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MODELO RECURSO EXTRAORDINARIO

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AO PRESIDENTE DA 2ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
Autos da Apelação nº 111.222.333
Felipe Correto, já qualificado nos autos da ação em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, tempestivamente, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea ‘’a’’ da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigo 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
em face do acórdão proferido nas fls. XXX, que deu provimento ao recurso interposto nos autos da ação de número em epígrafe, em face do recorrido, também já qualificado nos autos.
Requer seja recebido e processado o presente recurso, intimando-se a parte contrária para que ofereça, dentro do prazo legal, as contrarrazões e, após, seja o recurso admitido e encaminhado com as inclusas razões ao Excelso Supremo Tribunal Federal.
Por fim, quanto às custas, o recorrente informa que o preparo e o porte de remessa e retorno não precisaram ser pagos, pois o recorrente é beneficiário da Justiça Gratuita.
Termos em que, pede deferimento.
Florianópolis, 29 de outubro de 2018.
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COLENDA CÂMARA.
EMINENTES MINISTROS.
PROCESSO Nº: 111.222.333
RECORRENTE: Felipe Correto
RECORRIDO: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
 
 
 
 
I DOS FATOS
O recorrente ajuizou ação ordinária em que buscava impedir a incidência de contribuição previdenciária sobre seus proventos em fevereiro de 2004, no qual foi requerida inaudita altera  parts, a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional.
A sentença do juiz federal de 1°grau concedeu os efeitos da tutela, declarando a inconstitucionalidade parcial da Emenda constitucional n° 41/2003, no qual consta na parte dispositiva que a cobrança ofende frontalmente princípios constitucionais basilares da ordem previdência e a garantia do direito adquirido.
Todavia, remetidos os autos ao Tribunal Regional federal da 4ª Região, foi reforma a decisão via recurso pela 2ª turma, afastando a inconstucionalidade declarada pelo juízo a quo.
II DA REPERCUSSÃO GERAL 
Está presente no caso em discussão a repercussão geral, nos termos do art. 102, § 3º, da Constituição Federal, e art. 1035 do Código de Processo Civil. O posicionamento da Suprema Corte acerca da reformulação da sentença de primeiro grau. A questão gira em torno do afastamento da inconstitucionalidade declarada na EC nº 41/2003, uma vez que o pedido de aposentadoria ocorreu antes de vigorar a lei. Portanto, e nesse sentido, as alegações ultrapassam os limites do interesse subjetivo do processo, e alcança incontáveis julgamentos no país. Assim, a mesma se torna caso de repercussão geral, uma vez que não fica inerte à apenas um cidadão, mas, e de fato, engloba uma parcela significativa e considerável dos trabalhadores brasileiros. Com efeito, o tema apresenta relevância do ponto de vista jurídico, uma vez que a interpretação a ser conferida por esta Corte aos dispositivos constitucionais em debate norteará o julgamento de inúmeros processos similares que tramitarem neste e nos demais tribunais brasileiros.
Desta feita, é certo que o recorrente tem ônus de demonstrar, expressa, formal e fundamentadamente que a questão constitucional debatida no recurso extraordinário ostenta repercussão geral.
III DO PREQUESTIONAMENTO
Consoante se depreende do acórdão de fls XX, verifica-se que foi amplamente debatido e decido sobre a questão da insconstitucionalidade da emenda constitucional n/ 43/2003. Justamente a matéria objeto do presente recurso.
Portanto, demonstra-se prequestionada a matéria, e preenchido dessa forma o requisito constitucional. Aliás preconiza a súmula de n/°282 do Supremo Tribunal Federal:
Súmula 282.É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
 
Também fora interposto os embargos declaratórios sobre o ponto de omissão da decisão proferida pela 2ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, conforme súmula de n° 356 do Supremo Tribunal Federal:
Súmula 356. O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
IV – DO DIREITO
Ato contínuo, quanto à Emenda Constitucional nº 41/2003, tem-se que o Egrégio Tribunal Federal 4ª Região incorreu em erro na análise do caso concreto, isso porque o regime previdenciário do Recorrente não corresponde às regras previstas na Emenda supracitada.
Ocorre que o entendimento do Supremo Tribunal Federal é pacificado no sentido de que a aposentadoria é regida pelas regras vigentes na data em que reunidos os requisitos para a passagem para a inatividade, razão pela qual resta claro a divisa alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados.
Senão vejamos o entendimento aludido, in verbis:
‘’CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. ART. 2º E EXPRESSÃO '8º' DO ART. 10, AMBOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. aposentadoria. TEMPUS REGIT ACTUM. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO: NÃO-OCORRÊNCIA. 1. A aposentadoria é direito constitucional que se adquire e se introduz no patrimônio jurídico do interessado no momento de sua formalização pela entidade competente. 2. Em questões previdenciárias, aplicam-se as normas vigentes ao tempo da reunião dos requisitos de passagem para a inatividade. 3. Somente os servidores públicos que preenchiam os requisitos estabelecidos na Emenda Constitucional 20/1998, durante a vigência das normas por ela fixadas, poderiam reclamar a aplicação das normas nela contida, com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional 41/2003. 4. Os servidores públicos, que não tinham completado os requisitos para a aposentadoria quando do advento das novas normas constitucionais, passaram a ser regidos pelo regime previdenciário estatuído na Emenda Constitucional n. 41/2003, posteriormente alterada pela Emenda Constitucional n. 47/2005. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente.’’ (ADI 3104, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJe 09-11-2007)
Nesse sentido, mostre-se incontroverso que o Recorrente se transferiu para a inatividade em setembro de 2002, fato que por si só descarta as regras contidas na Emenda Constitucional nº 41/2003 e torna válida apenas as regras contidas na Emenda Constitucional nº 20/98.
Além disso, é imperioso frisar que a Constituição Federal em seu art. 5, inc. XXXVI, dispõe que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Nesse sentido, não parece razoável e tampouco constitucional a decisão do Egrégio Tribunal Federal 4ª Região, na qual observa a Emenda Constitucional nº 41/2003 e retira o direito adquirido do Recorrente em não haver contribuição previdenciária sobre os seus proventos, uma vez que se aposentou em 2002 e a Emenda foi publica 2003, sendo manifestadamente inconstitucional retirar o seu direito por lei posterior.
Portanto, tendo em vista que não está previsto dentre as regras dispostas na Emenda Constitucional nº 20/98 a incidência de contribuição previdenciária sobre os proventos de servidores públicos inativos, e, além disso, que o art. 5, inc. XXXVI, da Constituição Federal prevê que o direito adquirido não pode ser prejudicado por lei, revela-se inequívoco o direito do Recorrente em ver o acórdão reformado para impedir a incidência da contribuição previdenciária sobre os seus proventos.
V DOS PEDIDOS
Ante o supra exposto, pugna e requer: 
A) Seja conhecido e provido o presente Recurso Extraordinário para reformar o Acórdão prolatado e manter a sentença do juízo a quo;
B) Seja intimada a parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do artigo 130, inciso I do Código de Processo Civil.
Termos em que, pede provimento. 
Florianópolis, 29 de outubro de 2018.

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