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ATENÇÃO À SAÚDE Prof. Márcia Faria CONCEITOS: CONCEITO OMS DE SAÚDE: “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades” PROMOÇÃO À SAÚDE: (Aconselhamento) Consiste em políticas, planos e programas de saúde pública para evitar que as pessoas se exponham a doenças. Exemplo: programas que propõe-se a ensinar a população a cuidar da sua saúde bucal. PREVENÇÃO À SAÚDE: (Atitude) “Prevenir é antecipar-se à um evento”. Prevenção em saúde pública é a ação antecipada, tendo por objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença. IMUNIDADE DE REBANHO: É a resistência que a população adquire à determinada doença. Quando a maioria (95%) da população recebe vacinação, a disseminação de doenças é controlada. EPIDEMIA: Número de casos acima do esperado. SURTO: Número de casos acima do esperado, porém a fonte da doença é a mesma. (Ex: meninos infectados pela água da creche) PANDEMIA: Aumento do número de casos em inúmeras regiões. ENDEMIA: É o aumento do número de casos dentro do esperado. HISTÓRIA DO SUS: LEI ELOY CHAVES: • 1923 • Primeira lei que regulamenta as primeiras proteções para o trabalhador formal • Criou as CAPS CAPS: • Caixa de Aposentadoria e Pensão • As primeiras CAPS foram criadas para os ferroviários em 1926 e se estendeu para outras profissões • Era opcional • Cada empresa tinha sua CAPS • 50% da contribuição vinha dos empregados e 50% vinha dos patrões. • Não havia contribuição do Estado IAPS: • Instituto de Aposentadoria e Pensão • É a institucionalização da CAPS • Surgiu na Era Vargas, em 1933 (época de ampla legislação trabalhista, de direitos assegurados aos trabalhadores FORMAIS) • Apenas quem contribui para a previdência tem direito. • Trabalhadores informais não tinham direito ao IAPS. • Eram organizadas por categorias profissionais, não mais por empresa. • Sua contribuição é feita pelos EMPREGADOS, EMPREGADORES e ESTADO. • Assegura aposentadoria, pensão por morte, assistência médica e hospitalar e socorro farmacêutico. • Cada IAPS tinha sua forma de distribuir os benefícios III CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE: • Ocorreu em 1963 • Na década de 60 foi o auge da crise da saúde pública. • A Conferência foi uma avaliação crítica da realidade sanitária do país • Foi responsável pela Reforma da Previdência 3 anos mais tarde. REFORMA DA MEDICINA PREVIDENCIÁRIA: • Ocorre em 1966, na Ditadura Militar • Causas: Incapacidade na resposta do governo às reivindicações dos trabalhadores • Escassez do financiamento em relação à saúde pública • Criação do INPS INPS (INSTITUITO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: • Unificação dos IAPS • Atendia todos os contribuintes CAPS IAPS Organizada por trabalhadores de qualquer empresa Organizada por categoria profissional Contribuição: Empregados e Patrões (BIPARTITE) Contribuição: Empregados, Patrões e Governo (TRIPARTITE) Gestão privada Gestão Semipública • Há uma uniformização dos benefícios (antes, nos IAPS, os benefícios eram diferentes para cada categoria profissional) • INPS privilegiou o setor privado da saúde (através da compra dos serviços de saúde para atender a demanda dos assegurados) • Centralização financeira na mão do Estado • Aumento do número de contribuintes e, consequentemente, aumento da arrecadação. • Com o dinheiro “extra” foi construída a Transamazônica e Ponte Niterói. • Houve muita corrupção 1975: CRISE DO MODELO ECONÔMICO: • ↑ Desemprego • ↓ Contribuição Previdenciária • ↓ Recursos da saúde • Gerou crise no sistema de saúde previdenciário • MAZELAS DO MODELO: - Priorização da medicina curativa e não preventiva - Redução da arrecadação hospitalar - Incapacidade do sistema em atender uma população cada vez mais marginalizada MOVIMENTO SANITARISTA: • 1974 – 1979 • São movimentos sociais mais articulados • Tentam mudar o acesso à saúde • Exigem: - Democratização do acesso à saúde - Universalização - Descentralização (antes tudo era decido em Brasília, e havia muita burocracia) - Defesa do caráter público da saúde • Com o fim do Regime Militar (1986) foi proposta a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que propõe a criação do SUS. • Em 1988, a Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira ao definir, como já mencionado, a saúde como "direito de todos e dever do Estado". SUS O Sistema Único de Saúde é desvinculado da Previdência Social RENAME: Relação de medicamentos que o SUS tem que disponibilizar para a população. O médico profissional do SUS deve priorizar receitas de remédios contidos nessa lista) OBS: Todas as vacinas e remédios do SUS passam por uma avaliação antes de serem aprovados PRINCÍPIOS DO SUS (CONSTITUIÇÃO 1988): • 1) UNIVERSALIDADE: Direitos de todos e dever do Estado. Direito à saúde se coloca como um direito fundamental de todo cidadão. • 2) INTEGRALIDADE: Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas. É oferecer atenção primária, secundária e terciária e quaternária. • 3) EQUIDADE: Tratar diferente as pessoas diferentes, para que todos alcancem o mesmo tratamento. EX: Fazer visitas domiciliares à um paciente com mobilidade reduzida. • 4) DESCENTRALIZAÇÃO: O Sistema Único de Saúde está presente em todas as esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal. Dessa forma, busca-se um maior diálogo com a população civil. • 5) PARTICIPAÇÃO SOCIAL/CONTROLE SOCIAL: Há participação da comunidade nas ações e serviços públicos de saúde, atuando na formulação e no controle da execução destes. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências da Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis federativos. MODELO HOSPITALOCÊNTRICO: Centrado na cura e deficiente na atenção primária. Investia-se na cura de doenças e não na prevenção (ANTIGO). MODELO SANITARISTA: Atenção básica, atua na promoção e prevenção da saúde. MODELO CAMPANHISTA: São campanhas para as doenças mais frequentes (EX: campanhas de vacinação) PACTUAÇÃO • Não há necessidade de implantar um hospital em cada cidade, pois em cidades muito pequenas um hospital é insustentável. A verba disponível é menor do que a necessária, há um déficit financeiro. Além disso, há desperdício de leitos e recursos, pois a população é muito pequena. CAPS Década de 20 IAPS Década de 30 INPS 1966 (à partir da Reforma Previdenciária) • O Governo não é obrigado a garantir um hospital em todos os locais, mas é obrigado a oferecer ACESSO ao serviço de saúde. • REGIONALIZAÇÃO OU HIERARQUIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS: - Os municípios trabalham em conjunto para fornecer o atendimento integral da saúde à população. Aquilo que falta em uma cidade é suprida por outra cidade. - MUNICÍPIO POLO: Oferece atendimento de alta complexidade. Deve ter condição de suprir aquilo que falta nos demais municípios. DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO: PLANO DE SAÚDE NA POLÍTICA: O plano de saúde de um presidente tem duração de 4 anos, porém, o plano é vigente durante 3 anos de SEU mandato e o 1º do mandato do PROXIMO candidato. ASSISTÊNCIA À SAÚDE: Constitue-se na adoção de medidas necessárias à prevenção, recuperação, manutenção e reabilitação dasaúde, nos moldes do contrato e nos termos da legislação. Consulta, vacina, etc. ATENÇÃO À SAÚDE: Além da assistência, há promoção da saúde. Complementação da Assistência à Saúde. CONSELHOS MUNICIPAIS: • Há participação da comunidade nas decisões • 50% dos integrantes são USUÁRIOS • 25% são GESTORES • 25% TRABALHADORES do sistema • Se reúnem pelo menos 1 vez por mês. • Atua no controle social • Tem que haver votação • LEI 8142 CONFERÊNCIAS DE SAÚDE: Municipais, Nacionais e Estaduais. Aponta diretrizes para o melhoramento da saúde, e se reúnem uma vez a cada 4 anos - Atua no controle social - É obrigatório haver consenso. - É um espaço de negociação e definição de políticas - CIB, CIT e CIR. ESFERAS DA GESTÃO FEDERAL (MINISTRO) ESTADUAL (SECRETÁRIO ESTADUAL) MUNICIPAL (SECRETÁRIO MUNICIPAL) •Conselho Nacional de Secretários de Saúde •Nível nacional •Representa os secretários de saúde CONASS •Conselho Nacional de Secretaria Municipal de Saúde •Representa os 26 COSEMS estaduais em nível nacional CONASENS •Nível Federal MINISTÉRIO DA SAÚDE CIT – COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE CIB – COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE •Conselho de Secretários Municipais de Saúde •Nível Estadual COSEMS •Conselho Nacional de Secretários de Saúde •Nível nacional •Representa os secretários de saúde CONASS CIR – COMISSÃO INTERGESTORES REGIONAL •Conselho de Secretários Municipais de Saúde •Nível Estadual •O CIR deve observar as diretrizes do CIB COSEMS COMPLEMENTAR X SUPLEMENTAR: Complementar: É dar aquilo que falta Suplementar: É mais do que já existe ASSISTÊNCIA À SAÚDE: Constitue-se na adoção de medidas necessárias à prevenção, recuperação, manutenção e reabilitação da saúde, nos moldes do contrato e nos termos da legislação. Consulta, vacina, etc. ATENÇÃO À SAÚDE: Além da assistência, há promoção da saúde. Complementação da Assistência à Saúde. ATENÇÃO PRIMÁRIA: • UBS • Tem área de abrangência • Pode resolver até 85% da demanda de uma população • CAPS: Centro de Atenção Psicossocial • NASF: Núcleo de Assistência da Saúde da Família • Academia da Cidade • A atenção primária é indelegável, ela deve ser ofertada o mais próximo possível do paciente, ou seja, no próprio município. ATENÇÃO SECUNDÁRIA: • Urgência e Emergência (UPA) • Da alta ou ameniza o quadro do paciente para uma atenção terciária ATENÇÃO TERCIÁRIA: • Hospitais de grande porte PORTAS DE ENTRADA DO SUS: 1) Atenção Primária 2) Urgência e Emergência 3) Saúde do Trabalhador 4) Saúde Mental LEI 8080 (LEI ORGANICA DA SAÚDE): Lei que regula, em todo o território brasileiro, as ações do SUS. LEI 8142 Regula a participação da comunidade na gestão do SUS. TRANSFERÊNCIA FUNDO A FUNDO É o repasse de recursos financeiros da esfera federal para e estadual, municipal e Distrito Federal
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