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APOSTILA DIREITO PROCESSUAL PENAL II

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II
1° prova dia 20 de março
Processo e Procedimento.
Dos pressupostos processuais. 
Formas procedimentais. 
Procedimento Comum. 
Procedimentos especiais Crimes de Competência do Júri
AÇÃO – PROCESSO – PROCEDIMENTO.
a) AÇÃO – quando existe um delito, quando existe uma infração penal , cabe ao estado, detentor do “jus puniende” punir aquele crime. Todavia mesmo sendo o estado o detentor do direito-dever de punir ele não o pode exercer de forma arbitrária/aleatória.
Ex. “um cidadão comete um crime, amanhã ele já começa a cumprir pena e depois ele já está condenado” não é assim.
O estado terá que fazer uma investigação criminal através do inquérito policial, depois desta investigação criminal concluída será dado inicio a ação penal.
Essa ação penal pose ser:
	Publica (que será iniciada pelo representante do ministério do ministério publico MP).
	Privada (onde a própria vitima através de um advogado vai ingressar com uma queixa – crime).
A ação penal é apenas o inicio, pois sendo essa de ação penal publica com o oferecimento da denuncia o juiz vai citar o acusado para este apresentar uma defesa , posteriormente a essa defesa o juiz vai designar uma audiência de instrução e julgamento, vindo as alegações finais, os exames periciais necessários , então é que o juiz vai prolatar a sentença.
Então existe um caminho muito longo entre a prática do crime e o reconhecimento de uma culpabilidade. 
A ação penal é o único que será concluído com uma sentença.
b) PROCESSO – depois do inicio da ação penal, passa a ter um conjunto de atos processuais que são feitos perante o juiz . são estes: DENUNCIA, DEFESA, AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, AS ALEGAÇÕES FINAIS, SENTENÇA DE JUIZO e o conjunto de todos esses atos processuais feitos perante o juiz é chamado de PROCESSO.
Processo é o conjunto , a reunião de tosos os atos processuais que se operam diante do juiz.
C) PROCEDIMENTO – obs. Dependendo do tipo de crime, dependendo da penalidade aplicada a esse crime, os atos processuais se dão de forma diversa.
Ex: qualquer crime é submetido a julgamento do tribunal popular do júri ? 
Eu furto uma bicicleta e nada mais , eu irei ser julgado pelo tribunal do júri ? NÃO . 
Toda via se eu mato alguém de forma DOLOSA , eu vou ser submetido a julgamento pelo tribunal do júri ? SIM
Só nesse exemplo citou-se 2 formas de julgamento , um pelo tribunal do júri e outro não julgado.
Aqui não se fala mais em processo , e sim em um procedimento . procedimento é a maneira , a forma como os atos processuais serão feitos.
O procedimento refere-se a rito processual, a marcha processual, é a forma como os atos processuais serão realizados.
EX. se alguém é acusado de roubo e a defesa é escrita . 
 Se alguém é acusado de injúria a defesa é oral. 
Nestes exemplos citados TODOS POSSUEM PROCESSO, agora a maneira como os atos processuais são feitos divergem. É por isso que o procedimento o roubo é um e da injúria é outro.
DIFERENÇA ENTRE PROCESSO E PROCEDIMENTO 
Não importa qual o crime todos tem um processo, pois este é o conjunto de todos os atos processuais feitos diante de um juiz.
O meio como serão realizados os atos é que variam , PROCEDIMENTO.
SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL PENAL. 
OBRIGATÓRIAMENTE tem que ter 3 sujeitos processuais. AUTOR – RÉU- JUÍZ . não importa o crime praticado , não o importa o procedimento a ser tomado, sempre haverá a presença de 3 sujeitos processuais.
Quem é o AUTOR?
Vai depender do tipo de ação penal:
Se é um crime de ação penal for PUBLICA – o autor é o REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Se é um crime de ação penal for PRIVADA - - o autor será a PROPRIA VÍTIMA que vai ingressar com uma QUEIXA-CRIME através de um ADVOGADO PARTICULAR.
O autor é quem pretende a condenação de alguém.
Quem é o RÉU ?
O RÉU é o acusado , é a contra pessoa contra quem se impura a pratica de um crime.
Quem é o JUÍZ ?
Se há um autor e um réu , ao final do processo e do procedimento alguém precisa dar uma decisão, alguém precisa solucionar esse litígio, e esse alguém é o juiz.
Obs. Não importa o tipo de crime, sempre haverá 3 sujeitos pertencentes a relação processual. JUIZ-AUTOR- RÉU. 
CARACTERES DA RELAÇÃO PROCESSUAL.
Dentro da relação jurídica algumas características se apresentam.
A relação processual é AUTONOMA – é independente da relação jurídico Material.
Diferença entre a R.J PROCESSUAL e R.J MATERIAL:
RJP – REFERE-SE AO PROCESSO
RJM – REFERE-SE AOS FATOS – aquilo que acontece.
Quando eu digo RJP é independente da RJM eu quero dizer que existe a possibilidade de eu ter um processo e não ter um fato.
Tanto é verdade , que o objetivo do processo é isso, é investigar se o fato existe ou não, é saber se o acusado é responsável ou não por aquele fato.
O processo é para a investigação , o processo é para produção de provas, o processo é para se chegar a uma conclusão.
Ex. alguém é acusado de furto, o MP ofereceu denuncia acusando de ter praticado o furto. No final do processo João prova que o fato alegado não existiu, é uma prova que RJP é AUTONOMA.
A relação processual é PÚBLICA – os processos criminais são de natureza pública. Obs. Vai ser sigiloso se houver interesse de menor.
A relação processual é COMPLEXA – é complexo devido a sua consequência jurídica ser muito grave.
Para se aplicar uma sanção jurídica muito grave tem que deixar o acusado apresentar sua defesa, deixar exercer o contraditório e a ampla defesa. 
É por isso que os processos criminais são cheios de perícias.
Essa complexidade é natural devido os bens jjurídicos nele envolvidos que são os mais importantes.
A relação processual é PROGRESSIVA – Cada ato processual tem como consequência a relação de outro ato processual.
Ex. o MP oferece a Denuncia , por consequência o juiz cita o acusado...
Progressividade cronológica, ou seja, os atos processuais obrigatoriamente precisão ser feitos na sequencia pré-determinada pela legislação processual penal. 
A sequencia é estabelecida de forma cogente , de forma impositiva.
	
FORMAS DE PROCEDIMENTO.
SABER IDENTIFICAR, DEPENDENDO DO CRIME / DEPENDENDO DA PENA qual o tipo de procedimento a ser aplicado. 
Regra geral 
TIPO DE CRIME
SANÇÃO PENAL APLICADA AO CRIME
4.1 - PROCEDIMENTO PENAL COMUM 
Este procedimento é obtido por exclusão. Pois primeiro deve observar se o procedimento será especial, porque se para aquele tipo de crime tiver o procedimento especial pronto ! não precisa ir atrás de mais nada. Se o crime não tem procedimento especial é lógico que ele vai ser comum.
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – ARTIGO 395 SS CPP
A pena máxima abstrata Igual ou superior a 4 anos
 E não pode ter procedimento especial
Ex1- furto Art. 155 – 1 a 4 anos e não tem procedimento especial
Ex2- Roubo Art. 157 – 4 a 10 anos e não tem procedimento especial 
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO – ARTIGOS 531 SS CPP.
A pena máxima em abstrato é menor que 4 anos e maior que 2 anos 
E não pode ter procedimento especial
EX. Homicídio CULPOSO Art. 121. 3º - Pena 1 a 3 anos e não tem procedimento especial 
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRISSIMO –
UTILIZADO NOS CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO 
CMPO – é o crime que tem pena máxima em abstrato igual ou inferior a 2 anos 
Ex. lesão corporal simples, 129 CP – 3 meses a 1 ano , e não tem procedimento especial.
Obs. Esse procedimento não é encontrado no CPP, ele é encontrado no artigo 66 e ss da LEI 9.099/95 – LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CIVIS E CRIMINAIS – JECRIN: ( APROFUNDANDO : Juizado Especial Criminal (JECrim) é um órgão da estrutura do Poder Judiciário brasileiro destinado a promover a conciliação, o julgamento e a execução de qualquer infração de menor potencial ofensivo. Tais ilícitos penais são todas as contravenções penais, independentemente das sanções previstas em lei, e os crimes com pena privativa de liberdade cominada de até dois anos, cumulada ou não com multa.)
4.2 – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Eles podem estar previstos no código de processo penal ou nas leis extravagantes.
PROCEDIMENTODO JÚRI – ARTIGOS 406 À 497 CPP
PROCEDIMENTO P/ DROGAS – 11.343/2006
Da Subsidiariedade do processo ordinário. - Quando os outros procedimentos houver alguma lacuna, alguma omissão a ser preenchida, vai se buscar no proc. Ordinário. Art. 394 ss CPP
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – ARTIGO 395 SS CPP
Quais são os tipos de crimes que se aplica o procedimento comum ordinário? 
Vai-se olhar para a pena máxima em abstrato do crime: se a pena máxima em abstrato for = ou SUPERIOR a 4 ANOS e NÃO EXISTIR PROCEDIMENTO ESPECIAL. Dessa forma vai seguir o procedimento comum ordinário.
Ex1. Artigo 171 CP – estelionato pena de 1 a 5 Anos.
Ex2. Artigo 129 CP § 3º e § 2°:
§ 3º Lesão corporal seguida de morte, Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
§ 2°. Lesão corporal de natureza grave Se resulta: Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Todas as regras do procedimento comum ordinário estão descritas nos artigos 395 a 405 do CPP. 
As regras que sintetizam , normatizam, regulamentam o procedimento comum ordinário não tem outro lugar a não ser do artigo 395 a 405 do CPP.
Visto quais são os casos em que se aplica o procedimento comum ordinário será feita uma abordagem sobre o RITO (TRÂMITE PROCESSUAL) , que são as fases /Etapas do procedimento comum ordinário.
RITO DO PROCEDIEMTNO COMUM ORDINÁRIO
	RITO DO PROCEDIEMTNO COMUM ORDINÁRIO
	
1- OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA
Essa peça acusatória pode ser uma: 
DENUNCIA (MP, tem prazo de 5 dias – Réu Preso e 15 dias – Réu Solto, que começa a contar o prazo quando os autos do IP são entregues ao representante do MP) ou 
QUEIXA-CRIME (VÍTIMA e ADVOGADO Tem prazo de 6 meses , esse prazo começa a contar a partir do momento que a vitima tem conhecimento de quem é o autor do crime )
O RITO é iniciado com o oferecimento de uma peça acusatória que pode ser uma denúncia ou uma Queixa-Crime: 
Depois que oferecida a peça acusatória o juiz tem 2 opções:
a) Rejeitar a peça acusatória ( não receber)
b) Receber a peça acusatória.
2- A CITAÇÃO DO ACUSADO
Recebido essa peça acusatória o JUIZ VAI DETERMINAR A CITAÇÃO DO ACUSADO.
3- APRESENTAR UMA DEFESA POR ESCRITO
Depois que o acusado for citado ele vai APRESENTAR UMA DEFESA POR ESCRITO.
4- AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
Quando o acusado apresenta essa defesa por escrito é realizado uma AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
5- ALEGAÇÕES FINAIS
Ao final dessa audiência de instrução e julgamento a acusação e a defesa (nessa sequência 1º Acusação e em 2º a Defesa) fazem as ALEGAÇÕES FINAIS.
6- SENTENÇA.
Após as alegações finais o juiz irá prolatar uma SENTENÇA.
	Esse caminho , essas etapas elencadas acima é o Rito do PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO.
	Fases que obrigatoriamente devem ser seguidas quando alguém é acusado de um crime que é imputado a ele a pena máxima em abstrato igual ou superior a 4 anos e não existir procedimento especial.
1- OFERECIMENTO DA DENUNCIA OU QUEIXA CRIME.
O oferecimento da peça acusatória vai depender do tipo de crime. Se for de ação penal publica a peça acusatória será uma DENUNCIA, se for um crime de ação penal privada será a peça uma QUEIXA-CRIME (apresentado pela vítima pelo seu advogado)
Existe um prazo para que seja oferecida a PEÇA ACUSATÓRIA.
NO CASO DOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PUBLICA O REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PUBLICO TEM PRAZO DE 
05 DIAS SE O RÉU ESTIVER PRESO 
15 DIAS SE O RÉU ESTIVER SOLTO
OBS. O prazo começa a contar a partir do momento que os autos do inquérito policial são entregues ao representante do ministério público.
Nos crimes DE AÇÃO PENAL PRIVADA A VITIMA TEM O PRAZO:
DE 6 MESES PARA INTERPOR A QUEIXA-CRIME.
OBS. O prazo começa a contar a partir do momento que A VÍTIMA SOUBER QUEM É O AUTOR DO ILICITO PENAL.
A PEÇA ACUSATÓRIA É FORMADA PELO:
ENDEREÇAMENTO
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES (AUTOR E RÉU)
NARRATIVA FÁTICA (CONTAR OS FATOS)
ADEQUAÇÃO TÍPICA (DIZER O CRIME )
PEDIDOS/DILIGÊNCIAS – PEDE A CONDENAÇÃO, INDICA O ROL DAS TESTEMUNHAS, E AS DILIGÊNCIAS.
	
TESTEMUNHAS:
Merece destaque, pois o momento que a acusação tem para indicar as testemunhas que serão ouvidas na audiência de instrução e julgamento é no OFERECIMENTO DA DENUNCIA, ou da QUEIXA CRIME.
Artigo 156 - Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
Testemunhas São pessoas que viram, presenciaram ou tomaram conhecimento da conduta delituosa.
Dependendo do tipo de procedimento existe um NUMERO MAXIMO de TESTEMUNHAS que podem ser arroladas pela acusação.
No PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO O NUMERO MAXIMO DE TESTEMUNHAS É 08 (OITO).
OBS. HÁ POSSIBILIDADE DE PESSOAS SEREM OUVIDAS PELA JUSTIÇA, MESMO SEM SER SOB A CONDIÇÃO DE TESTEMUNHAS , SÃO OS CHAMADOS INFORMANTES ou DECLARANTES. (ESTES PRESTAM DEPOIMENTO , TODA VIA , NÃO PRESTÃO O COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE.
PESSOAS MENORES DE 14 ANOS
PESSOAS QUE SOFREM DE DEFICIENCIA MENTAL
PARENTES DO ACUSADO (CADI)
ESSES INFORMANTES NÃO SÃO CONPUTADOS NA CONTAGEM DO NÚMERO MAXIMO DE 08 TESTEMUNHAS , OU SEJA, ELES SÃO CONTADOS SEPARADAMENTE DAS TESTEMUNHAS.
	
DILIGÊNCIAS
NO OFERECIMENT DA PEÇA ACUSATÓRIA EXISTE A POSSIBILIDADE DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PUBLICO (MP) OU DO ADVOGADO DA VÍTIMA REQUERER DILIGENCIAS.
Diligências no Processo Penal é aquilo que visa elucidar/melhorar explicar a situação . 
Tudo aquilo que tem por finalidade esclarecer o fato é CHAMADO DE DILIGÊNCIA
Obs. SÓ PODE REQUERER DILIGÊNCIAS NO OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA.
OFERECIDA A PEÇA ACUSATÓRIA O JUIZ PRECISA DAR UMA DECISÃO, OU SEJA, Depois que oferecida a peça acusatória o juiz tem 2 opções:
a) Rejeitar a peça acusatória ( não receber)
b) Receber a peça acusatória.
RECEBER OU REJEITAR A PEÇA ACUSATÓRIA ESTÁ INTIMAMENTE LIGADO A QUESTÕES PROCESSUAIS, o que define é saber se os PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS , se AS CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL ESTÃO PRESENTES. 
O JUIZ não vai fazer uma analise meritória dos fatos, o juiz vai analisar os PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, a EXISTÊNCIA ou NÃO DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL.
LEGITIMIDADE DAS PARTES – COMPETÊNCIA JURISDICIONAL SÃO CONDIÇÕES DA AÇÃO. QUANDO FALTAR ESTES O JUIZ A REJEITARÁ. QUANDO ESTES ESTIVEREM PRESENTES O JUIZ A RECEBERÁ.
ARTIGO 395 CPC – CASOS DE REJEIÇÃO DA INICIAL.
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta;  
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
* Inepta é sinônimo de: incapaz, idiota, imbecil, incoerente
Quando o juiz RECEBE A INICIAL ele dá um DISPACHO – “cita-se o acusado para apresentar defesa no prazo legal”
2- A CITAÇÃO DO ACUSADO
Recebido essa peça acusatória o JUIZ VAI DETERMINAR A CITAÇÃO DO ACUSADO.
3º RESPOSTA À ACUSAÇÃO - APRESENTAR UMA DEFESA POR ESCRITO
OCORRE DEPOIS DA CITAÇÃO
O acusado terá o PRAZO DE 10 DIAS para poder apresentar a sua resposta contra a acusação POR ESCRITO ATRAVÉS DE UM ADVOGADO.
Este é o momento para o acusado inicialmente apresentar sua DEFESA TÉCNICA.
Ex. TESE NEGATIVA DE AUTORIA 
 PRESCIÇÃO (PROCESSUAL)
 DECADÊNCIA (PROCESSUAL)
- Prescrição é a perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento; é a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo.
 -Decadência é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em lei; é a perda do direito em si, em razão do decurso do tempo.
Obs. O QUE NÃO PODE FALTAR NA RESPOSTA A ACUSAÇÃO:
O ROL DE TESTEMUNHAS – onde o número máximo é de 08 testemunhas.
Obs. TESES DEFENSIVAS – Não são obrigatórias na fase de RESPOSTA A ACUSAÇÃO o advogado pode relatar futuramente, nas ALEGAÇÕES FINAIS.
O advogado pode fazer o requerimento dos pedidos de diligências.
A NÃO APRESENTAÇÃO DA RESPOSTA A ACUSAÇÃO
O acusado é citado, mas não apresenta defesa escrita e não constitui advogado FICOU INERTE. 
NO PROCESSO PENAL NÃO EXISTE REVELIA, se dentro do prazo de 10 dias o acusadoficar inerte o JUIZ vai NOMEAR UM DEFENSOR PÚBLICO , e vai ser aberto vistas aos autos e vai ser dado um NOVO PRAZO de 10 dias para que o DEFENSOR possa apresentar a resposta a acusação.
No processo penal a RESPOSTA A ACUSAÇÃO é OBRIGATÓRIA, mesmo que o acusado não queira se defender.
Artigo 396 CPC – Tem informações de como funciona a resposta a acusação.
Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
	
3º ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
É uma espécie de julgamento antecipado do processo.
É a situações em que o juiz antes das provas , antes da audiência de instrução e julgamento opta por absolver o acusado. Pois é tão obvia a inocência do acusado que o juiz entende não haver necessidade para a produção de provas.
Obs. Admite-se o julgamento antecipado para absolver , nunca para condenar. NÃO EXISTE POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA .
CAUSAS QUE SE ADMITE A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA.
A) se ficar provada uma causa justificativa – EXCLUDENTE DE ILICITUDE – ARTIGO 23 CP.
 Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
 I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
B) se ficar comprovada uma causa DIRIMENTE – AQUILO QUE AFASTA A CULPABILIDADE.
ININPUTABILIDADE
ERRO DE PROIBIÇÃO
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL
Obs. essas causas não são cumulativas só precisa da presença de uma delas.
C) se ficar comprovada a ATIPICIDADE DA CONDUTA.
D) se ficar comprovada CAUSA EXTINTIVA DE PUNIBILIDADE – ARTIGO 107 CP.
 Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
 I - pela morte do agente;
 II - pela anistia, graça ou indulto;
 III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
 IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
 V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
 VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:  
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou  
IV - extinta a punibilidade do agente.
	APELAÇÃO CRIMINAL - É O INSTRUMENTO (RECURSO) PELO QUAL A ACUSAÇÃO QUESTIONA A DECISÃO DO JUIZ QUE ABSOLVE SUMARIAMETE O ACUSADO.
Possibilidade de aplicação subsidiária do procedimento comum ordinário nos outros procedimentos.
Significa dizer que as normas contidas no procedimento comum ordinário podendo ser usadas em outros procedimentos 
Isso é uma aplicação “alternativa” ,só é usado para o preenchimento de lacunas desde que haja uma compatibilidade.
Quais são essas regras do procedimento comum ordinário que terá aplicação subsidiária nos outros procedimentos?
Artigos 395, 396, 397 do CPP.
Artigo 395 - Rejeição liminar da peça acusatória
Artigo 396 – Possibilidade da defesa que o acusado tem no prazo de 10 dias para responder por escrito a acusação 
Artigo 397- Absolvição sumária
Obs. Essas 3 regras podem ser aplicadas no procedimento comum ordinário como em outros procedimentos.
Obs. É preciso seguir a linha do raciocínio que : só podem ser utilizados se no outro procedimento existir lacunas e as regras precisam ser compatíveis.
DISPOSITIVOS LEGAIS QUE PODEM SER UTILIZADOS 
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta;  
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
 § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
 § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.
O artigo 394 é que fala da aplicação subsidiária daqueles artigos em outros procedimentos, é necessário que haja uma compatibilidade entre procedimentos.
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias.
Obs. A interpretação que a doutrina tem do Artigo 394 § 4o do CP – sem exceção o artigo 395 (rejeição liminar da peça acusatória) e o artigo 397 ( absolvição sumária) podem ser aplicados em qualquer tipo de procedimento .
4 – RECEBIMENTO DA DENUNCIA OU QUEIXA –CRIME.
No procedimento comum ordinário há 2 momentos para o recebimento da Denuncia , aonde o juiz analisa a possibilidade de receber ou rejeitar a peça acusatória .
PRIMEIRO MOMENTO- APÓS O OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA. REJEITA (falta de condição da ação penal; falta de pressuposto processual) RECEBE.
SEGUNDO MOMENTO – SE NÃO FOR CASO DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DE NOVO O JUIZ ANALISA SE RECEBER OU SE REJEITAR A PEÇA ACUSATÓRIA. 
OBS. ESSE SEGUNDO MOMENTO acontece porque o juiz agora conhece os dois lados da moeda. PEÇA ACUSATÓRIA e a PEÇA ESCRITA.
CONFIRMAÇÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA:
Após a defesa escrita, mesmo assim o juiz entende que a DENUNCIA deve ser recebida, vai dar despacho confirmando o recebimento da peça acusatória. 
INTIMAÇÃO DO RÉU
No despacho do juiz que confirma a peça acusatória ,vai ser designado dia, horário e local para a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. (momento probatório para criação de provas) 
Obs. O CP diz que essa audiência deve ser realizada no prazo máximo de 60 dias após o despacho.
Se o juiz designar uma audiência de instrução e julgamento que é o momento onde serão produzidas as provas, as pessoas que devam comparecer a essa audiência de instrução e julgamento precisam ser intimadas /notificadas. ( ato pelo qual se dá conhecimento da existência de um ato processual)
MP
VÍTIMA
O RÉU
DEFENSOR PUBLICO
TESTEMUNHAS 
PERITOS 
AS INTIMAÇÕES OCORREM DA SEGUINTE FORMA:
ADVOGADO – DIÁRIO OFICIAL DA JUSTIÇA
MP – OFICIAL DE JUSTIÇA ENTREGA O PROCESSO PARA O PROMOTOR
TESTEMUNHAS – OFICIAL DE JUSTIÇA (PESSOALMENTE) 
PERITOS - OFICIAL DE JUSTIÇA (PESSOALMENTE)
VÍTIMA - OFICIAL DE JUSTIÇA (PESSOALMENTE)
RÉU
DEVE-SE SABER:
1º ESTÁ PRESO OU SOLTO?
2º ESTÁ NA COMARCA AONDE O PROCESSO TRAMITA O JULGAMENTO?
SE O REL ESTIVER SOLTO – COMARCA DO PROCESSO - OFICIAL DE JUSTIÇA (PESSOALMENTE)
SE O REL ESTIVER SOLTO – COMARCA DIFERENTE – CARTA PRECATÓRIA.
PRESO EM COMARCA DIFERENTE – O DIRETOR OU GERENTE DO ESTABELESCIMETO PRISIONAL QUE VAI SER INTIMADO, POIS É O RESPONSSÁVEL DE CONDUZIR O RÉU A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
5 – AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
No dia , hora e local Pré-designado pelo juiz será realizado essa audiência de instrução e julgamento.
Objetivo desse audiência:
FASE INTRODUTÓRIA , o momento aonde será feito a colheita das provas , aonde serão produzidas as provas para que o juiz ao final possa chegar a uma conclusão.
Obs. Nessa fase introdutória os atos processuais SEGUEM UMA SEQUENCIA QUE NÃO PODE SER MODIFICADA.
ARTIGO 400 CPP
OITIVA DA VÍTIMA – SUJEITO PASSIVO
OITIVA DAS TESTEMUNHAS INDICADAS NA ACUSAÇÃO – ARROLADAS NA PEÇA ACUSATÓRIA.
OITIVA DAS TESTEMUNHAS INDICADAS PELA DEFESA – ARROLADAS NA DEFESA ESCRITA.
ESCLARECIMENTO DE PERITOS – CONHECIMENTO SOBRE DETERMINADA ÁREA , CONHECIMENTO TÉCNICO.
ACAREAÇÕES E O RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS.
INTERROGATÓRIA DO ACUSADO
DILIGÊNCIAS 
ALEGAÇÕES FINAIS 
SENTENÇA
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1o  As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.     
§ 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.
Obs. O CPP que prevê que a audiência seja UMA – ARTIGO 400 § 1o 
TODOS OS ATOS PROCESSUAIS DEVEM SER REALIZADOS EM UMA ÚNICA AUDIÊNCIA. CONTUDO AO DEPENDER DA COMPLEXIDADE DO PROCESSO É PERMITIDO O FRACIONAMENTO, NÃO PODE É INVERTER A ORDEM.
	OITIVA DAS TESTEMUNHAS:
No processo penal a melhor forma que tem de provar o que se está alegando é através das testemunhas.
No procedimento comum ordinário o numero máximo de testemunhas é 8 (oito) de cada lado.
Obs- tem aquelas pessoas que não tem o compromisso de dizer a verdade e não são incluídas nesse numero. São os INFORMANTES/DECLARANTES , menores de 14 anos , CADI, Débeis mentais.
Na pratica é assim, o juiz , advogado e promotor perguntam diretamente à testemunha.
A INVERSÃO DA OITIVA DE TESTEMUNHAS 
A oitiva das testemunhas é a única possibilidade que a sequencia do procedimento comum ordinário pode sofrer uma alteração. Isso ocorre se a testemunha tiver que ser ouvida por carta precatória 
Ex. Na comarca x aonde o processo tramita marcou a audiência para dia 09/03/19 e o juiz que vai ouvir a testemunha por carta precatória nem marcou a audiência. “neste caso pode dar seguimento ao procedimento, e depois que ela foi ouvida por carta precatória só faz juntar no processo”.
Obs. Salvo essa exceção da CARTA PRECATÓRIA não se pode inverter nenhum ato da audiência de instrução e julgamento.
TESTEMUNHA REFERIDA – é aquela que não foi arrolada pela defesa e nem pela acusação, todavi no relato das outras testemunhas seu nome foi citado inúmeras vezes . serve como uma diligência.
6 – DILIGÊNCIAS.
DEPOIS do INTERROGATÓRIO DO ACUSADO, defesa e acusação podem requerer diligências e ANTES das ALEGAÇÕES FINAIS. 
Diligências - é tudo aquilo que pode ajudar a esclarecer um fato.
Há vários tipos de diligencias
As diligências são pedidas pelas partes, mas cabe ao juiz concedê-las ou não, deferindo ou indeferindo os pedidos.
Este é um dos motivos pelo qual impede que a audiência seja UMA.
7 – ALEGAÇÕES FINAIS.
Ocorre quando não se tem mais nenhuma prova para se produzir.
é o momento mais importante do processo, porque é nas alegações finais que acusação defesa fazem uma síntese, uma abordagem de tudo aquilo que foi produzido ao longo do processo.
Único momento que as partes podem se manifestar antes da sentença.
	FUNCIONAMENTO DAS ALEGAÇÕES FINAIS:
São orais feitas dentro da AIJ – audiência de instrução e julgamento
Acusação tem 20 minutos prorrogável por mais 10 minutos
Defesa tem 20 minutos prorrogável por mais 10 minutos
Obs. Se o assistente falar este terá 10 minutos haverá de acréscimo de 10 minutos na para a acusação.
Memoriais escritos – transforma o juiz a alegação em termo escrito e a acusação tem 05 dias para fazê-la e a defesa terá o mesmo prazo .
Há o momento de requerer as nulidades.
Todo vício, toda irregularidade processual, ou seja, se uma das partes constatou ao longo do processo alguma irregularidade /vício , o momento para arguir tais nulidades é nas alegações finais. 
A alegação final é o momento mais importante do processo , principalmente para a defesa.
DIREITO AO CONTRADITÓRIO – 
O PROCESSO PENAL É REGIDO POR PRINCIPIOS E ALGUNS ESTÃO PREVISTOS NO TEXTO CONSTITUCIONAL COMO É O CASO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
Todo mundo que é acusado de um crime , chega o momento que vai ter que fazer a sua abordagem , vai poder contraditar/contrariar aquela imputação que lhe está sendo feita.
É o momento mais oportuno para essa prática para o advogado é nas alegações finais, por os seguintes motivos:
Quando chega nas alegações finais implica dizer que não há mais nada a ser produzido. Ou seja testemunhas já foram ouvidas; vitima já prestou seu depoimento, acusado já foi interrogado, pericias foram feitas. 
As alegações finais antecedem a sentença a ser prolatada pelo juiz
O STF não tem permitido alegações finais feitas pelas partes de forma muito resumida, pois este é o momento de ambos defenderem as suas teses de acordo com o que foi produzido ao longo do processo.
Exige-se que nas alegações finais as partes façam a analise profunda do conjunto probatório.
É preciso justificar a tese defendida, e isso ocorre através de argumentos fáticos , testemunhas, ou argumentos jurídicos por meio de decisões jurisprudenciais, doutrinárias ou até mesmo explicações da própria lei.
AUSÊNCIA DE ALEGAÇÃO FINAL 
Não se admite uma alegação final muito reduzida, como também não é permitido a ausência desta.
O processo não pode ser julgado sem a presença das alegações finais.
Diferença entre ausência e deficiência das alegações finais no processo.
Ausência – é quando o acusado e seu advogado são notificados para apresentar a alegação final e não se manifesta em nada, ficando inertes , passa o prazo seja de 05 dias , ou o prazo da audiência de instrução e julgamento
Deficiência- é quando o acusado e o seu advogado notificado para apresentarem as alegações finais apresentam, mas não apresenta uma alegação final a altura , não faz uma analise das testemunhas , não trás argumentações jurídicas , não há o cumprimento dos requisitos legais.
Para resolver essa questão da deficiência das alegações finais o STF editou a sumula 523.
Essa sumula tenta explicar quais sãoas consequências jurídicas que a ausência ou a deficiência da alegações finais podem gerar no processo criminal.
Essa sumula 523 prevê a possibilidade de uma nulidade absoluta e uma nulidade relativa se as alegações finais forem deficientes ou não existirem.
NULIDADE RELATIVA- eu preciso provar um prejuízo para que o ato seja nulo.
NULIDADE ABSOLUTA - eu não preciso provar nenhum prejuízo , o ato será nulo, há a presunção do prejuízo
Sumula 523 - No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
 “ a ausência de defesa (ou seja, o acusado e seu advogado são notificados para apresentar as alegações finais e não apresentam) , se não tiver as alegações finais e o juiz julgar o processo isso acarreta em uma NULIDADE ABSOLUTA.
“Na deficiência das alegações finais, vai ser caso de NULIDADE RELATIVA se ficar comprovado a existência de um prejuízo.
	
8 – LAVRATURA DO TERMO.
Todas as vezes que se tem uma audiência de instrução e julgamento , ao final deste audiência será feito um resumo, uma síntese de tudo aquilo que aconteceu na audiência.
Esse resumo, essa síntese dos pontos principais da audiência é chamada de ATA.
9 – JULGAMENTO.
Encerrada as Alegações Finais , os autores vão para o juiz e o vai ter 2 opções.
Se o juiz entender que é possível julgar o processo, de julgar dentro da audiência de instrução e julgamento.
Se o juiz entender que não é conveniente o processo é complexo e não é possível o julgamento dentro da audiência, os autos do processo vão conclusos ao juiz, e este terá um prazo de 10 dias para proferir seu julgamento.
Obs. PRAZOS FATAIS – para os procedimentos de processo penal, ou seja, é o prazo sem prorrogação ou acríssimo 
Obs. Os prazos estabelecidos ao JUIZ NÃO SÃO PRAZOS FATAIS , servem apenas de parâmetro.
O juiz tomará duas decisões no julgamento 
Julga procedente – implica dizer que o juiz está condenando o acusado, o juiz está dando razão para quem ofereceu a ação penal.
Julga improcedente - A ação penal não tem razão e o réu é absolvido.
As partes NÃO SÃO OBRIGADAS A CONCORDAR COM A DECISÃO DO JUIZ. Neste caso: cabe recurso. RECURSO – APELAÇÃO CRIMINAL
	Princípios 
	1 – principio da identidade física do juiz
Antes de 2008 era um principio , a partir de agosto de 2008 o CPP sofreu alterações e passou a reconhecer por lei a identidade física do juiz
O juiz que tem contato com as partes, o juiz que presidiu o processo é o juiz que recebe a denuncia, que expede a citação do acusado, que acompanha toda audiência de instrução e julgamento é quem tem que julgar o processo. De acordo com essa identidade física do juiz.
Obs. Se o juiz no meio do processo sair de férias o substituto não poderá julgá-lo em razão da identidade física do juiz.
Art. 399 § 2o do CPP
Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente
§ 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. 
§ 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença
	2- excesso de prazo.
No procedimento comum ordinário tudo tem um prazo.
Obs. O prazo do juiz não é fatal, não gera nulidade, mas pode gerar consequências.
Existe um parâmetro de 105 dias; o entendimento que se tem é que todos os atos do procedimento comum ordinário devem ser concluídos em 105 dias.
Antes da denuncia existe uma fase investigativa chamada inquérito policial. O prazo para conclusão do IP é de:
10 dias se o acusado estiver solto (05 dias se o acusado estiver preso) para a conclusão do IP
05 dias para o MP após receber o IP e oferecer ou não a Denuncia. (se o acusado estiver preso)
10 dias O acusado tem de prazo para apresentar a defesa escrita
60 dias é o prazo para O juiz designa a audiência de instrução e julgamento.
05 dias para ambos (defesa ) para prestar as alegações finais , e 
05 dias para ambos (acusação ) para prestar as alegações finais
10 dias para o juiz sentenciar o processo 
Esse é o parâmetro, essa regra não é matemática, existe uma coisa chamada senso de razoabilidade.
 - justa causa – 
Às vezes a um excesso de prazo, mas tem uma justificativa. EX, o defensor público do acusado. Artigos 304 à 405.
ENTENDENDO TODOS OS PROCEDIMENTOS POSSÍVEIS EM DIREITO PROCESSUAL PENAL.
	Dispositivos legais.
LIVRO II
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
TÍTULO I
DO PROCESSO COMUM
CAPÍTULO I
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           ).
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.           
 § 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.            
§ 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.           
§ 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.          
 § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.
Art. 394-A.  Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias.
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando.
I - for manifestamente inepta;            
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou            
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único.  (Revogado).
Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.          
Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
§ 1o  A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.           
 § 2o  Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:          
 I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;          
 III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou           
IV - extinta a punibilidade do agente.
Art. 398.    (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente
§ 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação.            
§ 2oO juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.           
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1o  As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes
Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.           
§ 1o  Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
§ 2o  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.           
 Art. 402.  Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução
Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.            
§ 1o  Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.           
 § 2o  Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.            
§ 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
Art. 404.  Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais.
Parágrafo único.  Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença.            
Art. 405.  Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos.
§ 1o  Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações       
§ 2o  No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.
----------------------------------------------Fim 1º parte----------------------------------------------------
PROCEDIMENTO DO JÚRI 
O procedimento do júri é um procedimento especial que está escrito no CPP.
Qual a competência e em quais casos vamos ter crimes julgados que seguem o rito do júri?
O procedimento do júri é para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida – Art. 121 a 128 do CP ( todos esses crimes se forem dolosos, não importando se seja consumado ou tentados , ou se a pena é de Detenção ou Reclusão) se o crime for doloso contra a vida será julgado pelo tribunal do júri.
Crimes julgados pelo Tribunal do Júri: 
Tem que ser Crime DOLOSO contra a vida.
Art. 121. Homicídio,
Art.122. Induzimento, Instigação Ou Auxílio Ao Suicídio, 
Art.123. Infanticídio, 
Art. 124. Aborto Provocado Pela Gestante Ou Com O Seu Consentimento
Art. 125. Aborto Provocado Por Terceiro
Art. 126. Aborto Provocado Com O Consentimento Da Gestante. 
Art. 127. Forma Qualificada
Art. 128 – Aborto necessário, Aborto no caso de gravidez resultante de estupro.
EXCEÇÕES. Crimes Conexos: há crimes que não são dolosos contra a vida e mesmo não sendo inicialmente competência do tribunal do júri se tiverem relação com os crimes dolosos contra a vida estes serão julgados pelo tribunal do júri. Quando um desses crimes é cometido em conjunto com outro que não se encaixa na previsão de ser doloso contra a vida, os dois serão julgados pelo tribunal do júri. Se um homicídio é seguido de um estupro, os dois não serão julgados separadamente, por terem sido praticados no mesmo contexto. Também é o caso do crime de latrocínio, que apesar de envolver ato contra a vida, não é julgado pelo tribunal do júri. Isso porque, nesse caso, o bem tutelado é o patrimônio e não a vida.
EXCEÇÃO INVERSA, em que um crime que originalmente é de competência do júri acaba tendo o seu julgamento feito forma diversa. Nessa situação se encaixa o exemplo do Deputado Federal que comete o crime de homicídio. Por ter foro de prerrogativa de função, ao invés de ser julgado perante o tribunal do júri, seu crime será apurado pelo Supremo Tribunal Federal, conforme o artigo 102, inciso I, da Constituição Federal. Trata-se de uma regra específica para as autoridades, o que não configura desrespeito ao princípio da igualdade.
O procedimento especial do júri é o único previsto na constituição federal de 88, O Artigo 5º , XXXVIII, “a” , “b” , “c” , “d” é quem atribui ao tribunal do júri a competência para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida.
Artigo 5º:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
 a) a plenitude de defesa;
 b) o sigilo das votações;
 c) a soberania dos veredictos;
 d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Isto tem um significado enorme, porque o artigo 5º da CF/88 faz parte do núcleo das chamadas CLAUSULAS PÉTRIAS, nem uma EC (emenda constitucional) pode retirar a competência do tribunal do júri de processar e julgar os crimes dolosos contra a vida.
	PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS
Falar em princípios processuais constitucionais é saber os princípios que norteiam todo regramento do procedimento especial do júri.
E estes 3 princípios são : 
a) PLENITUDE DE DEFESA 
b) SIGILO DAS VOTAÇÕES 
c) SOBERANIA DOS VEREDICTOS.
	a) PLENITUDE DE DEFESA 
O devido processo legal, contraditório e ampla defesa, existem em todo e qualquer processo, até nos processos administrativos.
Em se tratando de procedimento especial do júri, não basta o contraditório, não é suficiente o devido processo legal, e não se exige apenas uma ampla defesa, no procedimento especial do júri se tem ALGO A MAIS, que é a PLENITUDE DE DEFESA.
É como se a PLENITUDE DE DEFESA fosse um aperfeiçoamento da ampla defesa, só que sendo a plenitude de defesa MAIS GENERICO ou seja, MAIS ABRANGENTE..
A CF/88 ao determinar que cabe ao tribunal do júri popular processar e julgar os crimes dolosos contra a vida , além do contraditório e da ampla defesa e do devido processo legal ele tem uma PLENITUDE DE DEFESA/DEFESA PLENA ABSOLUTA.
É por isso que a jurisprudência requer do advogado que representará o acusado no tribunal do júri um conhecimento aprofundado. Não só do processo, mas das regras processuais para que esse advogado possa fazer uma defesa à altura.
É muito subjetivo a definição da plenitude de defesa, mas a lei atribui ao magistrado que preside a seção plenária do júri o poder de dissolução do conselho de sentença.
DISSOLUÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA:
O juiz que entende que não está sendo ofertada ao acusado a plenitude de defesa o juiz pode encerrar a audiência e colocar na ATA que está dissolvendo o conselho de sentença porque não está sento garantido ao acusado a plenitude de defesa.
	b) SIGILO DAS VOTAÇÕES 
Quem julga o mérito da causa são 7 pessoas que compõe o conselho desentença.
Mas o conselho de sentença, não decide abertamente, a decisão não é feita perante o publico.
Todos as etapas do procedimento do júri são publicas, salvo na hora de proferir a decisão .
Os jurados no momento da decisão vão para uma sala reservada secreta m e nesta sala permanecem os 7 jurados , a acusação , a defesa (advogado) , o juiz, e os serventuários da justiça, porque a votação é secreta , de forma que ninguém sabem como os jurados votam.
O juiz elabora quesitos simples , aonde os jurados respondem “SIM” ou “NÃO”, escrevendo em e cédulas , uma contendo a palavra “sim” e outra a palavra “não” e um servidor da justiça passa com uma urna recolhendo as cédulas.
Existência de mais de 3 votos: o CPP determina , quando existir mais de 3 votos no mesmo sentido a votação será encerrada, para que seja mantido o sigilo das votações e sem saber como cada jurado votou. ART. 483 1º e 3º do CPP
Art. 483.  Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:
I – a materialidade do fato;
II – a autoria ou participação
III – se o acusado deve ser absolvido;
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
§ 1o  A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado.  
§ 2o  Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: 
O jurado absolve o acusado?
§ 3o  Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre:   
I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa;  
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
§ 4o  Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o(segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso.  
§ 5o  Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito.  
§ 6o  Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas. 
	c) SOBERANIA DOS VEREDICTOS.
Implica dizer que as decisões dos jurados é SOBERANA, nenhum órgão colegiado pode mudar o teor do conselho de sentença.
Obs. Dizer que a decisão do tribunal do júri é soberana , não quer dizer que não caiba recurso . As decisões do tribunal do júri são sim passiveis de recurso. Contudo o que no máximo o tribunal pode fazer é ANULAR o JULGAMENTO e fazer com que o processo volte à comarca de origem. 
Obs. Ou seja cabe recurso, mas o que os órgão colegiados podem fazer é anular a sentença, retornar o processo para a começa de origem para que o próprio conselho de sentença prolate outra decisão, através de outro julgamento .
Obs. É soberana com relação ao MÉRITO, só quem pode julgar o mérito é o conselho de sentença, mas cabe recurso se houver algum vício, alguma irregularidade para que esse julgamento seja nulo e um novo julgamento ocorra e o conselho de sentença dê a resposta. Atenção haverá após a anulação um NOVO conselho de sentença.
1- ORIGEM DO TRIBUNAL DO JÚRI. 
De forma organizada como órgão da justiça , teve origem na INGLATERRA no século XVII.
Depois na FRANÇA no século XVIII, com a REVOLUÇÃO FRANCESA. E daqui se expandiu para o mundo.
No Brasil foi criado em 1822 , tinha competência apenas para julgar e processar caudas de liberdade de imprensa.
EX : injúria pelo rádio
Com a constituição de 1824 foi estabelecida a competência do juri- passou a julgar e processar causas cíveis e criminais .
2- COMPETÊNCIA MÍNIMA
Artigo 5º - XXXVIII – a competência do Tribunal do Júri é julgar e processar os crimes dolosos contra a vida, é uma competência mínima? ( ou seja, o TPJ – Tribunal Penal do Júri só julga os crimes dolosos contra a vida ? ou o TPJ pode julgar outros crimes que não sejam dolosos contra a vida?
A CF/88 adotou a competência mínima para o TPJ , e pode este julgar outros crimes DESDE QUE haja CONEXÃO ou CONTINENCIA ( são fatos inter-relacionados onde o crime tem ligação com outro crime)
Obs. Todos as vezes que houver conexão de um crime doloso contra a vida a competência é do TIBUNAL DO JÚRI.
EX. Porte de Arma + Homicídio.
 Homicídio + Ocultação de Cadáver 
 Sequestro + Homicídio
A competência do TPJ para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida é mínimo, mas pode julgar outros crimes que possuem conexão com os de sua competência – Art. 78, I, do CPP
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: 
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, PREVALECERÁ A COMPETÊNCIA DO JÚRI;
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;   
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;  
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;    
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
CRIME PRATICADO POR MILITAR
Militar acusado de crime doloso contra a vida é julgado pelo tribunal do Júri.
DERROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JURI. 
Existe a possibilidade de o crime não ser doloso contra a vida e ser julgado pelo TRIBUNAL DO JURI nos casos de conexão e continência.
Crimes dolosos contra a vida que não são julgados pelo tribunal do júri, só pode haver essa derrogação quando a CF/88 prevê essas situações excepcionais.
EX: Crimes dolosos contra a vida que não são julgados pelo tribunal do júri:
DE ACORDO COM O CARGO OCUPADO PELA PESSOA 
(FORO PRIVILEGIADO, PRERROGATIVA DE FUNÇÃO) 
STF PODE JULGAR ARTIGO 102 CF
PREFEITO
VICE PREFEITO
DEPUTADO FEDERAL
SENADOR 
PGR – PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
MINISTRO DO STF
TST
TSE
STJ PODE JULGAR - ARTIGO 105 CF
TRFs PODE JULGAR
TJs PODE JULGAR 
ESSAS EXCEÇÕES SÓ SÃO POSSIVEIS PORQUE ESTÃO PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO.
	ARTIGO 102 CF
	Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
f) as causas e osconflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo único em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
	ARTIGO 105 CF
	Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
É O ORGÃO DE 2º INSTANCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL .
EX: JUIZES 1º DO ESTADO
PROMOTORES DA COMARCA DE 1º GRAU
PREFEITOS
COMANDANTE GERAL DA POLICIA MILITAR
DELEGADO GERAL DA POLICIA CIVIL
DEFENSOR PÚBLICO GERAL
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
É ORGÃO DE 2º GRAU DA JUSTIÇA COMUM FEDERAL
EX. JUIZES DEDERAIS DE 1º GRAU
PROCURADORES – MPF
JUIZES DO TRABALHO 1º GRAU
COAUTORIA E FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 
COAUTORIA – 1 TEM PRERROTATIVA DE FUNÇÃO E OUTRA NÃO
2 OU MAIS PESSOAS ENVOLVIDAS NO MESMO CRIME
Nestes casos, havendoconcurso de pessoas coautoria, onde 1 tem foro por prerrogativa de função e o outro não possui tal foro. O fato é único, mas vai ter 2 PROCESSOS , quem possui o foro vai ser julgado por seu órgão especializado e quem não tem vai ser julgado pelo tribunal popular do júri.
E nos casos em que a pessoa está sendo acusada de um crime doloso contra a vida e DEIXA O CARGO DURANTE O PROCESSO:
Obs. A partir do momento que a pessoa está sendo processada por um crime doloso contra a vida e deixa o cargo não importa por qual motivo, perde a prerrogativa de função e o PROCESSO VAI SAIR DO ÓRGÃO ESPECIALIZADO E SERÁ REMETIDO AO TRIBUNAL POPULAR DO JÚRI.
	3- RITO DO JURI
Falar quais as fases e as etapas do juri é muito complexo, este possui seu regramento em 91 artigos que vão dos ARTIGOS 406 À 497 CPP
O rito do júri È ESCALONADO, existem DUAS FASES DESTINTAS:
JUDICIUM ACUSATIONES - (juízo da acusação), sumário de culpa
JUDICIUM CAUSAE – (juízo de causa ) ou julgamento de mérito.
	
3.1 - JUDICIUM ACUSATIONES
Essa primeira etapa não há condenação, o que se procura saber é se existe ou não viabilidade da acusação, se os elementos cosntantes no processo são ou não viáveis para que alguém seja submetido ao tribunal popilar do juri.
Essa etapa se inicia no oferecimento da peça acusatória (Denuncia ou Queixa-Crime) e vai até a fase de PRONUNCIA ( fase Final).
O Juiz OBRIGATORIAMENTE ao final da fase do judicium acusationes terá que prolatar UMA DESSA 4 DECISÕES:
	
PRONUNCIA 
	O juiz entende que existe prova da materialidade e há indício suficientes da autoria.
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	
INPRONUNCIA
	O juiz entende que NÃO existe prova da materialidade e indício suficientes da autoria
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)
	
DESCLASSIFICAÇÃO 
	Acusado de um crime mais grave e o juiz entente que este cometeu um crume menos grave. Ou seja reconescimento da pratica de crime classificado como não doloso contra a vida.
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
	a) Prova da Inexistencia do fato.
b) Prova de não ser o réu autor ou partícipe do fato
c) Fato não constitui infração penal(atipicidae)
d) Causa de isenção de pena . (excludente de Culpabilidade) ou de exclusão do crime ( excludente de ilicitude)
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)
	
	
	
1- PRONUNCIA – o juiz entende que existe prova da materialidade do crime e há indícios suficientes de autoria.
2- INPRONUNCIA – o juiz entende que não há prova da materialidade do crime e não há indícios sufuciente de autoria
3- DESCLASSIFICAÇÃO – o réu que era acusado de um crime mais grave , por entendimento do juiz passa a ser acusado de um crime menos grave.
4- ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – quando estiver provado que o crime não existe ou o acusado não é o autor, ou circunstancias que justifique o crime , ou exclua a culpabilidade.
	3.2 - JUDICIUM CAUSAE
SÓ IRÁ ACONTECER SE NA 1º ETAPA O ACUSADO FOR PRONUNCIADO
É o momento que julga o MÉRITO do processo e quem faz o julgamento são só os 7 membros que compõe o conselho de sentença.
Fases que vão compor o judicium causae
Tem Inicio na INTIMAÇÃO da acusação e da defesa 
É encerrado em uma sessão plenária do júri que é julgado pelo conselho de sentença. 
Essa SESSÃO PLENÁRIA DO JURI – no dia e hora marcados 25 jurados deverão comparecer a sessa sessão , se pelo menos 15 estiverem presentes será feito o sorteio para escolha dos 7 jurados , será feita uma instrução no plenário.
SEMELHANÇAS ENTRE O JUIZO DE ACUSAÇÃO e o JUIZO DE MÉRITO
OS DOIS POSSUEM FASES POSTULATÓRIAS (POSITIVAR QUER DIZER PEDIR/SUPLICAR)
OS DOIS POSSUEM FASE INSTRUTÓRIA- FASE DE PRODUÇÃO DE PROVAS
OS DOIS POSSUEM FASE DE JULGAMENTO
DETALHAMENTO DAS ETAPAS DO RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI:
3.1 - JUDICIUM ACUSATIONES e 3.2 - JUDICIUM CAUSAE
	3.1 - JUDICIUM ACUSATIONES 
(JUIZO DA ACUSAÇÃO ou SUMÁRIO DE CULPA) 
PROCURA ESTABELECER SE A ACUSAÇÃO É VIÁVEL, SE O PROCESSO TROXE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA QUE SE SUBMETA AO TRIBUNAL DO JÚRI
	
1º RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA 
Todos os crimes dolosos contra a vida do artigo 121 ao artigo 128 do CP são de ação penal publica. Por consequência a peça acusatória será a DENUNCIA.
Obs. Há a possibilidade de um crime que seja de competência do Tribunal Penal do Júri ser iniciado através de uma queixa-crime? SIM, pois existe a ação penal privada subsidiária da pública.
O juiz não é obrigado a receber a peça acusatória (DENUNCIA) esta tem que passar pela avaliação do Artigo 395 do CPP , ou seja se os pressupostos processuais e a condições da ação estiverem presentes o juiz receberá a denuncia .
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta;  
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Elementos necessários que devem vir contidas nessa peça acusatória:
Endereçamento
Qualificação da acusação (MP)
Qualificação do Réu
Narrativa Fática
Adequação Típica
Rol das Testemunhas (máximo 8 pessoas)
Diligências
SUSPENÇÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
Será se nos crimes dolosos contra a vida o promotor pode requerer a suspensão condicional do processo?
Artigo 88 e 89 da lei 9.099/95 se uma pessoa é acusada de um crime e a pena mínima é igual ou inferior a 1 ano, o promotor ao oferecer a denuncia pode propor a suspenção condicional do processo ( o acusado não vai responder ao processo porque o processo vai ficar suspenso por um período de 2 a 4 anos, e neste período serão estabelecidas algumas condições e se o acusado cumprir essas decisões o processo será extinto
Obs. Mas o promotor só poderá oferecera suspenção condicional do processo se a pena mínima for igual ou inferior a 1 ano.
Crimes contra a vida que cabem SURSIS PROCESSUAL
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:   
Pena - detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:  
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Há duas teorias a cerca do sursis processual
A Primeira Teoria Diz que não pode haver essa suspenção porque retira uma competência que é estabelecida pela CF/88, uma lei não pode mudar a CF.
A Segunda Teoria Diz que PODE haver essa suspensão, pois a CF/88 atribui ao júri a competência de jugar os crimes dolosos contra a vida , isso foi um ônus (obrigação) ou um DIREITO ? é tratado como um DIREITO , pois é melhor para o acusado ser julgado por seu semelhante.
VALE A 2º TEORIA
	2º - DEFESA PRELIMINAR
Defesa escrita, após a citação o acusado tem 10 dias para apresentar a DEFESA.
Não pode faltar o rol de testemunhas
Em caso de NÃO APRESENTAÇÃO DA DEFESA
O processo NÃO PODE SEGUIR sem a DEFESA ESCRITA
O juiz vai nomear um DEFENSOR e vai ser aberto vistas ao processo e será dado um NOVO PRAZO de 10 DIAS para ser apresentado a defesa.
Dento deste prazo de 10 dias para a apresentação da defesa escrita , o advogado representando o acusado, pode apresentar EXCEÇÕES.
EXCEÇÕES – Artigos 95 a 112 do CPP
As exceções são apresentadas dentro do mesmo prazo de 10 dias da defesa escrita, mas não é apresentada no mesmo documento.( a exceção é julgada em apartado , ou seja, forma-se um processo a parte para julgar a exceção)
A defesa escrita é uma coisa e a exceção é outra coisa, ambas só tem em comum o prazo.
QUAIS SÃO AS EXCEÇÕES – 
SUSPEIÇÃO DO JUIZ
INCOMPETÊNCIA DO JUIZO
LITISPENDÊNCIA
COISA JULGADA
ILEGITIMIDADE DA PARTE
AS EXCEÇÕES SÃO ARGUIDAS EM APARTADO PORQUE EXISTE UM JULGAMENTO ESPECIAL PARA ESSAS EXCEÇÕES. É FORMADO UM PROCESSO À PARTE APENAS UM ANDA EM CONJUNTO COM O OUTRO.
JUSTIFICAÇÃO
AINDA DENTRO DO PRAZO DE 10 DIAS , O ACUSADO PODE APRESENTAR UMA JUSTIFICAÇÃO, ESSE TERMO JUSTIFICAÇÃO EM MATÉRIA PROCESSUAL É USADO QUANDO SE QUER PROVARALGUM FATO ALEGADO. 
E ESSA JUSTIFICAÇÃO SÓ TEM 2 OBJETIVOS.
INDICAR O ROL DE TESTEMUNHAS
REQUERER A JUNTADA DE DOCUMENTOS
Apesar dessa JUSTIFICAÇÃO se encontrar no CPP acaba por ser desnecessária, é um instrumento inócuo, que não tem nenhuma valia , nenhuma serventia no procedimento especial do júri.
Não vai ter nenhuma serventia porque a DEFESA ESCRITA pode requerer testemunhas e a juntada de documentos. 
	
3º - RÉPLICA
É EXCLUSIVA DO PROCEDIMENTO ESPECIAL DO JURI.
É a oportunidade que a acusação vai ter para que no prazo de 5 dias se manifestar ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE sobre PRELIMINARES ( questões que não diz respeito ao mérito) e JUNTADA DE DOCUMENTOS.
	4º - DESPACHO INICIAL
Todos os atos do juiz que impulsionam o trâmite processual.
Esse despacho inicial é o momento onde o juiz vai analisar , vai julgar os pedidos feitos pelas partes.
O juiz vai designar uma SUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO , e assim notificar e intimar todas as pessoas participantes do processo.
(terá o juiz o prazo de 10 dias para designar a audiência) 
	5º - AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
É O MOMENTO AONDE SERÃO PRODUZIDAS PERANTE O JUIZ AS PROVAS
ATOS QUE SERÃO REALIZADOS NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (AIJ)
OITIVA DA VÍTIMA
OITIVA DAS TESTEMUNHAS INDICADAS PELA ACUSAÇÃO
OITIVA DAS TESTEMUNHAS INDICADAS PELA DEFESA
ESCLARECIMENTOS DOS PERITOS
ACARIAÇÕES
RECONHESCIMENTO DE PESSOAS E COISAS
INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
DILIGÊNCIAS
ALEGAÇÕES FINAIS
SENTENÇA (CUIDADO: SENTENÇA É DIFERENTE DE DECISÃO)
PRONUNCIA
IMPRONUNCIA
DESCLASSIFICAÇÃO
ADSOLVIÇÃO SUMÁRIA
	
PRONUNCIA 
	O juiz entende que existe prova da materialidade e há indício suficientes da autoria.
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	
INPRONUNCIA
	O juiz entende que NÃO existe prova da materialidade e indício suficientes da autoria
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)
	
DESCLASSIFICAÇÃO 
	Acusado de um crime mais grave e o juiz entente que este cometeu um crume menos grave. Ou seja reconescimento da pratica de crime classificado como não doloso contra a vida.
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
	a) Prova da Inexistencia do fato.
b) Prova de não ser o réu autor ou partícipe do fato
c) Fato não constitui infração penal(atipicidae)
d) Causa de isenção de pena . (excludente de Culpabilidade) ou de exclusão do crime ( excludente de ilicitude)
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)
	
	
	
(CUIDADO: SENTENÇA É DIFERENTE DE DECISÃO) NO PCO (procedimento comum Ordinário) a SENTENÇA dá FIM ao processo, no PEJ (procedimento Especial do Júri) tem a possibilidade de 4 decisões a serem tomadas. 
No PCO depois do interrogatório e Antes das Alegações Finais existe a possibilidade de DILIGENCIAS e no PEJ depois do interrogatório e antes das Alegações finais a lei Não prevê a possibilidade de Diligências.
A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO É UMA
Todos os atos até uma possível decisão de pronuncia devem ser realizadas de uma única vez sem parar.
Quando os processos são complexos pode haver um fracionamento, o que não pode é inverter a ordem dos atos processuais EX- grande numero de acusados , ou de vitimas, ou de testemunhas.
DECLARAÇÕES NA AUSÊNCIA DO RÉU.
Na AIJ (audiência de instrução e Julgamento ) existe a possibilidade de declarações de vitimas , testemunhas , peritos , na ausência do réu . nas nunca na ausência de seu advogado.
O acusado pode assistir todos os atos da audiência de instrução e julgamento
Toda via o CPP diz que se uma vítima, uma testemunha se sentir ameaçada ou se sentir temerosa pela presença do réu no momento de seu depoimento o juiz tem duas opções:
1) ou retira o réu da sala de audiência
2) ou fazer a audiência por vídeo conferência 
Assim dão o depoimento sem a presença do réu, mais i advogado do réu se mantém.
INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS
O JUIZ ,o ADVOGADO, o MP podem fazer perguntas diretamente às testemunhas.
Tem preferencia na ordem de perguntas a parte que indicou a testemunha, depois a parte contrária, o juiz.
ESCLARECIMENTOS DOS PERITOS
AS PARTES PODEM REQUERER O LAUDO/ESCLARECIMENTO NA DENUNCIA E NA DEFESA ESCRITA.
O perito precisa ser notificado com 10 dias de antecedência da audiência de instrução e julgamento
ACAREAÇÕES, RECONHESCIMENTO DE PESSOAS E COISAS.
Acareação pode ser feita entre acusados, entre vitimas , testemunhas . 
É feita entre qualquer pessoa que entre em contradição. As pessoas com versões diferentes vão ficar CARA a CARA para saber quem está mentindo.
Reconhecimento de pessoas e coisas o juiz coloca na presença das pessoas objetos relacionados ao crime para dizer se é ou não o objeto narrado nos fatos.
INTERROGATÓRIO
Momento onde o acusado vai poder apresentar a versão dos fatos. AUTODEFESA.
FORMALIDADES EXISTENTES NO INTERROGATÓRIO:
DIREITO AO SILENCIO:
O direito de silencio não pode ser interpretado em seu prejuízo.
O JUIZ, O PROMOTOR, O ADVOGADO TEM O DIREITO DE PERGUNTAR, MESMO QUE O ACUSADO FIQUE CALADO.
Obs. O advogado tem o direito de antes do interrogatório instruir o acusado.
Juiz nenhum absolve acusado por se declarar inocente , contudo se o mesmo se declarar culpado o juiz o condenará.
DEBATES ORAIS = ALEGAÇÕES FINAIS
ACUSAÇÃO e DEFESA vão fazer um resumo e tentar justificar os seus pedidos.
Obs. O MP PODE RECORRER de qualquer uma das decisões (pronuncia, impronuncia desclassificação, ou absolvição sumária)
Sequencia dos debates orais
Fala a acusação
Fala a defesa
A acusação tem 20 minutos , prorrogável por mais 10 minutos.
A defesa tem 20 minutos prorrogável por mais 10 minutos
Se tiver mais de um acusado?
Os prazos são individualizados, 20 minutos para cada acusado, prorrogável por mais 10 minutos.
Se tiver assistente de acusação ?
Ele fala depois do PROMOTOR por 10 minutos antes do advogado de defesa.
Quando este existir, o tempo da defesa é acrescido por 10 minutos.
Por não anteceder a sentença, a defesa pode não apresentar as alegações finais , e o advogado pode se manifestar na sessão plenária do júri.
Já o representante do MP não pode deixar de apresentar suas alegações finais.
MEMORIAIS ESCRITOS (ALEGAÇÕES FINAIS)
De forma analógica ao que acontece no PCO (procedimento comum ordinário), esses debates orais serão revertidos em MEMORIAIS ESCRITOS, o juiz suspende a audiência para 1º a acusação (5 dias) e 2º a defesa (5 dias)
Obs. Havendo assistente de acusação ele tem o prazo de 5 dias e a ordem é depois do promotor e antes do advogado de defesa.
E isso não aumento o prazo do advogado de defesa.
Obs. Quem determina se os debates são horais ou se serão convertidos em memoriais escritos é o juiz que preside a instrução processual, geralmente isso ocorre quando o PROCESSO É COMPLEXO ou pelo motivo do AVANÇAR DAS HORAS.
ULTIMOS REQUERIMENTOS
MESMO NÃO HAVENDO PREVISÃO LEGAL, ESSISTE A POSSIBILIDADE DE ACUSAÇÃO E DEFESA DEPOIS DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO E ANTES DAQUELAS 4 DECISÕES (PRONUNCIA, INPRONUNCIA, DESCLASSIFICAÇÃO, ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA) AS PARTES PODEM FAZER ALGUNS REQUERIMENTOS ANTES DAS ALEGAÇÕES FINAIS. 
Obs. As regras do PCO podem ser usadas em outros procedimentos desde que não exista regra específica.
DILIGENCIAS – 
Requerimento que pretende provar algo para melhor explicar um determinado fato.
As partes pedem, mas quem defere ou indefere esses requerimentos é o juiz.
Quando ele defere ele suspende a audiência para produção dessas diligencias e dó depois abre prazo para as alegações finais e por fim até a decisão.
DECISÃO 
(PRONUNCIA, INPRONUNCIA, DESCLASSIFICAÇÃO, ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA) 
RECURSO 
Possibilidade que a parte tem de requerer um novo ato. 
	PRONUNCIA 
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	INPRONUNCIA
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)
	DESCLASSIFICAÇÃO 
	Cabe RESE – Recurso em Sentido Estrito – (Art. 581, IV, do CPP)
	ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
	Cabe APELAÇÃO (Art. 416 do CPP)

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