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Patologia Geral - ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS TROMBOSE VENOSA E VARIZES

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ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS: 
TROMBOSE VENOSA E VARIZES
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Introdução
	Alterações Circulatórias são distúrbios que afetam, de alguma forma, a circulação sanguínea de um indivíduo e em consequência disso leva a um quadro patogênico. 
http://www.cidmed.com.br/
http://pt.depositphotos.com/
Trombose Venosa
Varizes
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	Os componentes essenciais dos trombos são plaquetas e fibrina. E podem existir diversos tipos de trombos, como: 
Trombos vermelhos – Hemácias, leucócitos e plaquetas.
Trombos brancos – Plaquetas desgranuladas e fibrinas.
http://www.lesante.com.br/
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 Trombos mistos – Todos os constituintes sanguíneos.
 Trombos hialinos – Plaquetas e fibrinas.
http://condicoestromboembolicas.blogspot.com.br/
	Já as Varizes são veias dilatadas e deformadas, de coloração púrpuro-azulada, que surgem ao longo das pernas e que podem causar muita dor e inchaço. 
jornalrotadomar.com.br
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Existem diversos tipo de Varizes:
Varizes do esôfago: são uma das principais e mais graves consequências da hipertensão porta. Podem se romper e causar hemorragias muito graves, às vezes mortais.
identidademedicac.blogspot.com
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Varizes do plexo hemorroidário: são uma das causas de hemorróidas, que acometem as veias do reto e do canal anal. 
Varicocele: nome que se dá às varizes das veias do plexo pampiniforme do cordão espermático. 
www.institutopaulista.com.br
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Trombose Venosa
	A trombose se desenvolve devido a uma ou três alterações que constituem a tríade de Virchow: Zago (pág. 1) 
http://condicoestromboembolicasnoserhumano.blogspot.com.br/
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Mecanismos e Causas
	1) Lesão endotelial: A lesão endotelial em si só é capaz de causar trombose e é por isso que ela é o maior e mais frequente fator de indução de trombose. As principais causas de lesão endotelial são: 
Aterosclerose: importante causador de lesão em grandes artérias e territórios nobres; 
Trauma mecânico: ocorre principalmente em pontos de stress hemodinâmico, como na bifurcação da carótida;
 Agentes bacterianos; 
Endocardite bacteriana e reumatismal: levam geralmente à formação de trombos nas valvas cardíacas; 
Infarto do miocárdio em localização subendocárdica; 
Lesões imunológicas; 
Células neoplásicas. 
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Formação de Aterosclerose
http://anatpat.unicamp.br/
http://obesidade98.blogspot.com.br/
Células Neoplásicas
Endocardite bacteriana 
http://www.dicasodonto.com.br/
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	2) Hipercoagulabilidade do sangue. Geralmente causada por aumento dos níveis plasmáticos de tromboplastinas teciduais, que ativam a coagulação pela via extrínseca. 
http://www.lookfordiagnosis.com/
Desidratação
Anemia Falciforme
http://www.blogbahiageral.com.br/
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	3) Alterações do fluxo sanguíneo. As principais alterações são: 
Lentificação do fluxo: faz com que os elementos figurados do sangue passem a circular mais perto do endotélio. Isso aumenta a probabilidade de que as plaquetas entrem em contato com o colágeno subendotelial em pequenas lesões endoteliais. 
Turbulência: leva a traumatismos na camada íntima endotelial ou no endocárdio, o que predispõe a uma maior adesão plaquetária.
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Diagnóstico Clínico
	Grande parte das Tromboses Venosas Profundas, por exemplo, começam devagar com poucas manifestações clínicas ou podem também se apresentarem em caráter assintomático. 
Penha, et al. (2009)
http://enfermagemsimples.blogspot.com.br/
Trombose Venosa Profunda
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	Os sintomas e os sinais clínicos clássicos da TVP são: dor a palpação muscular, dor espontânea, empastamento da panturrilha, edema subcutâneo e muscular, distensão venosa superficial e aumento da temperatura do membro afetado. 
http://drtavares.com/
http://www.drjulioamorim.com/
Síndrome pós-trombótica (SPT)
Trombose Venosa Profunda
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Consequências da Trombose Venosa
	Zago (pág. 2) explica que existem algumas consequências para a Trombose Venosa e que para isso dependem de alguns fatores, como a localização do trombo, a causa oclusão total ou parcial ou por último se é séptico ou asséptico. Já as principais consequências da trombose são: 
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Isquemia
http://www.moreirajr.com.br/
Isquemia grave em forma cutânea
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Hiperemia Passiva
http://depto.icb.ufmg.br/
Hiperemia passiva em fígado
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Embolias
http://www.fotosantesedepois.com/
http://www.mundoeducacao.com/
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Profilaxia
“As medidas profiláticas da TVP são dividas em métodos mecânicos e terapia medicamentosa.” (MELO, et al. 2006, p. 78). 
Compressão Inelástica
http://curamed.com.br/
Compressão Pneumática
http://clinicagandhi.weebly.com/
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Heparina *	
http://www.cliquefarma.com.br 
*A heparina é um anticoagulante de uso injetável que previne a formação de trombos
 e, pode ser encontrado no mercado com o nome de Liquemine.
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Tratamento
	Em pacientes com diagnóstico confirmado de TVP ou pacientes de alto risco que aguardam os exames, o tratamento deve ser realizado com o início imediato de anticoagulação com heparina de baixo peso molecular, heparina não fracionada ou fondaparinux, por cinco a sete dias, em pacientes sem contraindicação a anticoagulação.
Filho, et al. (2011, p. 23)
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Fondaparinux *
http://yousearch.co/
* Está indicado na prevenção de eventos tromboembólicos venosos em pacientes submetidos a cirurgia ortopédica de grande porte dos membros inferiores, tais como fratura de quadril e cirurgias de substituição de grande porte de quadril ou joelho.
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Podem ser primárias que ocorrem sem causa aparente e representam a forma mais comum. São consideradas consequência de fragilidade da parede venosa, sendo comuns agenesia ou imperfeições nas válvulas das veias ilíacas externas, femorais ou safenas.
www.cuidadocomasaude.com
Varizes dos Membros Inferiores:
Varizes
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As varizes secundárias são provocadas por fatores extrínsecos às veias. A causa mais comum é trombose das veias superficiais ou profundas dos membros. Além de obstruir o fluxo, a organização do trombo pode incorporar a válvula venosa ao tecido cicatricial e assim destruí-la. 
www.institutoendovascular.com.br
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slideplayer.com.br
www.mdsaude.com
Mecanismos
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Causas
	As varizes surgem quando ocorre um represamento do sangue nas veias, em geral, por incompetência das válvulas venosas. Os principais fatores de risco são:
Sexo feminino; Idade; História familiar; Obesidade; Tabagismo; Gravidez; Sedentarismo; Traumas nas pernas; Ficar em pé parado por longos períodos; Ficar várias horas sentado com as pernas dobradas; Pílulas anticoncepcionais. 
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Lesões
Tromboflebites: quando ocorre uma hemorragia, o corpo lança mão de várias proteções que tentam controlar esta situação. A mais importante é o sistema de coagulação. Mas em determinadas situações este sistema de coagulação pode ser desencadeado erroneamente e causar sérios problemas.
http://www.angiologista.com/complicacoes2.html
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 Tromboses Venosas: Ocorre quando uma veia tem suas paredes doentes, como nas varizes, ou se o sistema que faz o sangue circular, a bomba venosa da panturrilha, está com pouca ação. 
www.mdsaude.com
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Tromboflebite Superficial: Quando ocorre uma coagulação de sangue dentro das veias superficiais. Podendo liberar pequenos pedaços de sangue coagulado, os êmbolos. Que podem, através da circulação atingir o pulmão. A progressão do Trombo para o pulmão é a chamada Embolia de Pulmão. 
slideplayer.com.br
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Trombose Venosa Profunda: É uma doença grave que se caracteriza pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. Uma de suas principais consequências a curto prazo, a Embolia de Pulmão. 
www.roche.pt
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Embolia de Pulmão: A chamada Embolia Pulmonar ocorre quando um pedaço do coágulo que se formou no interior das veias profundas da perna se solta e atinge os vasos sanguíneos dos pulmões. 
www.drpereira.com.br
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Dermatite Ocre: A dificuldade que o sangue tem para retornar para o coração nos casos de varizes, acaba gerando
o que chamamos de estase sanguínea. Ocorre migração para a pele de elementos do sangue, e que acabam se fixando em locais onde não deveriam estar.
www.gesepepar.com
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Eczema: A Estase Sanguínea provoca também a inflamação da pele, com o aparecimento de um eczema venoso. A pele fica pruriginosa (coceira), descama e inflama. É um desagradável problema, provocado pelas varizes, que incomoda muito a seus portadores. 
http://www.angiologista.com/complicacoes2.html
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Úlcera Varicosa: É uma complicação das varizes, difícil de controlar, e que incomoda muito seus portadores. Acaba aparecendo depois de longa evolução do problema de varizes. É uma ferida, que pode ter uma grande extensão, até atingir grande parte da perna do indivíduo. 
http://www.angiologista.com/complicacoes2.html
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Varicorragia: É um sangramento, importante, que acaba ocorrendo quando a veia varicosa aumenta tanto de tamanho, que acaba erodindo a pele, que a recobre e perfura, provocando um sangramento profuso. 
www.vascularservice.com.br
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Edema: É um sinal de estase venosa, os membros do indivíduo ficam inchados, principalmente no final do dia. 
en.wikipedia.org
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Dor: Usualmente os pacientes com varizes queixam-se de dor nos membros inferiores associada à sensação de peso e cansaço nas pernas, que piora com o calor, com longos períodos de pé ou assentados com as pernas pendentes e com o passar do dia, sendo, portanto, nos pacientes com atividades diurnas, mais intensas no horário da tarde. 
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Profilaxia 
	Devemos lembrar que as varizes são um problema crônico, dependente de tendência hereditária, e esta tendência acompanhará o paciente por toda a vida. Não podemos falar em cura para varizes, mas sim em controle. 
Meias elásticas; Evitar o Sol e o Calor; Evitar o excesso de peso; Fazer exercícios; Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais; Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo; Salto alto. 
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Tratamento
Métodos que utilizam predominantemente o princípio térmico
Crioesclerose endovascular: A crioesclerose por sonda endovascular envolve a dissecção da veia safena e introdução de uma sonda, que, nesse caso, produz uma baixa temperatura utilizando-se a rápida expansão de NO2 ou CO2 com consequente queimadura por frio do endotélio. No processo inflamatório, destaca-se as peculiaridades da lesão celular induzida pelo frio. 
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Crioescleroterapia percutânea: Consiste em um misto de técnica química e física. A adição do frio potencializa a ação da droga no endotélio vascular. A temperatura do líquido na seringa situa-se em torno de 40ºC, sendo maior ao sair através da agulha. Tal resfriamento pode ser obtido por meio de equipamentos refrigeradores especiais ou CO2. 
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Criocirurgia endovascular: Consiste na introdução de uma sonda que, quando posicionada na safena distal, é resfriada, levando ao congelamento em pouco segundos da veia safena ao redor da sonda. Ocorre então uma forte adesão, possibilitando que a sonda possa ser tracionada à semelhança de um fleboextrator e isso é particularmente útil nos casos onde há hipodermite, úlcera ou outras alterações tróficas distais. 
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Métodos que utilizam o princípio das radiações eletromagnéticas
Laser percutâneo: Consiste na emissão de um feixe de fótons monocromáticos coerentes e colimados com um comprimento de onda específico. O princípio técnico é o resultado da estimulação de um átomo ou molécula, com consequente liberação de fótons com comprimento de onda específico, que determina, em termos teóricos, a lesão seletiva do vaso preservando a pele. 
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Laser endovascular: A oclusão das veias safenas por métodos diatérmicos, através de sondas térmicas introduzidas por dissecção e posicionadas na crossa da safena para obliteração do trajeto venoso varicoso ou incompetente. Reduz os riscos e torna os procedimentos menos complexos, possibilitando intervenções ambulatoriais. Dessa forma, reduzir-se-ia a morbidade e facilitar-se-ia a reintegração mais precoce às atividades. 
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Radiofreqüência: Quando concentrada e aplicada a áreas restritas, produz ablação tecidual termogênica. Empregada em terapia de tumores, presta-se também à oclusão das veias tronculares, como as safenas. Juntamente com o laser, tem sido atualmente proposta como co-intervenção, a fim de reduzir as dificuldades potenciais da abordagem cirúrgica da crossa da safena. O mecanismo que promove a oclusão é térmico. 
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Microondas: No início desta década, foi descrita mais uma opção de terapia para pequenos vasos: a esclerose de telangiectasias por meio da aplicação externa localizada de microondas. Microondas são ondas do espectro eletromagnético com comprimento de onda menor que a radiofreqüência. A freqüência está situada entre 500 MHz e 300 GHz. Os efeitos são baseados também na produção de calor. 
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	Alguns medicamentos, quando usados juntos com as medidas acima, ajudam no controle das varizes. Os mais usados são a pentoxifilina (Trental®) e o Daflon®.” 
www.farmaplus.com.ve
zidaxpharmacy.com
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Considerações Finais
 Pode-se perceber que a Trombose Venosa é uma doença que pode ser tratada com métodos farmacológicos e não-farmacológicos, pode aparecer em pessoas que fumam e também em pessoas que ficam muitas vezes em pé durante muito tempo, por exemplo os guardas e vigias, dependendo de fatores específicos podem resultar em Isquemia, Hiperemia Passiva e Embolias e se não curada podem levar a problemas mais graves. 
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	Em relação às Varizes pode-se concluir que infelizmente, sabe-se muito pouco ainda sobre a natureza de sua gênese, e as opções terapêuticas limitam-se à ablação dos vasos afetados. Não há, ainda, terapia que altere o processo gênico. Assim sendo, a prevenção se faz apenas interferindo com os fatores modificáveis, como controlar o peso, estimular o uso da elastocompressão, evitar a utilização de calçados que interfiram com a biomecânica do pé e panturrilha, o ortostatismo prolongado, o uso de roupas apertadas, o uso de hormônios, etc.
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Referências
ARAÚJO, M. VELASCO, F. de C. G. Métodos físicos utilizados para oclusão de varizes dos membros inferiores. J Vasc Bras 2006, Vol. 5, Nº2. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/jvb/v5n2/v5n2a10.pdf> Acesso em: 02 mai. de 2015.
FILHO, Geraldo Brasileiro. Bogliolo Patologia - 7ª Ed. 2006 – pág. 483
KALIL FILHO R, HAJJAR LA, BACAL F, HOFF PM, DIZ M DEL P, GALAS FRBG, ET AL. I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2011; 96(2 supl.1): 1-52. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2011/diretriz_cardio_oncologia.pdf> Acesso em: 05 mai. de 2015.
MELO, R. E. V. A. DE; SILVA, C. O. DA; SILVA, L. M. V. A. DE; LINS, E. M. Trombose Venosa Profunda. International Journal of Dentistry – Recife ,1(2): 73-79 abril/ junho 2006. Disponível em: <https://www.ufpe.br/ijd/index.php/exemplo/article/view/183/133> Acesso em: 05 mai. de 2015.
NETO, M. F. Naturale clínica. Disponível em: <http://www.angiologista.com/texto2.htm> Acesso em: 02 mai. de 2015.
PENHA, G. DE S.; DAMIANO, A, P.; CARVALHO, T. DE; LAIN, V.; SERAFIM, J. D. Mobilização precoce na fase aguda da trombose venosa profunda de membros inferiores. J Vasc Bras 2009, Vol. 8, Nº 1. Disponível em: <http://www.jvascbr.com.br/09-08-01/pdf/v8n1a11.pdf> Acesso em: 05 mai. de 2015.
PINHEIRO, P. Md. Saúde. 2003. Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2010/05/varizes-tratamento.html> Acesso em: 02 mai. de 2015.
ZAGO, T. M. Trombose. Medunicamp XLVI. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/2909069/disturbios-circulatorios-trombose> Acesso em: 05 mai. de 2015.
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