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DIREITO PENAL 1.doc teoria e sujeitos do crime

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DIREITO PENAL I
Conceito de crime: 
Conceito formal de crime: toda conduta que atenta e colide frontalmente contra a lei penal editada pelo Estado.
Conceito material de crime: aquela conduta que viola os bens jurídicos mais importantes.
Se há uma lei penal editada pelo Estado, proibindo determinada conduta, e o agente a viola, se ausente qualquer causa de exclusão da ilicitude ou dirimente da culpabilidade, haverá crime. 
Conceito analítico de crime: 
Dentre as várias definições analíticas que têm sido propostas por importantes penalistas, parece-nos mais aceitável a que considera as três notas fundamentais do fato-crime, a saber: ação típica (tipicidade), ilícita ou antijurídica (ilicitude) e culpável (culpabilidade): Teoria Finalista. 
Ao invés de falar em ação típica, pode-se dizer: fato típico, pois que o fato abrange a conduta do agente, o resultado dela advindo, bem como o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado. 
A maioria dos doutrinadores, para ser crime é preciso: que o agente tenha praticado uma ação típica, ilícita e culpável. 
Alguns autores, como Mezger e Basileu Garcia sustentavam que a punibilidade também integrava o conceito de crime, sendo então este uma ação típica, ilícita, culpável e punível. 
Contudo, a maioria dos doutrinadores defende a idéia de que a punibilidade não faz parte do delito, mas sendo somente sua conseqüência. 
O crime é um todo unitário e indivisível. Ou o agente comete o delito (fato típico, ilícito e culpável) ou o fato por ele praticado será considerado um indiferente penal. 
De acordo com a visão analítica o conceito de crime como sendo: 
O fato típico, ilícito e culpável (divisão tripartida (finalista) do conceito analítico de crime). 
O fato típico, segundo uma visão finalista, é composto dos seguintes elementos: 
a)- conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva;
b)- resultado;
c)- nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;
d)- tipicidade (formal e conglobante).
Ilícito: 
A ilicitude, expressão sinônima de antijuridicidade, é aquela relação de contrariedade, de antagonismo, que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. 
Somente será lícita a conduta se o agente houver atuado amparado por uma das causas excludentes da ilicitude previstas no art. 23 do CP. Além dessas excludentes legais, a doutrina ainda meciona as supralegal, como o “consentimento do ofendido”. Esse consentimento deverá ser: 
que o ofendido tenha capacidade para consentir;
que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja disponível;
que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa relação de simultaneidade à conduta do agente. 
Ausente um desses requisitos, o consentimento do ofendido não poderá afastar a ilicitude do fato.
Culpabilidade:
É o juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente. São elementos integrantes da culpabilidade, de acordo com a concepção finalista: 
a)- imputabilidade;
b)- potencial consciência sobre a ilicitude do fato;
c)- exigibilidade de conduta diversa; 
Conceito de crime adotado por Damásio, Dotti, Mirabete e Delmanto: 
È um fato típico e antijurídico, sendo que a culpabilidade é um pressuposto para a aplicação da pena. 
Porém para a maioria dos doutrinadores: 
todos os elementos que compõem o conceito analítico do crime são pressupostos para a aplicação da pena e não somente a culpabilidade como pretendem Damásio e seus seguidores. Ou seja, o CP quando se refere à culpabilidade, especificamente nos casos em que a afasta, utiliza, geralmente, expressões ligadas à aplicação da pena, estes estão descritos como: isentos de pena. 
Fundamento: Ex: art. 26 CP: que cuida do tema da inimputabilidade, iniciada com a redação: “é isento de pena o agente que, por doença.....”, ou ainda a segunda parte do art. 21, caput, do CP, que diz que o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável isenta de pena. 
Tipicidade: é o último elemento do fato típico. (segundo a visão finalista);
 
É a subsunção (adequação) perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato previsto na lei penal.
Tipicidade é a adequação do fato da vida real ao modelo descrito abstratamente na lei penal; 
Elementos específicos dos tipos penais:
a)- núcleo;
b)- sujeito ativo;
c)- sujeito passivo;
d)- objeto material;
a)- O núcleo do tipo penal é o verbo que descreve a conduta proibida pela lei penal. O verbo tem a finalidade de evidenciar a ação que se procura evitar ou impor. 
Há tipos penais que possuem um único núcleo (uninucleares), como no caso do art. 121 CP, e outros que possuem vários núcleos (plurinucleares), também conhecidos como crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado, a exemplo do art. 33 da Lei nº 11.343/2006. 
b)- Sujeito ativo: é aquele que pode praticar a conduta descrita no tipo. Muitas vezes o legislador limita a prática de determinadas infrações penais a certas pessoas e, para tanto, toma o cuidado de descrever no tipo penal o agente que poderá levar a efeito a conduta nele descrita. 
Nos crimes comuns: o legislador não se preocupa em apontar o sujeito ativo, uma vez que as infrações dessa natureza podem ser cometidas por qualquer pessoa. EX: art. 121 CP, homicídio. 
Nos crimes próprios: é aquele que somente pode ser praticado por um certo grupo de pessoas, por determinadas pessoas. Nesses casos, quando estivermos diante de delitos próprios, o legislador terá de apontar, no tipo penal, o seu sujeito ativo. EX: art. 312 CP: o tipo penal indica o funcionário público como o sujeito ativo do crime de peculato. 
c)- Sujeito passivo: pode ser considerado formal ou material. 
1)- formal: será sempre o Estado, que sofre toda vez que suas leis são desobedecidas. 
2)- material: é o titular do bem ou interesse juridicamente tutelado sobre o qual recai a conduta criminosa, que, em alguns casos, poderá ser também o Estado. 
Em vários tipos penais, são apontados o sujeito passivo, para a lei penal, como exemplo no crime de estupro, que será sempre a mulher, e nunca o homem, uma vez que está contido no art. 213 CP, expressamente, que somente haverá estupro quando mediante violência ou grave ameaça, o homem constranger a mulher a com ele manter conjunção carnal e também nos indicou o sujeito ativo, com a expressão conjunção carnal, pois que esta se compreende com o ato sexual normal, que se dá com a penetração do pênis do homem na vagina da mulher. 
OBS: Em outros, o CP não apontou o sujeito passivo, podendo ser qualquer pessoa, exemplo do homicídio.
 
Objeto material: é a pessoa ou a coisa contra a qual recai a conduta criminosa do agente. No furto, objeto do delito será a coisa alheia móvel subtraída pelo agente, no homicídio, será o corpo humano, etc. Muitas vezes o sujeito passivo se confunde com o próprio objeto material, como no caso do homicídio. 
Não se pode confundir objeto material com objeto jurídico, ou seja, o bem juridicamente tutelado pela lei penal. EX: no crime de estupro, a mulher é o objeto material do crime, e o objeto jurídico é a liberdade sexual e, num sentido mais amplo, os costumes. 
OBS: Nem todos os tipos penais possuem objeto material, pois este não é uma característica comum a qualquer delito, pois só tem relevância quando a consumação depende de uma alteração da realidade fática.

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