limite Inferior de Controle = 20 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLE Processo fora de controle estatístico 1. Pontos acima ou abaixo dos limites de controle. 2. Variabilidade extrema Pontos muito próximos dos limites de controle. 3. Tendências 3.1. Ascendente ou descendentes: 8 ou mais pontos consecutivos que se deslocam de forma ascendente ou descendente. 21 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLE 3.2. Linha reta: 8 ou mais pontos consecutivos que se deslocam acima ou abaixo da linha média do gráfico. 3.3. Ciclos: formação de figura cíclicas em intervalos regulares. 22 PRINCIPAIS TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE POR ATRIBUTOS C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO Coleta de dados; 2. Cálculo fração defeituosa de cada amostra (p) Cálculo da média do processo (p) Cálculo dos limites de controle (LSC e LIC) Limite Superior de Controle (LSC) = Limite Inferior de Controle (LIC) = 23 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 5. Construção da carta “p” PRINCIPAIS TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE POR ATRIBUTOS Amostra Número de unidades não conformes 1 2 . . . .. k n1p1 n2p2. . . .. nkpk 24 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 25 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO CAPACIDADE DO PROCESSO Quatro índices são gerados por um estudo de capabilidade: Cp, Cpk, Pp e Ppk Fórmula para encontrar Cp Fórmula para encontrar Cpk Avaliação do cálculo do índice Processo incapaz: Cp < 1 Processo aceitável: 1 ≤ Cp ≤ 1,33 Processo capaz: Cp ≥ 1,33 Avaliação do cálculo do índice Processo incapaz: Cpk < 1 Processo aceitável: 1 ≤ Cpk ≤ 1,33 Processo capaz: Cpk ≥ 1,33 26 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 27 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 28 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 29 ÍNDICES Capabilidade do processo – cp e cpk Leva em consideração apenas a variação intrínseca do processo (causas comuns) Performance do processo – pp e ppk Leva em consideração a variação total do processo (causas comuns e especiais) Capabilidade de máquina – cmk Leva em consideração apenas os elementos do processo que podem afetar a performance do equipamento 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 30 ÍNDICES Capabilidade do processo – cp e cpk } O que for menor 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 31 ÍNDICES Performance do processo – pp e ppk } O que for menor 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 32 ÍNDICES Capabilidade de máquina – cmk A mesma metodologia de cálculo de cpk Fazer n = 50 no mínimo Curto espaço de tempo Manter elementos do processo constantes Operador treinado e experiente no equipamento Equipamento bem lubrificado e ajustado (set up) Método de operação correto e aprovado Condições ambientais Matéria prima (lote) 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 33 CARTA DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO Vantagem Indicador mais preciso para a variação do processo, principalmente para amostragens grandes Desvantagens Cálculo mais complicado Menos sensível para detectar causas especiais que afetaram apenas um valor no subgrupo 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 34 CARTA DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO Coletar dados Se os dados forem volumosos usar uma folha separada Calcular o desvio padrão de cada subgrupo A escala do gráfico s deve ser a mesma das médias 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 35 CARTA DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO Calcular os limites de controle 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 36 CARTA DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B4 3,27 2,57 2,27 2,09 1,97 1,88 1,82 1,76 1,72 B3 * * * * 0,03 0,12 0,19 0,24 0,28 A3 2,66 1,95 1,63 1,43 1,29 1,18 1,10 1,03 0,98 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 37 CARTA DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO Interpretação – controle de processo O mesmo da carta de média e amplitude Interpretação – capabilidade Estimar o desvio padrão do processo n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 c4 0,798 0,886 0,921 0,940 0,952 0,959 0,965 0,969 0,973 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 38 CARTA DE MEDIANAS Vantagens Fáceis de usar Mostra a distribuição da saída do processo Pode ser usada para comparar a saída de diversos processos Desvantagem Não é estatisticamente tão consistente quanto as outras 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 39 CARTA DE MEDIANAS Coletar dados Tipicamente, subgrupos menores que 10 Tamanho ímpar Tamanho par (fazer média dos dois do meio) Pode ser feito um único gráfico Marque os valores individuais de cada subgrupo em linhas verticais É recomendável fazer o gráfico das amplitudes 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 40 CARTA DE MEDIANAS 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 41 CARTA DE MEDIANAS Calcular os limites de controle Calcular a média das medianas dos subgrupos Calcular a média das amplitudes Calcular os limites para as medianas e amplitudes 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 42 CARTA DE MEDIANAS n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D4 3,27 2,57 2,28 2,11 2,00 1,92 1,86 1,82 1,78 D3 * * * * * 0,08 0,14 0,18 0,22 Ã2 1,88 1,19 0,80 0,69 0,55 0,51 0,43 0,43 0,36 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 43 CARTA DE MEDIANAS Interpretação – controle de processo Comparar os limites de controle das amplitudes com cada amplitude calculada Marcar um cartão com os limites de controle e comparar com a distância entre o maior e menor valor Marcar subgrupos além dos limites 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 44 CARTA DE MEDIANAS 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 45 CARTA DE MEDIANAS Interpretação – capabilidade do processo Estimar o desvio padrão do processo n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 d2 1,13 1,69 2,06 2,33 2,53 2,70 2,85 2,97 3,08 Este valor pode ser usado diretamente para avaliar a capabilidade do processo 27/6/02 SAE - Suporte Assessoria Empresarial 46 CARTAS PARA INDIVÍDUOS E AMPLITUDES MÓVEIS Quando usar Medições caras Testes destrutivos Valores homogêneos pH de uma solução química 47 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO Um problema que o procedimento de Shewhart não considerou é que ele não determinava a magnitude (grandeza, importância) da alteração no processo, sendo incapaz de rapidamente encontrar grandes mudanças dentro de pequenas amostras. Sabendo a magnitude da alteração é possível ajustar o procedimento pela magnitude encontrada. Estes problemas foram trabalhados por estatísticos tais como Dudding, Jennett e Grant em 1940 e 1950. “Problema” na técnica de Shewhart 48 Shewart faz parte de um grupo de investigadores que vieram a ser conhecidos como os primeiros modernistas. Eles foram os pioneiros da moderna engenharia industrial empregando a análise matemática como forma de complementar as filosofias precedentes. As contribuições de Shewhart tanto para a indústria quanto a Estatística foram significativas e sua influência sobre estatísticos como W. E. Deming resultaram na melhoria dos processos e na alta qualidade na indústria que ocasionaram o grande desenvolvimento Japonês do século vinte. Consideração Final C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO 49 C E P CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS MONTGOMERY, D.C. Introduction to statistical quality control. 2 ed. New York, John Wiley, 1991. Apostila CEP Trainning - Megabyte
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