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AÇÃO DE DANOS MATERIAIS E DANOS MORAIS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9° UNIDADE DO 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE FORTALEZA – CEARÁ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
REGINALDO LÚCIO DOS SANTOS, brasileiro, casado, cortador (gráfico), portador 
do RG 2001098049606 e CPF 00462895343, residente e domiciliado na Av. Ananias 
Alexandre 80, casa 8 – Curicaca, CEP: 61601- 715. Caucaia- Ceará, email 
rluciosantos@hotmail.com, vem à presença de Vossa Excelência por sua procuradora ao 
final firmado com procuração anexa, com endereço profissional na Rua Júlio César, 
nº1620, Montese, CEP: 604253-50, email cibelefaustino@gmail.com, ajuizar AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS em face de MP 
CONSÓRCIOS CONTEMPLADOS, pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no 
CNPJ 21.450.513/0001-74, com sede na Trajano Alves de Aguiar 121- b (a empresa fica em 
cima e a casa do dono da empresa embaixo), Cidade dos Funcionários, CEP 60822- 060, 
email sac@mpcontemplados.com.br , pelas razões fáticas e jurídicas que a seguir passa a 
expor: 
 
 
 
 
 
 
INICIALMENTE 
 
Ab initio, requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser pobre na forma 
da lei, não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua 
família, tudo com fundamento na Lei 1.060/50 e na própria Carta Magna, art. 5º, LXXIV. 
 
 
DOS FATOS 
 
O Autor em Dezembro com o recebimento do seu décimo terceiro salário 
gostaria de comprar um carro e assim por indicação de um amigo procurou o Sr. Ronaldo 
para fazer um financiamento. Ocorre que ao ser abordado foi informado que conseguiria 
um bom financiamento, contudo precisaria da entrada de R$ 3.000,00 (três mil reais) 
conforme consta em anexo o recibo de pagamento no dia 5 de janeiro de 2015. 
Dias depois o vendedor apareceu alegando que precisaria de mais R$ 
3.500,00 (três mil e quinhentos reais) para conseguir o carro, conforme consta em anexo no 
recibo de 7 de janeiro de 2015, e não teve notícias, após várias ligações para o vendedor, 
este informa ao Promovente que ele não foi contemplado e que se tratava de consórcio. 
Sabendo dessa informação, o Autor relata que não tem interesse em consórcio, pois 
havia pagado as quantias solicitadas que se referem há um financiamento e não 
consórcio. Querendo assim, receber a quantia paga que totalizava o valor de R$ 
6.500,00 (seis mil e quinhentos reais). 
O vendedor entrega o contrato e os boletos ao Autor alegando caso 
ele não assine perderá o que já havia pago. Inconformado com o serviço prestado de 
forma irregular, o Autor entrou em contato várias vezes com o dono da empresa 
Demandada o Senhor Marcos Paulo para efetuarem o cancelamento do contrato. 
Entretanto, a informação que obtinha era que se tratava de um consórcio, e que o 
problema não poderia ser resolvido. 
Todavia, o Promovente recebeu o carnê de pagamento dos próximos 
pagamentos no valor de R$ 718,00 (setecentos e dezoito reais). Nesse ínterim, o Autor fez 
um BO na delegacia dia 04 de maio de 2015. 
 
Destaque-se que o objetivo da compra pelo Autor foi de financiamento de 
carro e não consórcio. Informo que por diversas vezes, em função da má prestação do 
serviço, o Promovente tentou resolver a situação. 
Além do dano material vivido pelo Autor, o mesmo sofreu nítido dano 
moral, pela má prestação do serviço e pelo descaso dispensado ao Promovente quando já 
ciente do vício do contrato. 
Assim, sem alternativa, recorre ao Poder Judiciário. 
DO DIREITO 
 
Nessa relação jurídica de consumo não foi dada a oportunidade ao 
Requerente de ver o conteúdo do contrato anteriormente, induzindo a erro para adquirir 
um produto ao qual não tinha conhecimento, assim de acordo com o art. 46 do CDC: 
“Art. 46 (...) 
 
Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não 
lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos 
forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance. 
 
Como bem sabe esse nobre julgador, é direito da Promovente, por tudo que 
padeceu, a indenização do dano. O direito antes assegurado apenas em leis especiais e, para 
alguns, no próprio Código Civil, hoje está estabelecido em nível constitucional, haja vista o 
que dizem os incisos V e X do art. 5 da CF/88, in verbis: 
 
“Art. 5 (...) 
 
V– É assegurado o direito de reposta proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou á imagem. 
 
X – São invioláveis a intimidade, a vida provada, a honra e imagem 
das pessoas assegurado o direito de indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação.” 
 
 
Conforme tem entendido nossa doutrina e jurisprudência pátrias, a 
indenização do dano moral é a única forma de tentar diminuir o sofrimento e a dor daquele 
que vem a ter sua honra maculada, sendo desnecessário qualquer prova de sua repercussão, 
basta o ato em si. 
 
O Código Civil, dispondo sobre o ilícito civil, informa que: 
 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.” 
 
“ART. 927. AQUELE QUE, POR ATO ILÍCITO, (ARTS. 186 E 
187), CAUSAR DANO A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARÁ-
LO.” 
 
Indiscutível a aplicação do Código de Defesa do Consumidor a este caso 
concreto, por se tratar de relação de consumo existente entre as partes integrantes deste 
feito, conforme dispõe o artigo 3º do Diploma Legal ora invocado: 
“Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, 
que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços.” 
 
Isso aliado ao prescrito no artigo 6º, VI do mesmo Código gera, sem 
sombra de dúvidas, a obrigação da Ré de indenizar o Autor pelos danos que lhe causou. 
 
“Art. 6º São direitos do consumidor: 
 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos.” 
 
Para o Relator Juiz Octaviano Santos Lobo do 1º TACSP: 
 
“Dano moral. Reparação que independe da existência de seqüelas somáticas. 
 
Inteligência do art. 5 º, V, da CF e da Súm.37 do STJ. Ante o texto 
constitucional novo é indenizável o dano moral, sem que tenha a norma (art. 
5º, V) condicionado a reparação à existência de seqüelas somáticas. Dano 
moral é moral”. (1º TACSP – EI 522.690/8-1 – 2 º Gr. Cs – Rel. Juiz 
Octaviano Santos Lobo – j. 23.06.94) (RT. 712/170) 
 
O Ministro Oscar Correa, em acórdão do STF (RTJ 108/287), ao falar 
sobre dano moral, bem salientou que “não se trata de pecúnia doloris, ou pretium doloris, que se não 
pode avaliar e pagar; mas satisfação de ordem moral, que não ressarce prejuízo e danos e abalos e 
tribulações irreversíveis, mas representa a consagração e o reconhecimento pelo direito, do valor da 
importância desse bem, que é a consideração moral, que se deve proteger tanto quanto, senão mais do que os 
bens materiais e interesses que a lei protege”. Disso resulta que a toda injusta ofensa ao patrimônio 
moral deve existir a devida reparação. 
 
Neste sentido, sem nenhuma dúvida, o Demandante foi ofendido em sua 
honra. Como também é certo que sua honra não tem preço, mas o direito lhe assegura um 
ressarcimento justo, na conformidade do previsto no ordenamento jurídico pátrio. 
Diante do relato dos fatos e da prova dos mesmos, fica mais que evidente 
toda aflição e o transtorno sentido pelo Promovente, ante o abuso e má fé cometidospelo 
Demandado, não restando, concessa venia, outro meio ao poder judiciário senão aplicar 
uma condenação consistente na reparação dos danos materiais e morais sofridos pelo 
Autor. 
 
 
DO PEDIDO 
 
Diante dos fatos alegados, requer que se digne V. Exa de: 
 
1) Citar a parte Ré para comparecer à audiência de conciliação e, em 
sendo o caso, apresentar contestação, sob pena de revelia; 
2) Pedir a anulação do contrato de acordo ao art. 46 do Código de 
Defesa do Consumidor; 
 
3) Pedir o cancelamento das parcelas vencidas e vincendas do carnê e 
não inclusão do nome do Promovente no CPC e SERASA por falta 
de pagamento; 
 
4) Julgar procedente o pedido desta ação, condenando a parte 
Demandada ao pagamento de danos materiais, no valor de 
R$6.500,00 (seis mil e quinhentos reais); e a título de ressarcimento 
de danos morais, valor não inferior a 10 (dez) salários mínimos, hoje 
equivalente a R$8.800,00 (oito mil e oitocentos reais), valores estes 
devidamente atualizados com juros e correção monetária; 
 
5) Decidir pela condenação da Promovida no pagamento das verbas de 
sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, 
estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, 
tudo isso como medida de DIREITO e de extrema JUSTIÇA. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em 
Direito, tais como depoimento de testemunhas, juntada de documentos, depoimentos 
pessoais, sem prejuízo, entretanto, nos termos do inciso VIII do art. 6º do Código de 
Defesa do Consumidor, da aplicação da inversão do ônus da prova, o que de logo requer. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 15.300,00 (quinze mil e trezentos reais). 
Nestes termos, pede deferimento. 
Fortaleza, 08 de setembro de 2015. 
 
 
CIBELE FAUSTINO DE SOUSA 
Advogada OAB-CE 28.696 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS 
 
FRANCISCO WELLYSON ALBUQUERQUE MOREIRA, BRASILEIRO, CASADO, 
RESIDENTE E DOMICILIADO NA AV. FRANCISCO SÁ, Nº 3572 BLOCO T AP 
303 - CARLITO PAMPLONA, FORTALEZA – CE. 
 
 
JOSÉ JARDES DO CARMO NEPOMUCENO, SOLTEIRO, OPERADOR DE 
MÁQUINA DE CUSTURA GRÁFICA, RSIDENTE E DOMICILIADO À RUA 
MARACATIARA 435B - CONJUNTO MARECHAL RONDON, CAUCAIA – CE.

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