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UNIP - LITERATURA BRASILEIRA POESIA - QUESTIONÁRIOS I, II, III E IV

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Curso
	LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE I
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Fuvest) Relacione a coluna da esquerda com a da direita.
1. Tratado Descritivo do Brasil
2. Meu Cativeiro entre os Índios do Brasil
3. Cartas do Brasil 4. Diário da Navegação
5. História da Província da Santa Cruz
6. Tratado da Terra e da Gente do Gente
( ) Pero Magalhães Gândavo
( ) Fernão Cardim
( ) Gabriel Soares de Sousa
( ) Hans Staden
( ) Pero Lopes de Sousa
( ) Manuel da Nóbrega
A sequência correta é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
5, 6, 1, 2, 4, 3
	Respostas:
	a. 
5, 6, 1, 4, 2, 3
	
	b. 
6, 1, 4, 3, 2, 5
	
	c. 
5, 6, 1, 2, 3, 4
	
	d. 
5, 6, 1, 2, 4, 3
	
	e. 
1, 6, 5, 2, 4, 3
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. Os primeiros europeus (portugueses, franceses, alemães etc.) escreveram cartas e documentos oficiais descrevendo o Brasil: natureza, como os indígenas viviam etc.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A literatura brasileira do período colonial, em seus primeiros tempos, teve como preocupação acentuada a catequese do selvagem. É o que se vê revelado:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
No teatro de Anchieta;
	Respostas:
	a. 
Nos Diálogos das Grandezas do Brasil;
	
	b. 
Na Prosopopeia;
	
	c. 
No teatro de Anchieta;
	
	d. 
No Tratado da Terra do Brasil;
	
	e. 
No poemeto épico Uruguai.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. O padre José de Anchieta usava textos teatrais, que eram encenados aos índios como pretexto para falar do Cristianismo e do Catolicismo, na tentativa de converter sua plateia.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A literatura jesuítica, no início de nossa história:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Visa à catequese do índio, à instrução do colono e à sua assistência religiosa e moral;
	Respostas:
	a. 
Tem grande valor informativo;
	
	b. 
Marca nossa maturação clássica;
	
	c. 
Visa à catequese do índio, à instrução do colono e à sua assistência religiosa e moral;
	
	d. 
Está a serviço do poder real;
	
	e. 
Tem fortes doses nacionalistas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. Os poemas criados pelos jesuítas mostram a intenção de conversão dos indígenas ao Cristianismo.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Dadas as afirmações:
I) O Uraguai, poema épico que antecipa em várias direções o Romantismo, é motivado por dois propósitos indisfarçáveis: exaltação da política pombalina e antijesuitismo radical.
II) O(a) autor(a) do poema épico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a história da atual Ouro Preto, desde a sua fundação, cultivou a poesia bucólica, pastoril, na qual menciona a natureza como refúgio.
III) Em Marília de Dirceu, Marília é quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um diálogo, a obra é um monólogo - só Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradição quanto à sua postura de pastor e sua realidade de burguês. Está(ão) correta(s):
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Apenas I e III.
	Respostas:
	a. 
Apenas a I.
	
	b. 
Apenas a II.
	
	c. 
Apenas I e II.
	
	d. 
Apenas I e III.
	
	e.
I, II e III. Resposta: D. No período colonial, a literatura é vasta em sua produção, desde a famosa epopeia O Uraguai até produções poéticas em estilos diferentes (Barroco e Arcadismo).
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. No período colonial, a literatura é vasta em sua produção, desde a famosa epopeia O Uraguai até produções poéticas em estilos diferentes (Barroco e Arcadismo).
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Já para nosso campo vem descendo,
Por mandado dos seus dois dos mais nobres,
Sem arcos, sem aljavas, mas as testas
De varias, e altas pernas coroadas,
E cercadas de penas as cinturas,
E os pés, e os braços, e o pescoço
GAMA, Basílio da. O Uraguai. Porto Alegre: L&PM, 2009, Canto II, 39-44.
Nessa obra, a figura indígena:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Destaca-se pelas virtudes guerreiras;
	Respostas:
	a. 
Destaca-se pelas virtudes guerreiras;
	
	b. 
Assume atitude grosseira e antropofágica;
	
	c. 
Distancia-se da figura heroica;
	
	d. 
Despreza o grupo;
	
	e. 
É canibal sem cultura.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. Por causa dessa valentia, os índios se identificam com os heróis guerreiros da épica tradicional, mas se diferenciam por não possuírem força poderosa.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia a estrofe abaixo:
Dos vícios já desligados
nos pajés não crendo mais,
nem suas danças rituais,
nem seus mágicos cuidados.
ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço. Tradução e adaptação de Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.], p. 110.
Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
Os meninos índios representam o processo de aculturação, em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus.
	Respostas:
	a.
Os meninos índios representam o processo de aculturação, em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus.
	
	b.
A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa.
	
	c.
Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés.
	
	d.
Os meninos índios são figuras alegóricas, cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista.
	
	e.
Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. Devido à tentativa de evangelização, os padres jesuítas ensinavam aos índios textos (música, poemas, peças teatrais) para valorizar a cultura europeia e desconsiderar a cultura indígena.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o poema:
Aos principais da Bahia chamados os Caramurus
Há cousa como ver um Paiaiá
Mui prezado de ser Caramuru,
Descendente de sangue de Tatu,
Cujo torpe idioma é cobé pá.
A linha feminina é carimá
Moqueca, pititinga caruru
Mingau de puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Piraguá.
A masculina é um Aricobé
Cuja filha Cobé um branco Paí
Dormiu no promontório de Passé. ,
O Branco era um marau, que veio aqui,
Ela era uma Índia de Maré
Cobé pá, Aricobé, Cobé Paí.
MATOS, Gregório de. Obra poética. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 640. Sobre o poema, considera-se:
I. O poeta denuncia a ascendência indígena de suas vítimas, pois para ele a genealogia apresenta-se como motivo de vergonha e não de orgulho. Ele ironiza esse aristocrata “descendente do sangue de Tatu,/ cujo torpe idioma é o cobé pá”. Para o poeta é pretensão absurda que um descendente de branco e índio queira passar por “Caramuru”, isto é, de raça branca.
II. Na descrição desse “Paiaiá”, o poeta descreve tanto a linha genealógica feminina quanto a masculina. Na descrição da linha feminina, na segunda estrofe, recorre a dados culinários indígenas. A feminina é a “carimá” com sua “moqueca”, “pititinga” etc. Na descrição da linhagem masculina, esse Paiaia é um “Aricobé”´, fruto de um “branco Paí” e a índia, filha de um “Cobé”. A última estrofe sintetiza a ancestralidade que é indesejável.
III. No poema, o universo indígena é trabalhado com a intenção de causar estranheza e até repugnância em relação à mestiçagem. Tal efeito é obtido pela seleção lexical bizarra e pelo constante emprego de rima oxítona, desqualificando a ascendênciadaqueles que dão ares de nobreza. Das afirmações, confirma-se ou confirmam-se:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Todas são confirmadas.
	Respostas:
	a. 
Apenas a I.
	
	b. 
Apenas I e II.
	
	c. 
Apenas a II.
	
	d. 
Apenas a III.
	
	e. 
Todas são confirmadas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E. Gregório de Matos não se aprofunda tematicamente na figura indígena. No poema acima, essa figura é apenas um pretexto para criticar determinadas pessoas da época do poeta.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	No Canto I, tem-se: a descrição da tempestade que leva ao naufrágio o navio de Diogo Álvares; o encontro dos indígenas e dos náufragos na praia; o episódio lírico do mancebo Fernando que entoa, por sua vez, o sublime episódio do indígena Áureo, cujo corpo, após batismo e morte, é elevado até transformar-se no pontiagudo pico da Ilha do Corvo; e a descrição final dos preparativos para o ritual antropofágico.
Trata-se da epopeia:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Caramuru (Santa Rita Durão);
	Respostas:
	a. 
Caramuru (Santa Rita Durão);
	
	b. 
O Uruguai (Basílio da Gama);
	
	c. 
Paraíso Perdido (Milton);
	
	d. 
Orlando Furioso (Ludovico Ariosto);
	
	e. 
Os Lusíadas (Camões).
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. A obra Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia, de 1781, de Santa Rita de Durão (1722-1784). O herói legítimo do poema é o português Diogo Álvares Correia, que teria naufragado nas costas baianas.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Nos primeiros documentos sobre o Brasil e seu povo nativo, foram criadas imagens sobre o indígena. Entre tais imagens, não consta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A forte concepção religiosa;
	Respostas:
	a. 
A boa aparência física dos índios;
	
	b. 
A vida comunitária dos índios;
	
	c. 
O senso político dos índios, que se restringia ao líder de guerra;
	
	d. 
A forte concepção religiosa;
	
	e. 
A antropofagia.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. Para os primeiros europeus no Brasil, os índios não tinham concepção religiosa.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O culto à natureza, característica da literatura brasileira, tem sua origem nos textos da literatura de informação. Assinale o fragmento da Carta de Caminha que já revela a mencionada característica.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
“Mas a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e indefinidas. De tal maneira é graciosa e querendo aproveita-las, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.”
	Respostas:
	a. 
“Viu um deles umas contas rosário, brancas; acenou que lhes dessem, folgou muito com elas, e lanço-as ao pescoço.”
	
	b.
“Assim, quando o batel chegou à foz do rio, estavam ali dezoito ou vinte homens pardos, todos nus sem nenhuma roupa que lhes cobrisse suas vergonhas.”
	
	c.
“Mas a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e indefinidas. De tal maneira é graciosa e querendo aproveita-las, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.”
	
	d.
“Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”
	
	e.
“Mostrara-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo, tornaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como quem diz que os estavam ali.”
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. No fragmento há descrição da natureza sendo ressaltada em suas qualidades positivas.
	
	
	
	Curso
	LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(PUC-MG) Os fragmentos abaixo, retirados de obras da literatura brasileira, caracterizam a ideologia criada pelo Indianismo, exceto:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
“(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de Antônio de Mariz.”
	Respostas:
	a.
“(...) No Guarani o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas...”
	
	b.
“(...) Os tupis desceram para serem absorvidos. Para se diluírem no sangue da gente nova. Para viver subjetivamente e transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu grande sentimento de humanidade.”
	
	c.
“(...) Criaturas de Deus, de bons corpos e bom espírito, ainda sem religião e educáveis no bem ou no mal. Seria fácil trazê-las de sua virtude natural à virtude consciente do Cristianismo, para sua eterna salvação.”
	
	d.
“(...) Era Peri. Altivo, nobre, radiante da coragem invencível e do sublime heroísmo de que já dera tantos exemplos, o índio se apresentava só em face de duzentos inimigos fortes e sequiosos de vingança.”
	
	e. 
“(...) contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de Antônio de Mariz.”
	Feedback da resposta:
	Resposta: E. No trecho não há figura idealizada do índio.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	.
Com base nos textos, os “dados biográficos” são do poeta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Carlos Drummond de Andrade.
	Respostas:
	a. 
Jorge de Lima.
	
	b. 
Manuel Bandeira.
	
	c. 
João Cabral de Melo Neto.
	
	d. 
Guilherme de Almeida.
	
	e. 
Carlos Drummond de Andrade.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E. Drummond é originalmente da cidade de Itabira, constante presença na obra do poeta. Além disso, a foto do texto 2 é do poeta.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A formalização da história literária brasileira e, por consequência, da própria natureza e função da literatura brasileira como disciplina escolarizada, deve-se:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
À busca da identidade nacional brasileira.
	Respostas:
	a. 
À busca da identidade nacional brasileira.
	
	b. 
À idealização de um ensino literário.
	
	c. 
Ao caráter formativo dos alunos.
	
	d. 
Ao incentivo de produção e divulgação de resultados científicos sobre literatura.
	
	e. 
À periodização estilística.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. Formalizar a história da literatura e escolarizar a literatura foram ações do século XIX para contribuir na formação da identidade nacional de um país – Brasil – recém-independente politicamente.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Dadas as afirmativas seguintes, qual delas não condiz com o Romantismo no Brasil?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Separação entre literatura e política.
	Respostas:
	a. 
A eclosão do movimento se dá com o alvorecer da nacionalidade.
	
	b. 
Ênfase dada à inspiração: improvisação, espontaneidade como fontes de criatividade.
	
	c. 
Separação entre literatura e política.
	
	d. 
Busca de fontes de inspiração nacional e local – “cor local”.
	
	e. 
Desenvolveu-se uma correspondência, uma comunhão entre a paisagem e os estados de alma dos escritores.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. Na verdade, houve uma relação íntima entre literatura e política.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há. (Mário Quintana)
O texto deve ser considerado uma:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Negação da estética romântica, questionando seu olhar, que se detém mais na paisagem que no social.
	Respostas:
	a. 
Reafirmação da estética romântica e de seus principais dogmas.
	
	b. 
Negação da estética romântica, questionandoseu olhar, que se detém mais na paisagem que no social.
	
	c. 
Paródia de um texto de Oswald de Andrade, que assim se inicia: “minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar.”
	
	d. 
Releitura acrítica da célebre “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
	
	e. 
Releitura não crítica das estéticas nacionalistas e sentimentalistas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. Mário Quintana, autor do século XX, não aceita a visão idealista dos poetas do Romantismo brasileiro (século XIX), em especial o poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O ensino de literatura brasileira nas nossas escolas encontra vários obstáculos, entre eles:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
A organização dos currículos dos cursos de Letras fornece aos alunos uma visão extremamente redutora do fato literário, pois o ignora como fato igualmente cultural, social, histórico.
	Respostas:
	a.
A organização dos currículos dos cursos de Letras fornece aos alunos uma visão extremamente redutora do fato literário, pois o ignora como fato igualmente cultural, social, histórico.
	
	b. 
A discussão ampla sobre inovação metodológica e estratégica de ensino de literatura.
	
	c. 
A visão crítica criada entre professor e alunos no que diz respeito à leitura de texto literário.
	
	d. 
A ruptura já existente no ensino contra o ensino tradicional estabelecido no século XIX.
	
	e. 
A criatividade para encontrar novos caminhos de ensino literário.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. O grande obstáculo para o ensino de literatura no Brasil é o currículo estabelecido no século XIX e que ainda não foi rompido.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O estudo da literatura brasileira:
I. é feito predominante a partir da classificação por períodos estilísticos, seguindo os critérios propostos pelas divisões das histórias literárias.
II. possui uma preocupação em elaborar listas de autores e obras, geralmente acompanhadas de extensa bibliografia inacessível aos destinatários.
III. segue a solidificação de conceitos de cânone e literatura alicerçados em padrões ideológicos conservadores.
Está ou estão corretas, apenas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, II e III.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
I e II.
	
	c. 
II.
	
	d. 
I, II e III.
	
	e. 
II e III.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. O ensino de literatura nas escolas brasileiras segue um padrão estabelecido no século XIX.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema é “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Sobre o poema, pode-se afirmar:
I. É sublime por causa da melodia; por ser mais uma canção do que um poema.
II. É sublime por causa de certas palavras-chaves, como “sabiá”.
III. É sublime por causa do “á” de sabiá, com o seu sabor de vogal indígena ao fim de cada estância, em agudo.
IV. É sublime devido à rima por aliteração de fonemas iniciais (primores, palmeiras).
V. É sublime por não possuir um único adjetivo.
Estão corretas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I, II, III, IV e V.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I, II e III.
	
	c. 
I, II, III, IV e V.
	
	d. 
II, III e V.
	
	e. 
IV e V.
	Feedback da resposta:
	Resposta C. Todas as afirmativas estão corretas, uma vez que o poema, símbolo de nacionalismo e ufanismo, é rico na linguagem.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema “Chegam pelas ilhas”, que faz parte do livro Canto geral, de Pablo Neruda (poeta contemporâneo chileno), trata da chegada dos europeus à América no século XV. A seguir, um fragmento do poema:
Os carniceiros desolaram as ilhas.
Os filhos da argila viram partido
Seu sorriso, ferida
Sua frágil estatura de gamos,
E nem mesmo na morte entendiam.
(...)
E quando o tempo deu sua volta de valsa
Dançando nas palmeiras,
O salão verde estava vazio.
Esse poema pode ser relacionado tematicamente a qual poema de Oswald de Andrade?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
“Erro de português”
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
	Respostas:
	a. 
“Erro de português”
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
	
	b. 
“A descoberta”
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
	
	c. 
“Canto de regresso à pátria”
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
	
	d. 
“Pronominais”
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
	
	e. 
“O capoeira”
– Quéapanhásordado?
– O quê?
– Quéapanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. O poema “Erro de português” emprega os verbos vestir/despir em sentidos duplos, podendo significar a imposição da cultura portuguesa aos indígenas. Nesse sentido, aproxima-se do poema de Neruda, pois a imposição da cultura significa morte da cultura indígena. Em resumo, temos morte em ambos os poemas: morte física em Neruda e morte cultural em Andrade.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Sobre o Indianismo, nega-se a seguinte informação:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Descrição realista da cultura indígena.
	Respostas:
	a. 
Visão geral do índio, por meio de cenas ou feitos ligados à vida de um índio qualquer.
	
	b. 
A identidade do índio é puramente convencional e apenas funciona como padrão.
	
	c. 
Visão do índio integrado na tribo, nos costumes; sentimento de honra.
	
	d. 
Descrição realista da cultura indígena.
	
	e. 
O índio residia na sua imaginação poética.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. O índio foi idealizado; logo, não foi apresentado de forma realista nos textos poéticos.
	
	
	
	Curso
	LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	 Leia os textos A, B e C:
A. Poema de Jorge de Lima, publicado em 1927:
“Nordeste”
Nordeste, terra de São Sol!
Irmã enchente, vamos dar graças a Nosso Senhor,
que a minha madrasta Seca torrou seus anjinhos
para os comer.
São Tomé passou por aqui?
Passou, sim senhor!
Pajeú! Pajeú!*Vamos lavar Pedra Bonita, meus irmãos,
com o sangue de mil meninos, amém!
D. Sebastião ressuscitou!
S. Tomé passou por aqui?
Passou, sim senhor.
Terra de Deus! Terra de minha bisavó
que dançou uma valsa com D. Pedro II.
São Tomé passou por aqui?
Tranca a porta, gente, Cabeleira* aí vem!
Sertão! Pedra Bonita!
Tragam uma virgem para D. Lampião!
*O Sertão do Pajeú localiza-se em Pernambuco.
*Cabeleira é o apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco.
B. Início do último capítulo de Vidas secas, obra de Graciliano Ramos publicada em 1938:
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar*, Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos* se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações* tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre.
*Copiar é varanda; garrancho é ramo tortuoso de árvore; arribação é um tipo de ave.
C. Anúncio produzido pela agência de publicidade Integra Comunicações (Fortaleza/CE) e premiado em concurso no ano de 2000 em Nova York:
A seguir, a transcrição do que consta do anúncio, na parte inferior, à direita:
Hoje é dia de São José. Reze com a gente. Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa poderosa proteção as causas que vos confiamos, para que tenham uma solução favorável (faz-se o pedido). Ó pai amantíssimo, em vós depositamos toda nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder. São José, a quem Deus confiou o cuidado com a mais santa família que jamais houve, sede o pai e protetor das nossas e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria. São José do Perpétuo Socorro rogai por nós que recorremos a vós. Amém. Obrigado, São José, por estar atendendo tão bem às nossas preces, mandando a chuva que o Ceará tanto precisa.
(Jornal Diário)
O leitor, ao relacionar os textos acima A, B e C, pode concluir
I. Nos três textos, avulta o drama social e geográfico da região nordestina brasileira no que concerne à seca e ao seu efeito devastador na região.
II. A religiosidade está presente nos textos com uma diferença: o texto de Jorge de Lima satiriza a crença em milagres para resolver o problema da seca, enquanto que nos textos de Graciliano Ramos e do anúncio publicitário, há a manutenção da crença.
III. Nos textos B e C, o sofrimento no Nordeste decorrente da seca é um assunto decorrente; no texto A, apesar de falar do Nordeste, não há tal sofrimento, verificado principalmente em “Nordeste, terra de São Sol! / Irmã enchente, vamos dar graças a Nosso Senhor”.
 Assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
As conclusões I e II estão corretas.
	Respostas:
	a. 
A conclusão I está correta.
	
	b. 
A conclusão II está correta.
	
	c. 
A conclusão III está correta.
	
	d. 
As conclusões I e II estão corretas.
	
	e. 
As conclusões I e III estão corretas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. A conclusão III não está correta, pois no poema de Lima há também o tema da seca e do sofrimento decorrente da seca. Um dos sofrimentos apontados no poema é pela morte das crianças, comprovado no verso “que a minha madrasta Seca torrou seus anjinhos”.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	E foi numa boca-da-noite fria que os manos toparam com a cidade macota de São Paulo esparramada à beira-rio do igarapé Tietê.
A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá embaixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. Que mundo de bichos! A inteligência do herói estava muito perturbada. As cunhãs rindo tinham ensinado prá ele que o sagui-açu não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxonscampainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes, hupmobileschevrolésdodges marrons e eram máquinas. Os tamanduás os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes autobondes anúncios-luminosos relógios faróis rádios motocicletas telefones gorjetas postes chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina!
Esse fragmento faz parte de Macunaíma, de Mario de Andrade. Uma obra poética modernista que se iguala a Macunaíma pelo resgate da cultura brasileira é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Cobra Norato.
	Respostas:
	a. 
Manifesto pau-brasil.
	
	b. 
A rosa do povo.
	
	c. 
Caetés.
	
	d. 
Cobra Norato.
	
	e. 
Amar, verbo intransitivo.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. A exemplo de Macunaíma, narrativa em prosa que superpõe mitos de origens diversas, Cobra Norato, de Raul Bopp, é igualmente o lugar das formas multifacetadas do imaginário oral e popular brasileiro.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o poema e, em seguida, assinale a alternativa correta.
“Erro de português”
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
É um poema de Oswald de Andrade, que transformava textos do período colonial em poemas com conotação crítica da história oficial do Brasil.
	Respostas:
	a. 
Mário de Andrade tornou seus poemas paródias dos primeiros textos escritos no Brasil com a vinda dos portugueses.
	
	b. 
O poema acima é um exemplo da segunda fase do Modernismo brasileiro, pelo seu regionalismo.
	
	c.
É um poema de Oswald de Andrade, que transformava textos do período colonial em poemas com conotação crítica da história oficial do Brasil.
	
	d. 
Trata-se de um poema de Manuel Bandeira, cuja temática é o cotidiano.
	
	e. 
O poeta Oswald de Andrade faz uma paródia do famoso poema nacionalista “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. O poeta de “Erro de português” é Oswald de Andrade e uma das características de sua obra é “recontar” a história do Brasil. Em tom de humor, ele critica muitos aspectos de nosso passado.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia um trecho do poema “Inverno”, de Jorge de Lima, em que os versos retratam as reações do eu lírico diante da chegada das chuvas às regiões semiáridas do Nordeste.
Zefa, chegou o inverno!
Formigas de asas e tanajuras!
Chegou o inverno!
Lama e mais lama!
Chuva e mais chuva, Zefa!
Vai nascer tudo, Zefa!
Vai haver verde,
verde do bom;
verde nos galhos,
verde na terra,
verde em ti, Zefa!
Que eu quero bem!
Formigas de asas e tanajuras!
O rio cheio,
barrigas cheias,
mulheres cheias, Zefa!
..................................
trovão, corisco
terras caídas,
corgos [córregos] gemendo,
os caborés piando, Zefa!
Os cururus [sapos] cantando, Zefa!
Dentro da nossa
casa de palha:
carne de sol
chia nas brasas,
farinha d’água,
café, cigarro,
cachaça, Zefa...
... rede gemendo...
Tempo gostoso!
Vai nascer tudo!
Pela interpretação do poema, é correto afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
O emprego constante dos pontos de exclamação reforça os sentimentos de euforia e esperança do eu lírico.
	Respostas:
	a. 
O vocativo “Zefa” prova que há intimidade entre as personagens, embora não haja parentesco entre elas.
	
	b. 
Os elementos desse cenário – carne seca, café, cigarro, cachaça – caracterizam os vilarejos em fase de urbanização.
	
	c. 
O emprego constante dos pontos de exclamação reforça ossentimentos de euforia e esperança do eu lírico.
	
	d. 
Há uma preocupação com a chegada de formigas de asas e tanajuras, tradicionais pragas da agricultura.
	
	e. 
Existe a consciência dos aspectos negativos dessa nova paisagem: muita lama e terras caídas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C
Em região com escassez de água, a chuva é sempre bem-vinda e, no poema, a recepção à chuva é marcada pelo entusiasmo, pela alegria, pela esperança.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
A estrofe acima mostra um dos aspectos dominantes na poesia de Cecília Meireles, que é a percepção _____________ do mundo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Sensorial.
	Respostas:
	a. 
Racional
	
	b. 
Sentimental.
	
	c. 
Onírica
	
	d. 
Emotiva.
	
	e. 
Sensorial.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E. A estrofe é marcada pelos sentidos humanos: tátil (“minhas mãos ainda estão molhadas”, “escorre dos meus dedos”), visual (“azul das ondas”, “a cor”, “colore as areias desertas”) e auditivo (“ondas entreabertas”, “areias desertas”).
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Não permita Deus que eu morra
Sem que volta pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo!
O uso do poema-paródia é uma das características do movimento:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Modernista.
	Respostas:
	a. 
Romântico.
	
	b. 
Modernista.
	
	c. 
Arcádico.
	
	d. 
Parnasiano.
	
	e. 
Simbolista. 
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. A poesia modernista brasileira caracterizou-se pela ruptura e transgressão, inserindo em sua produção paródia do maior poema ufanista já existente na nossa literatura: “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Texto I
“Porquinho-da-Índia”
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Por que o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
– O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
Texto II
“Madrigal tão engraçadinho”
Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
[vida, inclusive o porquinho-da-índia que
[me deram quando eu tinha seis anos.
BANDEIRA M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36.
Os textos I e II:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
Estão em consonância com a estética do Modernismo, pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário.
	Respostas:
	a. 
Utilizam metalinguagem e temática do cotidiano, que são características da estética do Modernismo.
	
	b.
Apresentam características da estética do Modernismo, presentes nos versos livres e na reescritura de textos clássicos do passado.
	
	c.
Apresentam concepções diversas em relação à primeira namorada, porque a linguagem do texto I se aproxima da prosa, ao passo que o texto II mantém a estrutura clássica do madrigal.
	
	d.
Estão em consonância com a estética do Modernismo, pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário.
	
	e.
Afastam-se da estética do Modernismo, pois apresentam distanciamento temporal: o eu lírico, no texto I, rememora a infância e, no texto II, foca-se no presente.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. A liberdade na criação poética faz parte do Modernismo e da literatura do século XX de forma geral. Nessa liberdade, o poeta pode romper com a estrutura rígida de verso e estrofe, rima, temática.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
(Manuel Bandeira)
I. A significação do trecho provém da sugestão sonora.
II. O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira.
III. A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I e II estão corretas.
	Respostas:
	a. 
I, II e III estão corretas.
	
	b. 
I e II estão corretas.
	
	c. 
I, II e III estão incorretas.
	
	d. 
II e III estão corretas.
	
	e. 
Apenas III está correta.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. Como movimento literário dessacralizante, o Modernismo buscou, sem ufanismo, mas, ao contrário, com criticidade, a cultura popular brasileira.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Ver a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
mando chamar a mãe-dágua
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
BANDEIRA, Manuel. Bandeira a vida inteira. Rio de Janeiro: Alumbramento, 1986, p. 90.
Nessa estrofe, o poeta, devidamente refugiado no mágico Éden imaginário, projeta uma série de ações insignificantes que compõem o cotidiano de um menino sadio. É o retorno psicológico à infância – marca de um tempo feliz e de liberdade. A estrofe com essas características começa assim:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
“E como farei ginástica / Andarei de bicicleta”.
	Respostas:
	a. 
“Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei”.
	
	b. 
“Vou-me embora pra Pasárgada / Aqui eu não sou feliz”.
	
	c. 
“E como farei ginástica / Andarei de bicicleta”.
	
	d. 
“Em Pasárgada tem tudo / É outra civilização”.
	
	e. 
 “E quando eu estiver mais triste / Mas triste de não ter jeito”.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. Os adultos tendem a criar a fantasia de que a infância foi seu melhor período. No poema, essa fantasia é ligada ao mito do paraíso perdido, o Jardim do Éden.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	“Olá! Negro”
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor
tentarão apagar a tua cor!
E as gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste para o algodão de USA
para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga
de todos os senhores do mundo;
eu melhor compreendo agora os teus blues
nesta hora triste da raça branca, negro!
Olá, Negro! Olá, Negro!
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).
O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos.Respostas:
	a. 
Modernização dos modos de produção e consequente enriquecimento dos brancos.
	
	b. 
Preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos.
	
	c. 
Superação dos costumes antigos por meio da incorporação de valores dos colonizados.
	
	d. 
Nivelamento social de descendentes de escravos e de senhores pela condição de pobreza.
	
	e. 
Antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de hereditariedade.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. Já nos primeiros versos, o poema de Jorge de Lima aborda a questão da permanência de uma “memória ancestral”, que se perpetua em sucessivas gerações de negros. A memória negra vem personificada na referência a vários entes, como “Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi” etc., que dão força e sentimento a suas expressões artísticas – presentes na referência ao blues. A valorização dessa herança é contraposta à situação negativa dos brancos, que são caracterizados pela tristeza e pelo tédio.
	
	
	
	Curso
	LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE IV
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	 Indique a alternativa que apresenta João Cabral de Melo Neto como "um poeta cuja poesia versa constantemente sobre o próprio fazer poético".
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
"A luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de água salgada".
	Respostas:
	a. 
"A luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de água salgada".
	
	b. 
"Nas praias do Nordeste, tudo padece com a ponta de finíssimas agulhas: primeiro com as agulhas de luz."
	
	c.
"O que o mar não aprende do Canavial: a veemência passional da preamar; a mão-de-pilão das ondas na areia, moída e miúda, pilada do que pilar."
	
	d.
"(O sol em Pernambuco leva dois sóis, sol de dois canos, de tiro repetido; o primeiro dos dois, o fuzil de fogo, incendeia a terra: tiro de inimigo.)"
	
	e. 
"Os rios, de tudo o que existe vivo, vivem a vida mais definida e clara."
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. Na alternativa A estão trechos poéticos que tratam da luta de um escritor para escrever, ou seja, para enfrentar a folha em branco. Falar da própria arte, do ato de escrever, passou a ser comum após o século XX.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(ENADE- 2005)
Antefinal noturno
Dorme, Alonso Quejana.
Pelejaste mais do que a peleja
(e perdeste).
Amaste mais que amor se deixa amar.
O ímpeto
o relento
a desmesura
fábulas que davam rumo ao sem-rumo
de tua vida levada a tapa
e a coice d´armas,
de que valeu o tudo desse nada?
Vilões discutem e brigam de braço
enquanto dormes.
Neutras estátuas de alimárias velam
a areia escura de teu sono
despido de todo encantamento.
Dorme, Alonso, andante
petrificado
cavaleiro-desengano.
Os versos do poema Antefinal noturno têm fortes pontos de contato com estes versos, de um outro poema de Carlos Drummond de Andrade, Consolo na praia:
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te de vez nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
(A rosa do povo)
Entre os poemas, há em comum a expressão dos sentimentos
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
da impotência do indivíduo e do malogro do ideal.
	Respostas:
	a. 
da impotência do indivíduo e do malogro do ideal.
	
	b. 
da amargura amorosa e da vingança reparadora.
	
	c. 
do ideal religioso e da perseverança inútil.
	
	d. 
da hipocrisia social e da culpa pessoal.
	
	e. 
da indignação inútil e do consolo na fé.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. Drummond faz intertexto com a obra Dom Quixote de La Mancha, cujo personagem principal é um eterno lembrete da luta por um ideal e como esse ideal pode dar errado.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A conexão entre problemas sociais e globalização do mercado está presente no poema;
	Respostas:
	a. 
O poema enaltece a centralidade dos meios de comunicação de massa;
	
	b. 
A conexão entre problemas sociais e globalização do mercado está presente no poema;
	
	c. 
O problema predominante no poema é a mortalidade infantil;
	
	d.
O poeta concretista não se preocupa em formalizar seu poema e joga no visual um monte de palavras que, em conjunto, não criam sentido;
	
	e.
A disposição das palavras, no sentido das latitudes, corresponde à importância dos respectivos fenômenos em cada uma das zonas da Terra.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. Um dos aspectos importantes a saber sobre o Concretismo e sua época é a relação crítica dos autores contra a cultura de massa, presente na poesia Mercado.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A seguir, o poema de Manuel Bandeira:
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
O poema faz parte do Modernismo brasileiro e, como tal, não possui a seguinte característica estilística:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Formalização rígida poética;
	Respostas:
	a. 
Formalização rígida poética;
	
	b. 
Crítica a um aspecto da sociedade, no caso, à fome;
	
	c. 
Recurso poético, como a gradação (“cão”, “gato”, “rato”);
	
	d. 
Linguagem mais coloquial, marcada principalmente no evocativo “meu Deus”;
	
	e. 
Linguagem não sintética.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A. O autor não segue a forma rígida de fazer poema com número exato de sílaba poética, rima etc. Ser contrário aos poetas clássicos faz parte do Modernismo.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar...as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 23.
Poeta que usa o humor e a ironia da mediocridade da “vida besta” e cuja obra “A rosa do povo” fala da apreensão da vida:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Carlos Drummond de Andrade;
	Respostas:
	a. 
Jorge de Lima;
	
	b. 
Cecilia Meireles;
	
	c. 
Carlos Drummond de Andrade;
	
	d. 
Vinicius de Moraes;
	
	e. 
Mário Quintana.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. A principal característica de Drummond é a união de sensibilidade, inteligência e humor.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o poema:
Hino Nacional
Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.
Precisamos colonizar o Brasil.
O que faremos importando francesas
muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para
garçonnettes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas.
Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.
Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...
Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão
no pobre coração já cheio de compromissos...se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Brejo das almas. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Indique a afirmação falsa sobre o poema.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
O texto ressalta a grandeza de nossa pátria.
	Respostas:
	a. 
O título do poema contém grande valor simbólico, algo solene, heroico, histórico.
	
	b. 
O texto ressalta a grandeza de nossa pátria.
	
	c. 
O texto é construído por dois tempos verbais: presente do indicativo e futuro.
	
	d.
Os versos: “O que faremos importando francesas/ muito louras, de pele macia, /alemãs gordas, russas nostálgicas para/ garçonnettes dos restaurantes noturnos. /E virão sírias fidelíssimas. /Não convém desprezar as japonesas” marcam um novo processo de colonização.
	
	e. 
Percebe-se a influência do estrangeirismo na construção do saber nacional.
	Feedback da resposta:
	Resposta: B. Um leitor mais afoito pode considerar que o poema ressalta a grandeza de nossa pátria, não verificando, porém, o tom irônico no texto.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O Engenheiro
A luz,o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
superfícies, tênis, um copo de água.
O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número;
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.
Sendo a razão a marca principal de sua obra, sua poesia jamais é sentimental ou melosa. Criou um estilo seco e despojado de verbalismo. As estrofes acima são extraídas de um de seus poemas. Seu autor é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
João Cabral de Melo Neto;
	Respostas:
	a. 
Cassiano Ricardo;
	
	b. 
Cecília Meirelles;
	
	c. 
João Cabral de Melo Neto;
	
	d. 
Jorge de Lima;
	
	e. 
Manuel Bandeira.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. João Cabral de Melo Neto não apreciava o mundo da poesia por considerá-lo sentimental e sem sentido. Somente quando conheceu a obra de Drummond, Cabral viu na literatura um caminho: um caminho racional, seco e despojado de termos supérfluos.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema a seguir faz parte da obra No fim das terras, de Milton Torres. Leia-o e indique a afirmação falsa sobre o poema.
Pombal
fez Deus um terremoto faço eu mais outro.
do que derriba, se as pedras não junta, ajunto-as eu
a meu modo: por igual toda a Baixa, a Igreja com o mais
parelha. e do Reino a tudo, régua compasso
e metro, mas metro sem da rima
o martelo e assim me canta o Uraguay
martelo bucal e bridão, pelo contrário,
são das Luzes o petrecho, mais grão pau
as molezas a mexer que do oiro fácil ficaram,
molícia já não bastasse dos que raiz dizem ter
dos feitos meus tantos, elejo (as sedas sem contar
com que vos visto) do Grão-Pará
melhor uso que o dita a boa razão
a res publica civil e pública padres poucos,
servis
Coimbra com experiência
e o silogismo a menor
TORRES, Milton. No fim das terras. Cotia: Ateliê, 2004, p. 85.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
O poema não traz sutilezas linguísticas, dando ênfase à questão sociopolítica da história do país.
	Respostas:
	a. 
O poema é um exemplo da aptidão lírica em que se coadunam conhecimento histórico e de mudança epistemológica.
	
	b. 
Marquês de Pombal é caracterizado como déspota (“fez Deus um terremoto faço eu mais outro”).
	
	c. 
O poema não traz sutilezas linguísticas, dando ênfase à questão sociopolítica da história do país.
	
	d. 
O termo “Luzes” relaciona-se com o Iluminismo, pensamento vigente à época em que viveu Pombal.
	
	e. 
Marquês de Pombal formava o lado do governo português em confronto contra os padres jesuítas.
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. A afirmativa é falsa porque em trecho como “a tudo, régua compasso e metro, mas metro sem da rima o martelo, e assim me canta o Uraguay” tem construções sutis da língua, em que medida e compasso fundem-se no poema e na música.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema a seguir é de Mário Quintana, outro poeta pós-modernista. Neste poema, ele segue, prioritariamente, uma das características de sua época, que é:
O poema
Um poema como um gole d’água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como uma pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta
                       [noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único. Ferido de mortal beleza.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Reflexão sobre a própria poesia;
	Respostas:
	a. 
Ruptura da estrutura rígida formal de um poema;
	
	b. 
Recorrência aos materiais gráficos e visuais;
	
	c. 
Sintonia com seu tempo político;
	
	d. 
Reflexão sobre a própria poesia;
	
	e. 
União da linguagem poética com a musical.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D. A metalinguagem foi um dos tópicos desenvolvidos nas produções literárias pós-modernistas. No poema acima, Quintana não apenas reflete sobre poesia, mas chega a atribuir ao poema problemas existencialistas, como se o poema fosse um ser humano.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Um dos aspectos do Modernismo é a consciência do ofício do poeta, da poesia, da palavra, enfim. Destaque o fragmento poético que não é metalinguagem, ou seja, o poema que não fala da própria poesia.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
“Liberdade, essa palavra/ que o sonho humano alimenta/ que não há ninguém que explique/ e ninguém que não entenda.”
	Respostas:
	a. 
“Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me chamasse Raimundo/ seria uma rima, não seria uma solução.”
	
	b. 
“Não faças versos sobre acontecimentos./ Não há criação nem morte perante a poesia.” c
	
	c.
“Liberdade, essa palavra/ que o sonho humano alimenta/ que não há ninguém que explique/ e ninguém que não entenda.”
	
	d. 
“Mas que dizer do poeta/ numa prova escolar?/ Que ele é meio pateta/ e não sabe rimar?”
	
	e. 
"Penetra surdamente no reino das palavras. / Lá estão os poemas que esperam ser escritos.”
	Feedback da resposta:
	Resposta: C. Os fragmentos destacados das alternativas a, b, d, e são do poeta Carlos Drummond de Andrade, um dos poetas do Modernismo que tinha como um dos temas a própria poesia. O trecho da alternativa c é de Cecília Meireles e, neste caso, o poema discute uma palavra.

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