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Petição Aula 2

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AO JUÍZO DE DIREITO DA...VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA X, ESTADO X.
ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da carteira de identidade n...º, expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o n...º, com endereço eletrônico..., residente e domiciliada na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, CEP..., vem por seu advogado in fine assinado com endereço eletrônico e escritório na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, CEP, conforme procuração anexa, propor
AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PARTILHA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR
pelo ritmo especial (artigo 695), em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrito no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, CEP..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I - DOS FATOS 
A autora mantém vínculo conjugal com o réu há exatos 30 (trinta) anos, sendo fruto dessa união dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. Durante a união, a autora e o réu constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal.
Fato é que a autora teve ciência de que o réu mantinha um relacionamento extraconjugal e, diante disso, busca a dissolução da sociedade marital. Porém, ao tomar conhecimento do desejo da autora, o réu vem promovendo uma dilapidação do patrimônio constituído em conjunto, através da realização de sucessivos em uma das contas conjuntas do casal, comprovados pela documentação anexa. O réu deseja, ainda, propôs à sua irmã, Isabel Soares, a transmissão da propriedade de dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, através de doação.
Diante dos fatos, a autora busca o socorro do judiciário para resolução da contenda.
II - DOS FUNDAMENTOS
Inicialmente, vejamos o exposto na normal legal e o entendimento dos artigos 1.640 e 1.658 do Código Civil, que prelecionam:
“Art. 1.640, CC/02 - Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Art. 1.658, CC/02 - No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.”.
Conforme os mandamentos expostos, quando da inexistência de acordo entre as partes, o regime de bens aplicável ao casamento será o da comunhão parcial com a comunicação dos bens que sobrevierem ao casal na constância do casamento. Diante disso, é inegável a afirmação de que dissolvida a sociedade conjugal, os bens adquiridos durante o matrimônio devem ser repartidos entre o casal ao final deste.
O caso em apreço traz situação fática que se adéqua às normas elencadas, isso porque a Autora deseja dissolver a sociedade conjugal até então mantida com o Réu, bem como, ver repartidos os bens adquiridos na constância do matrimônio. Ressalte-se, ainda, que a Autora não dispõe da relação de todos os bens adquiridos na constância do matrimônio, devendo estes serem apurados em juízo.
Foi celebrado entre o Autor e a Ré, no dia 16 de janeiro de 2014 um contrato de compra e venda do único imóvel do demandante já descrito nos autos conforme escritura pública anexa (artigo 481, CC). 
III – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR
	Verifica-se na presente demanda a ameaça ao direito autoral, pelo fato do Réu estar tentando se desfazer do patrimônio que também cabe a Autora, uma vez que a aquisição dos bens se deu na constância do casamento por esforço comum do casal, sendo a mesma meeira do Réu, estando presente o requisito do fumus boni iuris.
	
	Além disso, pode-se falar que há periculum in mora devido ao risco de que ao final da dissolução do casamento, não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Com isso, deve ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, em razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
A concessão inaudita altera parns da tutela provisória de urgência de natureza cautelar para que seja determinada a indisponibilidade dos bens comuns do casal até que seja promovida a sua partilha, na forma do artigo 300 do CPC;
A citação/intimação do Réu para que ele integre a relação processual e compareça a audiência de conciliação/mediação onde não sendo obtido o acordo, terá início a contagem do prazo para o oferecimento da resposta,, de acordo com o artigo 695, CPC,
A procedência do pedido para decretar o divórcio do casal e promover a partilha do bem comum e
A condenação da parte Ré ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
V - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial o de exibição de documento considerando que compete a parte Ré a administração do patrimônio comum do casal na forma do artigo 396, CPC, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal da Ré.
VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais)
Nestes termos
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano)
Nome do Advogado
OAB/UF

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