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Antijuridicidade: Conceito e Teorias

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Conceito:
A antijuridicidade pode se conceituar na adequação de uma dada conduta a um tipo penal, a uma conduta com previsão legal. Tal conduta tem caráter antagônico à norma e será o ponto de partida da antijuridicidade do fato previsto em lei, diz-se ponto de partida devido aos excludentes da antijuridicidade. Segundo Rogério Greco, “a antijuridicidade limita-se a observar a existência da anterioridade da norma em relação à conduta do agente, e se há contrariedade entre ambas, onde transparece uma natureza meramente formal da ilicitude. A ocorrência da ilicitude está ligada a contrariedade da norma, e caso não ocorra nenhuma lesão a norma, por mais anti-social que seja a conduta do agente ela não será tido como antijurídica, por não contrariar o ordenamento jurídico.” 
Antijuridicidade Formal e Material:
Material é toda a conduta humana que fere o interesse social protegido pela própria norma. 
E a antijuridicidade formal é a simples contradição entre o fato praticado pelo sujeito e a norma de proibição.
No início do século passado existiam duas correntes contrárias. De um lado o positivismo jurídico e do outro lado o positivismo sociológico, enquanto um defendia o conceito de antijuridicidade legal o outro defendia o conceito de antijuridicidade sociológico, e este o chamou de antijuridicidade material.
Teorias: A Objetiva E A Subjetiva.
A teoria objetiva não leva em consideração a imputabilidade do agente no cometimento de um crime, para ela o crime é o fato típico acostado do caráter antijurídico. Damásio diz - se referindo a Delitala: ”a antijuridicidade deve ser determinada objetivamente, independente a da culpa ou da imputabilidade do sujeito. Em contrapartida, a teoria subjetiva reza que não tem caráter antijurídico o ato cometido por um inimputável, mesmo lesando algum interesse. Nas palavras de Damásio E. de Jesus retirado da Revista Brasileira de Criminologia e Doreito Penal: "O inimputável não pode realizar condutas antijurídicas, uma vez que não há ilicitude sem culpa", ou seja, se o agente não é culpável não haverá caráter de antijuridicidade.
O que se quer com a objetividade da ilicitude é que o juízo da antijuridicidade não recaia sobre toda a conduta, mas apenas sobre o seu aspecto objetivo. Não se pode sustentar que sendo o injusto complexo a antijuridicidade recaia apenas sobre o aspecto objetivo da tipicidade. Por outro lado afirmam que a antijuridicidade é objetiva porque não está adstrita às motivações do autor. Claro está que a motivação está ligada à culpabilidade, enquanto que o injusto se completa com elementos subjetivos do tipo que devam ser distinguidos das motivações, sendo assim a antijuridicidade é objetiva.
A teoria de que divide a em antijuridicidade objetiva e antijuridicidade subjetiva tem por finalidade fazer recair a antijuridicidade somente sobre o aspecto objetivo do delito, reservando o subjetivo para a culpabilidade. Havendo a uma sustentação de que o injusto seja complexo tem que se afirmar que o injusto é pessoal e que a antijuridicidade de uma conduta depende aspectos objetivos e subjetivos.
CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUDENTES DA ANTIJURIDICIDADE
No direito penal existem causas de exclusão da antijuridicidade, mas há também causas que não estão previstas a legislação Brasileira chamadas assim de supralegais. Alguns doutrinadores afirmam que quando surgi à expressão “direito” decorre de uma amplitude do ordenamento, podendo assim acoplar as espécies não mencionadas na legislação. Seriam as normas de cultura aceitas por todos sem estarem descritas. Já para outros feri o principio da reserva legal. 
Segundo Mirabete “Como o direito é o equilíbrio da vida social e a antijuridicidade nada mais é do que a lesão de determinado interesse vital aferido perante as normas de cultura reconhecidas pelo Estado, afirma-se que não se deve apreciar o antijurídico apenas diante do Direito legislado, mas também dessas normas de cultura.” É humano surgir novos comportamentos na sociedade das quais não se devem acoplar a elas ilicitude, assim mesmo não estando na lei em vigor isso não significa que não a problemas a se balancear. 
O fim reconhecido pelo estado, esfera de liberalidade deixada ao individuo pelo estado, da valoração dos bens e da justificação decorrente das normas culturais e consentimento ofendido são espécies de antijuridicidade supralegal. A correção no comportamento do menor não sujeito à autoridade legal de quem os castiga; o tratamento médico (que seria o exercício legal da medicina) dos pais aos filhos; os castigos não previstos em regulamento escolar, sem que ocorra abuso por parte do professor, no desinteresse da vítima em fazer valer a proteção legal ao bem jurídico que lhe pertence e entre outros.

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