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Sistema de Ensino Presencial Conectado CIÊNCIAS CONTÁBEIS Maurício rocha sousa contabilidade industrial Itapetinga BA 2015 Maurício Rocha sousa contabilidade industrial Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Contabilidade. Orientador: Professores do sétimo semestre Itapetinga BA 2015 INTRODUÇÃO O trabalho a seguir fala da empresa industrial, já que no conteúdo oferecido no curso abrange mais as empresas de maior porte, falando sobre uma contabilidade gerencial. No caso das indústrias a contabilidade destacada é a contabilidade de custos, onde visa gerir a indústria sempre buscando obter o maior lucro gastando o menos possível. Nas indústrias assim como a maiorias das entidades, visam o lucro, porém são mais complexas, principalmente quando se trata de uma grande indústria onde os valores trabalhados são na maioria altos, com vários departamentos a gerir e a contabilidade se faz presente e necessária a todos eles, porque na hora da tomada de decisões por parte da diretoria elas vão se embasar nos dados fornecidos e elaborados pelos profissionais contabilistas. Nesse caso a margem de erro é a menor possível, pois um deslize pode resultar em graves consequências, ou seja, o profissional deve estar muito bem preparado na hora de ocupar um cargo em uma indústria, pois sabendo dessas informações o mesmo deve estar munido de informações precisas e utiliza-las com eficiência. O desenvolvimento a seguir aborda de forma resumida a história da indústria e a contabilidade de custos que à acompanha, conceitua também alguns temas, apresentando também a criação de uma empresa fictícia, a elaboração segue a forma das orientações passadas. Conceituando Uma empresa industrial é aquela que com sua abertura tem como objetivo manufaturar matéria prima para a composição de produtos que atendam a demanda de determinado setor e atendam as necessidades humanas. Assim como a maioria das entidades, uma empresa indústria também visa o lucro. Com vários ramos para a indústria atuar no sentido de manufaturar produtos, veja algumas dessas atividades com potencial empreendedor. Mineração Metais, como Ferro e seus derivados. Construção de máquinas Aparelhos; Ferramentas e etc. Têxtil Veículos motorizados Gráficas Vidros Produtos farmacêuticos Construção Calçados Produtos alimentícios OPERAÇÕES TÉCNICAS E OU INDUSTRIAIS É o conjunto de operações para que uma empresa funcione e tenha sua atividade final elaborada com sucesso obedecendo às legislações e regaras. Parte comercial Neste setor a empresa se encarrega de adquirir seus materiais e todos os bens destinados a produção e seu consumo, também é nessa parte da empresa que atua o setor de vendas. Parte financeira Para o funcionamento da empresa ela necessita de capital para execução de suas operações, o capital geralmente é obtido do seu próprio ramo de atuação e suas atividades ou de terceiros, cabe à parte financeira gerenciar e regular de maneira saudável os problemas e execuções referentes a tais recursos. Parte econômica Outra parte vital da empresa, pois, é nesse setor que todos os capitais obtidos ou gerados estão sujeitos a aplicações no mercado financeiro. Parte social De mera importância, pois fica responsável pela criação e desenvolvimento para atender as necessidades do consumidor de acordo com a evolução humana e as exigências do mercado. Parte de seguros Toda empresa necessita de proteção aos seus bens e todo investimento feito para a atuação no mercado, assim ela zela pelo seu patrimônio e suas atividades, esta responsabilidade fia a cargo do setor de seguros. Parte administrativa Nesse setor ficam todas as responsabilidades dos demais setores, aqui é que são tomadas as decisões e criações de normas e princípios, sempre buscando o máximo de desempenho com o menor esforço possível. RAZÃO DE PESQUISA SOBRE A CONTABILIDADE INDUSTRIAL Com o crescimento econômico mundial e principalmente em países emergentes, o mundo empresarial sempre busca a melhor forma de sobrevivência e concorrência, a melhor aposta é sempre na parte gerencial e de controle para o melhoramento de suas atividades e consequentemente a qualidade de produtos e serviços. Passando assim a utilizarem a contabilidade de custo, como uma principal ferramenta de essencial importância, para o desenvolvimento das mais variadas técnicas de controle, principalmente sobre custos. Um dos grandes segredos de eficiência empresarial está diretamente ligado ao controle de custo de produtos e serviços prestados, portanto quem usa a contabilidade de custo na sua empresa, com certeza sairá na frente, tanto na parte de crescimento e negócios como na hora da tomada de decisões. Se tratando de uma empresa, os custos sempre estarão no meio do caminho na busca dos objetivos, sendo assim o estudo destes é de suma importância para projetos de decisões e planejamentos empresariais. Neste ramo da contabilidade a principal função é a produção de informações para os mais variados tipos de gerências de uma empresa, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões (LEONE, 1997, p. 19), ela coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetário como físicos. A contabilidade de custo nasceu da contabilidade financeira diante da necessidade de avaliar estoque nas indústrias, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era mercantilista. Com o passar dos anos, acabou deixando a função de auxiliar na avaliação de estoque para uma importante arma de controle e decisão gerencial (MARTINS, 2003, p. 22). Com o significativo aumento da competitividade que se vê ocorrendo na maioria dos mercados, controle dos custos torna-se altamente relevante quando da tomada de decisão em uma empresa. Assim como é importante saber determinar os custos dos produtos fabricados ou de serviços prestados, é aperfeiçoar esses custos, com o estudo de técnicas que proporcionem a redução dos mesmos, sem reduzir a qualidade. Um desafio para a contabilidade de custos. principais autores (contabilidade de custo) LEONE, George Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1997. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2002. FERREIRA, Arlindo Adriano. Contabilidade de Custos: matéria básica para concursos. 2 ed. Rio de Janeiro: Degrau Cultural, 1972. SERGIO DE ILÍCIBUS E GILAMAR RIBEIRO DE MELLO, Análise de custos: Uma abordagem quantitativa, 2013. ANTÔNIO CEZAR BORNIA. Análise Gerencial de Custo: Aplicação em empresas Modernas. 2010. ELISEU MARTINS. Contabilidade de Custos. 2010 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE INDUSTRIAL A contabilidade industrial está diretamente ligada à contabilidade de custos, agora, faremos um breve passeio na história da contabilidade de custos e suas importâncias nas empresas. Consiste em estudar o surgimento da Contabilidade de Custo, os diversos tipos de custos e suas respectivas terminologias, juntamente com sua grande importância que exerce em um período quando se trabalha com a escassez de recursos e precisa-se chegar a resultados favoráveis para a saúde e sobrevivência das Empresas. surgimento A humanidade passou por diversas transformações ao longo dos tempos, seja no que diz respeito ao relacionamento com o próximo ou no modo como guardava e registrava seus bens. A Contabilidade de custos surgiu pela necessidade de avaliar estoques nas indústrias, por volta do século XVIII, quando acontecera a revolução industrial e tevecomo base a contabilidade Financeira ou contabilidade Geral, que foi sendo desenvolvida na era mercantilista para servir de grande base estrutural para as empresas comerciais. Segundo Martins (2003, p. 19), “para a apuração do resultado de cada período, bem como o levantamento do Balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples.” O Contador verificava o montante pago por item estocado e dessa maneira custeava as mercadorias, fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, na seguinte disposição: Custo das mercadorias vendidas Estoques Iniciais (+) Compras (-) Estoques Finais (=) Custo das Mercadorias Vendidas O lucro bruto nada mais era que o montante resultante do cálculo demonstrado confrontando com as Receitas Líquidas e a subtração das despesas que eram necessárias à manutenção da entidade durante o período, juntamente com as Vendas dos Bens e o financiamento de suas atividades. Com esses processos um pouco mais complexos do que anteriormente se conhecia, pode-se dizer que a Demonstração de Resultado de uma Empresa nascia a partir destes fatos. Demonstração do resultado: Demonstração de Resultados Vendas Líquidas (-) Custo das Mercadorias Vendidas Estoques Iniciais (+) Compras (-) Estoques Finais (=) Lucro Bruto (-) Despesas Comerciais (vendas) Administrativas Financeiras Resultado Antes do I.R As produções dos bens eram geralmente feitas por pessoas físicas comuns, que não constituíam empresa Jurídica. A maioria delas viviam do comércio e não da produção ou fabricação de bens, sendo assim mais fácil de conhecer e identificar o valor de compra dos bens, podendo simplesmente a consulta dos documentos de aquisição. O contador, a partir desde momento, passa a ser uma peça fundamental em uma empresa, pois o surgimento das indústrias exigiu que este tivesse que elaborar o Balanço Patrimonial e as Demonstrações de Resultado do Exercício com uma outra visão, sendo que o valor de compras nas empresas comerciais estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Nada mais razoável, para solução desse problema, do que vermos o Contador tentando adaptar à empresa industrial os mesmos critérios utilizados na comercial. Nesta, no balanço final, permaneciam como estoques no Ativo apenas os valores sacrificados pela compra dos bens. Nenhum outro valor relativo a juros e outros encargos financeiros, a honorários dos proprietários e administradores, a salários e comissões de vendedores e outros, era ativado. Todos estes gastos automaticamente apropriados como despesas do período, independentemente da venda ou não de mercadorias. Então se começou a adaptação, dentro do mesmo raciocínio, com a formação dos critérios de avaliação de estoques no caso industrial. TIPOS DE CUSTOS São variadas as definições de custo, mas todas englobam no seu contexto a essência da palavra na sua interpretação. Pode-se observar que a quantidade de tipos de custos é muito extensa, passando de setenta e cinco termos. Existem diversos tipos de custos e despesas no mundo da Contabilidade, faz-se necessário a definição de alguns mais usados, para que se possa adquirir o entendimento necessário para a interpretação de fatos rotineiros. Custo fixo; é aquele de natureza constante, que não mantém proporcionalidade para a produção, ou seja, independe do aumento da mesma. Custo variável; é o custo que varia do total proporcionalmente às mudanças no nível de atividade. Custo de reposição; valor pago por um bem que irá substituir outro que saiu, por venda, consumo, ou obsolescência. Custo de vida; montante dos gastos realizados pelos membros da sociedade, relativo à alimentação, vestuário, moradia, transporte e outros. Custo direto; é aquele que consiste nas aplicações diretas à produção, como a clássica dupla: Matéria prima e mão de obra. Custo indireto; é aquele que representa as despesas que se incorporam indiretamente à produção, por meio de rateios percentuais, baseados nos centros de carga. Custo global; é o mesmo que custo final ou custo geral. Custo industrial; é aquele que representa os gastos diretos e despesas indiretas da produção. Custo marginal; representa a carga que se faz a produção, visando o aumento quantitativo da mesma com consequente diminuição de custo, de unidade produzida. Custo médio; sistema prático na determinação dos custos nas empresas de produção contínua e homogênea. Custo unitário; representa as despesas e gastos integrantes de uma unidade de produção. TRIBUTAÇÃO DE UMA EMPRESA INDUSTRIAL Conceituando tributos Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art.3º do Código Tributário Nacional - CTN. Nos termos do artigo 145 da nossa Constituição Federal e do artigo 5º do CTN, tributos são: a) Impostos. b) Taxas, cobradas em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. c) Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Principais impostos para as empresas Um bom gestor de uma empresa deve ficar atento aos impostos que incidem sobre seu negócio. Os tributos e contribuições que o empresário precisa recolher para os governos federais, estaduais e municipais são variados, dependem do tipo de atividade explorada e são realizados em diferentes datas do mês. Como vários outros setores na empresa é bom sempre ficar atento as datas e prazos para o pagamento das taxas e contribuições, caso contrário existem pesadas penalidades pelo não cumprimento de obrigações acessórias, como falta da entrega da Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. A seguir podemos conferir alguns dos principais tributos e contribuições pagos por empresários. TRIBUTOS FEDERAIS IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas Imposto federal, recolhido para a Receita Federal, que incide sobre a arrecadação das empresas. A base de cálculo, a periodicidade de apuração e o prazo de recolhimento variam conforme a opção de tributação (lucro real, presumido ou arbitrado), podendo ser trimestral ou mensal. CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Assim como o IRPJ, a contribuição social federal tem apuração e pagamento definidos pela opção de tributação (lucro real, presumido ou arbitrado). Sua administração e fiscalização competem à Receita Federal. O prazo de recolhimento é o mesmo do IRPJ. PIS/PASEP – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público A contribuição federal, administrada e fiscalizada pela Receita Federal, é apurada mensalmente sobre o valor do faturamento mensal de empresas privadas, públicas e de economia mista ou da folha de pagamento das entidades sem fins lucrativos. A alíquota varia de 0,65% a 1,65%. O prazo de recolhimento é até o último dia útil da quinzena do mês seguinte. COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Contribuição federal que incide sobre o faturamento mensal das empresas. A periodicidade da apuração é mensal e as alíquotas variam de 3 a 7,6%. O prazo de recolhimento é até o último dia útil da quinzena do mês seguinte. INSS – Previdência Social Todas as empresas que possuem folha de pagamento devem recolher o INSS (Contribuição Previdência Patronal). A alíquota varia de 25,8 a 28,8%, dependendo da atividade da empresa. O cálculo da contribuição é feito em cima da folha salarial. IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados O IPI é um imposto federal que incide sobre produtos industrializados nacionais e estrangeiros. Apurado a cada dezdias, é recolhido até o 3º dia útil do decêndio subsequente – no caso de cigarros e bebidas – ou até o último dia útil do decêndio seguinte – para os demais produtos. TRIBUTOS ESTADUAIS ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações. Imposto estadual que incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias, de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações, à entrada de mercadoria importada, ao fornecimento de mercadorias com prestação de serviço e ao fornecimento de alimentação e bebidas por qualquer estabelecimento. Por ser um imposto estadual, as alíquotas variam conforme a localidade. De tudo que é arrecadado, 75% ficam para o governo estadual e 25% são repassados aos municípios. TRIBUTOS MUNICIPAIS ISS – Imposto sobre Serviços O prestador de serviço, empresa ou autônomo é obrigado a recolher o ISS. O valor da alíquota varia conforme a legislação de cada município. A base de cálculo é o preço do serviço, obtido pela receita mensal do contribuinte de caráter permanente ou pelo valor cobrado na prestação de serviço eventual. LIVROS FISCAIS conceituando Em uma empresa acorre vários acontecimentos diariamente, principalmente aqueles ligados a sua gestão, cada um desses acontecimentos tem o seu próprio livro, nos quais ficam configuradas suas próprias vidas. classificação Existem variados livros de escrituração com diversas finalidades. Alguns servem para registro de compras outros pra registros de vendas, controle de estoque, lucros e prejuízos. Há livros que registram os empregos, outros que registram Atas de assembleia, enfim. Os livros são divididos em três grupos principais: livros fiscais, contábeis e livros sociais. Depois de aprendermos um pouco sobre os livros de escrituração, voltamos agora para o real objetivo do texto, os livros fiscais. Os mesmos são exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou Municipal. Dentre todos, vejamos os mais comuns. Livro Registro de Entradas Livro Registro de Saídas Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais Livro Registro de Inventário Livro Registro de Apuração de IPI Livro Registro de Apuração de ICMS Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR Livro de Movimentação de Combustíveis – LMC Pra uma indústria essas movimentações e exigência do Fisco não se alteram de formas drásticas, esse tipo de empresa está sujeita a todas essas cobranças, para cumprimento da legislação, e assim poder continuar com suas atividades, além desses exigidos nas principais empresas, no ramo Industrial ainda podemos acrescentar os seguintes livros: Livro Registro de Controle e Produção do Estoque Livro Registro de Selo Especial de Controle Livro Registro de Empregados ou Ficha de Registro de Empregado Livro Diário Livro Razão ENCARGOS TRABALHISTAS CONCEIto Encargos trabalhistas são tributos sobre a folha salarial e despesas com previdência e seguridade social arcadas pelo empregador. O alto nível dos encargos trabalhistas no Brasil aumenta o custo da mão de obra, e, consequentemente, os custos de produção de bens e serviços. Esse problema é mais grave na indústria de transformação, cujos bens em geral competem em mercados com escala global. Os encargos trabalhistas são custos indiretos do trabalho que abrangem também os encargos sociais, a seguir vejamos alguns encargos e suas determinadas definições. Encargos sociais Taxas e contribuições pagas pelo empregador para financiamento das políticas públicas que beneficiam de forma indireta o trabalhador. Vejamos os principais: INSS- Seguridade de Previdência Social e PSS- Plano de Saúde Social ao Servidor Público A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A previdência social, mediante contribuição, atenderá, nos termos da lei, a: Cobertura de eventos de doença, invalidez, morte, incluída os resultantes de acidente do trabalho, velhice; e reclusão; Ajuda a manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda; Proteção à maternidade, especialmente à gestante; Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; e. Pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. Tabela de Contribuição Salário-Base Alíquota (%) Até 468,47 7,65 De 468,47 até 600,00 8,65 De 600,01 até 780,78 9,00 De 780,79 até 1561,56 11,00 FGTS- FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações. São recolhidos 8,5% sobre a remuneração paga ao trabalhador PIS/PASEP As arrecadações decorrentes das contribuições do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, financiará o Fundo de Amparo ao Trabalhador, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. O FAT é um fundo formado com recursos, cujas contribuições são oriundas de alíquotas aplicadas sobre o faturamento das empresas privadas, receitas das empresas públicas, das sociedades de economia mista, da União, Estados, Distrito Federal e municípios e sobre a folha de pagamento de entidades sem fins lucrativos; além do retorno das aplicações realizadas pelo BNDES com os recursos desse fundo. De acordo com a Constituição, que altera a Lei Complementar que criou o PIS/PASEP, o empregado poderá sacar o total da importância creditada na sua conta quando ocorrer um dos seguintes motivos: aposentadoria reforma ou transferência para reserva remunerada (militares), morte (será paga a seus dependentes na forma de legislação específica, ou na falta desses, aos sucessores do titular, nos termos de lei civil) e invalidez permanente. Programa de Integração Social para custear o seguro-desemprego e o abono de 1 (um) salário mínimo anual para os trabalhadores de empresas que contribuam com o programa. O valor é correspondente a 1% sobre o faturamento da empresa. Salário Educação (Empresas Privadas) São recursos aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e para a valorização do magistério. São recolhidos 2,5% sobre a folha de pagamento. Encargos trabalhistas Valores pagos diretamente ao empregado mensalmente ou no final do seu contrato de trabalho incluem também benefícios não expressos em valores. Principais: Décio-Terceiro Salário Benefício correspondente a 1/12 do salário mensal do trabalhador. O benefício será pago em duas parcelas: a 1a parcela até o dia 30 de novembro, salvo se o empregado a recebeu na ocasião das férias e a 2a parcela até o dia 20 de dezembro. Adicional de Remuneração Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres e perigosas. Os percentuais variam entre 5% a 40%. Adicional de Periculosidade - adicional a que fazem jus os servidores que trabalham com habitualidade em locais perigosos. São consideradas atividades perigosas, na forma da regularização aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem no contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Adicional de Insalubridade - os que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Adicional de Férias Deverá ser feito o pagamento de 1/3 do salário por ocasião do gozo férias anuais remuneradas. Ausência Remunerada Situações que se pode faltar ao serviço sem ser descontado: Por um dia quando doar sangue, comprovado por atestado do banco de sangue ou hospital; Por dois dias para tirar título de eleitor, comprovado por declaraçãoda Justiça Eleitoral ou com o próprio título; Por oito dias corridos em caso de casamento, falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta, padrasto, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmão. Em todos os casos devem ser comprovados com certidões de casamento e óbito. Servidor estudante tem direito ao horário especial quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o do expediente, sem prejuízo do exercício do cargo. Férias A cada 12 meses de trabalho, o servidor fará jus a trinta dias de férias. As férias podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidades do serviço, ressalvadas nas hipóteses em que haja legislação específica. Será concedido o Adicional de Férias ou Abono Constitucional que é a complementação correspondente a 1/3 (um terço) do período de férias, calculado sobre a remuneração. Licenças As principais são licença paternidade, licença maternidade, licença para tratamento de saúde, entre outras. Repouso Remunerado de Feriado Todo trabalhador tem direito ao repouso remunerado de no mínimo onze horas consecutivas para descanso - entre duas jornadas de trabalho, um descanso semanal de 24 horas consecutivas e nos feriados civis e religiosos de acordo com a tradição local. Existem diversos acordos coletivos de compensação de horas para que o sábado seja livre, totalizando uma carga horária mensal de 40 horas. Rescisão Contratual A Constituição Federal garante ao trabalhador aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. No caso dos trabalhadores que recebem salários mensalmente, o aviso deverá ser de no mínimo de 30 dias de antecedência. Salário Família ou Auxílio Pré-escolar Benefício concedido ao servidor para auxiliar nas despesas pré-escolares de filhos ou dependentes na faixa etária compreendida do nascimento até 7 (sete) anos incompletos. Deverá ser pago o valor de R$ 11,26 por dependente para salários até R$ 468,47. Vale Transporte ou Auxílio Transporte Benefício concedido em pecúnia pela União que se destina ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual, nos deslocamentos de servidores de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa. Benefício antecipado ao trabalhador custeado em 6% pelo trabalhador. Indenização por Tempo de Serviço No ato da demissão o empregado tem direito a receber indenização pelos anos trabalhados. São eles: 13º salário proporcional, equivalente a 1/12 da remuneração mensal por mês de trabalho ou fração igual ou superior a 15 dias; às férias vencidas e às férias proporcionais, equivalentes a 1/12 da remuneração mensal por mês de trabalho ou fração igual ou superior a 15 dias. Se tratando de encargos trabalhistas relacionados ao físico estes estão inerentes a uma empresa indústria de médio e grande porte, com todos os setores acima citados, e que se porte de um quadro de funcionários relativos. Ainda falando sobre encargos trabalhistas, geralmente uma indústria tem um elevado número de funcionários, que em sua grande maioria constituem sindicatos pra busca de suas reivindicações e melhorias, baseando-se nisso ainda temos os seguintes encargos relacionados a esse tipo de empresa. Contribuição sindical patronal Esta modalidade de contribuição incide sobre o capital social da empresa e está dividida em faixas. Do montante arrecadado com a contribuição sindical, 60% ficam com o sindicato que representa a categoria – mesmo se a empresa não for sindicalizada –, enquanto o Ministério do Trabalho recebe 20% e a federação estadual da indústria do estado em questão, 15%. À CNI cabem 5% do total. Na ausência do sindicato, porém, a federação fica com 60%, o Ministério do Trabalho com 20% e a CNI com 20%. A contribuição sindical está prevista nos artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). De natureza tributária, é recolhida compulsoriamente pelos empregadores, em janeiro de cada ano, e pelos trabalhadores, em abril de cada ano. O artigo 8º, IV, in fine, da Constituição da República prescreve o recolhimento anual por todos. Compete ao Ministério do Trabalho expedir instruções referentes ao recolhimento e à forma de distribuição da contribuição sindical. A seguir veremos a tabela de contribuição sindical vigente do ano de 2015, referente às empresas industriais. TABELA PARA CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Vigência: 1º de janeiro de 2015 LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL ALÍQUOTA (%) VALOR A ADICIONAR (R4) 1 De 0,01 a 12.813,62 Contribui. Mínima 102,51 2 De 12.813,63 a 25.627,24 0,8 - 3 De 25.627,25 a 256.272,37 0,2 153,76 4 De 256.272,38 a 25.627.237,21 0,1 410,04 5 De 25.627.237,22 a 36.678.598,47 0,02 20.911,83 6 De 136.678.598,48 Em diante Contribui. Máxima 48.247,55 Esta tabela progressiva é aplicável aos empregadores industriais (válida para o setor rural) agentes e profissionais autônomos organizados em firmas ou empresas de atividade industrial. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADOS A contribuição sindical é um tributo previsto nos artigos 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esta contribuição deve ser recolhida pelos empregadores de indústrias de micro, pequeno, médio e grande portes. O pagamento deste tributo, portanto, é garantia de legalidade com o sindicato responsável por defender os interesses da categoria, atuar nas negociações trabalhistas, dissídios e convenções coletivas, além de proporcionar a representação legal da categoria. Geralmente em cada estado há uma divisão do sindicato responsável pela representação da categoria de Indústria, conforme devidamente homologado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Livros contábeis Os livros contábeis estão divididos em livros fiscais livros sociais e por necessidade administrativa Na atividade industrial não é diferente e também tem suas categorias, tendo os livros obrigatórios também chamados de livros comuns e especiais, também temos os livros especiais. Os livros obrigatórios ou comuns são aqueles impostos ao empresário e a ausência dos mesmos podem trazer consequências, inclusive penalidades. Os livros especiais são livros destinados somente a determinadas categorias de atividades empresariais, ou seja, são livros facultativos que os empresários usam para fazer uma melhor gestão e suas ausências não acarretará nenhuma sanção penal. Livro diário Livro Diário é um livro no qual são registradas todas as operações contabilizáveis de uma entidade, em ordem cronológica e com observância de certas regras. O livro-diário tradicional pode ser substituído por fichas (contínuas, em forma de sanfona, soltas ou avulsas). Porém, a adoção desse sistema não exclui o empresário de obediência aos requisitos intrínsecos, previstos na lei fiscal e empresarial para o livro-diário. Este livro registra os fatos contábeis em partidas dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano. O livro diário deve ser encadernado com folhas numeradas seguidamente, sendo que os registros deverão ser feitos diariamente. Quem empregar escrituração mecanizada poderá substituir o Diário por fichas seguidamente numeradas. Livro balancetes Este livro deve consignar, em ordem cronológica de dia, mês e ano, a movimentação diária das contas, discriminando em relação a cada uma delas, o saldo anterior, os débitos e os créditos do dia e o saldo resultante com indicação dos credores e devedores. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o Livro Diário, pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele. Livros fiscais Um dos interessados nessas informações é o Estado, pois, é através destas informações que ele exerce sua atividade de policiar parte do grandioso vulto econômico gerado pelas entidades econômicas. Por isso que é o próprio instituidor dos livros, no intuito de acompanhar no dia-a-dia todasas transações realizadas pelas empresas. É através dos livros fiscais que o fisco verifica todas as transações dos empresários e das sociedades, conferindo todos os registros efetuados pela empresa, retificando-os ou ratificando-os conforme constatações. Podemos classificar como livros fiscais os que se encarregam de armazenar todos os fatos relacionados com as atividades fiscais do empresário e da sociedade. É através deles que as informações são extraídas, destinando-se para aqueles que delas necessitarem. Registros de inventário Neste livro o empresário realiza o lançamento dos saldos das mercadorias e materiais não comercializados ou consumidos durante o exercício comercial, ou seja, esse livro serve para registrar o inventário de todos os itens pertencentes ao empresário ou sociedade na data do encerramento das demonstrações contábeis. Alguns cuidados e observações devem ser tomados quando nos referimos a este livro, entre eles: verificar a autenticação do livro no órgão competente; verificar se os registros das mercadorias de entrada foram todos realizados; verificar cálculos; etc. Registros de entradas Este livro registra todas as aquisições realizadas pelo empresário e sociedade. Todas as mercadorias (gerando crédito fiscal ou não), e principalmente as em regime de Substituição Tributária. Em uma coluna especifica, deve se efetuar o registro do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (ICMS). As principais observações realizadas neste são as referentes aos cálculos dos impostos, se houve aproveitamento intempestivo do crédito fiscal, duplicidade de lançamentos de entradas, aproveitamento de créditos fiscais sem o documento original (quando contém apenas a xérox), falta de registro de documento fiscal, etc. Registros de saídas No registro de saídas temos os lançamentos oriundos das operações de vendas de mercadorias, com débito do ICMS realizados pelo empresário e sociedade. Este registro, em contrapartida com os registros de entradas, são os originários da apuração entre os débitos e créditos fiscais, resultando no montante de impostos que o empresário e a sociedade vão recolher. Este livro é dividido por colunas para registro da data da operação da venda, a quantidade de mercadorias vendidas, a descrição dos produtos, a alíquotas do ICMS e o valor do imposto. As observações aqui realizadas devem ser praticamente, as mesmas a serem realizadas nos livros de registros de entradas. Controle de produção e estoque O livro de Registro e Controle da Produção e do Estoque é obrigatório para as indústrias e estabelecimentos equiparados, estabelecido pelo Regulamento do IPI, com o objetivo de promover o controle de produção e do estoque. Neste livro, são registrados os estoques de produtos para revenda, os estoques de material de escritório, material de limpeza e demais produtos existentes no estabelecimento. Registro de utilização de documentos fiscais e termos de ocorrência Um dos livros mais importantes para a fiscalização ou auditagem de uma empresa, pois, é nele que ficam registradas as informações correspondentes à última fiscalização. Nele podem ser observadas informações como, por exemplo, se o empresário e a sociedade gozam de regime especial concedido ou exigido pela repartição fazendária, os resultados da última fiscalização, quais as contas que foram verificadas, os livros examinados, tipos de infrações cometidas pelo contribuinte, etc., ou seja, o livro é utilizado para os registros de auditorias fiscais realizadas na empresa. Logo, quando ocorrência uma fiscalização na empresa, deve ser registrada pela autoridade fiscal a data, os livros que foram verificados, eventuais multas aplicadas o empresário e a sociedade, bem como outras ocorrências de ordem fiscal. Registro de apuração de ICMS O livro de registro de apuração do ICMS é o livro encarregado da conta corrente do ICMS. Pelos registros de créditos e débitos que realizamos nele, podemos apurar o saldo da conta corrente, verificando se este é devedor ou credor, e se o empresário e a sociedade terá imposto a recolher ou saldo a transferir ao próximo período. Algumas observações devem ser feitas, como: a autenticação obrigatória pela autoridade competente; verificar se os transportes dos livros de registro de entrada e saída estão corretos, bem como seus saldos; conferir os valores a serem recolhidos e as guias de recolhimento dos respectivos impostos; entre outros. Livro de movimentação de combustível O LMC destina-se ao registro diário, pelo posto revendedor de combustíveis líquidos e gasosos, dos estoques e de movimentação de compra e venda de gasolina, óleo diesel, querosene iluminante, álcool etílico hidratado carburante, mistura metanol/etanol/gasolina e gás automotivo. Este livro foi instituído pela Portaria 26/92 do Departamento Nacional de Combustíveis. Registro de duplicatas É o livro obrigatório, segundo o artigo 19 da Lei de Duplicatas, para os empresários que adotem o regime de vendas ou prestações de serviços com extração de fatura e emissão de correspondente duplicata. Nesse livro, serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originais e data de sua expedição; o nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. Deve ser autenticado pela Junta Comercial. Livro de apuração do lucro real (lalur) O livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) existe para assegurar a separação entre a escrituração comercial e a fiscal, prevista no parágrafo 2° do art. 177 da Lei n° 6.404/76 (Lei 6.404/76). As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o disposto no caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro: I – em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou II – no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. No LALUR, a pessoa jurídica deverá: a) lançar os ajustes do lucro líquido do período-base (apurado na escrituração comercial), necessários para a determinação do lucro real (base de cálculo do Imposto de Renda); b) transcrever a demonstração do lucro real; c) manter os registros de controle dos prejuízos fiscais a compensar em períodos-base subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos-base futuros e não constem da escrituração comercial; d) O LALUR não precisa ser autenticado por qualquer órgão oficial. Estes são os principais livros fiscais exigidos nesse tipo de atividade, mas existem outros exigidos pelo Fisco da União, do Estadual, do Distrito Federal e Municípios, dentre eles destacamos o Livro de apuração de IPI, livro de registro de empregados, Controle bancários entre outros. Demonstrações contábeis As demonstrações contábeis representam a posição patrimonial e financeira, o resultado econômico e o fluxo de caixa da empresa em determinada data. Seu objetivo é fornecer informações úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. Demonstrações contábeis obrigatórias Ao fim de cada exercício social, as empresas devem elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes demonstraçõescontábeis: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA; Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL; Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC; Demonstração do Valor Adicionado - DVA; e, Demonstração do Resultado Abrangente - DRA (Lei 6404/1976, Art. 176, I a V, e NBC TG 26, item 10). Visto que, a legislação societária admite a inclusão da DLPA na DMPL, as empresas que elaborarem essa demonstração estarão dispensadas da apresentação em separado da DLPA. Notas Explicativas As demonstrações contábeis em geral devem ser complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício. A NBC TG 26, item 10, letra 'e', também inclui as Notas Explicativas entre os elementos que integram o conjunto das demonstrações financeiras obrigatórias (Lei 6404/1976, Art. 176, § 4º). Relatório da administração Muitas empresas apresentam, juntamente com as demonstrações contábeis, o relatório da Administração, explicando as características principais do desempenho financeiro, dos riscos e incertezas que enfrentam. Informações adicionais Ainda, as empresas podem apresentar informações adicionais, como o Balanço Social, relatórios sobre custos e outros elementos relacionados a questões ambientais, particularmente em setores industriais. Demonstrações contábeis consolidadas As demonstrações contábeis consolidadas, complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos necessários devem ser elaborados: pela companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, incluindo sociedades controladas em conjunto, assim consideradas aquelas em que nenhum acionista exerce, individualmente, os poderes de preponderância nas deliberações sociais e de eleger ou destituir a maioria dos administradores; e, pela sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. Transcrição das demonstrações no Diário Todas as demonstrações contábeis devem ser transcritas no livro Diário, complementando - se com as assinaturas do titular ou do representante legal da empresa e do profissional da contabilidade legalmente habilitado (ITG 2000, item 13). Igual procedimento deve ser adotado quanto às demonstrações contábeis elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou estatutárias. · Lucro real trimestral O balanço ou balancete levantado pelas pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real trimestral deve ser transcrito no livro Diário ou, opcionalmente, no Livro de Apuração do Lucro Real (RIR/1999, Art. 274, § 2º). · Suspensão ou redução de estimativa O balanço ou balancete levantado para efeito de suspensão ou redução da estimativa deve ser transcrito no livro Diário até a data fixada para pagamento do Imposto de Renda do respectivo mês (IN SRF 93/1997, Art. 12, § 5º). Exemplo: RESUMO DAS NOTAS PRÁTICAS CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL REGRA GERAL S/A. CAP ABERTO PME’s NBCTG1000 ME e EPP ITG1000 Balanço patrimonial Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Demonstração de Resultado do exercício Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Demonstração do Resultado Brangente Obrigatório Obrigatório Substituída pela DMPL Facultativa Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Substituída pela DMPL Substituída pela DMPL Substituída pela DMPL Facultativa Dem. Das Mutações do Patrimônio Líquido Obrigatório Obrigatório Substituída pela DLPA Facultativa Demonstração do Fluxo de Caixa Obrigatório Obrigatório Obrigatório Facultativa Demonstração do Valor adicionado Facultativa Obrigatório Facultativa Facultativa Notas Explicativas Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório criação de uma empresa industrial Como muitos pensam não é tão simples a abertura de uma empresa, isso depende muitos fatores e estudos bem elaborados antes. Decidir abrir seu próprio negócio, levantar fundos, definir mercados, encarar o risco do empreendimento e dedicar toda a sua energia para um projeto incerto já são atividades bastante desgastantes e criaram, ao longo do tempo, todos os estigmas por trás do tema empreendedorismo. A primeira diferença entre uma empresa industrial e uma de comércio/serviços é a existência da necessidade de processar matéria prima pra que a mesma se torne um produto acabado. Não há a possibilidade simples e pura de troca e repasse de mercadorias, e isto implica numa dificuldade imediata. Estabelecimento para o seu negócio. As cidades com planejamento urbano possuem zonas específicas para estabelecimentos fabris e estes locais são, normalmente, periféricos às zonas urbanas. Portanto, iniciar as buscas por um ponto industrial com preços acessíveis, tamanho adequado e condições mínimas de segurança e serviços públicos é imperativo. Outra diferença muito importante é que as vendas de produtos industriais não são simples como nas redes varejistas onde o consumidor entra na sua loja e compra ou procuram por determinado produto, assim como também não ficam em busca de promoções e nem vão passear por uma indústria como acontece em um shopping por exemplo. As vendas industriais são feitas por meio do seu contato com o setor de compras e se você não os conhece, e-mails não os alcançarão facilmente. Por isto atentem-se à questão de vendas e adapte os conceitos para estas particularidades. Ainda falando sobre vendas para que assim como todas as empresas, buscam obter lucros e para isso têm que vender nesse quesito a parceria é um ponto imprescindível nas empresas industriais. Não necessariamente parcerias formais, mas apoio de pessoas de ramos adjacentes que possam apoiar o seu negócio. Num restaurante, se o cliente não encontra o produto, ele vai embora e compra o produto em outro lugar. Já na indústria, normalmente os produtos são feitos sob encomenda, dadas as especificidades de cada tipo de empresa e a infinidade de materiais e procedimentos que podem/precisam ser adotados para a produção. Sendo assim, para captar clientes, teoricamente as pequenas indústrias precisariam ter um capital investido gigantesco, o que normalmente não acontece. Então, ter parceiros com quem possam dividir recursos, projetos e dificuldades do dia-a-dia tornam-se essencial para o sucesso do seu empreendimento. Dê real importância aos parceiros e faça parcerias com as empresas que tiverem o mesmo pensamento da sua. Isto pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso dos seus negócios. A seguir veremos a abertura de uma empresa industrial metalúrgica de nome METÁLICA S/A que passará a funcionar a partir do mês 03/2015, estabelecimento industrial, que utiliza procedimentos e técnicas de, elaboração, formação e tratamento dos metais e de suas ligas – Ferro, Aço, Alumínio, Cobre, Magnésio, Níquel, Zinco, Chumbo-Estanho, etc. Definindo algumas técnicas metalúrgicas temos os processos de preparação, os metais e suas ligas são levadas ao estado de produtos acabados ou de semi produtos por diversos processos: Fundição É o processo de se obter objetos na forma final, vazando o metal fundido na forma líquida, em um molde preparado, ou em uma fôrma. Uma peça fundida é um objeto formado deixando-se o material solidificar. Os elementos necessários para a fundição: materiais de moldagem, equipamentos de moldagem, ferramentas, modelos, equipamentos de fusão, etc. Sinterização ou metalurgia do pó Consiste na manufatura de produtos a partir de metais e de compostos metálicos finamente divididos (moído). Tratamentos mecânicos de deformação Este processo produz elementos importantes para engenharia e construção, como por exemplo: Perfis estruturais, cantoneiras, barras, tubos, etc. Este processamento pode ser realizado à quente ou à frio. Tratamentos Processo de união de metais pela concentração de calor com ou sem pressão. Soldagem é um processo de união rígida de duas ou mais partes metálicas, com ou sem adição dematerial de enchimento, através de fornecimento de energia a região adjacente à zona que está sendo unida, de modo a provocar uma interfusão entre as partes. estrutura física Equipamentos básicos: Equipamentos para prensagem. Equipamentos para corte. Curadores e calandras. Equipamento de solda. A empresa também conta ainda com empilhadeiras, dois caminhões para transporte de cargas e um veículo pra fins administrativos. Estrutura pessoal A METÁLICA S/A dispõe dos seguintes funcionários com suas funções e atribuições referentes a seguir: Grande grupo Trabalhadores da produção industrial, operadores de máquinas, condutores de veículos e trabalhadores assemelhados. Subgrupo Mestres, supervisores, de produção e manutenção industrial e trabalhadores assemelhados. Sendo a METÁLICA S/A uma empresa metalúrgica de médio para grande porte ainda dispõe de funcionários como, Diretores, gerente de cada setor específico como os citados acima, também temos funcionários de áreas de apoio como os dos setores administrativos onde auxiliam os demais funcionários a desempenhar os seus papéis.DIRETORIA GERAL DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DEPARTAMENTO DE VENDAS Projeção de compras DATA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO TOTAL PGT A VISTA PGT A PRAZO 17/03/2015 Ferro 5000 Kg 1.000R$ 1.000R$ 17/03/2015 Alumínio 10.000 Kg 30.000R$ 15.000R$ 15.000R$ 18/03/2015 Cobre 15.000 Kg 100.000R$ 50.000R$ 50.000R$ 18/03/2015 Zinco 8.000 Kg 25.000R$ 12.500R$ 12.500R$ 20/03/2015 EPIs 500 Unida. 1.000R$ 1.000R$ 22/03/2015 Combustível 20.000 Ls 52.0000R$ 25.000R$ 27.000R$ 22/03/2015 Paletes 1.000 Unida. 90.000R$ 40.000R$ 50.000R$ 10/04/2015 Combustível 20.000 Ls 52.000R$ 25.000R$ 27.000R$ Projeção de vendas DATA PRODUTO QUANTIDADE PREÇO DE VENDA V. A VISTA V. A PRAZO 01/03/2015 Tubos de Ferro 200 1.000 500 500 02/03/2015 Chapas de Alumínio 600 45.000 20.000 25.000 10/03/2015 Conexões de Cobre 1000 22.500 11.250 11.250 11/03/2015 Chapas de Zinco 200 37.500 18.750 18.750 01/04/2015 Tubos de ferro 200 1.000 500 500 07/04/2015 Chapas de Alumínio 600 45.000 20.000 25.000 10/04/2015 Conexões de Cobre 1000 22.500 11.250 11.250 15/04/2015 Chapas de Zinco 200 37.500 18.750 18.750 Fluxo de caixa Fluxo de Caixa é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. De fácil elaboração para as empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões. O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. De acordo com as vendas e compras realizadas nos primeiros dois meses de vida da empresa, segue o Fluxo de Caixa da Metálica S/A: FLUXO DE CAIXA PERÍODO Março 2015 Abril 2015 Contas Previsto Realizado Previsto Realizado 1-Entradas R$ R$ R$ R$ Vendas a vista 50.000 50.500 50.000 50.500 Vendas a prazo 60.000 55.500 60.000 55.500 Outras receitas 55.500 55.500 Total de entradas 50.500 50.500 105.500 106.000 2-Saídas Compras a vista 200.000 144.500 30.000 25.000 Compras a prazo 200.000 154.500 30.000 27.000 Impostos Salários 8.000 8.000 8.000 8.000 Outros pagamentos Total de saídas 158.400 152.500 32.000 33.000 Saldo inicial 200.000 98.000 98.000 (+) Total de entradas 60.000 50.500 106.000 106.000 (-) Total de saídas 158.400 152.500 33.000 33.000 (=) Saldo final 98.000 98.000 171.000 171.000 conclusão O trabalho desenvolvido foi seguido às orientações passadas pelos orientadores, o tema abordado foi a Contabilidade Industrial. De forma clara e objetiva foram passadas as principais atividades desenvolvidas no campo da indústria e onde a contabilidade entra exercendo as principais funções, também assim como foi sugerido criou-se uma empresa industrial baseando suas atividades no lucro real. Espero que o trabalho tenha alcançado as expectativas, passando de maneira correta e coerente os assuntos abordados. REFERENCIAS CONTROLADORIA – Regis Garcia PERÍCIA CONTÁBIL – Luciano Gomes dos reis, João Cláudio Machado Pizzo, José Manoel da Costa. www.taxcontabilidade.com.br- Tax Contabilidade www.robsecml.wordpress.com www.depaulacontadores.com.br- Contadores Associados www.observah.org.br www.fiesp.com.br- Federação das Indústrias www.portaldaindustria.com.br- Portal da Indústria www.jus.com.br- Jus Navigandi www.blog.sigaorastro.com- Blog www.empregobrasil.com.br- Ministério do Trabalho e Emprego www.consulta.mte.gov.br www.portaldacontabilidade.com.br- Portal da Contabilidade www.tbrweb.com.br- Tecnologia Brasil Web
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