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1 FACULDADE ESTÁCIO Juiz de Fora TECNOLOGIAS DO TRANSPORTE DE CARGA Unidade 5 – AQUAVIÁRIO Adm.: Ary Ferreira dos Santos Junior CRA 34.866 / CREA 9.810 / TD ary.santos.adm@hotmail.com TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA 2 Transporte Aquaviário Classificação Detalhada Transporte Marítimo Transporte Fluvial Longo Curso Cabotagem Comercial Pesquisa Recreio Militar Carga Passageiro Mercante Industrial Serviço Tráfego Regular Tráfego não Regular 3 Bacia Sul Hidrovia Jacuí – Taquari – Lagoa dos Patos Bacia do Prata Hidrovia Tietê-Paraná Hidrovia Paraguai-Paraná (Corumbá - Nueva Palmyra) Bacia Amazônica Hidrovia Amazonas-Negro, (Belém e Manaus) Hidrovia Madeira-Amazonas (Porto Velho a Manaus). Transporte Fluvial no Brasil Sistema Brasileiro de Hidrovias 4 Hidrovia de maior movimento no Brasil. Extensão navegável: 621 km Produtos transportados (2000): Carvão Derivados de soja Lascas de madeira Milho Transporte Fluvial no Brasil Hidrovia Jacuí – Taquari – Lagoa dos Patos 5 Hidrovia Tietê- Paraná. Hidrovia Paraguai- Paraná (Cáceres/Corumbá a Nueva Palmyra no Uruguai.) Transporte Fluvial no Brasil Bacia do Prata 6 Limites: Conchas-SP (Rio Tietê) São Simão-GO (Rio Paranaíba) Barragem de Água Vermelha (Rio Grande); Barragem de Itaipú. Extensão: 2.400 km. 5.600 km integrada com hidrovia do Paraguai. Capacidade estimada: 20 milhões de t/ano; Transporte Fluvial no Brasil Hidrovia Tietê Paraná 7 Transporte Fluvial no Brasil Bacia Amazônica Hidrovia Amazonas- Negro, (Belém a Manaus). Hidrovia Madeira- Amazonas (Porto Velho a Manaus e Itacoatiara). 8 •No Brasil: – 93% das cargas internacionais passam pelo transporte marítimo de longo curso, sendo que no mundo a média é de 80%. – Na navegação de cabotagem, 99% são granéis, sendo 74% líquidos (petróleo e álcool) e 26% sólidos. – O transporte fluvial representa 1% dos transportes. Transporte Marítimo de Cargas Importância 9 ECLUSA 10 ECLUSA 11 Transporte Marítimo de Cargas Cabotagem no Brasil • O Brasil possui uma costa de 7.367 km, o que favorece a navegação de cabotagem. • Movimentação atual concentrada em granéis sólidos e líquidos. • Baixa freqüência de saídas de navios. • Em 2004 o movimento de cabotagem ultrapassou a marca de 9 milhões e 500 mil toneladas. • Transporta o correspondente a 5% da carga geral movimentada em distâncias superiores a mil quilômetros. O potencial de crescimento é grande. Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 12 Transporte Marítimo de Cargas Cabotagem no Brasil Fronteiras Nacionais Secas 15.719 km Costa 7.367 km Fonte: Secretaria dos Transportes do Estado de SP - 2006 Cabotagem ���� Principais Portos 13 Transporte Marítimo de Cargas Categorias • Tráfego Regular (linhas regulares): – Navios atuam entre portos pré-estabelecidos em rotas permanentes – Carga geral, normalmente constituída por produtos manufaturados, semi-manufaturados e alimentos. • Tráfego não Regular: – Navios atendem portos de interesse dos embarcadores de cargas, um serviço spot; – Cargas, em geral, são granéis (commodities); – Rotas variáveis sazonalmente; – Fretes baseados em bolsas de afretamento. 14 Transporte Marítimo de Cargas Bill of Lading - BL • O Bill of Lading (BL) é o conhecimento de transporte marítimo ou fluvial emitido pelo armador, após o recebimento da carga a ser transportada, ou tradicionalmente, quando de seu embarque no navio. • Representa: – Recibo das mercadorias entregues para transporte; – Contrato de transporte das mercadorias e de sua entrega no destino estabelecido no BL; – Comprovante da quitação do frete da mercadoria. 15 Bill of Lading (BL) Carimbos • Shipped on Board : – indica que a carga foi entregue ao operador do navio e embarcada no mesmo. • Clean Onboard : – indica que a carga foi embarcada sem ressalvas, portanto sem avarias ou danos aparentes. Utiliza-se a expressão Clean BL. BILL OF LADING Shipper/Exporter: Bill of Lading Nr.: 001-93 USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. - USIMINAS PLANTA GENERAL SAVIO RAMALLO ARGENTINA Export references: Vessel: M/V "PROJECT ORIENT" Consignee: Port of loading: SAN NICOLAS - ARGENTINA USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. - USIMINAS BELO HORIZONTE - MG - BRASIL Port of discharge: PRAIA MOLE - VITORIA Point and country of origin: SAN NICOLAS - ARGENTINA Notify address: USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. - USIMINAS Pre-carriage by *: BELO HORIZONTE - MG - BRASIL Place of receipt by pre-carrier *: Place of delivery by on-carrier *: Particulars furnished by shipper Marks and numbers USIMINAS IPATINGA - BRASIL Number and kind of packages 82 Description of goods LAMINADOR DE CHAPA NAVAL COMPONENTES E ACESSÓRIOS (1o.EMBARQUE - PARCIAL) LISTA DE VOLUMES EM ANEXO GUIA DE IMPORTAÇÃO: 198393/8555-3 Gross weight 3.330.570 kg Measurement Freight payable at: "PREPAID" EM SÃO PAULO - BRASIL FIRST ORIGINAL Freights and Charges: DE ACORDO COM O CONTRATO DE TRANSPORTE SHIPPED , at the port of loading, in apparent good order and condition unless otherwise stated, on board the Vessel for carriage to the port of discharge or so near thereto as the Vessel may safely get and be always afloat. Weight, measure, marks, numbers, quality, contents and value if mentioned in this Bill of Lading were declared by the Merchant and accepted by the carrier in good faith. In accepting this Bill of Lading the Merchant expressly accepts and agrees to all its stipulations, exceptions and conditions, on both pages, whether written, printed, stamped or otherwise incorporated as fully as if they were all signed by the Merchant. One original Bill of Lading must be surrended duly endorsed in exchange for the goods or delivery order. In WITNESS whereof the Master or Agent of the said Vessel has signed the number of original Bills of Lading stated below all of this tenor and date, any one of which being accomplished the others to be void. Nr. of original Bills of Lading: 04 Daily demurrage rate(additional clause A): USD 10,000.00 Place and date of issue: SAN NICOLAS - ARGENTINA 27 DE AGOSTO DE 1993 Signature: * Applicable only when document is used as a Through Bill of Lading 16 Transporte Marítimo de Cargas Carta de Crédito - Importância • A carta de crédito dá ao exportador: – o mais alto grau de proteção entre os métodos de pagamento na exportação de bens. – o direito de receber pelos produtos exportados, antes mesmo dos produtos serem entregues ao importador. • Para descontar uma carta de crédito o exportador entrega : – fatura pró-forma; – apólice de seguro marítimo; – conjunto completo de "Clean Onboard BLs"; – certificado de origem do produto exportado. 17 Transporte Marítimo de Cargas AFRMM - Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante • O AFRMM é uma taxa cobrada sobre o frete de cargas que entram nos portos brasileiros, criada em 1958. [legislação: Decreto-Lei 2.404 (23.12.87) e Lei 8.032 (12.04.90)]. • É recolhido ao FMM – Fundo de Marinha Mercante e em contas especiais dos armadores tem por objetivo prover recursos para o desenvolvimento da marinha mercante brasileira. • Deve ser recolhido, em contas específicas, pelo importador da carga, em até 7 dias após o desembarque: – 25% do valor do freteno longo curso; – 10% na cabotagem; – 40% no transporte fluvial e lacustre (granéis líquidos). 18 Transporte Marítimo de Cargas AFRMM – Partilha Empresa estrangeira e empresa brasileira operando embarcação afretada de registro estrangeiro Empresa brasileira operando no longo curso com embarcação própria ou afretada de registro brasileiro Navegação de cabotagem, Fluvial e lacustre FMM- Fundo de Marinha Mercante O total da conta especial é rateado proporcionalmente aos fretes gerados na exportação e na importação pelas empresas brasileiras Conta vinculada a Empresa brasileira de navegação Conta Especial 100% 50% 14% 36% 100% 19 Navio Transportador de Contêineres com capacidade de 53.310 t (Tráfego regular) 20 Navio Roll-on Roll-off (RORO) embarcando autos de passageiro (Tráfego não regular) 21 Navio Transportador de Granel Sólido com capacidade de 63.514 t (Tráfego não regular) 22 Navio Transportador de Petróleo com capacidade de 299.700 t (Tráfego não regular) 23 Intermodalidade e Multimodalidade Terminologia • Com o advento do transporte conteinerizado na década de 1950, surgiram os termos: – transporte intermodal – transporte combinado – transporte multimodal • Que têm significados distintos, mas são muito utilizados com o mesmo significado, podendo causar problemas de interpretação e comunicação. 24 Intermodalidade e Multimodalidade Transporte Intermodal • Transporte através de vários modais, utilizando as melhores características de cada modal, de forma a reduzir e, onde possível, eliminar as resistências ao fluxo contínuo de cargas desde a origem até o destino. • Pressupõe eficiência do transporte e das interfaces (pontos de transbordo, terminais, pontos de controle) que têm influência decisiva sobre a eficiência e a eficácia do processo. 25 Intermodalidade e Multimodalidade Transporte Combinado • É o transporte de um veículo de carga por outro (piggy back), como um veículo rodoviário transportado por um vagão ferroviário ou num ferryboat. • Esse conceito permite a utilização otimizada das melhores qualidades de cada modal, oferecendo vantagens como a redução das operações de manuseio de carga e da permanência de navios em portos. 26 Intermodalidade e Multimodalidade Transporte Multimodal • Conceito institucional que envolve a movimentação de bens por dois ou mais modais de transporte, sob um único conhecimento de transporte, o qual é emitido por um Operador de Transporte Multimodal – OTM. • O OTM assume, frente ao embarcador, total responsabilidade pela operação, desde a origem até o destino, como um transportador principal e não como um agente. 27 Intermodalidade e Multimodalidade Transporte Multimodal - Legislação • A Convenção sobre Transporte Internacional Multimodal de Cargas da Organização das Nações Unidas é a principal referência. • Países membros do Mercosul assinaram, em 1994, o Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte Multimodal de Mercadorias, autorizada no Brasil pelo Decreto 1.563 de 19/07/95. • Lei federal Nº 9.611 de 19/02/98, dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas, permitindo a criação da figura do OTM no Brasil. • Decreto nº 3.411 de 12/04/2000 regulamenta a Lei Nº 9.611. 28 Transporte Ferroviário no Brasil RodoTrem - Transformando Carreta em Vagão 29 Transporte Ferroviário no Brasil RodoTrem - Composição Formada 30 Exportação de Soja no Brasil Custos • Custos logísticos terrestres para grãos: – Nos EUA: US$ 16,00/t – distância média de 2000 km – Brasil até 1995: > US$ 80,00/t • Depois de 1995 no Brasil: – Privatização das ferrovias e portos; – Implantação de corredores intermodais de transporte; – O custo dos transportes de grãos foi reduzido em cerca de 40% e o custo portuário em 50%. 31 Exportação de Soja Pólos Produtores de Soja • Produção – 2000/2001: 32,7 milhões de t – 2006/2007: 58,3 milhões de t 32 Exportação de Soja Corredor Madeira/Amazonas • Corredor de Exportação Madeira/Amazonas para soja do Centro-Oeste, intitulado Projeto Maggi, é composto: • Pela Rodovia BR-364: noroeste MT a Porto Velho (RO) • Pelos rios Madeira e Amazonas, de Porto Velho a Itacoatiara; • Pelo rio Amazonas entre Itacoatiara e Belém, entrando em seguida no Oceano Atlântico. • Redução de US$ 30,00 a US$ 35,00/t nos custos logísticos de exportação até o porto de Rotterdam. 33 Corredor Intermodal Madeira/Amazonas 34 Corredor de Exportação Centro- Norte: Trecho rodoviário => Pólos do MT até os portos fluviais no Rio Araguaia Trecho fluvial => Até Xambioá pelo Rio Araguaia Trecho rodoviário => Xambioá até Estreito Trecho ferroviário => Estreito até Açailândia pela Ferrovia Norte Sul => Açailândia até São Luiz pela Ferrovia Carajás. Exportação de Soja Corredor Centro – Norte 35 Corredor Intermodal Madeira/Amazonas
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