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Direito Civil

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Direito Civil p/ TRT-MG - Com Videoaulas
Professores: Jacson Panichi, Aline Santiago
 
Direito Civil para TRT/MG. 
Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi. 
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Sumário 
- Apresentação. ....................................................................................................................................... 3 
- Cronograma. ......................................................................................................................................... 5 
- Introdução. ........................................................................................................................................... 6 
1. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ............................................................................. 7 
1.1 Vigência. ............................................................................................................................................ 8 
1.2. Aplicação, Interpretação e Integração. .......................................................................................... 18 
- Analogia. ......................................................................................................................................... 20 
- Costumes. ....................................................................................................................................... 21 
- Princípios gerais do direito. ............................................................................................................ 22 
1.3. Conflito das leis no tempo. ........................................................................................................... 23 
- Antinomia Jurídica .......................................................................................................................... 25 
1.4. Eficácia da Lei no Espaço ................................................................................................................ 26 
QUESTÕES FCC E SEUS RESPECTIVOS COMENTÁRIOS. ......................................................................... 33 
LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO. ...................................................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- Apresentação. 
 
Para aqueles que ainda não nos conhecem, vamos a uma rápida 
apresentação: meu nome é Jacson Panichi e atualmente exerço o cargo de 
Auditor Fiscal do Município de São Paulo, aprovado no concurso de 2007. 
Minha formação superior, assim como a de uma boa parcela, senão a 
PDLRULD��GRV�³FRQFXUVHLURV´ da área fiscal, não é o Direito. Sou formado em 
Odontologia, curso este que conclui em 2003, na Universidade Federal de 
Santa Maria (UFSM). 
Exerci a profissão de Cirurgião-Dentista até 2006 quando, então, 
principalmente pela observação de boas experiências e do sucesso obtido 
por alguns amigos, resolvi entrar no mundo dos concursos públicos, mais 
especificamente na área fiscal. 
Prestei os concursos de Analista Tributário da Receita Federal, o antigo 
TRFB, em 2006 e alguns meses depois o de Analista da Controladoria Geral 
da União, mas ainda com a aquela ideia equivocada dos que não conhecem 
verdadeiramente o desafio que tem pela frente. A minha preparação para 
estes certames foi de mais ou menos dois meses. 
Passada a experiência inicial destes dois certames, comecei a minha 
verdadeira preparação, com uma dedicação quase exclusiva para a prova 
do ICMS-RS. Neste concurso, apesar de obter uma boa pontuação, 
suficiente para me classificar entre os aprovados, não fiz o mínimo em uma 
disciplina, um dos requisitos para a aprovação. 
A vida é assim, feita de derrotas e vitórias. Hoje posso afirmar, sem 
sombra de dúvidas, que sou muito feliz naquilo que faço e que as coisas 
acabaram acontecendo no seu tempo e da maneira que tinham que 
acontecer. Se você vem de experiências negativas, o conselho que posso 
dar é; nunca deixe de estudar e não desanime. No mundo dos 
concursos, existe uma expressão que considero verdadeira e muito 
oportuna, ela é a seguinte: ³D�ILOD�DQGD´. Com certeza, com dedicação 
você alcançará o seu tão sonhado objetivo. 
 
Vamos agora à apresentação da minha querida companheira, 
incentivadora e parceira nestas aulas aqui no Estratégia Concursos: 
 
Olá a todos! Meu nome é Aline Santiago, sou formada em Direito pela 
ULBRA-RS e especialista em direito Constitucional pela UNIFRA-RS. 
Nosso objetivo neste curso, atendendo a proposta das aulas em PDF, 
é que você aprenda a matéria de maneira prática e simples, para que possa 
resolver as questões da prova de direito civil. Adotaremos uma linguagem 
mais informal, com ênfase naquilo que realmente é cobrado nas 
provas. 
 
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Algumas considerações a respeito da nossa aula: 
 
x A OHLWXUD�GD�OHL�³VHFD´ (LINDB e Código Civil) é fundamental. 
(Deste modo, para facilitar seu estudo, passamos a incluir a maior 
parte dos trechos do CC e de outras normas citadas). 
x Faça muitas questões (isto vale para todas as disciplinas), 
Incluiremos nas próximas aulas uma quantidade bastante 
significativa de questões FCC1, que serão amplamente 
comentadas. 
x Os grifos e negritos, aos trechos de legislação e citações, são 
QRVVRV��HOHV�VHUmR�IHLWRV�DSHQDV�SDUD�LGHQWLILFDU�³SDODYUDV-FKDYH´� 
x Esperamos que suas expectativas sejam correspondidas e 
pedimos, por gentileza, que você envie suas dúvidas, sugestões 
e, também, as críticas para os nossos e-mails (isto é muito 
importante para a melhoria do curso): 
 
jacsonpanichi@estrategiaconcursos.com.br 
alinesantiago@estrategiaconcursos.com.br 
 
Lembre-se sempre: 
 
A aprovação é fruto de muita dedicação, estudo, PHPRUL]DomR�GD�³/HL�
VHFD´��ERQV�PDWHULDLV�H� finalmente: conhecimento da banca e muitos 
exercícios�� (P� FRQFXUVR� S~EOLFR� FRPR� GL]HP�� ³não passam, 
necessariamente, aqueles que sabem mais sobre determinado assunto, 
mas sim, aqueles que se prepararam melhor para a prova que irão 
ID]HU´� 
Como já mencionamos em outros cursos, o estudo do Direito Civil, 
num primeiro momento, talvez possa ser visto por muitos como difícil e 
cansativo, devido à grande quantidade de expressões novas que só 
conhecem aqueles que trabalham ou estudam o direito, mas, na realidade, 
o seu aprendizado pode ser bastante prazeroso já que praticamente todas 
as relações jurídicas entre particulares passam por este ramo do 
direito, sendo certo que você, também, já vivenciou inúmeras situações do 
seu dia a dia nas quais o direito civil esteve presente. 
 
 
 
1 A FCC foi a banca escolhida para o último concurso, por isso vamos utilizar, nas aulas do 
curso, questões desta banca. 
 
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- Introdução. 
 
A vigência no tempo e no espaço são assuntos encontrados no 
Decreto-Lei 4.657 de 1942, atualmente denominado Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro. Não se preocupeexplicaremos em 
detalhes, ainda nesta aula, o que é vigência de uma Lei e a sua 
aplicabilidade no tempo e no espaço. Mas antes você precisa entender 
FRPR�GHYH�VHU�FRPSUHHQGLGD�D�SDODYUD�³/HL´� 
A lei que deve ser focada no estudo do direito é a lei como regra 
jurídica, deixando de lado a conceituação das chamadas leis naturais. 
Neste sentido, podemos analisá-la sob dois aspectos: no ¹sentido amplo 
e no ²sentido estrito. No primeiro aspecto, D� SDODYUD� ³OHL´� DEUDQJHUi��
também, outras normas jurídicas relacionadas, por exemplo, à execução 
do diploma legal propriamente dito (como exemplo, temos o decreto), já 
no segundo aspecto será a lei stricto sensu, lei em sua acepção própria, a 
regra jurídica votada nas casas do poder legislativo2. 
Uma boa conceituação de lei é apresentada por Washington de Barros 
Monteiro3: ³lei é um preceito comum e obrigatório, emanado do poder 
competente e provido de sanção´��JULIRV�QRVVRV�� 
A lei, regra jurídica será fonte do direito (é a principal fonte formal do 
direito). Ela dirige-se a todos, sendo neste sentido regra geral. Segundo 
Silvio de Salvo Venosa4 desta característica de ser regra geral decorrem 
mais duas características: a de ser regra abstrata (pois regula situação 
jurídica abstrata) e regra permanente (pois seus efeitos são 
permanentes). Quanto a sua forma, principalmente para diferenciá-la do 
direito consuetudinário5, em geral será escrita. 
Há varias classificações das leis, dentre as quais, apenas para 
ilustração, destacamos: 
Quanto à origem legislativa: Federais, Estaduais e Municipais. 
Em relação às pessoas (amplitude e alcance): Gerais, Especiais e Individuais. 
Quanto à duração: Temporárias e permanentes. 
Com relação aos seus efeitos: Imperativas, Proibitivas, Facultativas e Punitivas. 
Quanto à natureza do direito que regulam: Constitucionais, Administrativas, Penais, 
Civis e Comerciais. 
Quanto à possibilidade de serem ou não derrogáveis pelas partes (força 
obrigatória): impositivas (ou cogentes) e dispositivas (ou facultativas). 
Quanto à sua hierarquia (lei analisada em sentido amplo ± norma): Normas 
constitucionais, Leis complementares, Leis ordinárias, Decretos Regulamentares, Normas 
internas, Normas individuais. 
 
2 Orlando Gomes, Introdução ao direito civil, 19 ed. 
3 Washington de Barros Monteiro, Direito Civil I, 43 ed., pág. 22. 
4 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
5 Direito consuetudinário é aquele que tem como fonte os costumes. 
 
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Vamos adentrar agora ao estudo da principal norma que regula a 
dinâmica e os conflitos das leis no tempo e no espaço. 
 
1. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
 
No Brasil, diferentemente do que ocorre, por exemplo, na França e na 
Itália, esta lei de introdução, que até 2010 chamava-se Lei de Introdução 
ao Código Civil (LICC), não faz parte do Código civil, nem se trata de 
um anexo deste, trata-se, então, de um dispositivo autônomo. 
Como você verá adiante, trata-se de uma lei de fundamental 
importância para o regramento das normas como um todo e não só com 
relação ao direito civil. 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), 
nova redação dada pelo art. 2º da Lei 12.376-10, é o Decreto-Lei 4.657 
de 1942, norma que disciplina não só o Direito Civil, mas, também, 
outros ramos do Direito. A abrangência da LICC sempre foi esta. A 
mudança no nome, em decorrência da lei 12.376/10, só veio ratificar o que 
já vinha sendo adotado pela doutrina e jurisprudência que é um alcance 
muito mais amplo e abrangente deste diploma legal. 
Atualmente a LINDB é recepcionada como lei ordinária. A doutrina 
costuma chamá-la de Norma de Sobredireito, tendo em vista seu caráter 
introdutório, que disciplina princípios, aplicação, vigência, 
interpretação e integração, itens relacionados a todo o direito e não 
somente ao Código Civil. Como já falamos, pode-se dizer que é uma Lei 
que disciplina as Leis. Você verá, no decorrer da aula, que os artigos da 
LINDB tratam de assuntos de direito público (arts. 1º a 6º) e relacionados 
ao direito internacional privado ± conflitos das leis no espaço (arts. 7º a 
19). Não se preocupe todos esses assuntos serão abordados na aula de 
hoje. 
 
³2�TXH�p�R direito público? e o que é o direito privado"´ 
 
([LVWH� XPD� ³WHQGrQFLD´� HP� VHSDUDU� R� GLUHLWR� �PDLV� SRU� motivos 
didáticos, pois o direito em si é único) em dois grandes ramos: o direito 
público e o direito privado. Não há consenso sobre os traços que 
diferenciam estes dois ramos, mas a principal característica é que o direito 
público estaria relacionado aos interesses do Estado, o direito privado por 
sua vez disciplina os interesses particulares. 
 
 
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1.1 Vigência. 
 
Para uma Lei ser criada há um procedimento próprio que está definido 
na Constituição da República (Do Processo Legislativo) e que envolve 
dentre outras etapas: a tramitação no legislativo; a sanção pelo executivo; 
a sua promulgação (que é o nascimento da Lei em sentido amplo); e 
finalmente a publicação, passando a vigorar de acordo com o Artigo 1º da 
LINDB 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposição em 
contrário. Este prazo expresso neste artigo refere-se às leis. 
 
Art. 1o. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
³0DV professores R�TXH�VLJQLILFD�YLJRUDU��WHU�YLJrQFLD"´ 
 
Vigorar significa ter força obrigatória, ter executoriedade, significa 
que a Lei já pode produzir efeitos para os casos concretos nela 
previstos, ou seja, aquelas situações reais que se enquadram em sua 
regulamentação. 
É como se a lei fosse um ser vivo e que, enquanto vigente, WHP�³YLGD´� 
A vigência basicamente deve ser analisada sob dois aspectos que serão 
abordados, mais detalhadamente, no decorrer desta aula, são eles: ¹o 
tempo (quando começam e quando terminam seus efeitos) e ²o espaço 
(o território em que a lei terá validade) 
Então, pelo que vimos, sempre que uma lei for publicada sem ter uma 
menção expressa sobre quando entrará em vigor, em regra o prazo para 
início de vigência é de 45 dias depois da sua publicação (art.1º da 
LINDB). 
 
³3RU TXH�YRFrV�IDODP�HP�UHJUD"´ 
 
Isto é algo que você que está começando seus estudos deve prestar 
bastante atenção (e não vale apenas para o direito civil). Quando você ler 
³HP�UHJUD´, saiba que a tendência é que exista na lei alguma expressão 
como, por exemplo, ³VDOYR�GLVSRVLomR�HP�FRQWUiULR´ ou, então, ³QmR�
GLVSRQGR�OHL�HP�FRQWUiULR´. Nestes casos, parta do princípio que uma 
regra pressupõe exceções e que não estaremos diante de algo 
absoluto. 
 
 No que se refere à regra do art. 1º da LINDB temos que constando 
da Lei disposição em contrário, esta é que prevalecerá. Por exemplo, 
 
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Art. 2º Não se destinando a vigência temporária, a Lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
 
Este é chamado princípio da continuidade das leis. 
 
³2N��DWp�DJRUD�HX�HQWHQGL��PDV�R�TXH�p�WHU�YLJrQFLD�WHPSRUiULD"´ 
 
$V�OHLV�SRGHP�WHU�³SUD]R�GH�YDOLGDGH´��leistemporárias são aquelas 
com prazo de vigência determinado. Normalmente são criadas para um 
fim específico e, diferentemente das demais, terão uma data de extinção, 
de certa forma, predeterminada. 
Assim, a lei temporária extingue-se ¹terminado o prazo que consta 
de seu texto ou ²quando cumpre com seu objetivo. Como exemplo, temos 
as leis que concedem benefícios e incentivos fiscais limitados a um período 
específico de tempo e também as leis relacionadas ao orçamento (deste 
modo, por exemplo, a vigência de lei orçamentária, que estabelece a 
despesa e a receita nacional pelo período de um ano, cessará pelo 
decurso do tempo). 
 
Mas observe agora a seguinte situação prática: Uma determinada lei, 
que não seja de vigência temporária, passou por todas as fases de 
criação e entrou em vigor. Esta lei continuará vigente e com todos 
seus efeitos até que alguma lei posterior, que a modifique ou 
revogue, venha a ser criada; vejamos, então, o que diz o art. 2º e seu 
parágrafo primeiro: 
 
Art. 2o. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
§ 1o. A lei posterior revoga a anterior quando ¹expressamente o declare, 
quando ²seja com ela incompatível ou quando ³regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
 
 Assim, pelo princípio da continuidade (art.2°) uma lei prolonga 
seus efeitos pelo tempo, a não ser que seja modificada ou revogada por 
outra. 
 
 
 
 
 
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1.2. Aplicação, Interpretação e Integração. 
 
Depois que uma lei é criada, ela vai ser aplicada. Na sua criação, ela 
é genérica, ela se refere a casos indefinidos, é o que chamamos tipo na 
linguagem técnica, é a norma jurídica. 
Esta lei fica de certo modo afastada da realidade, quem irá fazer a 
ligação entre a norma ou lei e o caso concreto (o fato) será o Juiz (ou 
magistrado). 
Quando uma pessoa ajuíza uma ação (qualquer ação) com um 
problema concreto, é o juiz quem vai analisar este caso concreto e, de 
acordo com o tipo, enquadrá-lo em algum conceito normativo. Ou 
seja, vai encontrar dentro do nosso ordenamento jurídico qual a melhor lei 
para o caso. Em outras palavras, qual a norma jurídica que se aplica na 
resolução da questão. 
Utilizando as palavras da doutrinadora Maria Helena Diniz8: 
 
³1D�GHWHUPLQDomR�GR�GLUHLWR�TXH�GHYH�SUHYDOHcer no caso concreto, o juiz deve 
verificar se o direito existe, qual o sentido da norma aplicável e se esta norma 
aplica-se ao fato sub judice. Portanto, para a subsunção9 é necessária uma correta 
interpretação para determinar a qualificação jurídica da matéria fática sobre a qual 
GHYH�LQFLGLU�XPD�QRUPD�JHUDO´� 
 
E conforme Carlos Roberto Gonçalves10: 
 
³4XDQGR� R� IDWR� p� WtSLFR� H� VH� HQTXDGUD� SHUIHLWDPHQWH� QR� FRQFHLWR� DEVWUDWR� GD�
norma, dá-se o fenômeno da subsunção´�� 
 
Por vezes pode o juiz se deparar com casos não previstos nas normas 
jurídicas ou que, se estão, podem por sua vez ter alguma imperfeição, na 
sua redação, alcance ou ambiguidade parecendo claro num primeiro 
momento, mas se revelando duvidoso em outro. 
Quando um destes casos aparece o juiz terá que se utilizar da 
hermenêutica, que vem a ser uma forma de interpretação das leis, de 
descobrir o alcance, o sentido da norma jurídica, trata-se de um estudo dos 
princípios metodológicos de interpretação e explicação. 
 
8 Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil 1, 28 ed. 
9 É a ação ou efeito de subsumir, isto é, incluir (alguma coisa) em algo maior, mais amplo. 
Como definição jurídica, configura-se a subsunção quando o caso concreto se enquadra à 
norma legal em abstrato. É a adequação de uma conduta ou fato concreto (norma-fato) à 
norma jurídica (norma-tipo). É a tipicidade, no direito penal; bem como é o fato gerador, 
no direito tributário. 
10 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, 2ª ed., pág. 77. 
 
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Ainda de acordo com Maria Helena Diniz11: 
 
³$V�IXQo}HV�GD�LQWHUSUHWDomR�VmR��D��FRQIHULU�D�DSOLFDELOLGDGH�GD�QRUPD�MXUtGLFD�jV�
relações sociais que lhe deram origem; b) estender o sentido da norma a relações 
novas, inéditas ao tempo de sua criação; e c) temperar o alcance do preceito 
normativo, para fazê-lo corresponder às necessidades reais e atuais de caráter 
VRFLDO��RX�VHMD��DRV�VHXV�ILQV�VRFLDLV�H�DRV�YDORUHV�TXH�SUHWHQGH�JDUDQWLU´�� 
 
A hermenêutica é então o paradigma (o modelo) que o intérprete vai 
seguir para extrair o verdadeiro sentido da norma. Neste ponto devemos 
fazer uma observação: o juiz irá interpretar a lei, para melhor adequá-la 
ao caso concreto, mas esta interpretação e a solução terão de observar 
os preceitos jurídicos. Tem que revelar o sentido apropriado para a 
realidade, de acordo com uma sociedade justa, sem conflitar com o direito 
positivo12 e com o meio social. 
Para a realização da interpretação, existem algumas técnicas e elas 
são cobradas em concurso, então vamos a elas: 
 
¾ Gramatical ± onde o interprete analisa cada termo do texto 
normativo, observando-os individual e conjuntamente; 
¾ Lógica ± nesta técnica o interprete ira estudar a norma através 
de raciocínios lógicos; 
¾ Sistemática ± onde o interprete analisará a norma através do 
sistema em que se encontra inserida, observando o todo para 
tentar chegar ao alcance da norma no individual, examina a sua 
relação com as demais leis, pelo contexto do sistema 
legislativo; 
¾ Histórica ± onde se analisará o momento histórico em que a 
lei foi criada e 
¾ Sociológica ou teleológica ± é técnica que está prevista no 
artigo 5º da LINDB: ³1D�aplicação da lei, o juiz atenderá 
aos fins sociais a que ela se dirige e as exigências do bem 
comum´� 
 
Como mencionamos anteriormente, as leis são criadas de uma forma 
genérica, isto para atender o maior número de pessoas. Mas, com o mundo 
em constante evolução, as situações individuais e sociais também se 
transmutam e, muitas vezes, o legislador não consegue imaginar todos os 
 
11 Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil 1, 28 ed. 
12 Direito positivo, ou positivado, é aquele encontrado na lei. Segundo Washington de 
%DUURV� 0RQWHLUR�� ³é o ordenamento jurídico em vigor em determinado país e em 
determinada época (jus in FLYLWDWH�SRVLWXP�´� 
 
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O Juiz pode, então, utilizar-se de equidade para colmatação 
(preenchimento) da lacuna, desde que ¹não tenha conseguido suprir 
esta omissão com os meios informados no artigo 4º da LINDB e, 
também, ²esteja autorizado legalmente. Neste caso a equidade é 
considerada fonte do direito e forma de integração das leis. 
 
³3RUTXH�YRFrV�IDODP��QHVWH�FDVR"´� 
 
A equidade pode ter mais de uma acepção (significado). Quando o 
juiz fizer uso da equidade, estando autorizado por lei e para preencher uma 
lacuna da lei, ele estará produzindo integração da norma. 
De outro modo, se o juiz estiver fazendo o chamado juízo de 
equidade, equidade interpretativa, estará ele apenas se utilizando de 
um critério (interpretativo) para aplicação da lei. 
 
1.3. Conflito dasleis no tempo. 
 
Um pouco da questão das leis no tempo já foi visto acima, quando 
estudamos a vigência da lei. Mas agora, imaginem uma lei, que passou por 
todos os trâmites de criação, pela publicação no diário oficial, pelo período 
de vacatio legis, e entrou em vigor produzindo seus efeitos. A partir do 
momento em que esta lei entra em vigor, relações jurídicas vão sendo por 
ela regidas, orientadas, formadas. Imaginem, então, que esta lei é 
UHYRJDGD�SRU�RXWUD�³QRYD´�� 
 
O que irá acontecer com as relações jurídicas que haviam se formado 
durante a vigência da lei anterior? 
 
Para responder a esta pergunta e resolver a questão, existem critérios 
de solução: ¹o das disposições transitórias e ²do princípio da 
irretroatividade das leis. 
 
Critério das disposições transitórias ± é quando o legislador, 
prevendo que, com o advento da nova lei, irão surgir problemas nas 
relações jurídicas, já coloca em seu texto disposições transitórias, para 
UHJXODU�RV�SRVVtYHLV�FRQIOLWRV�HQWUH�D�OHL�³YHOKD´�H�D�³QRYD´� Um bom 
exemplo disso é o Código Civil (2002) que tem em sua parte final 
Disposições Finais e Transitórias destinadas justamente a este fim. 
 
 
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Critério do princípio da irretroatividade das leis ± no Brasil, uma 
lei só produz efeitos para frente, ou seja, a partir de sua entrada em vigor, 
para o futuro; assim sendo, não atingiria fatos do passado. Isso ocorre para 
dar segurança jurídica para as relações que foram formadas sob a vigência 
da lei antiga. A retroatividade de uma lei é possível, mas é exceção. 
Esta atuação da lei no tempo é o que denominamos direito 
intertemporal. Sobre este assunto, temos o artigo 6º da LINDB: 
 
Art. 6 A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, 
ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. 
 
O art. 6º, transcrito acima, traz uma importante consideração quanto 
aos efeitos da vigência da Lei. Ele será imediato e geral, atingindo a 
todos indistintamente, mas, serão respeitados: ¹o ato jurídico perfeito, 
²o direito adquirido e ³a coisa julgada. Isto significa dizer que a lei nova, 
quando em vigor, mesmo possuindo eficácia imediata, não pode atingir 
os efeitos já produzidos no passado sob a vigência daquela lei agora 
revogada. 
A lei nova tem efeito imediato e geral, atingindo somente os fatos 
pendentes - facta pendentia - e os futuros ± facta futura ± realizados sob 
sua vigência, não abrangendo fatos pretéritos ± facta praeterita. 
 
³0DV�R�TXH�YHP�D�VHU�R�DWR�MXUtGLFR�SHUIHLWR��R�GLUHLWR�DGTXLULGR�H�D�
coisa MXOJDGD"´ 
 
Considera-se perfeito o ato jurídico quando todos os seus 
elementos constitutivos já se verificaram, ele não depende de mais 
nada, já tem eficácia plena, é ato consumado segundo a lei vigente a 
época. A lei, para não ser retroativa, não pode alcançá-lo, nem mesmo aos 
seus efeitos futuros. O ato pode até ter efeitos futuros, no entanto, já é ato 
consumado e não ato pendente. 
Direito adquirido é o que já se incorporou definitivamente ao 
patrimônio e à personalidade de seu titular, seja por se ¹ter realizado 
 
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o termo estabelecido, seja por se ²ter implementado a condição 
necessária.16 
Coisa julgada é a decisão judicial irrecorrível, de que já não caiba 
recurso, é imutável, indiscutível. 
Esta questão do direito intertemporal, assim como, a vedação a 
retroatividade da lei quanto ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e 
a coisa julgada está garantida no texto constitucional em seu Art. 5º, 
XXXVI: 
 
$UW���ž��;;;9,��³D�OHL�QmR�SUHMXGLFDUi�R�GLUHLWR�DGTXLULGR��R�DWR�MXUtGLFR�SHUIHLWR�H�
a coisa julgadD´�� 
 
 
- Antinomia Jurídica 
 
Dá-se a antinomia jurídica quando existem duas normas 
conflitantes sem que se possa saber qual delas deverá ser utilizada no 
caso concreto. Assim sendo, ambas se excluem, pois não é possível dizer 
qual delas deverá prevalecer em relação à outra, obrigando o juiz a utilizar 
os critérios de preenchimento de lacunas para resolver o caso concreto. 
Portanto, para que se configure uma antinomia jurídica é necessário que se 
apresentem três requisitos: ¹normas incompatíveis, ²indecisão por conta 
da incompatibilidade e ³necessidade de decisão. 
 
Quanto ao critério de solução, a antinomia pode ser classificada em: 
¹antinomia real e ²antinomia aparente. 
 
Ocorre a antinomia real quando para sua solução há de se criar 
uma nova norma, tendo em vista que não há no ordenamento jurídico 
norma que se aplique ao caso; ou seja, ao aplicar-se uma norma ao caso, 
automaticamente viola-se outra, sendo necessário, portanto, criar uma 
norma nova para o caso sob judice. 
Dá-se a antinomia aparente quando para sua solução possam ser 
usadas normas integrantes do ordenamento jurídico. Existe norma. 
Para solução deste tipo de antinomia serão utilizados critérios, quais 
sejam: hierárquico (lex superior derogat legi inferior) ± onde uma lei de 
categoria superior será utilizada em detrimento de uma lei inferior, isto de 
 
16 Termo e condição serão mais bem explicados na aula sobre Negócios Jurídicos. Mas 
rapidamente, saiba que a condição refere-se a evento futuro e incerto, já o termo também 
se refere a evento futuro, no entanto a ocorrência deste evento é certa. No caso do direito 
adquirido já ocorreu o evento (condicional ou a termo), já houve o seu implemento e 
também a incorporação do direito. 
 
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Chegamos assim ao fim da parte teórica desta nossa aula 
demonstrativa. 
Novamente chamamos a sua atenção para a importância da 
resolução dos exercícios que serão apresentados a seguir. 
 
Os artigos da LINDB não detalhados em aula, por vezes, aparecem 
nas provas, no entanto, são cobrados na forma do texto da lei, em questões 
literais. Mas, caso você tenha dificuldade de entendimento em algum 
desses artigos, ou então quanto à resolução de alguma questão, mesmo 
que não apresentada em aula, estamos à sua disposição. 
Mande-nos um e-mail ou utilize o fórum de dúvidas. Já 
incluímos algumas explicações nesta aula, tendo em vista justamente e-
mails que foram enviados em outros cursos. 
 
Um grande abraço, esperamos nos reencontrar em breve. 
Bons estudos! 
 
 
Aline Santiago & Jacson Panichi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como solicitado nos cursos anteriores que ministramos, apresentaremos as questões com 
alguns comentários e ao final colocaremos apenas a lista das questões com gabarito, desta 
forma facilitamos para aqueles que estudam diretamente pelo computador, mas também 
ajudamos quem irá estudar pelas aulas impressas. 
 
 
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3. FCC 2012/TRE-PR/Analista Judiciário. NÃO se destinando a vigência 
temporária, a lei 
 
a) Terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
b) Vigorará enquanto não cair em desuso. 
c) Só poderá ser revogada pela superveniência de nova ordem 
constitucional. 
d) Somente vigorará, até que outra lei expressamente a revogue. 
e) Não poderá ser revogada. 
 
Comentário: 
Art. 2º. Não se destinando a vigência temporária, a Lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
Gabarito letra A. 
 
4. FCC 2012/TRF 2ª/ ANALISTA JUDICIÁRIA. De acordo com a Lei de 
Introdução ao Código Civil brasileiro, é correto afirmar que 
 
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, revoga ou modifica a lei anterior. 
b) A lei começa a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário, 
na data da sua publicação. 
c) Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
d) A lei revogada sempre se restaura quando a lei revogadora tiver 
perdido a vigência. 
e) As correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi errada. 
Art. 2. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
$� DOWHUQDWLYD� ³E´� HVWi errada. Lembre-se destes números! 45 (dias), 3 
(meses). 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi correta. 
 
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Art. 1º §1. Visto acima. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi errada. A repristinação não é a regra, só ocorre a 
repristinação expressa. 
Art. 2. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
$�DOWHUQDWLYD�³H´ está errada. 
Art. 1. § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Gabarito letra C. 
 
5. FCC 2012 /TRF 2ª /ANALISTA - EXECUÇÃO DE MANDATOS. 
Considere as seguintes assertivas a respeito da Lei de Introdução às 
normas do Direito brasileiro: 
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, revoga a lei anterior. 
III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. 
IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
 
a) I e III. 
b) I, III e IV. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
e) I, II e IV. 
 
Comentário: 
Item I correto. 
Art. 1º. § 4o. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Item II errado. 
Art. 2. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Item III correto. 
Art. 1. § 2º. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. 
 
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Item IV correto. 
Art. 6º. § 1º. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou. 
Gabarito letra B. 
 
6. FCC 2011/ TJ-PE/ Juiz. No Direito brasileiro vigora a seguinte regra 
sobre a repristinação da lei: 
 
a) Não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que outra 
a modifique ou revogue. 
b) Se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei, 
destinada a correção, o prazo para entrar em vigor começará a correr 
da nova publicação. 
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
d) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
Comentário: 
Questão bastante simples se o candidato prestasse atenção ao que diz 
o enunciado da questão. Todas as afirmações são verdadeiras, no 
entanto, a única que faz referência à regra da repristinação (respondendo 
ao questionamento) é a afirmação da alternativa ³d´� 
Art. 2º. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Gabarito letra D. 
 
7. FCC 2011/TRT 20/Técnico. De acordo com a Lei de Introdução ao 
Código Civil brasileiro (Decreto-Lei no 4.657, de 04/09/1942 e modificações 
posteriores): 
 
a) o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa em cuja 
posse se encontre a coisa apenhada. 
b) o conhecimento da lei estrangeira é dever do magistrado sendo 
defeso ao juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. 
c) reputa-se ato jurídico perfeito o ato que estiver de acordo com as 
regras, costumes e princípios gerais de direito vigentes em uma 
comunidade. 
 
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d) chama-se coisa julgada a pretensão constante de ação judicial já 
julgada por sentença passível de recurso. 
e) a lei do país em que a pessoa tiver nascido determina as regras sobre 
os direitos de família. 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 8, § 2º. O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em 
cuja posse se encontre a coisa apenhada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD�� 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca 
prova do texto e da vigência. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 6, § 1º. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD�� 
Art. 6, § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que 
já não caiba recurso. 
(�D�DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 7. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre 
o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
Gabarito letra A. 
 
8. FCC 2011/PGE-RO/PROCURADOR. Quando a lei for omissa, o juiz 
decidirá o caso com o emprego da 
 
a) analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito. 
b) equidade em quaisquer casos, dos costumes e dos princípios gerais 
do direito. 
c) analogia, da equidade e dos costumes, apenas. 
d) interpretação, dos costumes, da equidade e dos princípios gerais do 
direito. 
e) interpretação, da analogia e dos princípios gerais do direito. 
 
Comentário: 
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Gabarito letra A. 
 
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9. FCC 2011/TRT 14ª/Analista - Execução de Mandatos. A Lei nº 
XX/09 foi revogada pela Lei nº YY/10. Posteriormente, a Lei nº ZZ/10 
revogou a Lei nº YY/10. Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei 
no XX/09 
 
a) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência. 
b) só se restaura se a Lei nº YY/10 tiver sido expressamente revogada 
pela Lei no ZZ/10. 
c) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma 
legal. 
d) só se restaura se a revogação da Lei nº YY/10 for decorrente de 
incompatibilidade com a Lei nº ZZ/10. 
e) só se restaura se a Lei nº ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente a 
matéria de que tratava a Lei nº YY/10. 
 
Comentário: 
Como estudamos em aula, trata-se de repristinação. E vimos que a 
repristinação só acontecerá se a lei revogadora determinar de maneira 
expressa. 
Gabarito letra A. 
 
10. FCC 2011/TJ-PA/Outorga de Delegação de Serviços de Notas e 
Registros. Quanto às leis é correto afirmar: 
 
a) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45 
(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada. 
b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia 90 ( noventa ) dias depois de oficialmente 
promulgada. 
c) Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência 
começará a correr da data da primeira publicação. 
d) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou a revogue, ou venha a cair em desuso 
devidamente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em ação 
específica. 
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a anterior. 
 
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Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD� 
Art.1º, § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
Atenção: 3 meses é diferente de 90 dias. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUDGD� 
Art.1º, 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
Além disso, não há de se falar em revogação por desuso. 
(��SRU�ILP��D�DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 2º, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Gabarito letra E. 
 
11. FCC 2011/TRE-RN/Analista. A lei nova, que estabeleça disposições 
gerais ou especiais a par das já existentes, 
 
a) modifica a lei anterior, apenas. 
b) revoga a lei anterior, apenas. 
c) não revoga nem modifica a lei anterior. 
d) derroga a lei anterior. 
e) revoga ou modifica a lei anterior. 
 
Comentário: 
Art. 2º. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Gabarito letra C. 
 
 
 
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12. FCC 2010/PGM-TERESINA-PI/Procurador Municipal. Sobre a 
repristinação é a regra vigente no direito brasileiro: 
 
a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
b) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
c) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
d) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare. 
e) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível. 
 
Comentário: 
As informações não estão erradas, mas a única que responde ao pedido no 
enunciado da questão é a alternativa A. Tome cuidado com este tipo de 
questão! 
Gabarito letra A. 
 
 
13. FCC 2010/ TJ-PI/ Assessor Jurídico. De acordo com a Lei de 
Introdução ao Código Civil brasileiro, o divórcio realizado no estrangeiro, 
se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no 
Brasil, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país, 
 
a) Depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato. 
b) Com a prolação da sentença, momento em que seus efeitos ocorrerão 
de imediato, independentemente de anterior separação judicial. 
c) Depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por no mínimo seis meses, caso em 
que a homologação produzirá efeito imediato. 
d) Depois de dois anos da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial pelo prazo de um ano, caso em que 
a homologação produzirá efeito imediato. 
e) Depois de seis meses da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato. 
 
 
 
 
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Comentário: 
 
Art. 7º. § 6º. O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges 
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da 
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por 
igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as 
condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O 
Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá 
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de 
homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que 
passem a produzir todos os efeitos legais. 
Gabarito letra A. 
 
14. FCC 2010/TCE-RO. Em relação à aplicação da lei no tempo, é correto 
afirmar: 
 
a) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se a partir de 
sua publicação oficial. 
b) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se no país 
quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente. 
c) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura-se ao ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
d) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da 
promulgação da Medida Provisória. 
e) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior. 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�FRUUHWD�Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUada. 
Art. 2º. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD�� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 2º. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Gabarito letra B. 
 
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15. FCC 2009/TCE-GO/ Analista de Controle Externo - Direito. De 
acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar que: 
 
a) A sucessão por morte obedece à lei do país em que estiverem 
situados os bens deixados pelo falecido. 
b) Regerá os casos de invalidade do matrimônio, tendo os nubentes 
domicílios diversos, a lei do domicílio do marido. 
c) Chama-se coisa julgada o ato já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
d) A lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária, na 
data de sua publicação. 
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a anterior. 
 
Comentário: 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que 
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação 
dos bens. 
Já capacidade de suceder é regulada pela lei do domicílio do herdeiro ou 
legatário. 
Art. 7º. § 3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade 
do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
Ato consumado segundo a lei vigente ao tempo que se efetuou é a definição 
de ato jurídico perfeito. Coisa julgada é a decisão judicial de que já não 
caiba recurso. 
Gabarito letra E. 
 
16. FCC 2009/Defensor - MA. Segundo a Lei de Introdução ao Código 
Civil Brasileiro (Decreto-Lei no 4.657/42): 
 
a) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. 
b) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente promulgada. 
c) Nos Estados, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se três meses 
depois de oficialmente publicada, salvo disposição contrária. 
d) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
e) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
 
 
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Comentário: 
A equidade, embora possa ser considerada uma das formas de integração, 
não está expressa no art. 4 da LINDB. São formas de integração 
¹analogia, ²costumes e ³princípios gerais do direito. O prazo para a 
vigência conta-se da publicação. A lei começa a vigorar ao mesmo 
tempo em todo o país, o prazo de 3 meses é para os Estados 
estrangeiros. Não ocorre a repristinação automática. 
Gabarito letra D. 
 
17. FCC 2009/Defensor - MT. Segundo a Lei de Introdução ao Código 
Civil brasileiro, 
 
a) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país três 
meses depois de oficialmente publicada. 
b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se 
três meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição 
contrária. 
c) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
d) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. 
e) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 2º. § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de 
que tratava a lei anterior. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito. 
A DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�HUUDGD� 
 
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Art. 2º. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Gabarito letra C. 
 
18. FCC 2009/TRT - 7ª Região (CE)/Analista Judiciário - Área 
Judiciária - Execução de Mandados. Peter era inglês e residia em 
Londres, tendo falecido quando estava em viagem de turismo em Lisboa, 
Portugal. Seus bens imóveis situam-se em Paris, França, e sua empresa 
tinha sede em Madri, Espanha. Seus filhos são domiciliados no Brasil, na 
cidade de Santos. De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil 
brasileiro, a sucessão pela morte de Peter obedecerá à lei 
 
a) Da Inglaterra. 
b) Do Brasil. 
c) De Portugal. 
d) Da França. 
e) Da Espanha. 
 
Comentário: 
Nenhum dos bens estava localizado no Brasil, portanto segue-se apenas o 
GHWHUPLQDGR�QR�FDSXW�GR�DUW�����GD�/,1'%�³A sucessão por morte ou por 
ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o 
GHVDSDUHFLGR�� TXDOTXHU� TXH� VHMD� D� QDWXUH]D� H� D� VLWXDomR� GRV� EHQV�´ 
Gabarito letra A. 
 
19. FCC 2009/TRT 15ª/ Analista Judiciária - Execução de 
Mandados. Denomina-se vacatio legis 
 
a) O período de tramitação da lei no Congresso Nacional. 
b) O instituto de direito não regulamentado por lei. 
c) O período de vigência da lei temporária. 
d) O intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em 
vigor. 
e) A situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada. 
 
Comentário: 
Lembre-se do nosso desenho na parte teórica da aula. 
Gabarito letra D. 
 
 
 
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20. FCC 2009/ TRT - 7ª Região (CE)/Analista Judiciário - Área 
Judiciária. A respeito da vigência da lei, em Direito Civil, pode-se afirmar 
que 
 
a) A lei nova que estabeleça disposições especiais a par das já existentes 
não revoga nem modifica a lei anterior. 
b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. 
c) Não se consideram lei nova as correções a texto de lei já em vigor. 
d) A lei revogada, salvo disposição em contrário, se restaura se a lei 
nova tiver perdido a vigência.e) A lei começa a vigorar em todo o país, na data em que foi oficialmente 
publicada. 
 
Comentário: 
Artigos já citados em questões anteriores. 
Gabarito letra A. 
 
21. FCC 2009/PGE-SP. No que diz respeito à vigência da norma jurídica, 
 
a) a revogação de uma lei opera efeito repristinatório automático em 
caso de lacuna normativa. 
b) a lei não pode ter vigência temporária. 
c) a lei começa a vigorar em todo país, salvo disposição contrária, 40 
(quarenta) dias depois de oficialmente publicada, denominando-se 
período de vacatio legis. 
d) a ab-rogação é a supressão parcial da norma anterior, enquanto a 
derrogação vem a ser a supressão total da norma anterior. 
e) os efeitos da lei revogada poderão ser restaurados se houver previsão 
expressa na lei revogadora. 
 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD��SRLV��FRPR�HVWXGDGR�QD�SDUWH�WHyULFD�GD�DXOD��
não existe no direito brasileiro a repristinação automática. 
 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUDGD�GH�DFRUGR�FRP�R�DUW���ž�Mi�YLVWR�DFLPD� 
 
 
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$� DOWHUQDWLYD� ³G´� HVWi� HUUDGD�� /HPEUH-se do macete: TOTALAB. A ab-
rogação é a supressão total da norma anterior; e a derrogação é a 
supressão parcial da norma anterior. 
 
E a alternDWLYD�³H´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 2º. § 3o. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Gabarito letra E. 
 
22. FCC 2009/DPE-PA. Em nossa legislação pátria 
 
a) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. Entretanto, caso estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga 
nem modifica a lei anterior. 
b) a lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária, na 
data de sua publicação. 
c) a lei, sem exceção, terá vigor até que outra a modifique, revogue ou 
que ela caia em desuso. 
d) na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige 
e às exigências do bem comum, sendo certo que, ao interpretá-la, o 
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
e) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto destinada a correção, ainda que mantida a vacatio legis, o início 
de sua vigência ocorrerá no dia da nova publicação. 
 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 2º. § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de 
que tratava a lei anterior. 
§ 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
A alteUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD� 
 
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 Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e 
às exigências do bem comum. 
$�DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. § 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
Gabarito letra A. 
 
23. FCC 2009/MPE-CE/Promotor. A elaboração de texto legal deve 
observar regras técnicas estabelecidas na Lei Complementar no 95, de 
26/02/1998, entre as quais a indicação de sua vigência, "de forma expressa 
e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo 
conhecimento, reservada a cláusula 'entra em vigor na data de sua 
publicação' para as leis de pequena repercussão", 
 
a) contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia sempre 90 (noventa) dias depois de 
oficialmente publicada. 
b) por isto não mais vigoram as disposições da Lei de Introdução ao 
Código Civil, a respeito da vacatio legis. 
c) entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo 
o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. 
d) logo, ao Juiz caberá estabelecer o momento em que a lei entrará em 
vigor, caso não estabelecido prazo razoável de vacatio legis. 
e) por este motivo, são inconstitucionais as leis ordinárias que não 
estabelecem prazo de vacatio ou não determinem a entrada em vigor 
na data de sua publicação. 
 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD��SRLV��FRPR�YLPRV��QmR�VmR����GLDV��H�VLP���
meses. 
Art. 1º. § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�HUUDGD�XPD�YH]�TXH�DV�GLVSRVLo}HV�GD�/,1'%�VREUH�D�
vacatio legis estão em vigor, caso contrário você não estaria estudando 
esta parte da matéria. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
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$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD��XPD�YH]�TXH�FDEH�DR�OHJLVODGRU�IL[DU�R�SUD]R�
em que uma lei entrará em vigor. Ao juiz cabe interpretá-la para adequá-
la ao caso concreto. 
$�DOWHUQDWLYD�³H´�HVWi�HUUDGD��SRLV�QDV�OHLV�GH�PHQRU�UHSHUFXVVmR�DGPLWH-
se que entrem em vigor na data de sua publicação, e nas que não 
estipularem prazo para vigorar aplica-se a regra do art. 1º. 
Gabarito letra C. 
 
24. FCC 2008/ TCE-AL/ Procurador. O servidor X contava treze (13) 
anos de serviço público estadual, quando entrou em vigor nova lei, que 
aboliu adicionais sobre os vencimentos a cada cinco (05) anos de serviço. 
Neste caso, X 
 
a) Manterá sem seu patrimônio o equivalente aos dois (02) adicionais 
pelos dez (10) anos completos e mais 30% (trinta por cento) do 
adicional pelo período seguinte de cinco (05) anos que estava em 
curso. 
b) A partir da nova lei, perderá os adicionais que havia conquistado, pois 
só tem direito adquirido àqueles vencidos, que, eventualmente, 
estivessem pendentes de pagamento. 
c) Continuará adquirindo o direito aos adicionais a cada cinco (05) anos 
de serviço, que se completarem. 
d) Adquirirá apenas mais um adicional, quando se completar o terceiro 
período de cinco (05) anos. 
e) Manterá em seu patrimônio dois (02) adicionais, mas não obterá o 
terceiro. 
 
Comentário: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos queo seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, 
ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. 
Lembre-se de que a regra é de que a lei terá efeito geral e imediato, 
entretanto, há exceções para seus efeitos, quais sejam: ¹o ato jurídico 
perfeito, ²o direito adquirido e ³a coisa julgada. 
Desta forma, a lei não atingira aos 2 adicionais que já estavam 
incorporados ao patrimônio do servidor, entretanto, este não fara jus ao 
terceiro adicional mesmo que já conte com 13 anos. Sobre o terceiro 
 
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I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na 
data da sua publicação. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. 
III. As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
 
É correto o que consta APENAS em 
 
a) I e II. 
b) III e IV. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) I, III e IV. 
 
Comentário: 
Já explicado anteriormente. 
Gabarito letra B. 
 
27. FCC 2008/TRT-SP/Analista. Considere: 
 
I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o 
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família. 
II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira 
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do local da celebração. 
IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
 
É correto o que consta APENAS em 
 
a) II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
d) I e III. 
e) I, II e IV. 
 
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Comentário: 
A afirmação I está correta. 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
A afirmação II está correta. 
Art. 7º. § 1º. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira 
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
A afirmação III está errada. 
Art. 7º. § 3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade 
do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
A afirmação IV está correta. 
Art. 7º. § 2º. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante 
autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
Gabarito letra E. 
 
28. FCC 2008/TRT 18/ Analista. A sucessão do ausente obedece a lei 
do país 
 
a) onde foi visto pela última vez. 
b) em que se situam seus bens imóveis. 
c) onde ocorreu o desaparecimento. 
d) em que era domiciliado o desaparecido. 
e) onde residirem seus filhos. 
 
Comentário: 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em 
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza 
e a situação dos bens. 
Gabarito letra D. 
 
29. FCC 2008/MPE-PE. A respeito da eficácia da lei no tempo e no espaço, 
é correto afirmar: 
 
a) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na 
data de sua publicação. 
b) regime de bens convencional, sendo os nubentes domiciliados em 
países diversos, obedece à lei do país do primeiro domicílio conjugal, 
independentemente do lugar da celebração. 
c) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada. 
 
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d) As correções a texto de lei já publicada e em vigor não se consideram 
lei nova. 
e) Se a lei revogadora perder a vigência, a lei revogada se restaura, 
independentemente de disposição nesse sentido. 
 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³E´�HVWi�FRUUHWD� 
Art. 7º. § 4º. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em 
que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio 
conjugal. 
$�DOWHUQDWLYD�³F´�HVWi�HUUada. 
Art. 1º. § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�HUUDGD� 
Art. 1º. § 4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
$� DOWHUQDWLYD� ³H´� HVWi� HUUDGD�� XPD� YH]� TXH� QmR� H[LVWH� UHSULVWLQDomR�
automática no direito brasileiro. 
Gabarito letra B. 
 
30. FCC 2008/TCE-AL/Auditor. Sobre a repristinação da lei, é correto 
afirmar: 
 
a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
b) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
c) A lei revogada jamais se restaura, devendo seu conteúdo ser objeto 
de outra lei, para que suas disposições voltem a vigorar. 
d) A legislação brasileira não contém disposição sobre esta matéria. 
e) As leis temporárias se restauram automática e periodicamente. 
 
Comentário: 
Art. 2º. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por 
ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Gabarito letra A. 
 
31. FCC 2008/TJ-RR/Juiz Substituto. Com a nova publicação da lei, 
destinada a correção, 
 
 
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a) em nenhuma hipótese haverá novo prazo para entrar em vigor. 
b) se depois de entrar a lei em vigor, a correção não se considerará lei 
nova. 
c) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da 
nova publicação. 
d) se depois de entrar em vigor, será retroativa à data da primeira 
publicação. 
e) se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis consistirá do prazo 
restante contado desde a primeira publicação. 
 
Comentário: 
Art. 1º. § 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
Gabarito letra C. 
 
32. FCC 2007/TRF 2ª Região/Analista Judiciário - Área Judiciária - 
Execução de Mandados. Paulo é equatoriano, domiciliado no Peru e 
casou-se, no Uruguai, com Maria, Argentina, domiciliada no Uruguai. Logo 
após a celebração do matrimônio, fixaram domicílio no Brasil. De acordo 
com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, oregime de bens entre 
os cônjuges obedecerá a lei 
 
a) Equatoriana. 
b) Brasileira. 
c) Peruana. 
d) Argentina. 
e) Uruguaia. 
 
Comentário: 
Art. 7. § 4o. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em 
que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio 
conjugal. 
O domicílio dos nubentes, a princípio, é diverso: o de Paulo é o Peru, o de 
Maria é o Uruguai. O primeiro domicílio conjugal estabelecido pelo casal foi 
o Brasil, desta forma segundo a LINDB o regime de bens obedecerá à lei 
deste país. 
Gabarito letra B. 
 
33. FCC 2007/TRE-MS/Analista Judiciário - Área Judiciária. 
Considere as seguintes assertivas sobre a Lei de Introdução ao Código Civil 
Brasileiro: 
 
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I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 60 dias 
depois de oficialmente publicada. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
III. Havendo incompatibilidade entre lei posterior e lei anterior haverá 
revogação desta última. 
IV. A correção a texto de lei em vigor não é considerada lei nova. 
 
É coreto o que se afirma APENAS em: 
 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) II, III e IV. 
 
Comentário: 
Item I errado. 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Item II correto. 
Art. 1º. § 1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
Item III correto. 
Trata-se da revogação tácita por incompatibilidade. Lembrando que a 
revogação pode ser expressa ou tácita. Será tácita em duas situações: se 
a lei posterior ¹regular inteiramente a matéria ou, então, se ²houver 
incompatibilidade. 
Art. 2. § 1o. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de 
que tratava a lei anterior. 
Item IV errado. 
Art. 1º. § 4o. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Gabarito letra D. 
 
34. FCC 2007/TRE-PB/Analista Judiciário ± Área Administrativa. No 
que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de 
Introdução ao Código Civil, é correto afirmar que 
 
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a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
b) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
c) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes modifica a lei anterior. 
d) A obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados 
estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada. 
e) As correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova. 
 
Comentário: 
Todas as alternativas já foram explicadas nas questões anteriores. 
Gabarito letra B. 
 
35. FCC 2007/TRT 11ª Região/ Juiz do Trabalho Substituto. 
Considere as seguintes afirmativas: 
 
I. No direito brasileiro, não haverá repristinação da lei, salvo disposição 
expressa em contrário. 
II. A lei geral sempre revogará tacitamente a lei especial que tratar de 
matéria pertinente ao mesmo ramo do direito. 
III. Somente haverá revogação tácita da lei quando a lei nova for 
incompatível com a lei anterior. 
IV. Se a lei nova regular inteiramente a matéria de que tratava lei anterior, 
haverá revogação tácita desta. 
V. A lei nova que estabelecer disposição especial a par de lei geral já 
existente não revogará a esta. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) I, II e III. 
b) I, IV e V. 
c) II, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
Comentário: 
Item I correto. A repristinação não é regra no direito brasileiro e não é 
automática. 
 
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Art. 2º, § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de 
que tratava a lei anterior. 
Item II errado. A lei geral, desde que seja compatível e não discipline 
inteiramente a matéria, não revoga nem modifica outra lei. 
Art. 2º. § 2o. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par 
das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Item III errado��&XLGDGR�FRP�D�SDODYUD�³VRPHQWH´�� 
Art. 2º. § 1o. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
Item IV correto. Conforme explicado no item anterior. 
Item V correto. Conforme explicado no item II. 
Gabarito letra B. 
 
36. FCC 2007/TRF 2ª Região/Analista. De acordo com a Lei de 
Introdução ao Código Civil brasileiro, é correto afirmar que 
 
a) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, revoga ou modifica a lei anterior. 
b) a lei começa a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário, 
na data da sua publicação. 
c) nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
d) a lei revogada sempre se restaura quando a lei revogadora tiver 
perdido a vigência. 
e) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. 
 
Comentário: 
Todas as alternativas já foram explicadas em questões anteriores. 
Gabarito letra C. 
 
37. FCC 2007/TJ-PE/OFICIAL DE JUSTIÇA. Com relação à vigência e 
aplicação da lei no tempo e no espaço é correto afirmar: 
 
a) As correções a texto de lei já em vigor, em regra, não são 
consideradas lei nova, tratando-se de meras correções. 
b) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o Brasil 
sessenta dias depois de oficialmente publicada. 
c) A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das 
já existentes, em regra, revoga ou modifica a lei anterior. 
 
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d) Em qualquer hipótese a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue, por expressa determinação legal. 
e) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo para início da vigência começará 
a correr da nova publicação. 
 
Comentário: 
Vamos relembrar. 
Correções a texto de lei já em vigor considera-se lei nova. 
 Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo Brasil 45 
dias depois de publicada. 
Lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes não modifica nem revoga a anterior. 
A revogação pode ser tácita, quando a lei nova

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