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História II Ordens romanas e gregas GRÉCIA : Parthenon O Parthenon – templo dedicado à deusa Atena, é uma das mais conhecidas e admiradas construções do período. Um traço marcante da arquitetura grega é o uso de colunas, estabelecendo "ordens" características: dórica, jônica e coríntia. A arquitetura clássica tem como princípios a racionalidade a ordem a beleza e a geometria. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega. É visto como um dos maiores monumentos culturais da história da humanidade. Ordens Gregas Os gregos possuem três ordens: Ordem Dórica Ordem Jônica Ordem Coríntia Ordem Dórica É principalmente empregada no exterior de templos dedicados a divindades masculinas e é a mais simples das três ordens gregas. A coluna não tem base. O capitel é formado pelo équino, ou coxim, que se assemelha a uma almofada e por um elemento quadrangular, o ábaco. O friso é intercalado por módulos compostos de três estrias verticais, os tríglifos, com dois painéis consecutivos lisos ou decorados, as métopas. A cornija apresenta-se horizontal nas alas, quebrando-se em ângulo nas fachadas de acordo com o telhado de duas águas. Equino Ábaco Ordem Jônica Desenvolvendo-se paralelamente ao dórico apresenta, no entanto, formas mais fluidas e uma leveza geral, sendo mais utilizado em templos dedicados a divindades femininas. A coluna possui uma base larga. O capitel acentua a analogia vegetal da coluna pela criação de um elemento novo entre o coxim e o ábaco de carácter fitomórfico. Este elemento dispõe de dois “rolos” consideravelmente projectados para os lados, as volutas. O friso passa a ter elemento único decorado em continuidade. Volutas Ordem Coríntia É um estilo notoriamente mais decorativo e trabalhado. O capitel apresenta uma profusão decorativa de rebentos e folhas de acanto. Características: Ordens Gregas Os templos gregos são sentados no crepidoma. Há presença do perestílo. Características: Ordens Gregas Planta retangular; Frontão triangular; Cariátides; Ausência do arco e da abóbada; Colunas rodeando os edifícios (perestílo); Os Romanos Os romanos foram reunindo tudo que lhe agradavam e traziam para o seu império. Da Grécia eles trouxeram a arquitetura, a beleza das colunas, o perestílo... Tem um traçado urbano espontâneo. O que diferencia o templo em primeiro olhar é a escadaria frontal. Elementos Urbanos Anfiteatros, teatros, termas, latrinas públicas (funcionavam como centro social), ruas, muralhas. Ruas sombreadas, edifícios altos e ruas estreitas. Ordem compósita Trás em seu capitel a mistura do jônico com a coríntia. Do jônico trás as volutas e da ordem coríntia as folhas de acanto. Ordem Toscana A ordem toscana é desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna não apresenta base e dispõe de sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples, com aneletes(toros). As colunas dessa ordem são separadas por grandes distâncias. Acrotério Este elemento é utilizado como coroamento decorativo do frontão do templo, tanto no seu vértice central como nos laterais. Cariátides No lugar das colunas, do fuste, são usados estátuas de mulheres. Sem braços, representando escravidão. Visualmente expressando todo o peso em suas cabeças. Atlantes No lugar das colunas, do fuste, são usados estátuas de homens. Diferentemente das cariátides, os homens possuem braços. Perestílo Partenon 20 Fórum Era o espaço público existente no meio de uma cidade romana. Além de servir tradicionalmente como mercado, o fórum era um ponto de encontro de grande importância social, e frequentemente era palco de diferentes atividades, incluindo discussões e debates políticos, reuniões, entre outras funções. Segundo o arquiteto Vitrúvio, do século I a.C., o fórum ideal deveria ser grande o bastante para acomodar uma grande multidão, porém não tão grande a ponto de fazer uma pequena multidão parecer ainda menor. Ele propôs uma escala de 3:2 em comprimento por largura; Panteão Arcadas “seqüência de arcos” Uma arcada (ou arcaria) é formada por uma sequência de arcos. Templos romanos Áreas do templo Pronaos: esta é a antecâmara que antecede o naos e que se transformará, mais tarde, no nártex. Naos ou Cella: neste espaço, delimitado por 4 paredes sem janelas, é colocada a estátua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas. Em templos de grandes dimensões o naos pode funcionar como um pátio interior, sem cobertura. Aditon ou Abaton: espaço só acessível a sacerdotes para o culto ou colocação de oferendas. Esta área pode funcionar de diferentes maneiras; como uma sub-divisão do naos, aberta para ele; como uma câmara isolada no centro do naos; ou como um nicho na parede posterior do naos. Opistódomo: Câmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que também pode funcionar, por vezes, como aditon. Áreas do templo Pronaos Naos Aditon Opistódomo Segundo número de colunas na fachada Tetrástilo: 4 colunas na fachada Pentastilo: 5 colunas na fachada Hexástilo: 6 colunas na fachada Octastilo ou octostilo: 8 colunas na fachada Decástilo: 10 colunas na fachada Dodecástilo:12 colunas na fachada Segundo número de filas de colunas Monóptero: 1 fila de colunas. Também designa os templos de planta circular rodeados por 1 fila de colunas e remate a cúpula. Um monóptero com naos designa-se tholos. Díptero: 2 filas de colunas Pseudodíptero: similar ao díptero, mas em que as 2 filas de colunas não envolvem todo o templo (p. ex. a fila de colunas interior está embebida nas paredes do naos) Tríade Vitruviana A Tríade vitruviana foi apresentada por Vitrúvio como os três elementos fundamentais da arquitetura: a firmitas (que se refere à estabilidade, ao carácter construtivo da arquitectura), a utilitas (que originalmente se refere à comodidade e ao longo da história foi associada à função e ao utilitarismo) e a venustas (associada à beleza e à apreciação estética). esta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de arquitectura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas) e for, principalmente, bela (venustas) A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi O templo grego caracteriza-se por uma enorme e uma supremacia incontestada através de toda a história. A lacuna consiste na ignorância do espaço interior, a glória na escala humana. Quem investigar arquitetonicamente o templo grego, buscando, sobretudo, uma concepção espacial, fugirá horrorizado, assinalando-o ameaçadoramente como exemplar típico de não-arquitetura Mas quem se aproxima do Parthenon e o admira como uma grande escultura, fica encantado como só acontece diante de pouquíssimas obras do gênio humano. A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi Já vimos que todo arquiteto deve ser um pouco um escultor para poder transmitir, através do tratamento plástico do invólucro mural e dos elementos decorativos, o prolongamento do tema espacial; mas o mito que faz de Fídias, mais do que Ictino e Calícrates, o idealizador do Parthenon parece simbolizar o caráter meramente escultórico das construções religiosas gregas, através de sete séculos de desenvolvimento A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi Os elementos constitutivos do templo grego são, como é sabido, uma plataforma elevada, uma série de colunas apoiadas sobre ela e um entablamento contínuo que sustenta o teto. É verdade que existe também uma cela que no período arcaico constituiu o único núcleo construtivo do templo, e por isso um espaço interior, mas ele nunca foi pensado, do ponto de vista criativo, porque não respondia a funções e interesses sociais: foi um espaço não encerrado, mas literalmente fechado, e o espaço interior fechado é precisamente característicoda escultura A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi O templo grego não era concebido como a casa dos fieis, mas como a morada impenetrável dos deuses. Os ritos realizavam-se do lado de fora, ao redor do templo e toda a atenção e o amor dos escultores-arquitetos foram dedicados a transformar as colunas em sublimes obras-primas plásticas e a cobrir de magníficos baixosrelevos lineares e figurativos as traves, os frontões e as paredes. A civilização grega se exprimiu ao ar livre, fora dos espaços interiores e das habitações humanas, fora mesmo dos templos divinos, nos recintos sagrados, nas acrópoles, nos teatros descobertos. A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi A história da arquitetura das acrópoles é essencialmente uma história urbanística, triunfa pela humanidade das suas proporções e da sua escala, pelas insuperadas joias de escultórea graça repousada e repousante, ajustada na sua abstração, esquecida de todos os problemas sociais, autônoma em seu facínio contemplativo e impregnada de uma dignidade espiritual não mais alcançada. Toda arquitetura responde a um programa construtivo e, nas épocas ecléticas, quando falta uma inspiração original, os arquitetos vão buscar nas formas do passado os temas que servem funcional ou simbolicamente para as suas construções. A ESCALA HUMANA DOS GREGOS Bruno Zevi Ora, a que tema responderam os neogrecismos do século XIX? Recorreu-se à arquitetura helênica apenas nos grandes temas monumentais e nos elementos decorativos, em problemas de superfície plástica e volumétrica, nunca de arquitetura. Geralmente, (...) as cópias espalhadas pelo mundo constituem tristes mascaramentos de invólucros murais que encerram espaços interiores e conservam, por isso, todas as características negativas da arquitetura grega carecendo, porém, ao mesmo tempo, da qualidade da escala humana que os monumentos originais possuíam. “ Da mesma forma como consideramos o Partenon como uma edificação exemplar da arquitetura grega, vamos considerar que a arquitetura romana chega ao seu modelo ideal no Panteon de Roma. É exatamente a comparação entre Partenon e o Panteon que nos revela o contraste entre a natureza tectônica e extrovertida grega e a natureza plástica e introvertida da arquitetura romana.” Texto 1 – Disserte sobre a linguagem arquitetônica grega e romana (religiosa e civil), e no decorrer de seu texto explique os termos grifados da citação do autor. Usar também como referência o Tratado de Vitrúvio. Texto 2 – Descreva as características da cidade romana e no final de seu texto elabore croqui com o desenho urbano da cidade indicando suas partes estruturantes.