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NOÇÕES DE ECONOMIA

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Concurso PF 2012
AGENTE
NOÇÕES DE ECONOMIA
1 O Estado e as funções econômicas governamentais. 2 As necessidades públicas e as formas de atuação dos 
governos. 3 Estado regulador e produtor. 4 Políticas fiscal e monetária; outras políticas econômicas. 5 
Evolução da participação do setor público na atividade econômica. 6 contabilidade fiscal: NFSP; resultados 
nominal, operacional e primário; dívida pública. 7 Sustentabilidade do endividamento público. 8 
Financiamento do deficit público a partir dos anos 80 do século XX. 9 Inflação e crescimento.
O Estado e as funções econômicas governamentais 
Em linhas gerais, a doutrina divide as funções econômicas do Estado em três: função alocativa, função 
distributiva e função estabilizadora. De acordo com Giacomoni (“Orçamento Público – Ed. Atlas): “Richard 
Musgrave propôs uma classificação das funções econômicas do Estado, que se tornaram clássicas no gênero. 
Denominadas as “funções fiscais”, o autor as considera também como as próprias “funções do orçamento”, 
principal instrumento de ação estatal na economia. São três as funções:
a) Promover ajustamentos na alocação de recursos (função alocativa);
b) Promover ajustamentos na distribuição de renda (função distributiva);
c) Manter a estabilidade econômica (função estabilizadora).”
 
Função Alocativa
 
A função alocativa é motivada quando não há oferta eficiente de infra-estrutura econômica ou provisão de 
bens públicos e bens meritórios por parte do setor privado. Os investimentos na infra-estrutura econômica, 
tais como energia, transportes e comunicações, impulsionam o desenvolvimento regional e nacional, e os 
altos investimentos necessários, aliados ao longo período para obtenção de retorno do investimento, 
desestimulam a iniciativa do setor privado nesses setores. Já a demanda por bens públicos e bens meritórios 
possui características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema de mercado. Giacomoni 
explica muito bem essas características:
 
“O bem privado é oferecido por meio dos mecanismos próprios do sistema de mercado. Há uma troca entre 
vendedor e comprador e uma transferência da propriedade do bem. O não-pagamento por parte do 
comprador impede a operação e, logicamente, o benefício. A operação toda é, portanto, eficiente.
No caso do bem público, o sistema de mercado não teria a mesma eficiência. Os benefícios geralmente não 
podem ser individualizados nem recusados pelos consumidores. Não há rivalidade no consumo de 
iluminação pública, por exemplo, e como tal não há como excluir o consumidor pelo não-pagamento. Aqui, 
o processo político substitui o sistema de mercado. Ao eleger seus representantes (legisladores e 
administradores) o eleitor-consumidor aprova determinada plataforma (programa de trabalho) para cujo 
financiamento irá contribuir mediante tributos. Em função de regra constitucional básica, o programa de 
bens públicos aprovado pela maioria será coberto também com as contribuições tributárias da minoria.”
 
Os bens meritórios são bens que, apesar de possuírem natureza de bem privado, predomina a sua 
característica de possuírem utilidade social, justificando assim sua provisão (financiamento) pelo Governo. 
É o caso dos subsídios ao trigo e ao leite, serviços de saúde e educação, etc.
 
Função Distributiva
 
A função pública distributiva objetiva promover ajustamentos (correções) na distribuição de renda devido 
às falhas de mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.), inerentes ao sistema econômico 
capitalista. Assim, temos com exemplo de medidas distributivas, temos o imposto de renda progressivo para 
financiar programas de alimentação, transporte e moradia populares. Ou ainda, concessão de subsídios aos 
bens de consumo popular financiados por impostos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de 
mais alta renda.
 
Função Estabilizadora
A política de estabilização possui basicamente quatro objetivos macroeconômicos: manutenção de elevado 
nível de emprego, estabilidade nos níveis de preços, equilíbrio no balanço de pagamentos e razoável taxa de 
crescimento econômico.
A função estabilizadora adquiriu especial importância como instrumento de combate à depressão dos anos 
30 e a partir daí esteve sempre em cena, lutando contra pressões inflacionárias e contra o desemprego, 
fenômenos recorrentes nas economias capitalistas do pós-guerra. Em qualquer economia, os níveis de 
preços e de emprego resultam dos níveis da demanda agregada, isto é, da disposição de gastar dos 
consumidores, das famílias, dos capitalistas, enfim, de qualquer tipo de comprador. Se a demanda for 
superior a capacidade nominal (potencial) da produção, os preços tenderão a subir; se for inferior, haverá 
desemprego. O mecanismo básico da política de estabilização é, portanto, a ação estatal sobre a demanda 
agregada, aumentando-a e reduzindo-a conforme as necessidades.
Assim, o orçamento público atua fortemente na estabilização econômica. Por exemplo, as compras do 
governo produzem grande impacto sobre a demanda agregada, assim como o poder de gastos dos 
funcionários públicos. Já as mudanças nas alíquotas tributárias produzem reflexos na quantidade de recursos 
disponíveis junto ao setor privado. Logo, ajustando os níveis de demanda agregada e de recursos, o governo 
promove a política de estabilização.
As necessidades públicas e as formas de atuação dos governos
As necessidades públicas são sanadas pelas entrada e saída de recursos que significa direito financeiro. 
"Entende-se por necessidades públicas "aquelas que, por sua natureza, só encontram satisfação eficaz pela 
ação coordenada do grupo, quer seja voluntária, quer seja coativa a participação dos indivíduos que o 
formam" (Baleeiro).
Para sanar a necessidade publica necessitara de uma intervenção que se dará pela política.
Existem na CF, diversas necessidades públicas, as quais o texto constitucional estabelece como competências 
às diversas esferas estatais.
A União pode transferir certas competências a terceiros que serão chamados de privatização ou autonomia 
pois será criado um vinculo com o Estado que será dara o nome de auto-tutela exemplo: privatização do que 
pode privatizar.
O direito financeiro estuda os fenômenos financeiros do estado: a entrada e saída de recursos das contas 
públicas através de métodos jurídicos (por ex.: fiscalização).
Quando o fato empírico estudado pela ciência das finanças, que se entende pela análise das relações 
financeiras estatais é captado pela norma entra em ação o direito financeiro.
O Executivo só pode gastar o que o Legislativo autorizar. Os gastos do estado não podem ultrapassar o 
orçamento. Aí se insere o direito financeiro: entradas, receitas e saídas dos recursos públicos.
Logo se conclui que o orçamento é a normatização das relações financeiras, trazendo o assunto ao mundo 
jurídico.
Estado regulador e produtor. 
Historicamente, o modelo de Estado adotado pelo Brasil após a transição do regime militar, remete-se para 
um modelo que se situa entre intervencionista e liberal e este denomina-se Estado Regulador. O novo 
Estado regulador,pode ser caracterizado pela criação de agências reguladoras independentes, pelas 
privatizações de empresas estatais, por terceirizações de funções administrativas do Estado e pela regulação 
da economia segundo técnicas administrativas de defesa da concorrência e correção de "falhas de mercado", 
em substituição a políticas de planejamento industrial, representou uma descentralização do poder do 
presidente da República e de seus ministros.(Mattos, 2006)
Neste cenário político, criou-se novos mecanismos de participação de diferentes setores da sociedade civil 
no controle democrático do processo de formulação do conteúdo da regulação de setores da economia 
brasileira. No tocante a reforma do Estado na década de1990 não teria sido apenas uma resposta à crise 
fiscal do Estado, mas resultado de um movimento político de transformação do funcionamento da 
burocracia estatal. (Bento, 2003). 
No tocante ao orgão regulador pode-se citar:
1. Defesa e interpretação das regras, além da sugestão de novas regras que facilitam as relações e resolvam os 
conflitos entre os atores incluindo também os possíveis conflitos como poder concedente.
2. A definição operacional de alguns conceitos fundamentais a serem incluídos nos contratos de concessão 
como o coefieciente de produtividade a ser repassado para o consumidor a diferenciação ou tarefas de 
consumidores.
3. A investigação e denúncia de atividades, anticompetitivas ou o abuso do monopólio concedido.
No que se refere aos principais objetivos da regulação são: 1- o bem-estar do consumidor (realiza-se o 
maior volume de transações econômicas, com a geração de maior renda agregada possível); 2-distributiva, 
definida como a capacidade de redução, da apropriação de excedentes econômicos por parte do produtor) e 
3- produtiva-entendida como a utilização da planta instalada com máximo rendimento e menor custo, dada 
a estrutura de mercado da indústria, universalização e a qualidade dos serviços. (Giambiagi, 2000) 4- a 
interconexão entre os diferentes provedores (rede pública); 5- a segurança e a 6- produção ambiental.
 
à saída e os padrões de desempenho.
Para a eficiência do sistema regulatório são necessários:
1- Uma política tarifária definida e estável
2- A existência de marcos reguladores definidos, que detalhem as relações entre os diversos atores de cada 
setor, seus direitos e obrigações.
3- Um mecanismo ágil e eficiente para a solução de divergências e conflitos.
4- Um certo grau de garantia contra os riscos econômicos e políticos.
5- A criação de um órgão regulador do setor, dotado de especialidade, imparcialidade e autonomia nas 
decisões.
No que diz respeito aos marcos reguladores e os contratos de concessão, estes necessitam de estruturação. A 
finalidade é servir de atração e estímulo de novos investimentos privados no setor de prestação de serviços 
públicos e de ordenamento da prestação dos serviços públicos, para garantir aos usuários a obtenção de 
serviço adequado. (Giambiagi, 2000)
Neste sentido o sistema regulador deve atender a 2 requisitos:
1- A independência da agência reguladora definida como a capacidade de buscar o atendimento dos 
direitos e interesses do usuário e a eficiência da indústria, em detrimento de outros objetivos conflitantes, 
tais como a maximização do lucro, a concentração de empresas em setores mais rentáveis do mercado, ou 
maximização das receitas.
2- É a escolha de instrumentos que incentivem a eficiência produtiva e alocativa. No Brasil a regulação está 
associada e condicionada ao contrato de concessão. O contrato de concessão é um instrumento complexo, 
que tem dois objetivos conflitantes, tais como a maximização do lucro e em sistemas monopolistas, a 
concentração de empresas em setores mais rentáveis do mercado.
Já o Estado produtor é um Estado ativo. 
Ele se caracteriza por um setor público altamente diferenciado e superdimensionado. 
A ele se contrapõem um setor privado e um assim chamado terceiro setor. Esse "modelo alemão de três 
setores" obedece a diferentes lógicas de gestão, respectivamente: controle hierárquico no setor público, 
concorrência no setor privado e solidariedade/negociação no terceiro setor (grupos de auto-ajuda, 
iniciativas comunitárias, associações, cooperativas, grupos de interesse organizados).
Numa estrutura de governança pública, o Estado ativo, nos termos do modelo dos três setores, se transforma 
num Estado ativador, que age, principalmente, sobre o setor privado e o terceiro setor, com o propósito de 
mobilizar seus recursos e ativar as forças da sociedade civil. 
Isso significa que o setor privado e o terceiro setor acabam sendo valorizados perante o setor público.
Políticas fiscal e monetária; outras políticas econômicas. 
A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são planejadas para atingir 
determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país, uma região ou um conjunto de 
países. Estas ações são executadas pelos agentes de política econômica, a saber: nacionalmente, o Governo, o 
Banco Central e o Parlamento e internacionalmente por órgãos como, por exemplo, o FMI, o Banco 
Mundial e o Ex-Im Bank. 
Cada vez mais há uma interação com entidades multinacionais, pelo fato de a economia da maioria dos 
países encontrar-se globalizada.
Política fiscal
Conjunto de decisões e ações relacionadas com as despesas e receitas dos governos federal, estadual e 
municipal.
A atividade financeira que o Estado desempenha nas sociedades modernas, estão divididas em três funções 
básicas: função de alocação de recursos; função redistributiva; e papel de estabilizador econômico. Na 
alocação de recursos, o Estado fornece bens que, sob certas circunstâncias, o mercado não fornece de forma 
eficiente. O papel redistributivo do Estado, tenta conciliar as diferenças que ocorrem entre a distribuição da 
riqueza, e o que o sistema de mercado e a sociedade considera como equitativamente justo, envolvendo 
conceitos éticos, políticos e econômicos. A função de estabilização, onde a política orçamental está 
enquadrada, o Estado tenta obter a estabilidade do sistema financeiro, evitando desequilíbrios e trazendo os 
ajustes necessários na demanda agregada, e em cada caso, controlando a inflação ou reduzindo o 
desemprego.
Principais objetivos da política fiscal
Como dito acima os principais objetivos de qualquer política orçamental são:
•Acelerar o crescimento econômico.
•O pleno emprego de todos os recursos produtivos da sociedade, tanto de capital humano como de 
material.
•Estabilidade de preços, visando não ocorrer grandes oscilações nos indicadores gerais de preços.
Política fiscal expansionista: É a tomada de medidas econômicas que objetiva gerar um aumento da despesa 
pública ou redução de impostos.
Política fiscal contracionista:É a tomada de decisões que visa uma redução de gastos governamentais público 
ou aumento os impostos, ou ainda uma combinação de ambos.
Todas essas causam de alguma forma variações na taxa de juros e na taxa de câmbio
Processo de execução da política fiscal
O processo é resumido neste gráfico, que torna o investimento fixo e impostos proporcionais à produção:
Legenda:
•T: os impostos (imposto) o dinheiro pago pelos cidadãos
•G: gastos do governo, o dinheiro gasto pelo Estado em Obras, etc
•Eixo Y (vertical): dinheiro (recebido ou gasto)
•Eixo X (horizontal): Produto Interno (PIB), a produção
•P1: equilíbrio orçamental, T = G
•Zona vermelha, P2: área de deficit, onde as despesas são superiores às receitas
•Zona Verde, P3: área de superavit, resultado positivo com redução de gastos, ou maior arrecadação 
de impostos
É preciso esclarecer que o deficit não é necessariamente uma coisa ruim a ser evitada. Os defensores 
acreditam que a política orçamental, ao invés de tentar alcançar o ponto de equilíbrio (P1 , na figura), 
deveria aumentar seu gasto para estimular a economia e, portanto, G>T havendo um déficit.
Mecanismos
Os mecanismos de controle sugeridos pelos keynesianos (os principais seguidores do modelo de políticas 
fiscais) são:
•Variação dos gastos públicos
•Variação dos impostos
Os dois são importantes para o controle do investimento público. Mas ao escolherem ente maiores gastos da 
máquina estatal ou uma redução de impostos, os políticos tendem a preferir o último, pois é imediato, de 
fácil reversão a sociedade e lhe garantem uma boa reputação.
Variação dos gastos públicos
A despesa pública ou investimento público é dinheiro que o estado gasta para pagar obras públicas como 
estradas, bens e serviços para a sociedade.A política fiscal de aumento de gastos públicos é normalmente mais empregada em momentos de crise 
econômica, ou quando há graves distorções estruturais no sistema produtivo nacional. Em grandes ciclos 
de recessão onde o nível de desemprego se eleva muito, o estado reduz sua arrecadação e aumenta seus 
gastos gerando altos índices de déficit público
Variação dos impostos
Em teoria, os recursos arrecadados pelos governos são revertidos para o bem comum, 
para investimentos (tais como infraestrutura: estradas, portos e aeroportos) e custeio de bens e serviços 
públicos, como saúde, segurança e educação. Mas não há vinculação entre receitas de impostos e 
determinada finalidade - ao contrário do que ocorre com as taxas e a contribuição de melhoria, cujas 
receitas são vinculadas à prestação de determinado serviço ou realização de determinada obra. Embora a lei 
obrigue os governos a destinarem parcelas mínimas da arrecadação a certos serviços públicos - em especial 
de educação e saúde -, o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer garantia de 
contrapartida
Como medida de política fiscal, o governo reduz ou aumenta a carga tributária com o objetivo de acelerar 
ou frear o ritmo econômico. A política fiscal de variação de impostos normalmente traz os retornos 
desejáveis a curto prazo.
Tipos de política fiscal
Pode ser expansionista ou contracionista:
•Política fiscal expansionista: quando o objetivo é estimular a demanda agregada, especialmente 
quando a economia está atravessando um período de recessão e precisa de um "empurrão" para se 
expandir. Como resultado, temos a tendência de déficit ou até mesmo levar à inflação.
•Política fiscal contracionista: quando o objetivo é reduzir a demanda agregada, por exemplo, 
quando a economia está em um período de expansão excessiva (superaquecimento econômico) e, há 
a necessidade de retração econômica, em consequência da excessiva inflação que se constrói neste 
cenário.
Política fiscal expansionista
Os mecanismos utilizados são:
•Aumentar a despesa pública para aumentar a produção e reduzir o desemprego.
•Impostos mais baixos, para aumentar o rendimento disponível ao consumidor/investidor, causando 
aumento de consumo e investimento das empresas, em conclusão, uma mudança no sentido da 
demanda agregada (expansão).
Política fiscal contracionista
Os mecanismos são inversos aos da politica expansionista. Eles consistem em:
•Reduzir os gastos do governo para desacelerar a produção.
•Aumentar os impostos para que as pessoas não consumam tanto e as empresas invistam menos, 
consequentemente desloca a demanda agregada (contração).
É que ela reduz a demanda agregada de forma a gerar excesso de oferta agregada de bens, o que irá fazer 
diminuir o nível de renda e os preços do mercado.
Surgimento
A política fiscal foi uma proposta inovadora que o economista John Maynard Keynes sugeriu, como forma 
de combate Grande Depressão Econômica da década de 30. Seus pontos principais são:
•Afirmar que a Lei de Say (a oferta gera sua própria demanda) não se cumpre, pois pode 
haver equilíbrio econômico, mas há muito desemprego.
•Considera que o Estado é o responsável para resolver o problema do desemprego (em oposição 
aos clássicos e monetaristas, que acreditam que é resolvido por si mesmo.) Para isso, o Estado tem 
que controlar a demanda agregada através da política fiscal.
•O estado de pleno emprego é passageiro, e a economia é flutuante.
Teorias
Alguns conceitos envolvidos na teoria de Keynes:
•Efeito multiplicador;
•Propensão marginal a consumir;
•A oferta agregada, com uma seção horizontal (seção keynesiana).
Críticas à política fiscal
A política fiscal deixou de ser eficaz na década de 1970, pois ela não poderia resolver a situação agora 
conhecida como estagflação, que é a coexistência de inflação elevada e também uma alta taxa de 
desemprego, causadas pela crise do petróleo em 1973.
Efeito de expulsão
Em períodos de recessão se aplica uma política expansionista, aumentando o gasto público e baixando os 
impostos. Para ser financiado, o Estado precisa de dinheiro, e o encontra no mercado privado, 
vendendo títulos de dívida pública. Ao vender maior quantidade, o preço e o estoque de títulos baixam e os 
investidores compram mais destes, pois eles são mais rentáveis e seguros. No final, as pessoas estão 
investindo pesadamente no estado, mas não no mercado privado, o que se pretendia a princípio.
Provoca déficit comercial
A emissão de títulos para financiar a dívida pública atrai capital financeiro internacional, por causa dos 
baixos preços dos papeis de dívidas e dos juros. A entrada de capital estrangeiro movimenta a taxa de 
câmbio, valorizando a moeda nacional, tornando mais competitivos os produtos do mercado internacional 
facilitando as importações, e, em consequência, dificultado a exportação da produção nacional .
Falta de constância da propensão ao consumo
Os clássicos afirmam que não vamos gastar sempre o mesmo percentual de nossa receita, de modo a 
que propensão marginal a consumir ou nosso nível poupança não ser constante. Além disso, ele depende 
muito do tipo de pessoa, dos gostos, do fator cultural, entre outros
Política monetária
Conjunto de medidas objetivando controlar o volume de liquidez (quantidade de dinheiro circulante) à 
disposição dos agentes econômicos.
Política monetária é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de 
crédito e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico.
A demanda por moeda consiste na demanda total por dinheiro para dois diferentes usos:
•Moeda como ativo.
•Moeda para transações.
A demanda por moeda como um ativo decresce com o aumento da taxa de juros. Isso acontece porque 
quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade de ter dinheiro líquido em mãos, já que o 
mesmo poderia estar depositado em alguma instituição financeira ou investido em obrigações do tesouro 
onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.
A demanda por moeda para transações como compra e venda de produtos e serviços é completamente 
independente da taxa de juros. A oferta de moeda também é independente da taxa de juros e é controlada 
pelo banco central.
Política monetária expansiva e contracionista
Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo governo; a política rigorosa e a 
política flexível.
A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda reduzindo assim a taxa de juros 
básica e estimulando investimentos majoritariamente no setor privado. Essa política é adotada em épocas de 
recessão visando aumentar a demanda agregada e gerar novos empregos.
Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta de moeda aumentando assim 
a taxa de juros e reduzindo os investimentos no setor privado. Essa modalidade da política monetária é 
aplicada quando a economia está sofrendo alta inflação, visando reduzir a demanda agregada e, 
consequentemente, o nível de preços.
Controle da oferta de moeda
O controle da oferta de moeda é realizado pelo banco central de diferentes formas, sendo a compra e venda 
de obrigações do tesouro nacional, num mercado de caráter aberto, a mais comum.
Quando o banco central decide reduzir a taxa de juros, a oferta de moeda deve ser aumentada e a operação 
de mercado utilizada é a compra de obrigações do tesouro nacional. Comprando esses ativos dos bancos, o 
banco central esta, efetivamente, fornecendo moeda à economia, logo, a taxa de juros diminui. Esta prática 
denomina uma política monetária expansiva.
Logicamente, para aumentar a taxa de juros, a oferta de moeda deve ser reduzida e a operação de mercado 
utilizada é a venda de obrigações do tesouro nacional. Vendendo esses ativos aos bancos, o banco central 
está, na verdade, reduzindoa quantidade de moeda na economia aumentando assim a taxa de juros, 
denominando uma política monetária contracionista.
Teoria Quantitativa da Moeda
A Teoria Quantitativa da Moeda tenta explicar por quais razões as pessoas demandam por moeda.
•Motivo Transacional: (Clássico), para meio de pagamento direto, exemplo: contas a pagar, consumos 
de bens e serviços anteriormente planejados.
•Motivo Precaucional: (Clássico), para meio de pagamento referente a algum imprevisto de escassez.
•Motivo Especulativo: (Keynes), Keynes aceita os dois motivos clássicos e acrescenta o motivo 
especulativo, que se traduz pela demanda por moeda a fim especulativo.
Fórmula:
M.V=P.Y
onde; M=Volume de meio de pagamento(a quantidade de moeda DVBC e PMPP) Y=Nível de Produção P= 
Nível de Preço (Inflação/deflação/estabilização) V=Velocidade de circulação da moeda(velocidade-renda da 
moeda)
Esta teoria, desenvolvida pelos economistas chamados "monetaristas", mostra uma relação direta entre 
volume de moeda em circulação e PIB nominal (lado direito da equação), considerando-se a velocidade do 
dinheiro constante. Teoricamente, um aumento na quantidade de moeda implica um aumento proporcional 
no Produto Interno Bruto nominal.
Porém, muitos economistas argumentam que o aumento no PIB nominal se deve unicamente à mudança no 
nível de preço, já que o nível de produção de um pais em um determinado período de tempo depende 
exclusivamente da produtividade do pais que é uma função da tecnologia empregada. Neste caso, o PIB real 
se mantém constante apesar de um aumento no PIB nominal. Em outras palavras, a atividade econômica do 
pais não progrediu, não houve geração de novos empregos e, consequentemente, a inflação acelerou 
afetando o poder de compra da população.
Política monetária do Banco Central Europeu
O Banco Central Europeu (BCE) tem como principal objectivo controlar o aumento anual do índice 
harmonizado de preços no consumidor dentro da zona euro, inferior a, mas próximo de, 2%, a médio prazo.
Estratégia política monetária
O BCE controla diretamente as taxas de juro diretoras, esta é a principal estratégia para controlar a inflação 
na zona euro, incide sobretudo:
•Taxa da facilidade permanente de depósito: taxa de juro paga pelo BCE aos bancos comerciais, pelos 
depósitos de excedentes de liquidez que estes podem efetuar, junto do BCE.
•Taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez: taxa de juro cobrada pelo BCE aos bancos 
comerciais, pelos créditos que estes podem obter, junto do BCE.
•Taxa principal de refinanciamento: taxa mínima aplicada às operações de cedência de liquidez, 
efetuadas através de leilões semanais, por um prazo de duas semanas.
O governo tem por obrigação se impor no mercado monetário para que não haja abusos por parte da 
minoria que está no poder contra a maioria, que é a massa trabalhadora.
Guerra cambial
O termo é usado por diversos governos e economistas para descrever uma suposta disputa entre os países 
envolvendo suas moedas. O argumento é de que alguns países estariam “forçando” a desvalorização de suas 
moedas para beneficiar seus ganhos com exportação. Os governos têm evitado um confronto direto com 
a China, mas muitos consideram o país asiático como vilão dessa disputa. Além de ser uma das principais 
economias do mundo, a China é uma das poucas a manter o regime de câmbio fixo.
Contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal, operacional e primário; dívida pública. 
O resultado fiscal do Governo, também conhecido como Necessidades de Financiamento do Setor Público – 
NFSP, avalia o desempenho fiscal da Administração Pública em um determinado período de tempo, 
geralmente dentro de um exercício financeiro, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Este instrumento 
apura o montante de recursos que o Setor Público não-financeiro necessita captar junto ao setor financeiro 
interno e/ou externo, além de suas receitas fiscais, para fazer face aos seus despêndios.
As Necessidades de Financiamento são apuradas nos três níveis de Governo, quais sejam, Federal, Estadual e 
Municipal. Ademais, a partir da publicação da Lei Complementar nº 101/2000, a chamada Lei de 
Responsabilidade Fiscal, as Leis de Diretrizes Orçamentárias de cada Ente deverão indicar os resultados 
fiscais pretendidos para o exercício financeiro ao que a lei se referir e os dois seguintes.
Em nível Federal, as NFSP são apuradas separadamente pelos orçamentos fiscal e da seguridade social e pelo 
orçamento de investimentos. O resultado dos orçamentos fiscal e da seguridade social recebe o nome de 
“Necessidades de Financiamento do Governo Central”, enquanto o resultado do orçamento de 
investimentos recebe o nome de “Necessidades de Financiamento das Empresas Estatais”.
A Lei de Responsabilidade Fiscal exige que sejam apurados os seguintes resultados fiscais: Resultado 
Primário: procura medir o comportamento fiscal do Governo no período, representando a diferença entre a 
arrecadação de impostos, taxas, contribuições e outras receitas inerentes à função arrecadadora do Estado, 
excluindo-se as receitas de aplicações financeiras, e as despesas orçamentárias do Governo no período, 
excluindo-se as despesas com amortização, juros e encargos da dívida, bem como as despesas com concessão 
de empréstimos. Em síntese, avalia se o Governo está ou não vivendo dentro de seus limites orçamentários, 
ou seja, contribuindo para a redução ou elevação do endividamento do setor público.
Resultado Nominal: para a apuração do resultado nominal, deve-se acrescentar ao resultado primário os 
valores pagos e recebidos de juros nominais junto ao sistema financeiro, o setor privado não-financeiro e o 
resto do mundo. Deste modo, este resultado indica, efetivamente, o montante de recursos que o setor 
público necessitou captar junto ao sistema financeiro, o setor privado e o resto do mundo para a realização 
de suas despesas orçamentárias.
Existem duas formas de apuração dos resultados supracitados. São os chamados critérios “abaixo da linha” e 
“acima da linha”. O critério “abaixo da linha” leva em consideração apenas os itens de financiamento, 
apurando o desempenho fiscal do Governo por intermédio do cálculo de variação do endividamento líquido 
em determinado período. Já o “acima da linha”, apura o desempenho fiscal do Governo mediante a apuração 
dos fluxos de receitas e despesas orçamentárias em determinado período.
 Sustentabilidade do endividamento público. Financiamento do deficit público a partir dos anos 80 do 
século XX. Inflação e crescimento. 
Por muito tempo no Brasil a questão das finanças públicas foi relegada ao segundo plano (ou mesmo a 
planos inferiores). Quando falamos ‘por muito tempo’, estamos falando não de anos, mas de décadas. É 
elucidativo disso, por exemplo, uma citação feita em Giambiagi & Além (1999), na qual um dos autores 
supracitados perguntou a um ex-alto funcionário do Banco Central brasileiro como as autoridades operavam 
a política fiscal até o início dos anos 80; a resposta foi tragicômica:“Usando o faro”. 
Os indicadores mais básicos, como os de endividamento e de necessidades de financiamento do setor 
público só começaram a ser produzidos a partir de meados de década de 80, no âmbito do acordo com o 
Fundo Monetário Internacional fechado após a crise da dívida externa, em 1982.
Hoje dispomos de diversos indicadores sobre a situação das finanças públicas brasileiras, indicadores estes 
com boa qualidade e apurados com relativa rapidez,permitindo um correto acompanhamento da evolução 
das contas públicas. O que se observa, com base nessas informações, é que o endividamento público 
brasileiro mostrou expansão bastante expressiva entre 1994 e 2003.
Com base nesse breve histórico das finanças públicas nacionais, naturalmente uma questão emerge: o 
endividamento público brasileiropode ser considerado sustentável ou não? 
O ajuste fiscal promovido a partir de 1999 foi importante, sobretudo em função do expressivo aumento do 
estoque da dívida pública, reflexo do uso das taxas de juros elevadas, necessárias para sustentar a âncora 
cambial até o esgotamento do regime de câmbio semifixo e déficits em transações correntes. Os resultados 
fiscais a partir de 1999 caracterizam desejável resistência à tentação de implementar políticas fiscais pró-
cíclicas, o que é compatível com o regime de metas inflacionárias.
Queda na taxa de crescimento real do PIB, aumentos na taxa de remuneração dos títulos públicos e 
desvalorizações cambiais implicam a necessidade de gerar superávits primários crescentes para que a relação 
dívida/PIB permaneça estável, o que pode gerar dúvida sobre a manutenção dessa política em virtude do 
elevado esforço fiscal envolvido. Se não houver como acelerar o crescimento da economia ou reduzir os 
juros, mantendo metas de inflação ambiciosas, o controle do crescimento da dívida passará a depender do 
esforço fiscal.
Quanto maior a demanda pelos títulos públicos, menor será o esforço fiscal necessário ao atendimento da 
sustentabilidade da dívida pública, o que a princípio torna-se um instrumento alternativo para minimizar o 
custo social de manter elevados superávits primários.
O aumento na taxa de acumulação dos títulos da dívida gerou aumento da sensibilidade do saldo primário 
necessário à estabilidade da relação dívida/PIB em relação à taxa de crescimento real do PIB e a mudanças 
na taxa de câmbio. 
No caso da meta de inflação e da taxa de remuneração dos títulos, a mudança na demanda pelos papéis 
produziu menores superávits primários por meio de deslocamentos paralelos das curvas que 
relacionam e . 
Esses resultados corroboram a ideia de que a existência de um mercado de títulos públicos de liquidez 
elevada, ao ter como efeito principal o aumento da negociabilidade, produz maior atratividade para os 
investidores, que gera um aumento na demanda pelos papéis, e se reflete em aumento nos preços dos 
títulos, ou seja, redução das taxas de juros.
Assim, os efeitos de uma ampliação na demanda pelos títulos da dívida pública, ao gerar possibilidades de 
um ritmo de crescimento mais elevado - devido a possíveis quedas na taxa de juros e com isso um maior 
estímulo para a atividade real da economia - proporcionam também a redução do serviço da dívida pública. 
Além disso, possibilitam maior coordenação com a política monetária, pois dão maior margem para o Banco 
Central operar o sistema de metas inflacionárias, já que uma possível ampliação na liquidez dos títulos 
possibilita reduções nas taxas de juros, induzindo menor custo para a atividade econômica quando for 
necessária a ampliação dos juros em caso de choques inflacionários.
O principal resultado empírico mostra que além da preocupação com a sustentabilidade da dívida, a política 
fiscal no Brasil deve ter como foco mecanismos que possam ampliar a liquidez dos títulos públicos, pois o 
aumento da demanda pelos papéis tende a minimizar o esforço fiscal requerido para estabilizar a proporção 
dívida/PIB. Contudo, em função da própria natureza dos exercícios de estática comparativa utilizados, o 
trabalho limita-se a investigar possíveis mecanismos que possam analisar o mercado de títulos públicos no 
País. 
Por exemplo, o mercado de títulos públicos brasileiros tem hoje liquidez bastante elevada principalmente 
para títulos atrelados à taxa Selic (pós-fixados) ou prefixados de prazos curtos. 
Esse é atualmente um dos principais problemas do gerenciamento da dívida pública brasileira. 
 
	Principais objetivos da política fiscal
	Processo de execução da política fiscal
	Mecanismos
	Variação dos gastos públicos
	Variação dos impostos
	Tipos de política fiscal
	Política fiscal expansionista
	Política fiscal contracionista
	Surgimento
	Teorias
	Críticas à política fiscal
	Efeito de expulsão
	Provoca déficit comercial
	Falta de constância da propensão ao consumo
	Política monetária expansiva e contracionista
	Controle da oferta de moeda
	Teoria Quantitativa da Moeda
	Política monetária do Banco Central Europeu
	Estratégia política monetária

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