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Quintais Produtivos em Marituba

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II SEMINÁRIO SOBRE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM
APRESENTAÇÃO: RESUMO/PÔSTER
PROJETO QUINTAIS PRODUTIVOS AGROECOLÓGICOS: TECNOLOGIA SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE MARITUBA
Antônia do Socorro Aleixo Barbosa, Engenheira Agrônoma, Instituto Pobres Servos da Divina Providência– Marituba, Pará, Brasil
Kleberson Almeida de Albuquerque, Acadêmico de Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém, Pará, Brasil
Rosângela Caetano da Silveira, Licenciada em Pedagogia, Instituto Pobres Servos da Divina Providência (IPSDP) – Marituba, Pará, Brasil
Marcos Antônio Souza dos Santos, Engenheiro Agrônomo, Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – Belém, Pará, Brasil
EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL
	
RESUMO
O projeto Quintais Produtivos Agroecológicos surgiu a partir da necessidade de se pensar soluções para o aumento do descarte indevido do lixo doméstico no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém, visando despertar por meio de ações junto aos moradores de baixa renda dos bairros vizinhos ao Centro Socioeducativo Fazendinha Esperança (CESEFE) o interesse por práticas sustentáveis que associem a destinação adequada do lixo, a produção de alimentos sob a perspectiva da agricultura urbana e com foco na qualidade de vida das famílias. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar as ações implementadas no projeto e analisar os impactos socioambientais gerados, não apenas aos moradores participantes das atividades, mas ao município de Marituba em sua totalidade. O período de execução do projeto foi de um ano, sendo desenvolvido entre os meses de junho de 2017 e junho de 2018. Foram atendidas 64 famílias por meio de capacitações em olericultura, fruticultura, cultivo de plantas medicinais e ornamentais, aproveitamento integral dos alimentos, além do reaproveitamento do lixo com a coleta seletiva de resíduos secos e úmidos, onde o lixo inorgânico foi reaproveitado para confecção de vasos e artesanatos, e o lixo orgânico utilizado na produção de adubos a partir do processo da compostagem. O projeto foi conduzido pela equipe técnica e pedagógica do Centro Socioeducativo Fazendinha Esperança (CESEFE), vinculado ao Instituto Pobres Servos da Divina Providência (IPSDP) e contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Marituba (PMB), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado do Pará (EMATER/PA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). As atividades desenvolvidas com as famílias proporcionaram aprendizados significativos sobre novas alternativas para lidar com o lixo, permitindo uma compreensão mais ampla sobre as interações homem e meio ambiente e sobre o protagonismo que cada família deve desempenhar como responsáveis por uma sociedade mais sustentável, desenvolvendo uma nova visão de sustentabilidade em parceria com toda comunidade, tornando-se assim referência em práticas sustentáveis no município. Durante o período de execução do projeto foram realizadas 48 capacitações presenciais, 5 participações em feiras e eventos em Marituba, a promoção de 18 mutirões para implantação colaborativa das hortas nos quintais dos participantes, 22 visitas técnicas dos estagiários de agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Com apoio financeiro do Banco da Amazônia S.A (BASA) foram viabilizados kits com sementes, adubos e mudas para inserção nos quintais das famílias participantes de projeto, com a finalidade de melhorarem o cultivo em seus quintais. A partir de visitas in loco constatou-se que em 46 residências pelo menos um tipo de cultivo está presente nos quintais, seja olerícola, frutífera, ornamental ou medicinal. Após a implantação do projeto constatou-se mudança de atitudes entre as famílias beneficiárias e, atualmente, nas residências de 26 delas já se efetua separação do lixo seco e úmido e 34 famílias passaram a produzir seu próprio adubo orgânico por meio do processo de compostagem em seus quintais. Quanto à produção de alimentos, 35 famílias produzem hortaliças para autoconsumo e vendem o excedente, 31 aplicam em suas casas as práticas de alimentação saudável. As repercussões do projeto têm sido muito positivas e, em função dos bons resultados obtidos, se tornou referência para políticas públicas municipais e o seu modelo está sendo replicado pela Prefeitura Municipal de Marituba em projetos de educação ambiental conduzidos pelas Secretarias Municipais de Educação (SEMED) e de Assistência e Desenvolvimento Social (SEMAS), visando um efeito de mais abrangente na adoção de práticas sustentáveis, com impactos adicionais sobre a segurança alimentar e a qualidade de vida em outros bairros e comunidades de Marituba.
Palavras-chave: Agricultura urbana, Responsabilidade socioambiental, Região Metropolitana de Belém.

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