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21/11/2014 1 Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado Universidade do Estado do Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeirodo Rio de Janeiro Fenômenos de superfícieFenômenos de superfície ��Estabilidade de coloides. Estabilidade de coloides. ��Origem da carga superficial. Origem da carga superficial. ��Dupla camada elétrica. Dupla camada elétrica. ��Síntese de coloides.Síntese de coloides. Profa. Angela S. Rocha Recapitulando... 21/11/2014 2 Estabilidade coloidal Os sistemas coloidais são termodinamicamente instáveis em relação à fase contínua (solvente). dG<0 para diminuição da superfície. Cineticamente os sistemas coloidais não são tão instáveis! As fontes para estabilidade dos coloides são: •Carga elétrica na superfície das partículas. •Solvatação. A superfície carregada de coloides atrai íons de carga oposta formando uma atmosfera iônica semelhante a de Debye-Huckel. Esta primeira camada de íons é “quase imóvel” e seu raio é chamado de raio de cisalhamento. O potencial elétrico nesta região em relação ao potencial no meio contínuo é chamado de potencial zeta (ζ) ou potencial eletrocinético. Estabilidade coloidal Existem três forças fundamentais que operam em partículas de sistemas coloidais em fase líquida influenciando sua estabilidade: 1.Força gravitacional (tende a sedimentar ou “crescer” as partículas, dependendo de sua densidade com relação ao solvente); 2. Força de arraste viscoso (aumenta a resistência do movimento das partículas no meio dispersante); 3. Força resultante da energia cinética intrínseca às partículas (movimento browniano). Dominante para partículas muito pequenas. 21/11/2014 3 Forças de atração e repulsão competem entre si. As forças que determinam se o coloide vai se formar e terá estabilidade são de atração e repulsão. (teoria DLVO – Deryaguin, Verwey, Landau, Overbeek para placas carregadas). Forças de repulsão • De origem eletrostática, de curto alcance. • Repulsão entre as cargas na superfície das partículas (dupla camada) r qqV 0 21 4piε = q1 q2r ε0 é a permissividade do vácuo e como as cargas são iguais, V > 0. (potencial, V, W, φ, ψ) V é a energia potencial entre as cargas, chamada de energia potencial coulombiana 21/11/2014 4 Forças de repulsão Ψ0 Ψ r Distância �O potencial eletrostático (Ψ) varia com a distância. ↑distância ⇒ ↓ Ψ �C = concentração do eletrólito �Partículas carregadas estabilizam o coloide. Forças de atração • Têm origem nas forças de van der Waals. • Atuam a longa distância e mantém as “moléculas” das partículas coloidais unidas. • Obedecem a relação �Existência de barreira potencial. Depende da espessura da dupla camada 6− ∝ df sol “estável” (barreira potencial) Concentração crítica de coagulação sol instável Distância entre centros V 21/11/2014 5 �A existência da superfície carrega consigo um excesso de energia livre, a tensão superficial. �A coagulação leva a uma diminuição da superfície, por isto é termodinamicamente favorável. �Outro processo que leva à diminuição da superfície é o envelhecimento de precipitados. �A coagulação lenta ou envelhecimento leva à precipitados menos porosos (compactos) ←←←← Potencial resultante: Repulsão X Atração Teoria de Hamaker • Teoria das forças de dispersão aplicada aos coloides. • Faz-se a soma das interações entre as partículas par a par. • A energia de interação entre dois corpos macroscópicos A e B é a soma das interações de cada molécula de A com cada molécula de B, como se as outras moléculas não existissem. • A energia total de interação de um conjunto de N moléculas é: • Vij é o potencial de interação entre moléculas do corpo i com moléculas do corpo j. ∑∑ = = = N i N j ij ij rVV 1 1 intint )(2 1 21/11/2014 6 Aspectos elétricos de interfaces São importantes para: • Estabilidade de coloides • Adsorção e troca iônica em eletrólitos • Fenômenos eletrocinéticos • Comportamento de eletrodos Origem da carga superficial Quando a superfície de um coloide é exposta a uma solução, são geradas cargas nesta superfície. Principais mecanismos para que este fenômeno ocorra são: a) Desbalanceamento de íons, por exemplo sais iônicos como o AgI, e por superfícies Nernstianas. b) Dissociação superficial, que é um caso válido para materiais com grupos superficiais que são responsáveis pela dissociação de partículas em solução, como por exemplo óxidos. c) Adsorção de íons de solução. d) Defeitos cristalinos. 21/11/2014 7 Origem da carga superficial b) Dissociação superficial, que é um caso válido para materiais com grupos superficiais que são responsáveis pela dissociação de partículas em solução, como por exemplo óxidos. c) Adsorção de íons de solução. d) Defeitos ou imperfeições cristalinos. 21/11/2014 8 Transferência de elétrons em sistemas heterogêneos Modelo mais simples da interface eletrodo/partícula-solução: dupla camada elétrica Formação de camada positiva na superfície e outra camada de cargas negativas (vizinha à primeira) na solução (ou o contrário). É criado uma diferença de potencial elétrico entre o metal e a solução,chamada de diferença de potencial de Galvani. A carga líquida na superfície da partícula afeta a distribuição de íons na sua vizinhança, aumentando a concentração de contra-íons junto à superfície. Assim, forma-se uma dupla camada elétrica na interface da partícula com o líquido. Estrutura da dupla camada de Helmholtz Os íons solvatados ficam sobre a superfície do eletrodo metálico, separados pelas respectivas esferas de hidratação. A localização desta camada de cargas iônicas é dada pelo plano externo de Helmholtz (PEH), plano que passa pelos íons solvatados. O potencial varia linearmente entre a camada limitada pelo eletrodo e o PEH. x2 21/11/2014 9 Dupla camada de Helmholtz Numa versão aperfeiçoada do modelo de Helmholtz: Alguns íons perdem as respectivas esferas de solvatados ligando-se à superfície do eletrodo, localizados pelo plano interno de Helmholtz (PIH). Superfície potencial ψ0 PIH Distância x1 Potencial φ1 Densidade de carga σ1 Ânions desidratados e especificamente adsorvidos Cátions hidratados PEH Distância x2 Potencial φ2 Densidade de carga σ2 O modelo ignora o efeito perturbador da agitação térmica que tende à romper e dispersar o plano externo de cargas. A camada difusa se estende do PEH até o seio da solução. Dupla camada difusa (Gouy-Chapman) O tratamento é semelhante à da descrição da atmosfera iônica de um íon no modelo de Debye-Hückel, sendo que o íons central é substituído pelo plano do eletrodo (superfície carregada). Para uma superfície plana: Leva em consideração a agitação térmica que tende a romper e dispersar o plano rígido externo de cargas formando uma camada difusa. )exp(0 xκψψ −= x = distância da superfície 21/11/2014 10 ∑= ii B cz Tk e ε κ 2 2 zi é a carga, ci é o no de íons/m3, ε=ε0 εr, κ -1 tem dimensão m-1 e é considerada a espessura da camada difusa Modelo de Stern Os modelos de Helmholtz e Gouy-Chapman não representam com exatidão a dupla camada. Helmholtz: exagera na rigidez da distribuição das cargas nas proximidades do eletrodo. Gouy-Chapman: subestima a estrutura desta distribuição. Combinação → modelo de Stern 21/11/2014 11 Modelo de Stern Combinação → modelo de Stern Próximo do eletrodo → vinculados ao plano de Helmholtz (rígido) Afastado do eletrodo → dispersoscomo no modelo de Gouy-Chapman Sofisticando mais este modelo: Modelo de Grahame que acrescenta um plano interno de Helmholtz ao modelo de Stern 21/11/2014 12 Se a estabilidade coloidal de partículas carregadas depende da repulsão eletrostática, e esta por sua vez depende da espessura da camada difusa (κ-1), então: Dupla camada e estabilidade �Quanto maior a concentração de eletrólito no meio, menor será a distância na qual ainda existe potencial eletrostático (ψ) significativo e, portanto, mais favorável será a agregação das partículas. �Íons de maiores valências provocam a diminuição da distância na qual ainda existe potencial eletrostático (ψ) significativo e, portanto, favorecem a agregação das partículas. carga∝ −= κ κψψ )exp(0 x O tratamento matemático da dupla camada elétrica permite se determinar: 1. o perfil da variação do potencial elétrico em função da distância 2. o valor do potencial zeta 3. a espessura da dupla camada 4. o efeito da adição de eletrólitos ao meio 5. o efeito da variação de pH do meio Tratamento Matemático da Dupla Camada 21/11/2014 13 Preparação de coloides Dispersão coloidal → degradação de um material “bulk” → agregação de moléculas ou íons A dispersão de material mássico pode ser feita usando-se um diluente inerte ou por moagem ou usando-se ultrassom. Degradação → extensiva subdivisão → tendência de partículas pequenas para se reunir. Evitar aglutinação → diluente inerte ou moagem na presença de outro material. Ex.: Obtenção de sol de enxofre → moagem de S + glicose → dispersão em água → remoção da glicose por diálise. Preparação de coloides Em geral, para obter alto grau de dispersão usa-se agregação. Método de agregação → formação de solução supersaturada molecularmente dispersa → precipitação adequada. Ex.: Obtenção de sol de S → solução saturada de S em álcool ou acetona e água abaixo do ponto de ebulição → vaporiza-se o álcool ou acetona → o S insolúvel em água precipita. A formação de uma nova fase durante a precipitação envolve dois estágios: • nucleação → formação de centros de cristalização • crescimento de cristais → relacionado com estabilidade 21/11/2014 14 ↑↑↑↑ Grau de dispersão ↑↑↑↑ Taxa de nucleação ↓↓↓↓ Taxa de crescimento taxa inicial depende do grau de supersaturação depende da quantidade de material, viscosidade, adsorção de impurezas, agregação entre partículas Dependência entre o tamanho de partícula e a concentração do reagente. Para obtenção de sol poli ou monodisperso é necessário controlar as condições em que a nucleação é realizada, deve ser restrita para apenas um período certo no início da formação do sol. Coloides macromoleculares: Campo largo da química macromolecular, inclui: • Polímeros naturais (proteínas, celulose, borracha) • Derivados de polímeros (carboximetil celulose de Na) • Polímeros sintéticos ( polietileno, Teflon, poliestireno) Para sintetizar estes materiais usa-se as técnicas de polimerização. Preparação de coloides 21/11/2014 15 Preparação de coloides Associação coloidal → formação de micelas As propriedades físicas destas soluções são não usuais, uma vez que as superfícies das partículas são muito ativas. Micelas → agregados organizados de íons surfactantes. Surfactantes → moléculas com uma cadeia de hidrocarboneto lipofílica e uma “cabeça” polar hidrofílica. 21/11/2014 16 Preparação de coloides A concentração na qual a micela se forma é chamada de concentração micelar crítica (c.m.c.) e depende do surfactante e do solvente. As micelas podem ter estrutura esférica (típica em uma larga faixa de c.m.c.), laminar e cilíndrica. 21/11/2014 17 • Nos sistemas coloidais o disperso só se deposita sob sedimentação forçada em ultracentrífugas. • Ultracentrifugação: Aparelho com alta rotação para separar partículas de grande porte ou de tamanhos diferentes. Purificação dos coloides Purificação dos Colóides • Ultrafiltração: Utiliza-se uma membrana para separar íons ou moléculas cujo tamanho do soluto é menor que 1000 nm. • As partículas coloidais ficam retidas no ultrafiltro. • Muitas vezes está associado às condições elétricas do coloide e da membrana. 21/11/2014 18 Purificação de coloides • Diálise: Utiliza-se um dialisador para separar impurezas altamente solúveis no dispersante. Baseia-se na diferença de velocidade que ocorre a difusão de uma solução e de um coloide através de uma membrana permeável. • Eletrodiálise: Aplica um campo elétrico no dialisador para retirar impurezas de natureza iônica.
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