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Anotação de aula Joseph Schumpeter

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Schumpeter
Apresentação
Economista que pensou a tecnologia.
Ligação entre o desenvolvimento econômico e a sucessão de inovações alcançadas pelos empresários com financiamento dos banqueiros.
Não fez apenas uma reflexão abstrata sobre o funcionamento da economia, mas abordou questões concretas e palpáveis, presentes no cotidiano da vida econômica de seu tempo e do tempo atual.
Pensamento com implicações políticas.
Trouxe para o primeiro plano as figuras centrais do capitalismo contemporâneo: empresários e banqueiros.
Oposição à política econômica keynesiana.
As crises são parte inevitável e importante do capitalismo, eliminam os seus defeitos, removem os maus empresários e permitem que ele continue existindo.
Assim como Marx, pensou o capitalismo como um processo social historicamente concreto e determinado, fadado a ter fim.
Contrário à ideia de equilíbrio.
Abordou temáticas diferentes em sua obra: análise econômica, sociológica e política, história econômica, história das ideias econômicas, questão do método.
Vida
Nasceu no Império Austro-Húngaro, na Morávia, em 1883, filho de pais de origem alemã.
Seu pai era um pequeno empresário do setor têxtil que morreu quando Schumpeter tinha apenas 4 anos de idade. Sua mãe casou-se novamente com um tenente-coronel do Exército Austro-Húngaro. Schumpeter foi educado pelo padrasto e mandado para estudar em Viena, no Theresianum, colégio aristocrático. Recebeu ensino humanístico, forte em retórica, história, línguas.
Em 1901 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Viena, onde teve contato com os pensadores da Escola Austríaca.
Após 1909, lecionou na Ucrânia e na Universidade de Graz, na Áustria.
Devido à sua posição não conformista em relação à Primeira Guerra, aproximou-se dos socialistas austríacos, tornando-se Ministro das Finanças da Áustria em 1919. Em seguida, foi convidado a ser presidente de um banco privado, que faliu em 1924, deixando-o endividado.
Voltou a lecionar em 1925, tendo permanecido até 1932 na Universidade de Bonn, na Alemanha. Com a ascensão do nazismo, transferiu-se para os Estados Unidos e começou a lecionar em Harvard.
Principais obras
1908 – A natureza e a essência da economia política (Das Wesen und der Hauptinhalt der Nationaloekonomie).
1911 – Teoria do desenvolvimento econômico (Die Theorie der Wirschaftlichen Entwicklung).
1939 – Ciclos econômicos (Business cycles).
1942 – Capitalismo, socialismo e democracia (Capitalism, socialism and democracy).
1954 – História da análise econômica (History of economic analysis).
Ideias
Reflexões metodológicas. O pensamento marginalista baseava-se num sistema estático do equilíbrio econômico, que era insatisfatório. Inclusão da dinâmica no pensamento econômico. Caráter hipotético do homo economicus. Impossibilidade de se explicar o real estado de equilíbrio da economia.
Juros: concepção diferente em relação ao pensamento marginalista, baseada não mais na ótica do consumidor, mas na ótica do empresário e no desenvolvimento industrial. A questão monetária (moeda, crédito, juros), que no marginalismo era tratada em segundo plano, passa a ser uma questão central no pensamento econômico.
TDE. Cap. 1. O fluxo circular corresponde ao estado estacionário da economia, no qual ela apenas reproduz a si mesma sem alterar a sua estrutura. Nele pode haver crescimento, mas não desenvolvimento, que só existe com o rompimento desse estado.
TDE. Cap. 2. O desenvolvimento é caracterizado pela ideia de mudança da estrutura da economia. É uma transformação qualitativa, e não apenas quantitativa. Trata-se de um processo em que ocorre inovação.
Causas do desenvolvimento: introdução de um novo bem, introdução de um novo método de produção, abertura de um novo mercado, conquista de uma nova fonte de abastecimento de matérias-primas ou produtos semimanufaturados e estabelecimento de uma nova organização da indústria.
O agente fundamental da dinâmica do capitalismo e do desenvolvimento é o empresário. É o produtor quem inicia a mudança econômica, inovando, criando novos mercados e “educando” os consumidores a terem novos hábitos e desejar coisas novas.
Crédito: importante para a ação do empreendedor. O crédito serve ao desenvolvimento industrial, e só o empreendedor necessita dele. O crédito ao consumidor não é um elemento essencial ao progresso econômico. Não é da “natureza econômica” que qualquer indivíduo tenha de contrair dívidas para fins de consumo.
Ciclos econômicos: períodos de expansão e recessão econômica. A expansão é motivada por inovação, imitação por outras empresas, investimentos e criação de empregos. A recessão ocorre depois que as inovações já foram absorvidas, caindo os investimentos e a oferta de empregos.
Assim como no pensamento de Marx, para Schumpeter o fator essencial do desenvolvimento e do ciclo econômico é endógeno e intrínseco a eles. Para Marx, o desenvolvimento e o ciclo são motivados pela luta de classes entre capitalistas e trabalhadores. Para Schumpeter, pelo fluxo irregular das inovações. Ambos esses fatores apresentam por característica a imprevisibilidade, a indeterminação e a distribuição não uniforme ao longo do tempo.

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