ICE Evolução Pensamento Económico JoãoMeira

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ICE | EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÓMICO João Meira, nº 73383, EA2
 
TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
Grécia Antiga (séc. V a.C.) eco (casa) + nomia (regras, leis, normas) = economia (regras da casa) Primórdios da Grécia Antiga 
Grécia Antiga (séc. IV a.C.) 
oikos (casa) + nomos (administração, ordem) = oikonomia (administração da 
casa agrícola) 
- Aristóteles 
- Xenofonte 
Idade Medieval (séc. VII – séc. 
XIV) 
Feudalismo 
- Economia da terra – confronto entre o senhor, dono da propriedade e o servo da 
gleba, aquele que a trabalha 
- Dependência cristã – valorização da Moral Católica e da Ética 
- Tomas de Aquino (aristotélico) 
- Agostinho de Hipona 
(platónico) 
- Rufinus 
- Alberto Magno 
Renascimento e Expansão 
Marítima (séc. XV – séc. XVI) 
 
“A Economia é posta ao serviço da 
política” 
Mercantilismo (Séc. XV – XVIII) 
- Estabelecimento do comércio marítimo entre as metrópoles e as novas terras 
descobertas/conquistadas (colónias) 
- Rutura com o Feudalismo: 
 Senhor da propriedade Burguês Mercantil 
 Servo da gleba Mercador 
- Estado intervencionista 
- Teoria do valor: metais preciosos (novas colónias) 
- A riqueza está na base da acumulação de metais preciosos 
Marcaram a História do Mercantilismo: Bulionismo (Espanha), Mercantilismo 
Comercial (Inglaterra) e Mercantilismo Manufatureiro (França) 
- Colbert (ministro francês) 
- Jean Bodin 
- Marquês de Pombal (séc. XVIII) 
 
 
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TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
Séc. XVII – XVIII 
Iluminismo 
- “Século das Luzes” 
- Afirmação da Razão, Natureza, Liberdade e Progresso 
- Conhecimento formulado a partir da razão (racionalidade humana) e da 
experiência (observação) 
- Igreja dá lugar à Razão, combatendo a maioria das teorias da Idade Média 
- Afirmação dos ideais da Revolução Francesa – Liberté, Fraternité e Igualité 
- John Locke (visão empirista) 
- Bacon e Issac Newton 
(revolução científica) 
- John Stuart Mill 
- Immanuel Kant 
 
- Voltaire, Rosseau, 
Montesquieu 
Séc. XVII - XVIII 
Percursores britânicos 
- Interpretação iluminista por parte da Inglaterra 
- Conceção da relação entre a ciência económica e a política 
- Rejeição de interesses particulares de ordem política e ideológica 
- Teoria do Valor: coisas que possuem um “valor intrínseco”, obtido a partir da 
utilidade que lhe é dada (teoria de Locke que influenciará Jean Say) 
- Rejeição da intervenção do Estado na economia, pois, “vícios privados, virtudes 
públicos”, isto é, a livre iniciativa e a concorrência proporcionam o bem geral. 
- Locke 
- William Petty (criador do 
sistema de contabilidade 
nacional) 
- Bernard Mandeville (escritor da 
Fábula das Abelhas) 
 
 
 
 
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TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
Séc. XVII 
Fisiocracia (percursores franceses) 
- Primeira escola de pensamento económico 
- Afirmação da racionalidade económica 
- Crença na liberdade de ideias e no bem comum, obtido a partir das vontades individuais 
- Afirmação das leis da natureza que regem a economia – ordem natural das coisas (lassez 
faire la nature) 
- Não Estado: a economia segue a sua ordem natural, mediante a crença no mecanismo de 
mercado que pela sua própria natureza se equilibrará (lassez faire, lassez passer) 
- Teoria do Valor: agrarista (reconhecimento da terra como a única fonte de riqueza, pelo 
que a classe motriz são os agricultores e maior crítica recai sobre os proprietários fundiários 
que nada produzem) 
- Boisguilbert 
- Cantillon 
- François Quesnay (noções de 
produto líquido e quadro 
económico) 
ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA: LIBERALISMO ECONÓMICO 
Finais do séc. XVIII. Sofre alterações por diversos pensadores económicos modernos até aos dias de hoje. Fortes influências do Mercantilismo, Fisiocracia e 
Percursores Britânicos. Associada ao Capitalismo Económico. Na atualidade sofreu interpretações doutrinárias que deram origem ao surgimento do Neoliberalismo. 
1776 – A Riqueza das 
Nações 
Adam Smith 
- Convenciona-se ser o “pai da Economia”. – Teoria do Valor: Trabalho aplicado na concessão das coisas 
- Novos ideais presentes na ciência económica: ética e a justiça 
- Defesa do Estado Mínimo - o interesse coletivo é obtido a partir do encontro entre os interesses individuais (mão invisível) 
- Teoria do Comércio Internacional: Lei das Vantagens Absolutas 
 
 
 
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TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA 
1803 – Tratado da 
Economia Política 
Jean Baptiste Say 
- Teoria do Valor: utilidade dada às coisas (princípio utilitarista) 
- Noção de empresário 
- Funcionamento dos mercados: Lei de Say – “Para toda a oferta haverá procura” 
 
1798 – O Princípio da 
População 
Thomas Malthus 
- Defesa acérrima da propriedade privada 
- Princípio da população: população cresce segundo uma progressão geométrica e a produção de alimentos 
segundo uma progressão aritmética 
- Não ao Estado na economia 
- Defesa de que os mais carenciados, aqueles que não têm terra, os que estão na miséria, assim se 
mantenham deixados à sua sorte, para que apenas vinguem os mais fortes, numa seleção natural dos que 
vivem 
- Causas das crises: sobreprodução; Solução: Procura Efetiva (conceito utilizado por Keynes) 
 
1817 – Princípios de 
Economia Política e 
Tributação 
David Ricardo 
- Teoria do Valor: Escassez e Trabalho 
- Problemas sociais: Explosão Demográfica e Protecionismo (corn laws) 
- Rejeita o cultivo de terras improdutivas, que aumentam o peso da renda e dos salários de subsistência e 
diminuem o lucro 
- Estado Estacionário do Capitalismo 
- Solução – Teoria do Comércio Internacional: Lei das Vantagens Comparativas 
 
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CRÍTICAS À ECONOMIA POLÍTICA CLÁSSICA 
Ganham principal destaque no combate ao capitalismo, mediante a opressão e exploração exercidas sobre os trabalhadores agrícolas e os operários. Afirma-se em meados do séc. XIX, 
tendo as suas origens: na força do proletariado que luta por melhores condições de trabalho; combate ao Estado Estacionário do Capitalismo. 
TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
Séc. XVIII - XIX 
Socialismo Utópico 
- Defesa da forte presença de um Estado que possua em si a maioria dos meios de produção, 
administrados por este, mas detidos por todos os trabalhadores 
- Declara as injustiças na repartição do rendimento do capitalismo 
- Rejeita a servidão e as desumanas condições de trabalho nas fábricas e nos campos 
- Defende reforma moral, na promoção da Justiça e da Fraternidade entre quem possuí concentrados 
os meios de produção e quem nada tem que o alimente 
- Justiça, Liberdade, Igualdade, Solidariedade 
- Rejeição da propriedade privada 
- Saint-Simon 
- Robert Owen (industrial 
capitalista que reformou 
Lanark Mills) 
- Proudhon 
- Fourier 
Séc. XVIII - XIX 
Reformismo de Sismondi 
- Primeiro teórico que observa as crises (baseadas sobreprodução que desafiaria os ciclos económicos) 
- Principal preocupação da Economia Política: o bem-estar dos homens 
- Economia como “ciência moral”, cujo método assenta na observação e na experiência 
- Intervenção do Estado numa ótica social: política de distribuição equitativa da riqueza- Jean de Sismondi 
Séc. XIX 
1867 – O Capital 
1848 – Manifesto do Partido 
Comunista 
Socialismo Científico - Marxismo 
- Salários de subsistência – garantia de uma vida dignas aos trabalhadores 
- Constatação da luta de classes 
- Mais valia: remanescente do salário, sendo o total aquilo que o trabalhador produz 
- Taxa de Juro 
- Transição para o Comunismo 
- Karl Marx (Defensor da 
melhoria das condições de 
trabalho do proletariado) 
 
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TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
Séc. XIX 
Romantismo 
- Defesa da vivência em comunidade de forma sustentável com a natureza 
- Princípio da emoção e imaginação 
- Reconhece uma “miséria moral” na EPC, pela morte e fome proporcionadas pela tamanha 
acumulação de riqueza e dadas as imorais motivações do Homem 
- Rejeita a visão monstruosa de Malthus – os três Cavaleiros do Apocalipse: Morte, Fome e 
Guerra (soluções de seleção natural à explosão demográfica) 
- Rejeição da Divisão do Trabalho (Adam Smith) 
- Valorização da Motivação de acordo com valores morais e afetos sociais 
- Teoria do Valor Intrínseco (tudo que garanta a vida) 
- John Ruskin 
Séc. XIX 
Historicismo (Escola Histórica Alemã) 
- Aceitação das leis universais num tempo histórico VS leis aceites em todas as eras 
- Interdependência entre fenómenos económicos, sociais, políticos e culturais 
- Dimensão ética do comportamento económico 
- Formulação de leis/teorias coletivas a todo o Universo, rompendo com as leis clássicas de 
observação nacional, mas de abrangência universal 
 
 
 
 
 
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TEMPO HISTÓRICO TEORIA/DOUTRINA ECONÓMICA AUTORES 
1841 – Sistema Nacional de 
Economia Política 
Friedrich List (inspirado pela Escola Histórica Alemã) 
- Fortes críticas ao pensamento espacial da EPC (Inglaterra e França), numa época em que a 
Alemanha ainda não atingira níveis comparáveis de industrialização 
- Teoria dos poderes de produção: reparo na dicotomia trabalho produtivo vs improdutivo, 
dado o excesso de materialismo que lhe está subjacente 
- Teoria do Valor: capacidade produtiva de uma nação 
- Valorização do “capital mental” (valorização do conhecimento) 
Teoria do Comércio Internacional: 
- Livre-cambismo da EPC: possível mediante uma união política, livre circulação de fatores 
produtivos e Estado Central comum entre os países 
- Sistema das indústrias nascentes: direito ao protecionismo aduaneiro, que promova o 
mercado interno e o desenvolvimento da produção nacional em países em desenvolvimento 
industrial, devendo ser um sistema temporário (até atingir a “maturidade” industrial), moderado 
e seletivo