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Capitulo 9 – Instrumentos de Política Comercial: resolução de exercícios QS=20+20P QD=100-20P P Q 2 60 P MD=80-40P Equilíbrio em H sem comércio externo Curva de Procura de Importações (D-S) P* S*=40+20P D*=80-20P 1 XS=-40+40P Equilíbrio em F sem comércio externo Curva de Oferta de Exportações (S-D) Resolução do Exercício 2a) P* MD=80-40P 1,5 XS=-40+40P Resolução: Exercício 2b – representação gráfica 20 XS=XD → -40+40P=80-40P → 80P=120 → P=1,25 Com P=1,5 → MD=XS=20 Se houver comércio externo entre H e F PW=1,5 fica entre os preços de equilíbrio sem comércio externo (1;2) P P P Q QQ S=20+20P D=100-20P 2 60 Q D*=80-20P S*=40+20P Mercado Nacional (H) Mercado Estrangeiro (F)Mercado Mundial (H+F) 1 1,5 MD=80-40P XS=-40+40P 20 7050 65 6050 1,25 1,75 55 65 Duas Hipóteses: • Tarifa Específica: MD=80-40(P+0,5) → MD=60-40P → MD=MS → 60-40P=-40+40P → P=1,25 • Ad valorem: MD=80-40(1,5)P → MS=MD → P=1,2 (solução alternaBva) 10 55 70 MD= 60-40P 65 • ∆ Exc. Consumidor: a+b+c+d=- 16.875 • ∆ Exc. Produtor: a= 13.125 • ∆ Rendimento do Governo: c+e= 5 • Conclusão: perda de eficiência (b+d) excedida pelo ganho dos termos de troca Distorção na produção Distorção no consumo S=20+20P D=100-20P 2 60 1 60 XS=-400+400P MD1=80-40P 1,09 1,045 1,545 D*=400+200P D*=800-200P 69,1050,9 18,20 36,40 • 80-40P=-400+400P → P=1,09; Com t=0,5 (específico) → MD=80-40(P+0,5) → MD=MS → P=1,045 • Com País importador pequeno, com a mesma tarifa, a variação no preço é pequena. Baixou o preço apenas 5% (no exercício anterior foi de 25%). • Perda no Excedente do Consumidor= 33,5; Receita do Governo=9,10; Ganho no Excedente do Produtor= 21,089; b + d = 4,14; e= 0,819; Perda final no bem estar porque (b+d) superior ao ganho de termos de troca e MD2=60-40P proteção efetiva = (200-100)/100)*100 = 100% proteção efetiva = (60-45)/45*100 = 33,3% MD=80-40P XS2=-40+60P XS1=-40+40P S*2=-40+40(1+0,5)P 1,2 3220 Estrangeiro - F 1,8 1,5 44 7650 70 S*=40+20P D*=80-20P a b c d e f g • XS=MD→-80-40P=-40+60P → P= 1,2 (novo Pw) • Preço interno em F=1,2(1+0,5)= 1,8 Mundo a = (44x0,3)=13,2 b = 0,5(0,3x6) = 0,9 c = (32x0,6)-0,9-0,9= 7,8 d = 0,5 (0,3x6) = 0,9 e = (0,3x0,6)=1,8 f =( 20x0,3)=6 g = (0,3x0,6) = 1,8 20 32 Em F, preço sobe (P*=1,8), e em H desce (P=1,2): • Ganho do Produtor (a+b+c) = (70x30)+0,5(6x0,3)=21,9 • Perda do Consumidor = (44x0,3)+0,5 (6x0,3)=14,1 • Perda de Bem Estar Líquido ((b+d)+(e+f+g) = 11,4 • Despesa do Governo (b+c+d+e+f+g)= (1,8-1,2)x32=19,2 a) Sobe a produção interna do setor protegido e reduzem-se as importações. Já o efeito global, sobre o Bem-Estar da sociedade, depende de mais efeitos. Importa notar que este raciocínio é feito com base na hipótese de que não há retaliações noutros setores que possamos exportar, pois no modelo há apenas um bem. b) Não se sabe se o efeito é negativo e, sobretudo, no caso do País pequeno, não baixa Pw, logo não há ganho de termos de troca e, havendo só distorções no consumo (d) e na produção (b). c) Ao fazer isso importa notar que iríamos afetar os consumidores americanos (o preço do carros subiriam), embora se possa proteger os produtores e emprego naquele setor. Se houvesse retaliação dos Mexicanos noutros bens, iriam outros trabalhadores americanos ser prejudicados. (Importa ainda notar que há diferenças de produtividades nos dois lados). P Q a b c d D=400-10P S=50+5p a) S2= (50+50)+5P → S2=100+5P → S=D → P=20 b) Renda da Quota = 10x50 = 500 c) Distorção no Consumo (d) = 0,5 (100x10) = 500 d) Distorção na Produção (b) = 0,5 (50x10) = 250 100 300 50 10 20 150 200 S2=100 + 5P Razões que levam a utilizar estes instrumentos: i. Pressão dos agentes económicos afetados; ii. Razões de soberania (importância da agricultura para uma Nação); iii. Economias de Aprendizagem (é um processo produtivo que necessita de prática, durante algum tempo, para existir); iv. Luta contra a desertificação populacional, promoção do desenvolvimento local e defesa do Ambiente Efeito de tarifas elevadas à importação de bens industriais: • Tarifas elevadas aumentariam a produção e o emprego, subindo os salários, e os produtores deste setor ganhariam; • Os consumidores/empresários de bens industriais seriam penalizados, nomeadamente os outros setores da economia que os utilizam; • O efeito de Bem-Estar líquido depende da dimensão do País. Se for pequena, não alterará o Preço Mundial, não haveriam assim ganhos de termos de troca (e) e somente haveria distorções na Produção (b) e no Consumo (c). Capítulo 10 - Política Económica e Política Comercial Externa • produtores e consumidores fazerem as suas escolhas no custos reais – ganhos de eficiência (sem distorção de produção e do consumo pelas políticas) • Alargar os mercados - ganhos adicionais de comércio livre (economias de escala) • Novos horizontes para os empresários – ganhos adicionais de comércio livre: mais oportunidades de inovar • “Limpar” as políticas internas – argumentos políticos (políticas captadas por grupos de pressão) a) Potencialmente valido para T (se intervir com TT sobem, porque EUA grandes). b) Não é válido para SE nem T. c) Potencialmente valido para SE (agricultores ganham e fornecedores de consumo intermédios também ganham). d) Potencialmente valido para T (argumento das falhas de mercado; melhor interferir diretamente). e) Potencialmente valido para T (não se espera que TT desçam muito). S=20+10P D=400-5P 273,3 350 170 120 325 Pw=10 P=15 Pi=25,3 P Q b d a) b (distorção na produção)=50x5x0,5=125 d (distorção no consumo) = -(25x5x0,5)=-62,5 Utilidade Social=50x10=500 Efeito líquido:=500-175-62,5=312,5 b) S2=70+10P 170120 10 15 D=400-5P S1=20+10P 350 b=50x5x0.5=125 d não há Utilidade Social=50x10=500 Efeito líquido=500-125=375 c) O Subsídio de Produção tem um efeito superior sobre o Bem-Estar porque a Política é melhor dirigida. Afeta diretamente a produção. Reflete as divergências entre benefícios sociais e privados. Não há redução do excedente do consumidor, porque os preços interno e mundial mantém-se. d) O Subsídio de Produção Ótimo verifica-se quando se internaliza completamente a externalidade através da promoção dum subsídio equivalente. → SP=10 → S2’= 20+10(P+10) → S2’= 120+10P → S2’= 220 (∆ = 100) logo: Utilidade Social=100x10=1.000 Efeito Líquido=1.000 – (100x10x0.5) → Efeito Líquido=500 • Objetivo do Governo: $1 de ganho para os produtores vale a pena face uma perca de $3 na soma do excedente do consumidor com os ganhos do rendimento do Governo. • Se T=5 então: • b (excedente do produtor)= (170x5) – (50x5x0.5) = 725 • Ganho político: 3xexcedente do produtor = 725x3=2175 (nova função objetivo) • d (excedente do consumidor) = (350x5) – (25x5x0.5)= -1687,5 • Rendimento do Governo = 155x5=775 • Novo ganho líquido de bem-estar= 2175+ 725+775-1687,5=1.987,5 • Sem Tarifa, Polónia importaria do Japão a €18.000 • Conceitos • Desvio de comércio: importação passou a ser feita noutro local (mais cara) • Criação de comércio: importação passou a ser feita na zona (mais barata) • a) 18000x1,5= 27.000 → compra na Polónia (desvio de comércio) • b)18000x2=36.000 → alemães compram na Polónia (desvio de comércio do Japão) • c)12000x2=24.000 → UE compra na Polónia (desvio de comércio) • Os EUA têm interesse nas Políticas dos outros, como os outros nas deles; • Negociar é melhor do que guerras comerciais (o argumento do Dilema do Prisioneiro); • É melhor negociar, do que ter políticas descoordenadas,e negociando multilateralmente é a melhor, de forma a resistir os grupos de pressão interna. Para um País grande, há uma Tarifa Ótima (maximiza o Bem-Estar), na qual os ganhos marginais do acréscimo dos Termos de Troca igualam as perdas marginais de eficiência decorrente das Distorções na Produção e no Consumo. • A solução de equilíbrio reside no proteccionismo em ambos; • A estratégia para combater o protecionismo é a negociação multilateral, para combater os grupos de pressão internos. • O argumento de restringir as importações, por causa de salários mais baixos na China, não se justificaria (distorções na produção (produzir mais destes bens, afetando mal, internamente, os recursos, tirando-os dos setores com maior produtividade) e distorções no consumo (os consumidores pagariam os produtos mais caros)); • Já o argumento da saúde pública pode fazer sentido, se for essa a razão, mas utilizado assim pior que a utilização de tarifas, porque é protecionismo radical; • Os trabalhadores chineses estariam pior se em autarcia; como têm produtividades mais baixas, única hipótese produzir com trabalho intensivo mais barato. 11. Política Comercial Externa nos Países em Desenvolvimento • Mais beneficiaram: Países asiáticos: Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Hong Kong; Malásia, Indonésia, …atualmente China e Índia. • Políticas implementadas: primeiro, políticas de substituição das importações, promovendo a industrialização, e , depois, abertura aos mercados internacionais e promoção das exportações. • Qual o papel das políticas, há controvérsia. Há quem teve sucesso e quem não teve, com a promoção de indústrias nascentes. Brasil e México parece que menos. • No Japão, houve protecionismo no início e parece ter sido bem sucedido. • A recuperação japonesa pós Guerra é espantosa, depois de totalmente destruído, e parece que a proteção inicial da indústria teve sucesso. a) O altos custos iniciais justificam uma proteção de indústria nascente. Os custos iniciais para a sociedade serão compensados totalmente no futuro. b) As empresas, individualmente, não tem incentivos para pagar estes custos que serão aproveitados por toda a indústria. Exemplo típico que justifica a proteção inicial, no âmbito do argumento indústria nascente, por causa duma falha de mercado: a apropriação de tecnologia. • Índia, após a descolonização da Inglaterra, em 1948, centrou-se no protecionismo e em estratégia de substituição de importações. Na base da independência, a luta pela produção local de produtos têxteis, contra os ingleses. Logo muito protecionista. • O México tinha um lobie industrial local forte, o que justifica a abertura deste País às importações de equipamentos e demais bens de capital. • Na prática, os efeitos da promoção da indústria nascente não correu muito bem. A proteção não criou uma indústria competitiva. Baixo rendimento dos países, mão-de- obra pouco qualificada e empresários com pouca experiência justificam o falhanço. • Não é a política comercial externa que pode resolver estes problemas. • Não estando no comércio internacional não se conseguia aproveitar as economias de escala. • Muitas destas políticas somente criaram rendas e desenvolveram processos de corrupção. 12. Controvérsias sobre Comércio Internacional Perigos da Política Comercial Estratégica: i. Apropriação de lucros dos concorrente à custa de outros países; ii. Guerras comerciais com os vizinhos; iii. Difícil identificar quais as industriais a subsidiar e quanto subsidiar. • Se toda a gente sabe que a indústria vai crescer os privados vão afetar recursos nela; • Não deve haver nenhuma ação governativa, a não ser que haja falha de mercado e as falhas são difíceis de identificar. • Os resultados da Investigação e Desenvolvimento (I&D) podem ser apropriados por uma banda larga de empresas e indústrias, caso tenha aplicações específicas; • As vantagens para os EUA e o Japão excedem os benefícios da investigação japonesa orientada para a indústria japonesa; • I&D tem benefícios que extravasam as fronteiras; • O conhecimento geral avançado é uma externalidade e que pode estar na base de falhas de mercado. • Vimos, no exemplo, que o Subsídio encorajava a Airbus a produzir e a Boeing a não produzir; • O Subsídio produz resultados efetivos quando impede a outra empresa de entrar; • Caso não haja informação correta, e os números da tabela estejam incorretos, a Boeing continua a produzir e há um custo líquido para a EU. • Pode-se utilizar o argumento da indústria nascente, porque a indústria de software está já instalada nos EUA; • A indústria europeia desenvolvida numa escala suficiente, aproveitando as economias de escala, e num contexto local de economias de aglomeração, poderia começar a ser competitiva. • Poderá a indústria de software ser competitiva no Futuro sem proteção? Se sim, é preciso ter cuidado com o argumento da indústria nascente. • Outro argumento possível para a proteção seria a questão da apropriabilidade. Se os ganhos do investimento excedem os ganhos privados, fazendo a empresa um investimento, mas não se apropria de todos os ganhos, deve haver um subsídio. • Duvida: o Governo pode identificar completamente as atividades a suportar e quantificar os ganhos globais? • Outro argumento possível: pode justificar-se a intervenção seria uma situação de concorrência imperfeita e lucros excessivos consequentes. No entanto, tem o Governo acesso a toda a informação e pode quantificar? Não há retaliação americana? • A principal critica contra a OMC na área ambiental é que não impõe standards; • A OMC tem poder para impor regras ambientais e resolver os conflitos, argumentam os opositores ao comércio livre; • A OMC só tem uma hipótese, impor aos Estados que usem nos produtos importados as mesmas regras que na produção nacional. • A França prossegue uma política cultural nacional ativa, como uma estratégia de política comercial, que promove as atividades culturais; • Essa intervenção liga-se à promoção de atividades como a indústria de vestuário e têxtil, por via da Moda ou o Turismo; • A existência de falhas de mercado não está claramente documentada no setor cultural, exceto que há outras externalidades tangíveis; • A opinião de muitos economistas é que a promoção cultural não é a melhor aproximação para suportar certas indústrias. • Imagine-se que não existiam tarifas e apenas impostos ao valor acrescentado na produção nacional num setor. Isso favorecia esse setor a localizar-se no estrangeiro, onde não existissem; • Então a Tarifa, se fosse criada, justificar-se-ia para manter o mesmo preço relativo dos bens nacionais e dos bens importados. • Então a Tarifa sobre as emissões de CO2 é similar. É preventiva, para impedir a saída das empresas nacionais, que são internamente taxadas. • A Tarifa seria apenas discriminatória dos bens importados se fosse mais difícil no País de origem reduzir as emissões de carbono que internamente. • A ideia da Curva de Kuznets ambiental é que o dano ambiental aumenta quando um País passa de pobre a mediano e melhora quando se torna mais rico; • O problema põe-se então quando os Países passam rapidamente de pobres a medianos, como a China e a Índia; • Os Países ricos têm, assim, de diminuir os seus danos para os mais pobres crescerem (passarem de A para B); • Os Países ricos devem ainda fazer pagamentos e fornecer tecnologias limpas para apoiar o crescimento dos mais pobres.
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