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1 Capítulo 7 – Tendências Estruturais da Economia Internacional 2. Integração Económica 2.1 Estádios de Integração De acordo com a classificação de Balassa, os acordos de integração regional podem ser classificados em diferentes estádios progressivamente mais avançados. Cada estádio é fruto de um processo acumulativo, ou seja engloba tudo o que o anterior estádio tinha, adicionando de algo novo. 1º Estádio: Acordo preferencial de comércio (APC): há redução de tarifas e outras formas de protecionismo entre os membros para alguns bens e por vezes de modo unilateral (exemplo: relação entre UE e países ACP). 2º Estádio: Zona de comércio livre (ZCL): APC + eliminação total do protecionismo interno (exemplo: EFTA, NAFTA). Nível de integração relativamente baixo. 3º Estádio: União aduaneira (UA): ZCL + definição de política comercial comum para com terceiros países (exemplo: CEE). 4º Estádio: Mercado comum (MC): UA + livre circulação de (i) bens e serviços; (ii) capital; (iii) trabalho. Nível de Integração aprofundado. 5º Estádio: União Económica (UE): MC + harmonização (parcial) do quadro institucional (exemplo: UEM). Existência de algumas instituições comuns (ao nível da união economia e não ao nível de cada país), onde existe uma definição de politicas comuns. 6º Estádio: Integração política (IP): UE + perda de soberania (abdicar da soberania nacional, deixamos de ter países e passamos a ter um estado federado) + harmonização total do quadro institucional (integração de todas as politicas). Este estádio nunca foi atingido. 2.2 Teoria da Integração Teoria de Integração: tentativa de demonstração que a formação de bloco de integração pode ser vantajoso por vezes, e desvantajoso por outras. 2 Viner (1950) foi pioneiro no estudo do impacto da união aduaneira no bem- estar. São salientados 2 efeitos: • 𝐶𝐶 > 𝐷𝐶 → Integração vantajosa, aumento do bem-estar • 𝐶𝐷 > 𝐶𝐶 → Integração não vantajosa, diminuição do bem-estar Hipóteses do modelo • 3 países (A, B, C); • A é um pais pequeno por comparação com B e C; • Inicialmente A, aplica uma tarifa especifica de valor t às importações (tanto a B com a C). O objetivo é analisar o impacto da formação de uma UA entre A e B. Efeito CC 3 Antes de formação da UA: • B é mais eficiente que o país C, visto que P! e mais baixo que P!. • Com tarifas, P! + t (preço a que chega a A, o produto importado a B) continua a ser menor que P! + t( preço a que chega a A, o produto importado a B). Após a formação da UA: • As tarifas desaparecem; • 𝑃! ∶ preço praticado pelo país C; • 𝑃!: preço praticado pelo país B, preferível por A, por ser mais baixo que PC. Resumo de impactos (em A): • EP diminui (A); • Receitas do Governo diminuem (C). C era receita do governo antes de UA. Depois da UA, a receita desaparece, logo as recitas diminuem; • EC aumenta (A + B + C + D); • Bem-estar social aumenta (B + D). De 𝑃! + t para 𝑃! há criação de comércio , provocada pela UA. Este comércio é benéfico para os países que formam mesma UA. Efeito DC Formação de UA com B, que agora é o menos eficiente, assim o país C é agora o mais eficiente. 4 Antes de formação da UA: • A importava ao pais mais eficiente, país C, ao preço relevante de P! + t. Após a formação da UA: • Apesar de 𝑃! + 𝑡 ser inferior a 𝑃! + t, como A vai formar UA com B, vai passar a importar a B ao preço 𝑃!, visto que como estabeleceu UA com B não tem de pagar tarifa. Ou seja, antes da UA, o país A importava do pais mais eficiente, depois da UA vai importar ao menos eficiente. - Há um DC do país que era mais eficiente para o país menos eficiente Resumo de impactos (em A): • EP diminui (A); • Receitas do Governo diminuem (C). C era receita do governo antes de UA. Depois da UA, a receita desaparece, logo as recitas diminuem; • EC aumenta (A + B + C + E); • Bem-estar social aumenta (B + E) - D.
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