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Simulado –MINISTÉRIO PÚBLICO DO RN (Autoria: Héricka Dii Santos) LÍNGUA PORTUGUESA 01 a 08 Para responder às questões de 01 a 03, considere o texto a seguir. Disponível em: < www.mpsc.mp.br/campanhas/conte-ate-10>. Acesso em: 14/03/2017. 01. Considerando-se o gênero textual em análise, o objetivo dominante do texto é A) estabelecer, em breve argumentação, um modelo de sociedade em que a paz seja o valor supremo. B) conscientizar o interlocutor sobre a necessidade de se ponderar atitudes em prol da paz social. C) discorrer acerca dos aspectos essenciais à construção de uma sociedade livre de violência. D) descrever a condição necessária para que atitudes violentas não venham a mitigar a paz social. 02. Assinale a proposta de reescrita que preserva a correção gramatical e as relações de sentido estabelecidas entre as orações do texto. A) Conte até 10, porquanto o verdadeiro valente é quem não briga. B) Conte até 10, mas valente mesmo é quem não briga. C) Conte até 10, embora valente mesmo seja quem não briga. D) Conte até 10, se bem que o verdadeiro valente não briga. 03. O emprego da forma verbal “Conte”, no texto, tem por objetivo A) distanciar o interlocutor da temática suscitada. B) incentivar no leitor uma postura de passividade frente ao problema abordado. C) isentar o interlocutor da responsabilidade pelo problema evidenciado. D) aproximar o leitor da problemática implicada no texto. Simulado –MINISTÉRIO PÚBLICO DO RN (Autoria: Héricka Dii Santos) Para responder às questões de 04 a 08, considere o texto a seguir. COMIDA INVISÍVEL O aproveitamento total do alimento, mais do que nutrir, nos ajuda a entender melhor nossa relação com a terra e com as pessoas Por Camilla Cristini Como aprendiz de cozinheira, comecei a perceber que toda comida que se demora na memória envolve uma receita mais profunda do que aquelas que lemos nos livros. Mesmo o prato mais simples leva mais do que a mera soma de suas partes. Ao lado dos ingredientes, histórias invisíveis vão sendo tecidas e traçam um relato de nós mesmos, o que ajuda a encontrar o nosso lugar neste mundo. Dia desses comprei um daqueles sacos vermelhos enormes, cheio de laranjas. Havia mais de 30, eu acho. Experimentei uma, e sua doçura me lembrou a infância, as férias no interior, os pomares carregados de fruta fresca, cultivados pelo Seu José. Esse sabor inundou minha alma em forma de um apelo descarado: eu precisava revelar o que estava perdendo pelo caminho. Precisava me encontrar. Tudo começou pelo começo, pela origem das coisas. As laranjas, embaladas daquela forma, tinham recebido um rótulo de mercadoria e perdido sua virtude mais genuína, a de serem puramente frutas. Também não foi difícil notar que eu não daria conta de usar todas as laranjas antes que estragassem e perdessem o frescor. E foi nesse momento que entendi que algo muito valioso e intrínseco havia se apagado nesse longo trajeto: a relação com a natureza. A verdade é que ultimamente grande parte das pessoas com quem converso vem tendo essa mesma percepção sobre a origem dos alimentos e sai em busca de respostas. Julia Schneider, diretora- fundadora da Escola Schumacher Brasil, é uma delas. Ela passou anos desconfortável com a rotina corporativa e decidiu entender melhor o mundo e as relações. Foi com as mãos na terra, ao lado daqueles que ajudam a cultivar o alimento, que encontrou boa parte das respostas para suas inquietações. Ela entendeu, por exemplo, que o poder é algo ilusório. Ao vivenciar a natureza, entrou em contato com os ciclos e percebeu o quanto isso estava conectado com ela mesma. “Nós somos a natureza!”, diz. E segue: “O desenrolar do tempo que puxa a flor da semente e o fruto da flor é o mesmo tempo que nos tira do ventre da mãe ou que nos enruga a pele”. Ela lembra, ainda, que são as estações que controlam a oferta dos alimentos, ora promovendo florescimento, ora reclusão. Assim como nós, seres de diferentes humores e disposições. A saliva que nos enche a boca e o estômago que ronca ansioso são, além da fome do alimento, uma fome de pertencimento a essa comunidade maior. “E o gosto, tão visceral do paladar, é sentido além do garfo nas experiências doces e amargas que povoam as cenas do nosso cotidiano”, completa Juliana. Disponível em: <www.vidasimples.uol.com.br>. Acesso em: 14/03/2017. [Texto adaptado] 04. Em sua totalidade, o texto legitima a seguinte constatação: A) O consumo indiscriminado dos alimentos pode conduzir os indivíduos à perda da noção sobre o real valor neles imbuído. B) Assim como o curso da natureza propriamente dita, os seres humanos vivenciam ciclos baseados fundamentalmente nas estações. C) Os livros de receitas culinárias são capazes de retratar com fidelidade o potencial palatável e humano das criações culinárias que se propõem a disseminar. D) Uma maior aproximação da natureza tornaria mais complexa e pesarosa a reflexão acerca dos conflitos que permeiam a existência humana. Simulado –MINISTÉRIO PÚBLICO DO RN (Autoria: Héricka Dii Santos) Considere as seguintes afirmações sobre a organização dos parágrafos do texto para responder à questão 05. I) Nos 2º e 3º parágrafos, a autora relata uma experiência pessoal para instaurar a reflexão sobre o valor inerente aos alimentos e suas possíveis implicações nos indivíduos. II) O 4º parágrafo do texto contribui para reforçar a preocupação da autora quanto à temática abordada, ampliando seu universo de adesão. III) Tendo em vista o caráter informativo do texto, seu parágrafo introdutório se exime de explicitar uma perspectiva mais subjetiva a respeito do recorte temático. 05. Está correto o que se afirma em A) I, II, apenas. B) I e III, apenas. C) II, apenas. D) I, II e III. Analise o trecho abaixo para responder às questões 06 e 07. A verdade é que ultimamente grande parte das pessoas com quem converso vem tendo essa mesma percepção sobre a origem dos alimentos e sai em busca de respostas. 06. As estruturas verbais em destaque estão flexionadas A) no singular, pois a flexão de plural, no contexto, implicaria uma transgressão ao registro culto. B) no plural, no primeiro caso, e no singular, no segundo. C) no singular, mas a flexão de plural, no contexto, seria admitida pela variante formal do português. D) no plural, no primeiro caso, para concordar com o substantivo “pessoas”. 07. Sobre a estrutura morfossintática do trecho, é correto afirmar que nele há A) duas orações subordinadas e uma coordenada a outra sem elemento linguístico explícito. B) uma oração coordenada a outra por meio de um elemento linguístico explícito. C) três orações coordenadas entre si por meio de elementos linguísticos explícitos. D) uma oração subordinada e uma oração coordenada a outra sem elemento linguístico explícito. Considere o segmento abaixo para responder à questão 08. E o gosto, tão visceral do paladar, é sentido além do garfo nas experiências doces e amargas que povoam as cenas do nosso cotidiano. 08. Considerando-se o contexto, o vocábulo “visceral” foi empregado com o sentido de A) incomum. B) arraigado. C) destoante. D) supérfluo.
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