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Relatório Final de Estágio II na Escola Berezith Nascimento da Silva - Itacoatiara AM

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS. 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
 
 
 
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PROFESSORES 
 
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
KAILERSON ANTENOR ANDRADE RÊGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITACOATIARA-AM 
2018 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS. 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
 
 
 
 
CURSO ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PROFESSORES 
 
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
KAILERSON ANTENOR ANDRADE RÊGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estágio apresentado ao 
Curso Especial de Formação Pedagógica 
de Professores do Instituto Federal de 
Educação Ciência e Tecnologia do 
Amazonas, como requisito parcial da 
disciplina de Estágio Supervisionado II. 
 
Orientadora: Profª. MSc. Simone de Souza 
Lima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITACOATIARA 
2018 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS. 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 8 
2.1 O Ensino de Química na EJA. ....................................................................... 8 
2.2 Percurso metodológico do plano de Intervenção ......................................... 10 
2.3 Resultados obtidos com a aplicação do questionário. ................................. 10 
2.4 Resultados obtidos com a aplicação do questionário avaliativo. ................. 18 
2.5 Descrição da Aplicação do Plano de intervenção. ....................................... 18 
3. CONCLUSÕES ................................................................................................. 21 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 23 
5. ANEXOS ........................................................................................................... 25 
6. APÊNDICES ...................................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Questionário aplicado aos alunos do EJA/ensino médio ....................... 11 
Figura 2. Resultado percentual das respostas dadas a questão 1 do questionário 
respondido pelos alunos da EJA. “outro” representa respostas diversas ou os 
alunos não responderam ....................................................................................... 12 
Figura 3. Resultado percentual das respostas dadas a questão 2 do questionário 
respondido pelos alunos da EJA. “Outro” representa respostas diversas ou os 
alunos não responderam ....................................................................................... 14 
Figura 4. Resultado percentual das respostas dadas a questão 3 do questionário 
pelos alunos da EJA .............................................................................................. 15 
Figura 5. Resultado percentual das respostas dadas a questão 4 do questionário 
pelos alunos da EJA .............................................................................................. 16 
Figura 6. Resultado percentual das respostas dadas a questão 5 do questionário 
pelos alunos da EJA. “Outro” representa respostas diversas ou os alunos não 
responderam ......................................................................................................... 16 
Figura 7. Resultado percentual das respostas dadas a avaliação experimental, 
questões 1, 2 e 3 pelos alunos da EJA ................................................................. 18 
 
5 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática e toda a 
prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria 
da prática, não olhando a que a teoria não e senão uma teoria da prática, e a 
prática não e senão a prática de uma teoria. Na vida superior a teoria e a prática 
completam-se. Foram feitas uma para a outra (PESSOA, 1926). 
Consoante às palavras de Pessoa, teoria e prática são indissociáveis e, 
portanto, se integram a fim de construir um significado, fundamento ou coerência. 
Tal princípio insere-se de maneira pertinente na formação de profissionais da 
educação, os quais lidam com os instáveis e complexos contextos escolares. 
Contudo, atribui-se ao estágio supervisionado, previsto pela Lei de Diretrizes e 
Bases LDB 9394/96, o fundamental papel de articular o conhecimento científico 
advindo da universidade a realidade do cotidiano escolar, promovendo, então, a 
capacitação de futuros professores. Destaca-se, que o estágio curricular é 
componente obrigatório de formação nos cursos de formação pedagógica, 
conforme determina a Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002; 
RESOLUÇÃO CNE/CP 2, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002 sendo considerado 
como atividade eminentemente pedagógica prevista na matriz curricular do curso 
de formação pedagógica em Química. 
O Estágio Supervisionado II é uma disciplina do Curso de Formação 
Pedagógica de Docente – Licenciatura em Química. É uma importante atividade 
que consiste em conhecer o ambiente escolar, bem como suas características 
físicas e seus atores sociais da sala de aula, acompanhando um professor 
exercendo sua profissão. O Estágio é muito enriquecedor como formador dos 
futuros professores, pois permiti uma reflexão para a construção de uma prática 
educativa junto aos Jovens e Adultos das séries iniciais do Ensino Médio. Além 
disso, oportuniza a articulação entre teoria vista em sala de aula e prática docente 
cotidiana, levando-nos a entender que diante da necessidade de se ter cidadãos 
 
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mais críticos, reflexivos, conscientes, participativos e, principalmente, 
responsáveis. 
A finalidade do presente trabalho é relatar as atividades desenvolvidas 
durante o Estagio Supervisionado II, ministrado pela professora Simone de Souza 
Lima, do curso de Formação Pedagógica de Docentes - Licenciatura em Química 
da Universidade Aberta do Brasil (UAB) – Instituto Federal do Amazonas (IFAM). 
Este será realizado na Escola Estadual Professora Berezith Nascimento da Silva, 
localizado na cidade de Itacoatiara, entre os dias 29 de Outubro 2018 a 12 de 
Novembro do mesmo ano. De acordo com PPP (Projeto Político Pedagógico) da 
Escola Estadual Professora Berezith Nascimento da Silva, a mesma está atuando 
na comunidade desde o ano de 2011, sua característica social é baseada na 
relação entre os alunos e os profissionais que ali trabalham. A escola foi bem 
vinda ao bairro, pois diminuiu a superlotação em outras escolas do próprio bairro. 
Osobjetivos do presente trabalho é desenvolver habilidades de 
observação e análise sobre toda a riqueza das inter-relações que ocorrem no 
ambiente educacional desde os aspectos psicossociais aos didático-pedagógicos 
e suas decorrências para o desenvolvimento dos objetivos educacionais das 
turmas observadas, neste foi proposto um plano de intervenção Pedagógica e 
explanado a importância da experimentação no Ensino de Química para os alunos 
da EJA/Ensino Médio da escola em questão. 
Uma vez verificada a importância do uso de experimentos de química 
como recurso de aprendizagem nas aulas e fonte de aprendizagem para o 
educando além da contribuição que oferece ao seu desenvolvimento, o plano de 
intervenção almejou ampliar o conhecimento sobre o uso de experimento de 
química nas turmas da 1ª fase do EJA da Escola Estadual Professora Berezith 
Nascimento da Silva. 
O Plano de Intervenção foi desenvolvido oportunizando educadores da 
Escola Estadual Professora Berezith Nascimento da Silva, que responderam 
indagações sobre o uso de experimentos como recurso no processo de ensino 
 
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aprendizagem. E foi com este desejo de ampliação, conhecimento, aprendizado e 
a forma de fazer reconhecer o uso de experimentos como essencial e importante 
para o desenvolvimento e o prazer do ensino/aprendizagem dos alunos da escola. 
O método de estudo pautou de pesquisas exploratórias, numa abordagem 
quantitativa e qualitativa. Os procedimentos de estudo se deram com observação 
no ensino por observações na escola, na sala de aula e durante a aula 
experimental. A pesquisa será realizada com um grupo de alunos da EJA e 
professores de química, através de entrevistas, incluindo observações na aula 
experimental e na escola. 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 O Ensino de Química na EJA. 
 
A EJA é uma modalidade de ensino reconhecida na Lei de Diretrizes e 
Base nº 9.394/96, que no seu art. 37 destaca: “A educação de jovens e adultos 
será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no 
ensino fundamental e médio na idade própria” (BRASIL, 1996). 
É um grande desafio ensinar Química para os alunos do Ensino Médio na 
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com Bonenberger 
et al. (2006) muitas vezes os alunos da EJA apresentam dificuldades e 
consequentemente frustrações por não se acharem capazes de aprender química, 
e, por não perceberem a importância dessa disciplina no seu dia a dia. Em geral, 
os alunos têm pouco tempo de estudo e muitas responsabilidades financeiras e 
familiares, sendo a grande maioria trabalhadora e responsável pelo sustento de 
sua família. Sua rotina é cansativa e a falta de motivação desses estudantes 
também está relacionada com o grande sentimento de culpa, vergonha por não ter 
concluído seus estudos na época oportuna. 
Peluso (2003) destaca que: Se considerarmos as características 
psicológicas do educando adulto, que traz uma história de vida geralmente 
marcada pela exclusão, veremos a necessidade de se conhecerem as razões que, 
de certa forma, dificultam o seu aprendizado. Esta dificuldade não está 
relacionada à incapacidade cognitiva do adulto. Pelo contrário, a sensação de 
incapacidade trazida pelo aluno está relacionada a um componente cultural que 
rotula os mais velhos como inaptos a frequentarem a escola e que culpa o próprio 
aluno por ter evadido dela. 
As dificuldades encontradas no ensino dos conhecimentos químicos não 
são atuais e nem privilégio da Educação de Jovens e Adultos, pois várias 
pesquisas na área de ensino de química apontam que ensinar os conhecimentos 
químicos na educação básica e, sobretudo no ensino médio passa há tempos por 
 
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algumas dificuldades; Chassot (2004) afirma em sua pesquisa que a contribuição 
para essa dificuldade é o ensino de química ser: asséptico, abstrato, dogmático, 
aistórico e avaliado de uma maneira ferreteadora. Mas dessas cinco 
características o autor elege duas como sendo as mais especiais, o dogmatismo e 
o aistórico, pois afirma que aspectos do dogmatismo, estão presentes no ensino, e 
do ensino aistórico, têm sido marcas que parecem fazer com que a química não 
contribua para fazer educação. 
No processo de aprendizagem é necessário propostas que leve o aluno a 
construir conceitos e idéias, em que é denominada aprendizagem significativa. Se 
o professor não se sensibilizar para essa prática, e for à busca de políticas de 
formação profissional, a EJA permanecerá com o quadro atual por muito tempo. 
Pode-se observar até aqui, que é necessário um olhar mais atento na 
educação em um todo visando a não reprodução dos alunos, que de um jeito ou 
de outro são transferido, na esperança de uma vida melhor. 
De igual forma, faz-se necessário uma prática de um ensino mais 
contextualizada, junto a esta modalidade de ensino, o qual busque aproximar a 
química do cotidiano destes alunos, tornando o ensino de química significativo 
para este público. 
Evidencia-se que os temas químicos tornam-se mais interessantes 
quando vinculado diretamente à experimentação e ao cotidiano, levando os alunos 
a refletirem como a química esta presente em nossas vidas com simples 
procedimentos experimentais. Hodson (1994) fala que “A experimentação é uma 
ferramenta fundamental ao ensino”. Em 1892, Griffin: “O laboratório conquistou o 
seu lugar na escola; e sua introdução tem sido um sucesso”. Este é o perfil de 
uma educação revolucionária. Os alunos podem agora ir a seus laboratórios aptos 
a ver e a fazer. 
 
 
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2.2 Percurso metodológico do plano de Intervenção 
 
A intervenção foi desenvolvida oportunizando educadores da escola, que 
responderam indagações sobre o uso de experimento como recurso no processo 
de ensino aprendizagem. Foi com desejo de ampliação, conhecimento, 
aprendizado e a forma de fazer reconhecer o uso de experimento sobre ligações 
químicas como essencial e importante para o desenvolvimento e o prazer da 
aprendizagem dos alunos. Foi utilizado o método de pesquisas exploratórias, em 
uma abordagem quantitativa e qualitativa. Os procedimentos de estudo se 
pautaram com a observação no ensino por observação na escola e na sala de 
aula. A intervenção foi realizada com um grupo de alunos da 1ª fase da 
modalidade de ensino EJA da Escola Estadual Professora Berezith Nascimento da 
Silva, através da aplicação de um questionário, experimento sobre o tema 
Ligações Químicas e Condutividade Elétrica e aplicação de uma avaliação. O 
experimento foi realizado no laboratório de ciências da escola com os alunos, este 
foi orientado pela professora da disciplina e pelo estagiário, seguindo sempre o 
roteiro experimental proposto como consta no apêndice deste relatório. As 
pesquisas bibliográficas se deram através de sites, revistas, apostilas e trabalhos 
de cursos. A avaliação ocorreu por meio das observações do professor em todos 
os momentos em que os alunos estiverem participando das atividades propostas 
considerando-se os avanços obtidos e demonstrados pelos alunos no decorrer e 
ao finaldo experimento. Foi aplicado um questionário avaliativo após a aula 
experimental. No apêndice mostra-se o questionário avaliativo aplicado. Os 
resultados obtidos foram tabulados e estão sendo mostrados nos itens 2.3 e 2.4 
deste relatório. 
2.3 Resultados obtidos com a aplicação do questionário. 
 
Os questionários respondidos trouxeram a compreensão do pensamento 
dos alunos em relação ao ensino de química que recebem. Com este questionário, 
 
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oportunizamos aos alunos da Escola Estadual Professora Berezith do Nascimento 
da Silva a dizerem os problemas que impedem uma maior aprendizagem e o que 
poderia ser melhorado no ensino de química para eles. O questionário 
compreendeu um documento de valor significativo para a tomada de decisões 
para a execução do plano de intervenção proposto. Conhecer o que os alunos 
pensam e esperam do ensino de química na EJA coaduna com a prática 
pedagógica freireana. Essa prática pretende, de forma reflexiva e aberta, iniciar o 
processo de aprendizagem levando em consideração o “ser aluno”. Diante disso, o 
aluno é sujeito da sua história de aprendizagem e ao mesmo tempo objeto desse 
processo, sua ótica e impressões de vida contribuem para desatar os nós da 
educação e em especial do ensino de química na Educação de Jovens e Adultos - 
EJA. 
Inicialmente foi aplicado um questionário contendo cinco questões 
discursivas (Figura 1), aos alunos das turmas da 1º Fase da EJA, com o objetivo 
de conhecer algumas das concepções dos alunos e a partir delas, elaborar o tema 
gerador e a aula experimental. 
1. Quais os maiores problemas que você percebe nas aulas de química? 
2. Se dependesse de você para melhorar as aulas de química, o que você faria? 
3. Pense em temas ou assuntos que você gostaria de estudar ou tem curiosidade 
em aprender sobre química e mencione-os. 
4. As aulas de química ajudam a responder tudo àquilo que você não sabe em seu 
cotidiano? Cite exemplos. 
5. Reflita sobre as questões abaixo e mostre qual o maior problema que você 
percebe nas aulas de química. Explique. 
- Atividades pouco criativas e participativas; 
- Falta de domínio de conteúdo; 
- Professor sem diálogo; 
- Ensino descontextualizado e pouco interessante; 
- Indisciplina na sala de aula. 
Figura 1. Questões contidas no questionário aplicado aos alunos do EJA/ensino médio. 
O número de questionários respondidos pelos alunos das turmas da 1º 
Fase da EJA aplicadas totalizou 50 questionários. Na primeira questão, a resposta 
dada pelos alunos mostra que o maior problema nas aulas de química na EJA, 
 
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está relacionado falta de aulas práticas (58,0%), na sequência 20,0% dos alunos 
responderam nenhum problema, 18,0% dos alunos apontaram dificuldades na 
compreensão do conteúdo. Outro tipo de resposta ou não responderam (4,0%), 
também foi apontada pelos alunos da EJA como mostra a Figura 2: 
 
Figura 2. Resultado percentual das respostas dadas a questão 1 do questionário 
respondido pelos alunos da EJA. “outro” representa respostas diversas ou os alunos não 
responderam. 
A maneira como a disciplina de química vem sendo abordada, não 
desperta o interesse dos alunos, mesmo possuindo vários conteúdos relacionados 
ao nosso cotidiano. Além desse, outros fatores podem ser relacionados, como a 
ausência de aulas experimentais nas escolas, a falta de recursos multimídia e 
métodos interativos de aprendizagem, e a dificuldade em contextualizar os 
conteúdos apresentados aos alunos de forma coesa e criticam (CARVALHO et al., 
2007). 
Ao tratar a experimentação dentro de uma perspectiva freireana, percebe-
se que uma de suas funções é mediatizar os educandos e o objeto cognoscitivo 
(FRANCISCO, 2010). E nesse sentido, a experimentação deve ser uma estratégia 
de ensino problematizador do conhecimento. A atividade experimental constitui um 
dos aspectos chaves para o processo de ensino e aprendizagem das ciências. 
 
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Considerando esse aspecto, nos cursos de formação devem esclarecer que o 
trabalho em laboratório não se limita ao caráter de receita simples, com ênfase 
exclusivamente na execução do conhecimento científico (CARRASCOSA et al., 
2006). Mas que se fundamenta na construção de conhecimentos a partir da 
discussão da relevância da aula desenvolvida, esclarecimento da problemática na 
qual se insere, a participação dos alunos na formulação de hipóteses e 
experiências de projeto, além da análise dos resultados. As respostas dos alunos 
com relação à aula experimental no ensino de Química foram importantes para a 
escolha das atividades a serem desenvolvidas na situação-problema pelo 
estagiário. A aula experimental compreendeu uma resposta encontrada com 
frequência nas três primeiras questões do questionário, a começar pelas falas dos 
alunos: 
A1: A falta de experiências químicas. Por que não entendo o que ela vem falando 
no quadro os exemplos. 
A2: Que a gente nunca vai para o Laboratório. 
Os comportamentos observados de alienação e apatia são comuns dentro 
da sala de aula (LABURÚ, 2006). Diante dessa situação, se sugere a utilização de 
atividades experimentais com formato cativante que atraiam e prendam a atenção 
do aluno. Esse tipo de atividade tem como objetivo romper com a inércia, a 
desatenção e à apatia, à servindo de “elo incentivador para que os estudantes se 
dediquem de uma forma mais efetiva às tarefas subsequentes mais árduas e 
menos prazerosas” (LABURÚ, 2006). Dificilmente o aluno terá motivação para 
aprender os conteúdos curriculares relacionados a uma atividade experimental se 
ele mesmo não vê relação com o seu contexto, ou que este é tratado de forma 
mecânica e abstrata, ou ainda baseado na memorização não voluntária. Há um 
desconexo entre o que o professor ensina e a experiência existencial dos alunos: 
“Os conteúdos são detalhados da realidade desconectados da totalidade 
em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação. A palavra, nestas 
dissertações, se esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se transformam 
 
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em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante. Daí que seja mais som que 
significação e, assim, melhor seria não dizê-la” (LABURÚ, 2006). 
A Figura 3 evidencia que os alunos do EJA acreditam que para melhorar 
as aulas de química é necessário ter aulas práticas e interessantes (50,0%): 
 
Figura 3. Resultado percentual das respostas dadas a questão 2 do questionário 
respondido pelos alunos da EJA. “Outro” representa respostas diversas ou os alunos não 
responderam. 
A experimentação vem adquirindo um caráter motivador, lúdico, que 
desperta a atenção e que aumenta a capacidade de aprendizado, ao envolver o 
aluno nos temas a serem trabalhados. Para esse autor, os professores devem 
tomar a experimentação como parte de um processo pleno de investigação em 
que o pensamento e as atitudes dos alunos fazem parte desse contexto 
(GIORDAN, 1999). Os relatos dos alunos fazem referência à aula experimental 
como uma das formas principais de melhorar o ensino de química: 
A3: “Gostaria de ir para um laboratório eaprendermos mais na prática”. 
A4: “Gostaria de ter mais aulas práticas do que teóricas”. 
Ao reconhecer que o experimento possui um papel fundamental em ativar 
a curiosidade dos alunos, pensemos essa atividade dentro de um contexto mais 
amplo da estratégia de ensino. A forma como o experimento é trabalhado, 
ilustrativa ou investigativa, poderá induzir os alunos a ampliar conhecimentos 
 
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(UCHÔA et al., 2006). E assim confrontar as concepções de senso comum 
adquirido, e desenvolver o pensamento crítico diante da sociedade. Afirma ainda 
que ao realizar a experimentação ligando ao cotidiano do aluno, o professor sai do 
tradicionalismo, favorecendo a sua curiosidade e motivação. 
A Figura 4 mostra dentre as respostas apontadas pelos alunos, cerca de 
66% se referiram a experimentos em laboratório. 
 
Figura 4. Resultado percentual das respostas dadas a questão 3 do questionário pelos 
alunos da EJA. 
 
Os relatos dos alunos fazem referência aos assuntos que gostariam de 
estudar ou possuem curiosidade em aprender sobre química: 
A5: “Queria aprender mais sobre experimento.” 
A6: “Tenho curiosidade de aprender o que eu uso no meu dia-a-dia.” 
Na Figura 5, podemos concluir que para a maioria dos alunos da 
modalidade EJA (48%), a Química ajuda a responder aquilo que não sabem em 
seu cotidiano, 52% mencionaram que às vezes. A importância da química para a 
humanidade é notória e se reconhece alguns dos avanços alcançados: na área da 
saúde, aumentando a expectativa de vida das pessoas; na área ambiental, 
proporcionando a prevenção e correção de problemas ambientais, criando novos 
procedimentos e iniciativas integrados a “Química Verde”; a química da atmosfera, 
 
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elucidando os efeitos causados pela combustão de combustíveis derivados do 
petróleo, e tantos outros problemas discutidos atualmente (SOUZA, 2007). 
 
Figura 5. Resultado percentual das respostas dadas a questão 4 do questionário pelos 
alunos da EJA. 
 
Na quinta questão, os alunos responderam que seria necessário o 
professor refletir sobre: a indisciplina na sala de aula, as atividades pouco criativas 
e participativas, e o ensino descontextualizado e pouco interessante (Figura 6). 
 
Figura 6. Resultado percentual das respostas dadas a questão 5 do questionário pelos 
alunos da EJA. “Outro” representa respostas diversas ou os alunos não responderam. 
 
 
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As atividades pouco criativas e participativas (44,0%) apontada pelos 
alunos da EJA compreendeu o maior problema observado nas aulas de Química 
sendo necessário à reflexão do professor. Em sequência, 40% falaram que “não 
tem nenhum problema” seguido de 6% para “Ensino descontextualizado e pouco 
interessante” e “indisciplina em sala de aula”. 
Para os alunos construírem o conhecimento, é preciso um clima favorável 
e a educação possui dentro dos seus vários objetivos, o de ajudar os alunos a 
desenvolver-se eticamente numa perspectiva emancipatória (VASCONCELLOS, 
2009). 
Os professores não podem rejeitar ou menos prezar a reflexão sobre a 
disciplina que trabalham, buscando entender a problemática como sendo de todos 
e não somente da família ou da direção escolar. 
A indisciplina na sala de aula é o discurso que mais se destaca entre os 
professores e os alunos. O motivo para tamanho problema no ensino, não se 
resume a um único fator isolado da realidade, mas a vários outros que se procura 
mostrar aos professores (VASCONCELLOS, 2009). A educação escolar é apenas 
um aspecto de um processo maior que exige do professor reconhecer os limites 
de suas abordagens, procurando complementá-los, e articulá-los com outras 
contribuições. Essa questão requer além dos saberes pedagógicos, a ajuda de 
outras áreas do conhecimento e nesse sentido fazer com que o aluno se perceba 
como ser participante das manifestações na sala de aula (VASCONCELLOS, 
2009). Nesse sentido, é fundamental que o estágio supervisionado não se limite 
na observação e na tentativa de reprodução da prática ou na imitação de modelos 
já existentes (PIMENTA et al., 2012). Mas que tenha condições para proceder à 
“análise crítica fudamentada teoricamente e legitimada na realidade social em que 
o ensino se processa”. Assim, a observação do estagiário não se prende apenas à 
sala de aula, mas se aproxima do contexto em que a escola se encontra, 
aumentando as possibilidades de intervenção pedagógica crítica. 
 
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2.4 Resultados obtidos com a aplicação do questionário avaliativo. 
Após analise e correção dos 50 questionários avaliativos, os resultados 
(figura 7) mostram: 
Para a questão 1, que dos 50 questionário respondidos 98% dos alunos 
conseguiram responder corretamente e 2% não conseguiram responder ou 
deixaram em branco a questão. Para a questão 2, 90% dos alunos conseguiram 
responder corretamente e 10% não conseguiram responder ou deixaram em 
branco a questão. Para a questão 3, 96% conseguiram responder corretamente e 
4% não conseguiram responder ou deixaram em branco a questão. 
 
Figura 7. Resultado percentual das respostas dadas a avaliação experimental, questões 
1, 2 e 3 pelos alunos da EJA. 
2.5 Descrição da Aplicação do Plano de intervenção. 
A aplicação da intervenção trouxe por meio da experimentação uma 
alternativa para intensificar e questionar o conhecimento científico perante os 
estudantes. Segundo Souza (2007) este tipo de atividade permite a participação 
do aluno em todas as fases da atividade, desde a visualização e interpretação da 
 
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problematização até a construção para o entendimento do experimento. Além 
disso, proporciona a habilidade de investigação, comunicação e manipulação dos 
experimentos. Com relação à comunicação observa-se sua importância, pois 
estimula a discussão de ideias e teorias tanto com os colegas quanto com o 
professor, aumentando dessa forma a interação no laboratório. Segundo Hodson 
(1994), o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento conceitual, 
fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas ideias, 
comparando-as com a ideia científica, pois só assim elas terão papel importante 
no desenvolvimento cognitivo. Alguns alunos conseguiram analisar o experimento 
e assimilar com conteúdos que já tinham visto anteriormente. Desta forma, pode-
se perceber que a atividade experimental não foi vista meramente como um 
"passa tempo" pelos alunos, mas sim, como uma atividade com grande 
importância no desenvolvimento cognitivo de cada aluno e até mesmo para os 
acadêmicos que acompanharam o plano de intervenção, que mesmo com suas 
dificuldades em trabalhar este tipo de atividade com o EJA, percebeu-se que a 
atividade pode ser significativa para os alunos. 
Realizar um trabalho de experimentação com jovens e adultos, não é uma 
tarefa fácil. Há uma complexidade muito grande neste processo, poisenvolvem 
muitas questões limitadoras no que se refere ao processo de ensino e 
aprendizagem. 
O maior obstáculo encontrado ao depararmos com a EJA foi de encontrar 
métodos e maneiras diferenciadas de ensinar, colocando em foco a bagagem de 
conhecimento que esses alunos já trazem consigo. Alunos da EJA normalmente 
encontram-se numa faixa etária de 16 a 68 anos, ou seja, uma sala de aula com 
idades, experiências, vivências e pensamentos bem distintos. 
Esta gama tão vasta de diversidades acaba provocando no educador uma 
dificuldade em trabalhar conteúdos que contemple e que motive os envolvidos. E 
com relação à química essa dificuldade é ainda maior, pois os alunos veem essa 
disciplina como “um bicho de sete cabeças”, e não acreditam na possibilidade de 
 
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se aprender esta disciplina de maneira diferenciada e contextualizada. Diante do 
exposto, a solução encontrada para esse obstáculo foi à intervenção com uma 
aula experimental no laboratório para auxiliar os alunos em seu aprendizado, 
visando estimular a aprendizagem do conteúdo através da experimentação. 
 
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3. CONCLUSÕES 
 
O propósito da atividade experimental sobre Ligações Químicas e 
Condutividade elétrica no EJA foi o de utilizar estratégias para auxiliar os alunos 
em seu aprendizado, visando estimular a aprendizagem do conteúdo através da 
experimentação. É notável que não é uma tarefa simples desenvolver o 
aprendizado de jovens e adultos com qualidade, diante das dificuldades com que 
estes alunos se apresentam, levando em consideração suas atividades de 
trabalho durante o dia e outros afazeres. 
A utilização da experimentação em laboratório sobre Ligações Químicas e 
Condutividade Elétrica mostrou-se satisfatória, os objetivos foram alcançados ao 
se notar o interesse dos alunos pela atividade, a interação entre aluno e o 
conteúdo abordado na aula teórica e prática. 
Observou-se também, o desenvolvimento de respostas críticas sobre a 
experimentação em que os alunos eram questionados sobre os fenômenos 
ocorridos durante a atividade. Isto comprova que a aula ministrada surtiu efeito e 
que propiciou aos alunos levantar hipóteses, avaliar hipóteses e explicações, e 
discutir entre colegas. 
Contudo, é necessário que tanto o professor, quanto os acadêmicos em 
contato com os alunos em sala de aula, tenham estratégias para a aprendizagem 
significativa. Visando que o papel do professor não é fornecer explicações prontas 
e acabadas, mas sim a oportunidade de oferecer aos alunos o reconhecimento da 
necessidade de obter outros conhecimentos para interpretar e solucionar 
problemas. 
Assim é necessário que em cada atividade desenvolvida, haja uma 
percepção de aproveitamento dos alunos com relação aos conhecimentos 
adquiridos. Havendo uma atenção para a autoconfiança e autoestima 
desenvolvida no aluno, o professor estará estimulando seus aprendizes a abstrair 
o conhecimento de forma que não seja um processo de memorização, e sim que 
este conhecimento seja significativo. 
 
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A experimentação tem o poder de ser motivadora do conhecimento, 
aumentando assim o potencial de desenvolvimento cognitivo do aluno. Deste 
modo, cabe o professor potencializar a atividade, problematizando-a e 
estimulando reflexões críticas. Cabe a ele também a estimulação da não aceitação 
do conhecimento “pronto”, mas sim do conhecimento que deve ser construído na 
estrutura cognitiva dos aprendizes. 
Depois de feita as análises da aula e das respostas dadas pelos alunos 
para as questões avaliativas que foram impostas, percebeu-se uma necessidade 
enorme em fazer uso de novas metodologias que deveriam ser adotadas pelo 
educador, tais como: 
- propiciar aos alunos uma prática pedagógica diferenciada. 
- utilizar metodologias que permita com que os alunos tenham uma maior 
liberdade no processo de construção do próprio conhecimento. 
- utilizar metodologias que facilite a percepção das possíveis dúvidas e 
dificuldades que possam ser manifestadas pelos alunos. 
- o professor deve estabelecer objetivos a serem alcançados no decorrer da aula. 
Concluísse que o Estágio mostrou-se uma excelente oportunidade de 
aprendizagem ao favorecer a aquisição e desenvolvimento de novos 
conhecimentos e práticas profissionais, pessoais e sociais. Considero que, ao 
longo desde processo, cresci muito como pessoa e como profissional, tendo-me 
tornado um profissional competente e capaz de agir em qualquer situação. 
 
 
 
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. 1996. 
BONENBERGER, C. J.; COSTA, R. S.; SILVA, J.: MARTINS, L. C. O Fumo como Tema 
Gerador no Ensino de Química para Alunos da EJA. Livro de Resumos da 29ª Reunião 
da Sociedade Brasileira de Química. Águas de Lindóia, SP, 2006. 
CARVALHO, H. W. P.; BATISTA, A. P. L.; RIBEIRO, C. M. Ensino e aprendizado de 
química na perspectiva dinâmico interativa. Revista Experiências em Ensino de 
Ciências 2007. 
CARRASCOSA, J.; GIL-PÉREZ, D.; VILCHES, A. EVALDÉS, P. Papel de la actividad 
experimental en la educación científica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física 2006. 
CHASSOT, A. (2004). Para que(m) é útil o ensino?, 2a . ed. Canoas: ULBRA. 
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BEREZITH NASCIMENTO DA SILVA. Projeto 
Político Pedagógico. Itacoatiara, 2011. 
FRANCISCO JÚNIOR, W. E.; Analogias e Situações Problematizadoras em Aulas de 
Ciências. 1a. ed., Ed. Pedro & João Editores: São Carlos, 2010. 
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na 
Escola. 1999. 
HODSON, D. Hacia um Enfoque más critico Del Trabajo de laboratório. Enseñanza 
de LasCiências, 12(3), p.299-313, 1994. 
LABURÚ, C.E. Fundamentos para um experimento cativante. Caderno Brasileiro de 
Ensino de Física. 2006. 
SILVA, L. A.; ANDRADE, J. B. Química a serviço da humanidade. Cadernos Temáticos 
de Química Nova na Escola 2003, 
SOUZA, S. S. P. Atividades investigativas, como estratégia para o ensino 
aprendizagem em ciência: propostas e aprendizagens. DISSERTAÇÃO de mestrado. 
UFPA, Belém, 2007. 
VASCONCELLOS, C. S.; Indisciplina e Disciplina Escolar. 1a. ed., Cortez: São Paulo, 
2009. 
PESSOA, Fernando. Fernando Pessoa e as Ciências Empresariais. Revista de 
Comercio e Contabilidade, Lisboa: 1926. 
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L.; Estágio e Docência. 7a ed., Cortez: São Paulo, 2012. 
 
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PELUSO, T.C.L. Diálogo & Conscientização: alternativas pedagógicas nas políticas 
públicas d educação de jovens e adultos. Tese de Doutorado. Universidade Estadual 
de Campinas. UNICAMP. 2003. 
UCHÔA, A. M.; NASCIMENTO, R. F. Passando um “cafezinho”: misturas e separação 
de misturas a partir de um experimento com materiais do cotidiano. Vivências. 2012. 
 
 
 
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5. ANEXOS 
 
 
 
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6. APÊNDICES 
QUESTIONÁRIO 
 
1. Quais os maiores problemas que você percebe nas aulas de Química? 
 
( ) Nenhum problema; 
( ) Falta de aulas práticas; 
( ) Falta de compreensão do conteúdo; 
( ) Desinteresse e indisciplina. 
( ) Outro:_____________; 
 
2. Se dependesse de você para melhorar as aulas de Química, o que faria? 
 
( ) Aulas práticas e interessantes; 
( ) Não precisa melhorar nada; 
( ) Procurar entender a matéria; 
( ) Outro:________________. 
 
3. Pense em temas ou assuntos que você gostaria de estudar ou tem curiosidade em 
aprender sobre química e mencione-os. 
 
( ) Nenhum assunto; 
( ) Experimentos em laboratório; 
( ) Assuntos variados; 
( ) Qualquer tema. 
 
4. As aulas de Química ajudam a responder tudo àquilo que você não sabe em seu 
cotidiano? Cite exemplos. 
 
( ) Sim 
( ) Não, nunca me ajudou em nada; 
( ) Sim, às vezes ; 
( ) Outros:_____________________. 
 
5. "... qual o maior problema que você percebe nas aulas de Química?" 
 
( ) Atividades pouco criativas e participativas; 
( ) Indisciplina em sala de aula; 
( ) Ensino descontextualizado e pouco interessante; 
( ) Não tem nenhum problema; 
( ) Outro: __________. 
Pesquisa realizada na Escola Estadual Professora Berezith Nascimento da Silva. 
Estagiário: Kailerson A. A. Rêgo Professora: Solange Castro Costa 
 
 
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Roteiro de Atividade Experimental 
Ligações Químicas e Condutividade Elétrica 
Estagiário: Kailerson Antenor Andrade Rêgo Professora: Solange Castro Costa 
 
Objetivo 
Discutir as propriedades e características das ligações químicas, através da análise da 
condutividade de algumas substâncias. 
 
Materiais e Reagentes 
 Condutivímetro 
simples(Caseiro) 
Sal de cozinha; 
Chapa de cobre; 
Papel Alumínio; 
Açúcar 
Água; 
2 beckers 
 
Procedimento 
 
Figura 1. Condutivímetro simples utilizado para este experimento. 
 
 Para cada uma das substâncias mencionadas acima (exceto o papel alumínio e a chapa de 
cobre), faça o seguinte: Coloque 01 (uma) colher da substância sólida em um copo e em seguida 
coloque os dois eletrodos do condutivímetro (nesse experimento foi utilizado um condutivímetro 
simples construído com materiais de baixo custo como mostra a Figura 1), separadamente, em 
contato com a substância sólida. Observe a lâmpada (acesa indica a condução de eletricidade). 
Anote o resultado na tabela abaixo. Retire os eletrodos e despeje 100 mL de água no copo 
contendo o sólido. Se o sólido se dissolver, coloque novamente os eletrodos em contato com a 
água e observe a lâmpada. Anote o resultado na tabela abaixo. Enxugue os eletrodos com papel 
(para não contaminar as demais análises) e repita o procedimento para cada uma das outras 
substâncias. 
Substância Conduz corrente elétrica No estado sólido? Dissolvido em Água? 
Sal de cozinha 
Chapa de cobre x 
Papel de alumínio x 
Açúcar 
Água da torneira 
Referências 
GONÇALVES, N, S. Roteiro de Ligações Químicas. Disponível em 
http://pibidqmcvr.blogspot.com.br/2012/12/cesd-roteiro-ligacoes-quimicas.html. Acesso em 
19 de junho de 2014. 
 
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AVALIAÇÃO DO EXPERIMENTO 
Aluno:________________________________________________1º Fase turma:______ 
1. Quais as substâncias conduziram condutividade elétrica? 
______________________________________________________________________ 
2. Quais as substâncias não conduziram condutividade elétrica? 
______________________________________________________________________ 
3. Quais os materiais que foram utilizados na realização do experimento 
______________________________________________________________________ 
 
 
Apresentação em Power Point 
 
 
 
 
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