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FUNDAMENTAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA - PARTE 1

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FUND. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Aula dia 16/08
O Direito Administrativo dá mais valor ao sentido subjetivo que ao sentido objetivo. Por esse motivo, a Administração Pública no Brasil adota o sentido subjetivo da palavra, uma vez que ela direciona sua preocupação nas pessoas, funcionários públicos no caso. Não importa quem se está prestando o serviço, mas sim, quem está o praticando.
• O que é o Direito Administrativo: é um ramo interno, uma vez que não se preocupa com as relações do Estado com o exterior. E é também um ramo do Direito Público, uma vez que o interesse da coletividade é o que prevalece.
• Objeto de estudo: a preocupação de estudo dentro do Direito adm. advém das escolas que tentaram abordar sobre tal assunto. Dentre elas, se destacou a Escola do Serviço Público, escola está francesa. Ela entendia que o direito adm. deveria estudar tudo o que fosse serviço público. Entretanto essa escola não foi aceita pelo fato de que na franca, serviço público era todo o serviço exercido pelo Estado, diferente do entendimento do Brasil.
A escola adotada pelo direito adm. brasileiro é a escola do critério da administração, pois ela entendia que a análise da adm. publica era exercer a sua atividade corretamente, ou seja, realizando suas funções típicas.
(RJA) – Regime Jurídico Administrativo:
O RJA é um conjunto de regras aos quais a adm. publica deve se submeter a seguir. Ou seja, são prerrogativas e limites impostos a adm. publica. Prerrogativas pois são diferenciais que a adm. publica tem, como por exemplo o desapropriação de um terreno público. E limites pois há determinadas limitações que a adm. pública sofre as quais os particulares não são obrigados a se submeter, como por exemplo a prestação de conta.
Tal regime jurídico administrativo se subdivide em dois princípios:
Supremacia do interesse público: sempre que o interesse privado estiver em conflito com um interesse da coletividade, prevalecerá o interesse da coletividade. (Prerrogativa)
Indisponibilidade do interesse público: não se pode dispor do interesse público. Em caso de dívida por exemplo, a administração pública não pode se recusar a aceitar. (Limite)
Portanto, a administração pública jamais terá o mesmo tratamento que os particulares.
• Princípios: eles podem ser constitucionais ou infraconstitucionais
Os princípios constitucionais já estão previstos dentro da CF.
Estão no artigo 37, caput:
A administração pública direta (já vem da própria CF: União, Estados, DF, Municípios) e
Administração pública indireta (criada pela adm. direta: Autarquias, Fund. Pública, Sociedade de Ec. Mista, Empresa Pública, Consórcio público).
De qualquer poderes da União: legislativo, executivo, judiciário.
Devem obedecer aos princípios LIMPE => legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. Os quatro primeiros representam o nosso sistema burocrático. A eficiência é oriundo de uma emenda.
◘ Legalidade: o respeito à lei. Celso Antônio diz que há três situações em que é permitido ao estado atuar sem previsão legal: 1º medida provisória. 2º estado de defesa. 3º estado de sitio.
◘ Impessoalidade: a impessoalidade da atuação administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando o interesse de agentes ou de terceiros, devendo ater-se à vontade da lei. Qualquer ato praticado com objetivo diverso da satisfação do interesse público será nulo por desvio de finalidade. Exemplo: licitação e nepotismo.
◘ Moralidade: a doutrina enfatiza que a moralidade administrativa independe da concepção subjetiva (pessoa) de conduta moral, ética, que o agente público tenha; importa, sim, a noção objetiva, embora indeterminada, passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de agentes públicos, existentes no ordenamento jurídico. => ART 37 §4 fala sobre improbidade administrativa:
“Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.
Súmula vinculante 13 – nepotismo (obs.: neste caso, há também uma relação com o princípio da impessoalidade, entretanto prepondera o princípio da moralidade)
◘ Publicidade: a publicidade não está ligada à validade do ato, mas sim à sua eficácia, isto é, enquanto não publicado, o ato não estará apto a produzir efeitos.
◘ Eficiência: o objetivo do princípio da eficiência é assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade que os custeia. A eficiência, aliás, integra o conceito legal de serviço público adequado. Exemplo: redução de custos.
Aula dia 23/08 – Princípios infraconstitucionais:
São aqueles implícitos.
◘ Presunção da veracidade e legitimidade: presume-se legítimos e verdadeiros os atos praticados pela administração pública. Essa presunção é relativa e é permitido questionar.
1º consequência: possibilidade da própria administração pública executar seus atos sem autorização judicial.
2º consequência: possibilidade de questionamento uma vez que tal presunção é relativa.
◘ Motivação: a administração pública precisa motivar os seus atos justamente por ela estar atuando em nome da coletividade. É preciso trazer no princípio da motivação além do dispositivo legal também os fatos.
A justificativa da administração p pode ser prévia, anterior ou durante.
Há uma exceção (Art. 37 II CF) que diz respeito à nomeação e exoneração dos cargos comissionados.
O princípio da motivação dá origem à uma teoria chamada de Teoria dos Motivos Determinantes, que diz que a adm. publica precisa motivar com base nas verdades, salvo risco de tornar o ato nulo.
◘ Razoabilidade e proporcionalidade: a administração pública deve encontrar sempre o equilíbrio entre a razoabilidade e a proporcionalidade, não podendo pesar demais nem de menos nas suas decisões.
◘ Finalidade: a finalidade da adm. pública não é trazer um fim para entes privados, mas sim, uma finalidade pública, visando o interesse da coletividade.
◘ Especialidade: a União não pode fazer um anexo em uma determinada entidade que é especialista em determinada coisa. É quando determinado órgão tem determinada especialidade.
◘ Tutela: quando a administração pública (ex: união) direta cria uma entidade da administração pública indireta (ex: Ibama), ela dá origem à uma pessoa jurídica que terá autonomia administrativa. Quando a União cria a entidade, esta torna-se independente e responde se causar dano a alguém, e ainda assim a União continua protegendo/supervisionando esta entidade.
◘ Autotutela: “cuidar de si próprio”. Prevista na Súmula 473 do STF.
Ela é uma correção dos atos praticados pela administração pública. Na tutela há a administração direta supervisionando a administração pública indireta. Na autotutela a própria administração pública se supervisiona. As duas possibilidades de correção dos próprios atos são:
Nulação: é anulável aquele ato que tem vicio de legalidade. Ou seja, não está de acordo com a lei.
Exemplo: um ato que foi praticado por um determinado servidor público que na realidade deveria ser praticado por outro.
- Quem pode anular os atos: iniciativa da própria administração pública e o judiciário (lembrando que o judiciário precisa ser provocado).
- Efeitos: ex-tunc. Uma vez que o vício está na origem, os efeitos são retroativos.
- Prazo de correção: é preciso verificar se o beneficiário do ato ágio de boa ou d má fé.
Revogação: o ato pode até estar de acordo com a lei, contudo o mesmo não é mais conveniente e oportuno.
Obs.: conveniência e oportunidade são analises de mérito. Mérito é diferente de legalidade e é uma análise individual.
O judiciário não pode revogar ato administrativo salvo os atos que ele mesmo produziu. Portanto, só pode revogar atos administrativos quem o praticou.
- Efeitos: ex-nunc. Não retroage pois tudo o que foi praticado anteriormente está de acordo com a lei.
Obs.: nem tudo é revogado por quem praticou. Os casos são:Atos que já extinguiram seus efeitos não se pode revogar.
Atos sequenciais não se podem revogar.
Atos vinculados não se podem revogar. Eles ocorrem sempre que a administração pública praticar previstos já na lei.
Exemplos:
• Poderes Administrativos:
São poderes utilizados, de forma isolada ou conjunta, para que a adm. publica cumpra suas finalidades e atinja os interesses da coletividade. Eles podem ser estruturais e instrumentais. Estruturais são o legislativo, executivo e judiciário, ou seja, são aqueles que estruturam o Estado. Os instrumentais são aqueles que a adm. pública vai utilizar para cumprir suas finalidades.
Alguns autores chamam de poder-dever uma vez que é uma obrigação do Estado de utilizar desses poderes. Uma das características dele é:
- Irrenunciabilidade: ou seja, não se pode abrir mão do seu exercício.
- Obrigação poder-dever:
- Limitação da lei: são limitação que a administração pública sofre para que não haja abuso de poder.
- Vinculado/vinculação: o ato administrativo está vinculado à lei.
- Discricionariedade: escolha com base naquilo que tem previsão legal.
◘ Tipos de poderes (segundo livro de Alexandrino)
Hierárquico:
Disciplinar:
Policia:
Normativo/Regulamentar:
Poder Hierárquico
Poder Polícia
Aula dia 30/08 –
Poder disciplinar
O poder disciplinar (tratando-se de um poder-dever) possibilita à administração pública:
Punir internamente as infrações funcionais de seus servidores
Punir infrações cometidas por particulares a ela ligados mediante algum vínculo jurídico especifico.
Quando a administração pública aplica uma sanção disciplinar a um agente público, essa atuação decorre imediatamente do poder disciplinar e mediante do poder hierárquico. Vale dizer que esse poder disciplinar deriva do poder hierárquico. Ou seja, o superior hierárquico tem a obrigação (quando toma conhecimento) de investigar os fatos, por isso que se trata também de um poder-dever.
O poder disciplinar ≠ poder polícia administrativa: o segundo é o que vai tentar limitar a atuação do particular sempre que o mesmo estiver colocando em risco o interesse da coletividade.
Obs.: poder polícia administrativo ≠ poder polícia judiciário: a ideia da polícia administrativa é não deixar um particular atrapalhar o interesse da coletividade, já o poder polícia judiciário tem a intenção de conter crimes contravenções. As vezes as duas precisão se ajudar.
◘ Poder disciplinar:
- Quem pode sofrer: quem tem vínculo funcional ou contratual. Vai exigir um vínculo entre a pessoa que sofre e o Estado.
◘ Poder polícia adm.
- Quem pode sofrer: todo mundo, inclusive o servidor público.
- Ele pode ser repressivo, preventivo, e fiscalizador.
- Pode ser positivo ou negativo
A doutrina visualiza como negativo, ou seja, como o não fazer. Mas há quem reconheça a positividade do poder polícia, como por exemplo cuidar do passeio público.
- Ele tem quatro atribuições: discricionariedade (ideia de escolha), coercibilidade (imposição), imperatividade, auto executoriedade (a própria adm. vai executar).
Esse poder polícia, poder exercido por entidades de regime de direito público, pode ser derivado ou originário:
Derivado: o exercício do poder polícia ocorre por meio da administração indireta do direito público.
Originário: quando a própria administração pública direta exerce esse poder.
Poder normativo/regulamentar: regulamenta algo que já existe, chamando-se até de ato secundário uma vez que atua sobre uma lei que já existe.
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regulamentar” exclusivamente para designar as competências do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos.
Ele está no artigo 84, IV CF. O poder normativo não pode inovar na ordem jurídica, podendo, portanto, somente regulamentar.
Obs. 1: decretos autônomos, artigo 84, VI CF. - é possível inovar na ordem jurídica através de poder normativo mediante decreto. Ou seja, a Constituição Federal expressamente prevê a possibilidade de serem editados decretos como atos primários.
Organização e funcionamento da adm. federal quando não implicar em aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
A disciplina dessas matérias pode ser objeto de delegação, pelo Presidente da República, a outras autoridades administrativas, nos termos do parágrafo único do art. 84 da CF (ministro do estado, procurador-geral da república, ou advogado-geral da união.)
Obs. 2: Quem tem competência para sustar esses poderes regulamentar do chefe do executivo 	quando ele extrapolar é o congresso nacional (Art. 49 CF).
Aula dia 06/09 – Organização Administrativa
Entidade pública ≠ entidade administrativa
• entidade pública: administração direta. São pessoas jurídicas de direito público interno (art. 41 CC); possuem autonomia administrativa, financeiras e legislativa (ou seja, podem criar leis); será a União, Estados, DF e Municípios.
• entidade administrativa: ela tem como característica alguma especialização (criadas por um motivo específico) e é uma administração indireta uma vez que a mesma é criada pela administração direta. São pessoas jurídicas de direito público e privado (irá depender da natureza da entidade que será criada); possuem autonomia admirativa e financeira; não possuem capacidade legislativa; apresentam o fenômeno da descentralização; são criadas pelos entes federativos; sofrem tutela/controle (não há hierarquia).
Prestação de serviço: podem ocorrer de duas maneiras
Centralização (forma centralizada): prestação de serviço de forma centralizada quer dizer que o próprio ente federativo (exemplo: União) assume e presta uma atividade através dos seus órgãos e agentes públicos.
Descentralização (forma descentralizada): prestação de serviço de forma descentralizada quer dizer que o ente federativo repassa para um terceiro (particular) uma atividade.
- Por outorga: quando a adm. direta cria mediante lei uma entidade de adm. ind. com natureza de direito público e repassa para a mesma uma prestação de serviço. Suas peculiaridades é: transferência também de titularidade; prestação de serviço por tempo indeterminado.
- Por delegação: quando a adm. direta repassa uma prestação de serviço
• mediante contrato: repassa para a iniciativa privada um serviço através de um contato. Primeiramente ele ocorre por meio de uma licitação. Ele *o contrato* tem um prazo determinado, e o município continua sendo responsável pelo serviço (a titularidade ainda é do ente).
• mediante lei *legal*: o ente cria uma entidade administrativa de direito privado (fundação pública de direito privado, sociedade de economia mista, consórcio de natureza privada, empresa pública) para prestar o serviço por tempo indeterminado.
Descentralização ≠ desconcentração: a primeira é quando a administração direta repassa para terceiros prestação de alguma atividade. A segunda é quando é repassado tarefas dentro da própria estrutura interna. O objetivo da desconcentração é a organização. Lembrando que a desconcentração também ocorre na administração indireta.
Características dos órgãos públicos
Os órgãos públicos não são entidades; são meras divisões internas com objetivo de melhor organizar as atividades; são entes despersonalizados e por isso, em regra, não tem personalidade jurídica e não pode ingressar judicialmente; não podem ser partes no processo, em regra; não firmam contratos; podem ter CNPJ para melhor organização fiscal (prestação de contas); são criados e extintos por lei;
OBS EXCEÇÃO no caso de órgãos de defesa do consumidor e órgãos de cúpula. No primeiro, há uma exceção que é dada pelo próprio CDC que, quando o órgão estiver defendendo consumidores, o mesmo poderá ser parte no processo e ingressar judicialmente. No segundo, há a possibilidade de ingressar judicialmente quando tal órgão (órgãos originários da CF) não esteja conseguindo desenvolver suas atividades.
Classificação dos órgãos públicos
• Quanto à pessoafederativa:
 => Federal 
=> Estadual 
=> Distrital 
=> Municipal.
• Quanto à ocupação: 
=> Singular (uma pessoa, ex: Presidente) 
=> Coletivo (grupo, ex: Senado)
• Quanto à hierarquia: 
=> Independente, origem da própria CF (ex: Assembleia, Senado). 
=> Autônomo: atrelado ao independente (ex: Ministérios, Secretarias) 
=> Superior: um grupo mais abaixo (ex: Gabinetes). 
=> Subalterno: zeladorias, departamento pessoal, etc.
• Quanto à atividade prestada pelo órgão: 
=> Controle: que pode ser interno ou externo. Ex: Tribunal de Contas
=> Consultivo: emite parecer/opinião
=> Ativo: executam as atividades
Teorias dos órgãos públicos
◘ Teoria subjetiva: os órgãos seriam representados pelos sujeitos. A extinção do sujeito representa a extinção do órgão.
◘ Teoria objetiva: apenas a presença do órgão, não havendo presença de sujeitos.
◘ Teoria moderna do órgão público: apenas o órgão não funciona, e apenas o sujeito também não encontra respaldo. Portanto, o órgão seria um feixe de atribuições que precisa de sujeitos *agentes públicos, no caso* para serem executados. 
Administração Indireta – Há um grupo de diferentes entidades: autarquias, fundações, sociedade de economia mista, empresa pública, consórcios.
• Características gerais *serve para qualquer uma das entidades citadas acima*
- são entidades (e não órgãos), ou seja, tem “vida própria”.
- são entidades criadas pela administração direta
- tem personalidade jurídica (respondem pelo seus atos).
- tem capacidade administrativa e financeira, mas não tem capacidade legislativa.
- sofre tutela/supervisão, e não hierarquia.
- não há hierarquia com a administração direta. 
- deve seguir os princípios administrativos.
- representam o fenômeno da descentralização e não da desconcentração.
- sofrem fiscalização dos Tribunais de Contas (Art. 70 CF)
- sofre controle do legislativo *exemplo: CPI* e do judiciário.
Autarquias
As autarquias são base as Fundações Públicas de Direito Público (Fundações Autárquicas) e os Consórcios Públicos (Autarquia Associativa)
◘ Criação: Art. 37, XIX CF. As autarquias são criadas e extintas mediante lei especifica.
◘ Objetivo: prestação de serviço de forma especializada.
◘ Regime jurídico: *conjunto de regras aplicadas*. O regime jurídico das autarquias é o mesmo que o da administração direta, ou seja, regime de direito público. Ou seja, todas as prerrogativas, benefícios e limites são exatamente os mesmo que recebe o ente que a criou.
◘ Licitação: art. 34 XXI. Se as autarquias quiserem comprar ou contratar, deve ser por meio de licitação.
◘ Patrimônio: os bens das autarquias serão bens públicos
◘ Vínculo profissional: o vínculo estabelecido é um vínculo estatutário.
◘ Direção:
◘ Exercício da tutela:
◘ Responsabilidade:
◘ Foro judicial:
Aula dia 10/09 – continuação Autarquias
Elas podem ser: comuns; especiais (agências reguladoras); conselhos profissionais; agências executivas.
• Como já foi visto, as autarquias comuns tem como característica: são administração indireta de direito público; serve para exercer uma atividade especifica/descentralizada; não tem finalidade lucrativa; não sofre hierarquia do ente federativo que a criou; criada e extinta por lei; tem todas as prerrogativas, limites e benefícios da adm. direta; o vínculo profissional ocorre mediante concurso público; a pessoa que passar no concurso vai ocupar um cargo e ter estabilidade, atuam em diversas áreas sociais, etc.
• Autarquia Especial (Agência Reguladora)
Não é um tema novo no Brasil, por exemplo, na época da cana de açúcar já existiam instituições (Instituto da Cana de Açúcar) que visavam a regulação.
O que é algo novo no Brasil é a denominação “agência”. Tais agências buscaram inspiração na agências americanas e europeias. No Brasil as agência só passam a ganhar força na década de 90, no governo de Collor e FHC.
Privatização ≠ Descentralização contratual
◘ Objetivo: as agências reguladoras tem por objetivo regular a prestação de serviços públicos desempenhados pela iniciativa privada e ainda regular serviços sociais de grande interesse da população. (Ex.: planos de saúde, ANVISA, e outros).
◘ No Brasil, na esfera federal, há 10 agências reguladoras: ANA, ANATEL, ANP, ANEEL, ANTT, ANTAQ, ANVISA, ANCINE, ANAC, ANS.
Na esfera estadual: AGERBA.
Na esfera municipal (SSA): ARSAL.
◘ ART. 21, XI CF: na Constituição Federal encontra-se a explicação constitucional => OBS: não há uma fundamentação constitucional para as agências reguladoras em si, mas sim para órgãos de regulação na esfera de energia elétrica e petróleo.
◘ As agências reguladoras são conhecidas também de autarquias especiais. As características especiais dessas agências são:
*Lembrar que cargo de direção ocorre por indicação do chefe do executivo*
Mandato fixo à direção terá um prazo estabelecido (AD NUNTUM): só poderá deixar o cargo nas seguintes situações:
Sentença judicial transitada em julgado; renúncia; processo administrativo concluído pela demissão.
O diretor precisa ter um conhecimento técnico e conhecimento na área. Diferentemente das autarquias comuns, em que só se precisa da confiança do chefe do executivo.
Composição de uma diretoria colegiada, com intuito de ampliação de ideias e conhecimento.
Período de quarentena: período de isolamento/afastado que o diretor presidente sofre ao deixar o cargo. Ou seja, quando acaba o mandato de um diretor presidente ele não volta diretamente para o mercado, ficando, portanto, no mínimo 4 meses longe do mercado, e ainda assim recebendo remuneração.
Poder hierárquico impróprio: sofre hierarquia da União
Poder normativo: as agências reguladoras não podem legislar. Mas o legislativo podem conferir a elas espaço para legislar dentro do seu campo de atuação.
Do mais, as agências reguladoras tem as mesmas características das autarquias comuns.
◘ Teoria da cooptação: as agências reguladoras sobrevivem mediante percentual no lucro de quem presta serviço na área. Portanto, as mesmas dependem do lucro de quem presta o serviço. 
Exemplo: Anatel quando aplica e recebe uma multa em alguma empresa de telefonia, o lucro dessa empresa consequentemente irá baixar, e com isso abaixa o percentual da agência reguladora também.
Autarquias qualificadas (Agencias executivas)
São aquelas em que sua essência é de autarquia, entretanto, no decorrer de suas atividades, ela recebe uma qualificação que tem por objetivo melhorar o seu desempenho, dentro de suas próprias atividades.
Para se tornar uma agencia executiva, ou seja, para se obter uma qualificação, é necessário:
Ser autarquia ou fundação: em sua essência.
Apresentar um plano de trabalho ao ministério supervisor
O plano ser aprovado
Firmar com o ministério supervisor contrato de gestão de 1 ano
Exemplo: Transalvador. Caso ela tenha interesse em melhorar a suas atividades e atendimento ao público, seria necessário que ela apresentasse um plano que contivesse propostas e metas a serem cumpridas à secretaria municipal de mobilidade urbana.
Exemplo real: Inmetro. Houve uma qualificação nesta autarquia uma vez em que se viu a necessidade de melhorar a qualidade dos produtos do mercado. Portanto, o serviço que se é prestado pelo Inmetro afeta diretamente a economia do Estado.
• A qualificação da autarquia/fundação como agencia executiva é ato discricionário, ou seja, não há uma obrigação em se aceitar um plano apresentado, ou não.
• Esta qualificação é temporária. Ou seja, quando a agencia executiva deixa de possuir uma qualificação, ela volta a ser uma autarquia/fundação comum.
• Vantagens: celeridade (Lei 8666/93) e eficiência.
Autarquias Profissionais
OBS: autarquia profissional ≠ sindicato: o segundo é formado por trabalhadores.
As autarquias profissionais são conselhos de classe que tem por objetivo regular a prestação de serviço desempenhada pelos profissionais das referidas categorias, ou seja, exercem o poder polícia. Exemplo: CRM, CRO.
O regime jurídicoaplicado é o regime de direito público, ou seja, compras e serviços adquiridos devem ser por meio de licitação, por exemplo.
A OAB, segundo o STJ, segue um regime sue generis, ou seja, é uma entidade diferenciada e especial.
Segundo o STF, a OAB é uma entidade independente. Essa característica lhe é atribuída uma vez que a OAB esteve presente assiduamente nas Diretas Já e construção da Constituição Federal, e, com isso, há esse reconhecimento.
Portanto, a OAB não sofre fiscalização, ela apenas faz uma publicação de suas despesas. Não faz licitação. Não faz concurso público, mas sim indicação. Não pertence à administração indireta. O regime pessoal é celetista. Exerce o poder polícia.
Fundações
Lembrar que há uma distinção entre fundações públicas e fundações privadas, a segunda são criadas por particulares.
• O que caracterizam as fundações sempre será um patrimônio destinado à uma causa social.
Nas fundações públicas é a própria administração pública quem cria. O seu objetivo é atender à alguma área social (educação, saúde, cultura, etc.)
São divididas em:
Fundação Pub. de Direito Público: criada pelo Estado sob regime de direito público. Chamadas também de autarquias fundacionais ou fundação autárquica
Fundação Pub. de Direito Privado: criada pelo Estado sob regime privado. A administração indireta, porém, será submetida também às regras de direito civil.
Consórcios
É a entidade da organização administrativa mais recente uma vez que a lei que os criou é uma lei de 2005.
A proposta de consórcios públicos surgiu com a Emenda 19/98, emenda esta que trouxe o princípio da eficiência. Ser eficiente é prestar um serviço célere e também que diminua custos. Sendo esta a ideia do consorcio.
• Objetivo: juntar esforços que consequentemente reduza custos, em prol de uma demanda social comum (exemplo: educação, saúde, transporte público, saneamento básico, etc.). Quando criado, ele possui independência, sendo portanto uma pessoa jurídica. Ou seja, caso ocorra algo, quem responde é o próprio consorcio, e os entes respondem subsidiariamente.
OBS: consórcio público é criado pela administração pública, ou seja, entes federativos. Exemplos como Integra, Odebrecht, entre outros, esses consórcios serão privados. Portanto, deve-se voltar sempre à origem para identificar.
• Vinculação: pode-se ter um consorcio público entre município, estado, União. Entre Estado e União, entre Estado e Município. Entre municípios, entre estados. Mas nunca entre Estado e União uma vez que precisa da presença do Estado.
Exemplo: criação de policlínicas.
• A lei vai determinar que deve-se ter um prazo estabelecido para a extinção do consorcio. 
Aula dia 20/09 – continuação consórcios 
Lei 11.107/2005
• Previsão constitucional em 19/88: emenda trouxe o princípio da eficiência. 
• Gestão assessorada foi regulada na Lei 11.107/2005. Lei esta que trata dos consórcios públicos em âmbito federal.
• O entes federativos podem firmar consórcios = União, Estados, DF, Municípios.
• O objetivo: reunir esforços para atender uma demanda que é comum. (Área de educação, saneamento básico, pavimentação, etc.) A única situação que não é permitida a criação de consórcio público é com objetivo de explorar economicamente o mercado (exemplo: exploração de gás e petróleo, setor bancário.)
Exemplo de criação de um consórcio: Consórcio chamado PONTE que visa ligar Salvador à Itaparica. Os entes que participam é a União, Estado da Bahia, Salvador e Vera Cruz. Por ser uma pessoa jurídica, qualquer eventualidade quem responde vai responder é PONTE, e subsidiariamente quem respondes são os entes participantes.
Obs.: sem objetivo de lucro não quer dizer que o serviço prestado seja gratuito. No exemplo ilustrado, caso a PONTE cobre pedágio, o lucro obtido não vai ser dividido entre as entidades participantes, mas sim investido na própria manutenção do consórcio PONTE.
• Etapas para a constituição de um consórcio: são divididos em três
Protocolo de intenção: quando os entes federativos manifestam a intenção de participação.
Manifestar a intenção não significa que o ente necessariamente já está consorciado e não possa desistir.
Lei promulgada: cada ente federativo deve promulgar uma lei.
Assinatura por parte dos entes federativo: transformação de contrato de consórcio.
• Contrato de rateio: determina quem vai pagar o que.
• Contrato de gestão: trabalhos que serão designados.
• Caso de retirada de algum ente + entes já contribuídos + ingresso de um novo ente = todas essas possibilidades serão discutidas em uma Assembleia Geral para esse objetivo.
• Responsável legal: será aqueles escolhido em assembleia específica pelos entes. Será um responsável figurativo pois quem vai gerir o consórcio será um gestor comissionado indicado.
• Quem fiscaliza o consórcio: será o tribunal de contas responsável por fiscalizar o ente federativo de qual for o responsável legal eleito.
• Para se trabalhar no consórcio, pode-se abrir um concurso público, REDA, sessão de servidores.
• Regime jurídico: no consórcio aplica-se a CLT.
• Natureza:
Consorcio público de natureza pública: chamada também de autarquia associativa. Regime deve ser a CLT, mesmo sendo autarquia.
Consórcio público de natureza privada: deve seguir todas as regras de constituição de uma pessoa jurídica prevista no Código Civil.
OBS: Quando o consorcio público tiver natureza pública, todos os entes participantes vão incluir o consorcio público na sua administração direta.
Quando o consorcio público tiver natureza privada, o legislador silenciou.
Empresas Estatais
São formadas por Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.
• Diferenças:
1º capital: • a empresa pública o seu capital é 100% público. Ser 100% público não significa que o capital necessita ser integralmente de um único ente público, pelo contrário, pode haver mistura, inclusive da administração indireta (ente público + uma autarquia), o que não se pode ter é a presença de um capital privado.
• na sociedade de economia mista há a presença de capital público e privado, podendo ser tanto empresas como pessoas físicas. Exemplo: banco do brasil, Petrobras.
Obs.: mais de 51% das ações com direito a voto (que direcionam o rumo da empresa) devem estar na mão da administração pública.
2º • empresas públicas possuem foro judicial (Art. 109 da CF)
(incompleto)

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