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apostila Fundamentos de Enfermagem FAETEC 2019

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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ENFERMAFEM 
Só depois da era de Florence Nightingale foi que a enfermagem começou a 
ser identificada e conceituada como ciência e como arte. 
Ciência, porque exige comportamentos científicos que permitem ordenar, 
sistematizar e estabelecer princípios e leis. Exemplos: Princípios básicos de 
esterilização, assepsia e antissepsia. 
Arte, porque requer habilidades para o desempenho da profissão. 
Profissão humanista que conduz a compreensão do homem procurando 
satisfazer às suas necessidades básicas na saúde e na doença. 
O homem é parte integrante e ativa de uma sociedade, razão pela qual a 
enfermagem é abrangente, prestando assistência ao paciente, à família, na escola, 
na fábrica e na comunidade. 
A ciência e a arte da enfermagem têm por objetivo: 
- A promoção da saúde pela prevenção da doença por meio de 
educação. 
- Recuperação e reabilitação do paciente através da assistência integral 
na doença 
- Pesquisa, pelas observações, experiências e o avanço tecnológico, 
que ocasiona as mudanças no campo da ciência. 
 
Histórico 
Por muitos séculos a enfermagem foi exercida de maneira empírica pelas 
mães, sacerdotes, feiticeiros e religiosos; e em quase todas as civilizações antigas, 
não é mencionado o trabalho do enfermeiro no cuidado aos doentes. 
A enfermagem moderna iniciou-se em 1854 com a atuação de Florence 
Nightingale na Guerra da Criméia. Ao final da guerra, esta retornou à Inglaterra 
fundando uma escola de enfermeiras no Hospital São Tomás. 
No Brasil, a enfermagem foi exercida durante muitos anos pelos religiosos da 
Companhia de Jesus, Irmãs de Caridade, voluntários e outros leigos. No século XIX, 
2 
 
durante a Guerra Brasil-Paraguai, Ana Néri, uma senhora baiana, foi cognominada 
“mãe dos brasileiros”, devido ao seu trabalho junto aos feridos de guerra. 
Outros fatores decisivos para o progresso da enfermagem brasileira foram: 
Fundação da Escola Alfredo Pinto no Rio de Janeiro, Programa de enfermeiras 
visitadoras, iniciado por Carlos Chagas, fundação da Escola Ana Néri, 
regulamentação profissional e outros. 
 
Equipe de Enfermagem 
 
Para o desenvolvimento da assistência ao paciente, os membros da equipe 
de enfermagem devem trabalhar em cooperação, mas respeitado as funções da 
cada um. 
A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, regulamenta o exercício profissional 
da enfermagem; de acordo com esta lei, a enfermagem é exercida pelo: 
- Enfermeiro: é um profissional de nível universitário que exerce todas as atividades 
de enfermagem, cabendo-lhe: 
Privativamente: organização e direção dos serviços de enfermagem; planejamento, 
organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de 
enfermagem; consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre assuntos de 
enfermagem; consulta e prescrição de enfermagem; cuidados diretos de 
enfermagem a pacientes graves; cuidados de enfermagem de maior complexidade 
técnica. 
Como integrante da equipe de saúde: participação no planejamento, 
execução e avaliação da programação de saúde e dos planos assistenciais de 
saúde; prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública 
e em rotina aprovada pela instituição de saúde; participação em projetos de 
construção e reforma de unidades de internação; prevenção e controle de danos da 
infecção hospitalar, de doenças transmissíveis; assistência de enfermagem a 
gestante, parturiente e puérpera; educação em saúde. 
 
- Técnico de Enfermagem: Possui ensino médio completo e a parte 
profissionalizante poderá desenvolver-se em curso regular ou supletivo. Exerce 
3 
 
atividades de nível médio, envolvendo orientações acompanhamento do trabalho de 
enfermagem em e participação da assistência de enfermagem. 
 
- Auxiliar de Enfermagem: Possui o ensino fundamental e a parte profissionalizante 
em curo posterior. Exerce atividade em nível auxiliar, na manutenção da higiene e 
conforto. 
 
Entidades de Classe 
 
- Órgão Cultural: Seu objetivo principal é promover junto aos profissionais o 
aprimoramento científico-cultural e seu desenvolvimento profissional. Esta função é 
exercida pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) 
- Órgão Disciplinador: É uma autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho, 
abrangendo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e o Conselho Regional 
de Enfermagem (COREN). 
- Órgão Reivindicatório: O Sindicato dos Enfermeiros representa e reivindica os 
direitos trabalhistas. 
 
O ambiente hospitalar 
 
O Hospital 
 
A palavra “hospital” vem de ​hospes, ​que significa hóspede. No conceito atual, 
essa palavra não perdeu o seu significado, visto que os pacientes no hospital não 
deixam de ser hóspedes em busca de saúde. 
O hospital é uma instituição destinada ao diagnóstico e tratamento de internos 
externos, servindo ao mesmo tempo para: prevenção, promoção, pesquisa e ensino. 
O hospital deve estar localizado longe de qualquer tipo de poluição. A beleza 
arquitetônica e a paisagem os tornam mais atraentes e convidativos para o paciente. 
De um modo geral, a administração hospitalar moderna é uma ocupação que 
se realiza com base nos conhecimentos técnico-científico, na colaboração e no 
trabalho democrático de todos que integram a equipe. 
4 
 
 
Os hospitais são classificados sob vários aspectos: 
I - Quanto o ponto de vista clínico, podem ser: 
- Gerais: são aqueles que recebem todos os enfermos com patologias diversas. 
- Especializados: são destinados a internar e prestar cuidados específicos. 
 
II - Quanto o ponto de vista administrativo: 
- Federais 
- Estaduais 
- Municipais 
- Privados 
 
III – Quanto ao número de leitos: 
- Pequeno porte: até 50 leitos 
- Médio porte: de 51 a 150 leitos 
- Grande porte: de 151 a 499 leitos 
- Extra porte ou porte especial: acima de 500 leitos 
 
O PACIENTE 
 
O Prontuário 
É um conjunto de documentos escritos, formulários padronizados, destinado a 
registros da assistência prestada ao cliente, desde a sua admissão até sua alta ou 
óbito. 
 
Finalidades do Prontuário 
 
- Registrara toda assistência prestada ao cliente durante o período de internação; 
- Documentar a vida do cliente sob o ponto de vista clínico, facilitando tratamento 
atual e futuro; 
- Oferecer importante subsídio à justiça, para instruir um processo jurídico; 
5 
 
- Propiciar um excelente campo de pesquisa, estudo e aprimoramento aos 
profissionais (médicos, enfermeiros, estudantes, etc...); 
- Servir como embasamento para o médico e enfermeiro planejar a abordagem 
diagnóstica e terapêutica do cliente; 
- Servir como forma de comunicação aos profissionais envolvidos na assistência ao 
cliente; 
- Servir como fonte de auditoria de enfermagem e médica; 
- Constituir fonte de informações estatísticas usada pelo governo na pesquisa sobre 
o estado de saúde da população, bem como condições de saúde do Município, 
Estado e País; 
- Servir como fonte de dados para prevenção e controle das infecções hospitalares. 
 
Componentes principais de um Prontuário- Formulário de admissão/internação/identificação (deve conter: nome completo, 
endereço, telefone, data e hora da admissão, sexo, estado civil, cor, religião, data de 
nascimento e idade, nome e telefone de responsável, profissão, diagnóstico, setor 
de internação, quarto e leito); 
 
- Formulário de anamnese (é destinada ao registro da história pessoal do cliente 
como as condições atuais, patologias anteriores, história familiar, queixas. Pode ser 
preenchida tanto pelo médico como enfermeiro); 
 
- Formulário de evolução multiprofissional (é destinado ao registro diário do estado 
do cliente pelos profissionais responsáveis pela assistência do cliente como 
médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas); 
 
- Exames complementares e seus respectivos resultados 
 
- Formulário de descrição cirúrgica; 
 
- Partograma (em obstetrícia); 
6 
 
 
- Anestesia – ficha de avaliação pré-anestésica, ficha de anestesia, ficha da sala de 
recuperação pós-anestésica; 
 
- Formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gastos de sala); 
 
- Formulário de parecer de especialistas (é destinada a solicitação de avaliação de 
outro médico de especialidade diferente como ginecologista, pneumologista); 
 
- Formulário da C.C.I.H.( é um formulário que auxilia no controle da infecção 
hospitalar dentro da instituição); 
 
- Formulário de prescrição (é um formulário destinado a prescrição de medicamentos 
feita pelo médico ou prescrição de cuidados feitos pelo enfermeiro, para o 
tratamento do cliente); 
 
- Formulário de relatório de enfermagem (é destinado aos registros de enfermagem 
ou anotações de enfermagem e é de responsabilidade de toda equipe que compõe a 
enfermagem e que presta os cuidados de enfermagem como enfermeiro, técnico e 
auxiliar de enfermagem); 
 
Manuseando o Prontuário do Cliente 
 
A enfermagem manuseia toda a documentação referente ao cliente durante 
24 horas que o assiste, sendo adotadas algumas normatizações para o seu uso. 
O aprazamento das medicações é de responsabilidade da enfermagem, e 
deve ser de acordo com a prescrição médica. 
 
Horário Padrão 
 
2/2h 10 12 14 16 18 20 22 24 02 04 06 08 
7 
 
4/4h 10 14 18 22 02 06 
6/6h 12 18 24 06 
8/8h 14 22 06 
12/12h 10 22 
1x/ dia 10 
1x/noit
e 
 22 
 
Distribuir os horários na prescrição médica utilizando tinta azul para os 
horários das 07 às 19h e tinta vermelha para os horários das 19 às 07h. 
 
Dicas: 
- Transcrever a dieta em vermelho; 
- Circular em azul o horário de medicação que não foi administrada por impedimento 
justificável. Ex.: cliente ausente, medicação suspensa impossibilidade de deglutir; 
- Circular em vermelho o horário de medicação que não foi administrada por erro, 
esquecimento; 
- Checar todo medicamento que foi administrado colocando o nome sobre o horário. 
Os horários em azul são checados em vermelho e os horários em vermelho são 
checados em azul; 
- Fazer tabela de balanço hídrico e sinais vitais 
Exemplo: 
Controle de diurese 
HORA ENTRADA SAÍDA 
12h 
18h 
24h 
06h 
8 
 
TOTAL 
 
Controle de sinais vitais 
HORA PA P T R ASS. 
12h 
18h 
24h 
06h 
 
Estes horários são padrão, porém eles podem ser alterados de acordo com as 
normas da instituição e com as necessidades do cliente. 
 
 
 
 
Evolução ou Anotações de Enfermagem 
 
No desenvolvimento de seu trabalho, a enfermagem utiliza-se da 
comunicação verbal e escrita. Através da comunicação verbal são repassadas 
informações gerais e detalhadas no momento da passagem de plantão, feita a cada 
troca de turno, aos elementos da equipe de enfermagem que darão continuidade ao 
trabalho. 
Pela comunicação escrita são registradas todas as informações sobre o 
cliente de modo que nenhum dado importante se perca. Para tanto o registro adquire 
um caráter formal orientado por princípios e normas que garantam a sua qualidade. 
Nas anotações de enfermagem serão registrados todos os procedimentos 
e/ou cuidados prestados ao paciente, quando realizados por profissionais de nível 
médio de enfermagem (técnicos e auxiliares de enfermagem), deverão ser prescritos 
por profissionais habilitados e capacitados (enfermeiro/médico) e/ou constar em 
manual de rotina da instituição. 
A Evolução de enfermagem é realizada privativamente pelo enfermeiro. 
9 
 
 
Como Realizar as Anotações 
 
- As anotações devem ser exatas sendo feitas com precisão e veracidade; 
- Anotações breves, objetivas e completas; 
- Anotações LEGÍVEIS sempre usando caneta; 
- Identificar ao final de cada anotação o nome e o número de registro no COREN de 
forma que seja imediata a identificação de quem procedeu o registro. Não colocar 
rubrica ou abreviar o nome. 
- Registra as ocorrências cronologicamente; 
- Incluir data e hora em todas as anotações; 
-Usar terminologia correta e termos ou abreviaturas padronizadas. Ex.: IM, ECG, RX. 
- O prontuário é um documento de manutenção permanente pelos estabelecimentos 
de saúde. Ele pode ser, posteriormente, utilizado pelos interessados como meio de 
prova até que transcorra o prazo prescricional de 20 (vinte) anos para efeitos de 
ações que possam ser impetradas na Justiça 
 
 
Obs.: o nome completo da paciente deve constar em todas as folhas do 
prontuário. 
 
Cuidados com o prontuário 
- NÃO Escrever à lápis 
- NÃO Usar líquido corretor 
- NÃO Deixar folhas em branco 
- NÃO Fazer anotações que não se referem ao paciente; 
- Não rasurar no prontuário; 
- Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação; 
 
Livro de Ocorrência 
10 
 
Tem por finalidade registra os fatos de ordem administrativa, referente a 
unidade em geral, ou relacionados ao cliente, os quais não poderiam ser registrados 
no prontuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TECNICA 
Nome: Enf
Clínica: Pro
DATA PRESCRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM 
Diurno 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
NOÇÕES DAS PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
A terapia farmacológica faz parte da assistência prestada a clientes por 
membros da equipe de saúde. Portanto, é parte das funções de enfermagem. A 
enfermagem deve conhece e compreender as ações dos medicamentos de forma a 
garantir o seu efeito terapêutico bem como evitar ou, pelo menos diminuir os efeitos 
colaterais. 
 
Vias de Administração de Medicamentos 
Vias enterais 
- Via oral 
- Via Sublingual 
- Via Gástrica 
- Via Retal 
 
Vias parenterais 
- Via Intradérmica- Via subcutânea 
- Via Intramuscular 
- Via Endovenosa 
 
Outras vias 
- Via Vaginal 
- Via Cutânea ou tópica 
- Via Nasal 
- Via Ocular 
- Via Auricular 
 
 
MEDIDAS DE PRECAUÇÃO 
 
Noções de assepsia 
Assepsia – ​conjunto de meios empregados para destruir os agentes de infecção 
que pode ser realizado através da limpeza, desinfecção, degermação, antissepsia e 
esterilização. 
 
14 
 
O controle das infecções hospitalares (IH) constitui um dos maiores desafios do 
sistema de saúde, dentro da premissa básica de não causar danos ao paciente. 
Diversos estudos apontam para a possibilidade de redução de 30 a 70% na 
ocorrência destas infecções, identificando os programas de monitoramento como 
uma das principais ferramentas para o controle dessa situação. 
Para a investigação de tais infecções foi constituído em todo hospital uma 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que é formada por uma equipe 
multiprofissional. 
Na maior parte dos hospitais, o pessoal diretamente ligado ao controle de 
infecções – em geral enfermeiros – assume a responsabilidade cotidiana pela 
vigilância e outros aspectos relacionados ao controle de infecções. Apesar de termos 
variações de responsabilidades entre diversos hospitais, as atividades tipicamente 
incluem: 
o Ensinar o pessoal do hospital a importância de uma correta lavagem das 
mãos entre contatos com os clientes( a maneira mais eficiente para reduzir o 
risco de infecções) 
o Avaliar o cliente quanto a presença de infecções e tomar precauções 
adequadas contra contaminações e contágios. 
o Desenvolver normas para o controle de infecções, instruir o pessoal 
operacional e monitorizar os procedimentos de isolamento. 
 
Lavagem das Mãos 
 
As mãos são as principais vias de transmissão de infecção hospitalar e sua 
adequada lavagem é fundamental para o seu controle. 
 
Quando lavar as mãos? 
o Após qualquer trabalho de limpeza; 
o Ao verificar sujeira visível nas mãos; 
o Antes ou após utilizar o banheiro; 
o Após tossir, espirrar ou assoar o nariz; 
o Antes ou após atender o cliente; 
15 
 
o Antes de iniciar e após o término do dia de trabalho; 
o Antes do preparo de medicação; 
o Sempre que houver contato com sangue ou outros fluídos corpóreos. 
o Antes e após se alimentar 
 
Procedimento 
o Abrir a torneira com a mão dominante e molhar as mãos sem encostar na pia. 
o Ensaboar as mãos friccionado-as por aproximadamente 15 a 30 segundos, 
atingindo palma, dorso das mãos, espaço interdigitais, polegar, articulações, 
unhas e extremidades dos dedos e por ultimo o punho. 
o Enxaguar as mãos. 
o Enxugar com papel toalha ( 2 folhas são o suficiente). 
o Fechar a torneira utilizando o papel toalha. 
 
Observação 
Evitar o uso de jóias, elas são possíveis depósitos de microrganismos. 
Não se utiliza toalhas de tecido para secar as mãos em ambiente hospitalar. 
Não sentar no leito do cliente, pois pode-se carregar germes para casa ou 
deixar no próprio leito do cliente. 
Manter o jaleco sempre abotoado, sua finalidade é a própria proteção, 
funciona como barreira, isolando os seus germes dos germes hospitalares. 
Utilizar álcool gel a 70% para a assepsia das mãos. 
 
Uso de Luvas Estéril e de Procedimento 
 
Uma das barreiras utilizadas para o controle da disseminação de 
microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas 
para proteger de contaminação tanto o paciente como o profissional. 
 
Tipos de Luvas 
16 
 
o Luvas esterilizadas: denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para 
realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril – 
cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, etc. 
o Luvas de procedimento: são limpas, não estéreis. Utilizada para proteger o 
profissional durante a manipulação de material e superfícies contaminados, 
ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, 
fluídos corpóreos e secreções. Nenhum cuidado para calçá-las, porem devem 
ser removidas como a luva estéril para evitar que o profissional se contamine. 
 
Calçar as luvas estéreis 
o Abrir o pacote de luva posicioná-la com a palma da mão virada para cima; 
o Com a mão direita, levantar a parte de cima do pacote, e com a mão 
esquerda retirar a luva pela parte interna do punho; 
o Calçar a luva na mão direita, atentando para não contaminar a sua parte 
externa; 
o Com a mão esquerda, levantar a parte de cima do pacote à esquerda e 
colocar a mão direita (enluvada) dentro do punho dobrado; 
o Calçar a luva na mão esquerda com cuidado para não contaminar a mão 
enluvada; 
o Ajeitar as luvas externamente com as mãos enluvadas; 
o Após o uso, retirar a luva de uma mão puxando-a externamente sobre a mão, 
virando-a pelo avesso. Quando a outra mão enluvada segurá-la pela parte 
interna, puxando-a e virando-a pelo avesso. 
 
 
CONTROLES 
 
Medidas Antropométricas 
 
Os dados antropométricos são largamente utilizados nas unidades de saúde e 
o profissional de enfermagem deve estar atento às suas variações, comparando-os 
aos valores anteriormente obtidos. 
17 
 
No hospital, as medidas de peso e altura devem ser obtidas no ato da 
internação. Certas doenças ou tratamentos podem provocar oscilações rápidas e 
frequentes de peso, por retenção ou perda de líquidos do organismo. Nesses casos, 
há necessidade de controle mais frequente. 
Quanto ao paciente acamado, seu controle de peso é feito por intermédio de 
balanças especiais (cama-balança). 
 
Medindo a altura e o peso no adulto 
 
Material necessário: 
o papel para forrar a plataforma da balança 
o bloco para anotações 
o caneta 
o balança 
 
Procedimento 
 
o A balança a ser utilizada deve ser previamente aferida (nivelada, ​tarada​*​) 
para a obtenção de valores mais exatos e destravada somente quando o 
paciente encontra-se sobre ela. 
o O piso da balança deve estar sempre limpo e protegido com papel-toalha, 
evitando que os pés fiquem diretamente colocados sobre ele. 
o Para prevenir a ocorrência de quedas, fornecer auxílio ao paciente durante 
todo o procedimento. 
o O paciente deve ser pesado com o mínimo de roupa e sempre com peças 
aproximadas em peso. 
o Para obter um resultado correto, deve ser orientado a retirar o calçado e 
manter os braços livres. 
o Após ter se posicionado adequadamente, o profissional deve deslocar os 
pesos de quilo e grama até que haja o nivelamento horizontal da régua 
graduada; a seguir, travar e fazer a leitura e a anotação de enfermagem. 
o Em pacientes internados, com controle diário, o peso deve ser verificado em 
jejum, sempre no mesmo horário, para avaliação das alterações. 
18 
 
o Para maior exatidão do resultado na verificação da altura, orientar o paciente 
a manter a posição ereta, de costas para a haste, e os pés unidos e 
centralizados no piso da balança. 
o Posicionar a barra sobre a superfície superior da cabeça, sem deixar folga, e 
travá-la para posterior leitura e anotação. 
 
* Para se tarar uma balança, faz-se necessário soltar a trava, colocar os pesos 
de quilo e grama no zero e observar o nivelamento do fiel da balança com a 
marca na trava. Quando há desnivelamento,movimenta-se o calibrador até o 
nivelamento. Em todo esse processo não deve haver nada sobre a balança. 
 
Sinais Vitais 
 
São medidas que nos fornecem dados fisiológicos indicando as condições de 
saúde da pessoa. Os sinais vitais indicam a verificação da temperatura, pulso, 
respiração e pressão arterial. 
 
Temperatura 
Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem 
a produção ou perda de calor, mantendo nosso organismo com temperatura mais ou 
menos constante, independente das variações do meio externo. A temperatura 
corporal está intimamente relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um 
processo de liberação de energia através das reações químicas ocorridas nas 
células. 
Diversos fatores de ordem psicofisiológica poderão influenciar no aumento ou 
diminuição da temperatura, dentro dos limites e padrões considerados normais ou 
fisiológicos. Desta forma, podemos citar o sono e repouso, emoções, desnutrição e 
outros como elementos que influenciam na diminuição da temperatura; e os 
exercícios (pelo trabalho muscular), emoções (estresse e ansiedade) e o uso de 
agasalhos (provocam menor dissipação do calor), por exemplo, no seu aumento. 
19 
 
Há ainda outros fatores que promovem alterações transitórias da temperatura 
corporal, tais como fator hormonal (durante o ciclo menstrual), banhos muito quentes 
ou frios e fator alimentar (ingestão de alimentos e bebidas muito quentes ou frias). 
 
 
Locais para a verificação da temperatura 
o Oral 
o Axilar 
o Retal 
 
Valores Normais e Suas Variações 
o Temperatura axilar: 35,8ºC – 37,0ºC 
o Temperatura oral: 36,3ºC – 37,4ºC 
o Temperatura retal: 37,0ºC – 38,0ºC 
 
As principais alterações da temperatura são: 
o hipotermia - temperatura abaixo do valor normal; 
o normotermia - temperatura dentro dos valores normal; 
o hipertermia - temperatura acima do valor normal; 
o febrícula - temperatura entre 37,2oC e 37,8oC. 
 
Material necessário: 
o bandeja 
o termômetro clínico 
o bolas de algodão seco 
o álcool a 70% 
o bloco de papel 
o caneta 
 
Procedimento 
o Lavar as mãos; 
20 
 
o Informar ao cliente o que será feito; 
o Reunir o material; 
o Zerar a temperatura do termômetro; 
o Colocar o termômetro na área a ser verificada a temperatura; 
o Esperar aproximadamente 4 minutos; 
o Retirar o termômetro segurando pela haste; 
o Verificar a temperatura pelo mostrador da coluna de mercúrio; 
o Realizar a desinfecção do termômetro com álcool 70%; 
o Anotar o resultado no prontuário. 
 
Cuidados durante a aferição da temperatura corporal: 
o avaliar esta possibilidade observando-se os aspectos que podem interferir na 
verificação, como estado clínico e psicológico do paciente, existência de 
lesões, agitação, etc. 
o O bulbo do termômetro deve ser colocado sob a axila seca e o profissional 
deve solicitar ao paciente que posicione o braço sobre o peito, com a mão em 
direção ao ombro oposto. 
o Manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando que duas leituras 
consecutivas com o mesmo valor reflete um resultado bastante fidedigno. 
o Para a leitura da temperatura, segurar o termômetro ao nível dos olhos, o que 
facilita a visualização. 
o Após o uso, a desinfecção do termômetro deve ser realizada no sentido do 
corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do mais limpo para o mais sujo, 
mediante lavagem com água e sabão ou limpeza com álcool a 70% - 
processo que diminui os microrganismos e a possibilidade de infecção 
cruzada. 
 
Pulso 
Após cada batimento ou ciclo cardíaco, quando o sangue é ejetado do 
ventrículo esquerdo para a artéria aorta, a pressão e o volume resultante provocam 
oscilação ritmada em toda a extensão da parede arterial. Esta onda resultante é 
chamada de pulso. 
21 
 
 
Locais de Verificação do Pulso 
o Artéria braquial 
o Artéria radial 
o Artéria carótida 
o Artéria femoral 
o Artéria poplítea 
o Artéria tibial anterior ou pediosa 
 
 
Valores Normais 
Podem variar conforme a idade, pois em recém-natos e crianças podem ter 
alterações a normocardia de um indivíduo adulto: 60 a 100 bpm, abaixo destes 
parâmetros tecnicamente denominamos bradicardia e acima destes parâmetros 
denominamos taquicardia. 
 
Procedimento 
o Lavar as mãos; 
o Explicar ao cliente o que será feito; 
o Expor a área onde será verificado o pulso; 
o Colocar as polpas digitais dos dedos indicador e médio sobre a artéria, 
fazendo uma leve compressão; 
o Contar o número de pulsação durante 1 minuto; 
o Lavar as mãos; 
o Anotar no prontuário. 
 
Respiração 
A respiração consiste na troca de oxigênio e dióxido de carbono entre a 
atmosfera e as células do corpo. Apresentamos 4 medidas de respiração 
(freqüência, ritmo, profundidade e som) refletem o estado metabólico do corpo, a 
condição do diafragma, músculos torácicos e a desobstrução das vias aéreas. 
 
22 
 
Padrões Respiratório 
O padrão respiratório de uma pessoa pode sofrer alterações fisiológicas em 
algumas situações, como na realização de esforços físicos, estresse emocional ou 
durante o choro. 
 
Valores Normais 
o Recém-nascido: 30 a 80 irpm 
o Crianças: 20 a 40 irpm 
o Adulto (acima de 15 anos): 14 a 20 irpm 
 
Os principais tipos de alterações respiratórias são: 
o bradipnéia - freqüência respiratória abaixo da normal; 
o taquipnéia - freqüência respiratória acima da normal; 
o dispnéia - dificuldade respiratória; 
o ortopnéia - respiração facilitada em posição vertical; 
o apnéia - parada respiratória; 
o respiração de Cheyne Stokes - caracteriza-se por aumento gradual na 
profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa 
profundidade, com período de apnéia subseqüente; 
o respiração estertorosa - respiração ruidosa. 
 
Atenção 
O controle da freqüência respiratória normalmente é realizado em seguida ao 
controle do pulso, para evitar que o paciente perceba e exerça controle voluntário. 
Mantendo-se a mesma posição adotada para o controle de pulso, contar o número 
de respirações no período de um minuto, observando-se os movimentos torácicos. 
 
Procedimento 
o Lavar as mãos; 
o Colocar o cliente em posição confortável; 
o Observar os movimentos respiratórios contando-os durante 01 minuto; 
o Observar a frequência, ritmo, profundidade e som; 
23 
 
o Lavar as mãos; 
o Fazer o registro no prontuário 
Pressão Arterial 
 
A pressão arterial traduz a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. 
o Pressão Máxima: chamada de sistólica, que é o movimento em que o 
ventrículo esquerdo ejeta o sangue através da artéria aorta. 
o Pressão Mínima: chamada de diastólica, ocorre durante o relaxamento do 
ventrículo esquerdo. 
 
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmhg). 
 
Valores Normais médios 
o Recém-nascido: 50x25mmhg 
o Crianças: 85x60mmhg 
o Adolescente: 100x65mmhg 
o Adulto: 120x80mmhg 
o Idoso: 140x90mmhg 
 
Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima da normal; e 
hipotensão arterial para indicar pressão arterial abaixo da normal. Quando a 
pressão arterial se encontra normal, dizemos que está normotensa. 
 
Material 
o Esfigmomanômetro 
o Estetoscópio 
o Papele caneta 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Lavar as mãos; 
o Explicar o que será feito; 
24 
 
o Expor o braço do cliente e apoia-lo; 
o Colocar a braçadeira 2,5cm acima do cotovelo; 
o Ajustar o estetoscópio no ouvido e colocar o diafragma sobre a artéria 
braquial; 
o Insuflar o aparelho até 200mmhg (se o cliente for hipertenso insuflar mais o 
aparelho); 
o Abrir lentamente a válvula da pêra atentando-se para o surgimento do 
primeiro som (pressão máxima) e para o seu desaparecimento (pressão 
mínima); 
o Retirar o aparelho; 
o Lavar as mãos; 
o Fazer o registro no prontuário; 
 
 
EXAME FÍSICO 
 
Os profissionais de saúde utilizam quatro técnicas básicas para executar o 
exame físico: inspeção, palpação, percussão e ausculta. A correta utilização dessas 
técnicas ajuda a obter informações valiosas a respeito da condição apresentada pelo 
cliente. Este exame sempre será realizado no sentido céfalo-podálico. 
 
Inspeção 
Requer o uso da visão, audição, tato e olfato. Recursos especiais de 
iluminação e equipamento variados como um otoscópio, abaixador de língua, podem 
ser utilizados para melhorar a visão ou examinar áreas que, de outra forma, estariam 
ocultas. A inspeção começa durante o primeiro contato com o cliente e prossegue 
durante toda a avaliação. 
Procure se concentrar nas áreas relacionadas á principal queixa do cliente. 
Use os olhos, ouvidos e olfato para observar o cliente. 
Para inspecionar uma área corporal específica, verifique primeiramente se 
essa área se encontra exposta de forma suficiente e com boa iluminação. Em 
seguida, inspecione toda a área, observando os principais sinais e verificando a 
25 
 
condição geral. Feito isso, se concentre nos pontos específicos como cor, forma, 
textura, tamanho e movimento. Registre qualquer detalhe fora do normal. 
 
Palpação 
A palpação normalmente segue a inspeção, exceto no caso de exames 
abdominais em bebês e crianças. A palpação envolve toques no corpo para 
determinar tamanho, o formato e a posição de estrutura,para detectar e avaliar 
temperatura, os pulsos e outros movimentos; e finalmente para verificar a presença 
de áreas sensíveis a dor. 
As quatro técnicas de palpação incluem a palpação superficial, a palpação 
profunda, o rechaço leve e o rechaço profundo. O rechaço constitui uma técnica de 
palpação utilizada para avaliar uma estrutura flutuante ou móvel. Toca-se 
delicadamente a estrutura em avaliação aplicando uma pressão contra ela, em 
seguida, deve aguarda o retorno da estrutura a sua posição original. Esta técnica 
pode ser utilizada, por exemplo, para verificar a posição de um órgão ou do feto. 
 
Percussão 
Utiliza batidas rápidas e curtas dos dedos ou das mãos contra a superfície do 
corpo, de modo a formar sons, detectar locais sensíveis ou avaliar reflexos. A 
percussão visando obter sons ajuda a localizar os limites de órgãos, a identificar 
posição e formato de órgãos, a e determinar se um órgão é sólido ou se encontra 
preenchido com líquido ou gás. 
Os órgãos e tecidos que produzem som com altura, timbre e duração 
variados, dependendo da densidade que apresentam. Por exemplo, cavidades 
cheias de ar, como os pulmões, produzem sons marcadamente diferentes dos sons 
produzidos pelo fígado e outros tecidos densos. As técnicas de percussão incluem 
as percussões indireta, direta e punho-percussão. 
o Percussão indireta: coloque uma das mãos sobre o cliente e golpeie o dedo 
médio com o dedo médio da outra mão; 
o Percussão direta: bata com a mão ou com as pontas dos dedos diretamente 
sobre a superfície do corpo. 
26 
 
o Punho-percussão: golpeie a superfície ulna de seu punho contra a superfície 
do corpo. Ou como alternativa, coloque a palma de uma das mãos contra o 
corpo, feche o punho da outra mão e golpeie contra as costas da mão. 
A percussão produz sons que variam de acordo com o tecido percutido. Esta 
tabela lista os sons importantes de percussão, juntamente com suas características 
e origens principais (claro pulmonar, maciço, timpânico e submaciço). 
 
Ausculta 
A ausculta envolve a escuta de vários sons gerados pelo corpo, em particular 
os produzidos pelo coração, pulmão, vasos sanguíneos, estômago e intestinos. A 
maior parte dos sons auscultados resultam do movimento de ar ou líquidos no 
interior dessas estruturas. 
A ausculta é realizada após as outras técnicas de exame físico. Entretanto ao 
examinar o abdome, a ausculta pode ser feita após a inspeção mais antes da 
palpação e percussão. Dessa forma, os sons dos órgãos internos podem ser ouvidos 
antes que a palpação os modifique. 
 
Sequência do exame físico 
 
O exame físico de todo o corpo vem numa sequência lógica e que deve-se 
observar em cada parte do corpo sempre no sentido cefalo-podálico.. 
 
o Considerações gerais: aspecto, expressão facial, estado mental, locomoção e 
postura, vestuário. 
o Peso e altura 
o Sinais vitais 
o Cabeça: tamanho, protuberâncias, anormalidades. 
o Cabelos: Ressequido, pintado, oleoso, quebradiço, curto, comprido, crespo, 
liso, limpo, sujo, emaranhado, penteado, desalinhado, lêndeas, pediculose, 
escassez. 
o Couro cabeludo: Erupções, seborréia, solução de continuidade, dor prurido, 
hematomas, protuberâncias. 
27 
 
o Olhos e pálpebras: cor da íris, cor da conjuntiva, pupilas normais, miose, 
midríase, acuidade visual, percepção das cores, percepção das imagens, 
defeitos visuais, expressão visual, ardor, prurido, lacrimosidade, dor, corpos 
estranhos, cílios, sobrancelhas, edema de pálpebra, ptose, mobilidade das 
pálpebras, cicatrizes, alergias, secreção, prótese, curativo, óculos. 
o Ouvido: Tamanho do ouvido externo, deformações, solução de continuidade 
dos tecidos, edema, corpos estranhos, secreção, dor, acuidade auditiva, 
prótese, cerúmen, dermatites, higiene, prurido, zumbido, náuseas, vômitos à 
movimentação brusca, protuberância e defeitos. 
o Nariz: Tamanho, deformidades, obstruções, corpos estranhos, coriza, 
espirros, secreções, cor das membranas, edema interno e externo, olfato, dor 
odores, epistaxe. 
o Boca e mucosa: Edema, dor, ulcerações, sangramento das mucosas, cor das 
mucosas, inflamação das mucosas, ausência de sensação gustativa, rigidez 
da musculatura, dificuldade de mastigação, hálito com odor fétido, se o 
alimento permanece na boca.. 
o Garganta: Inflamação, placas brancas, plaquetas amarelas, amídalas 
hipertrofiadas com secreção purulenta, dor á deglutição. 
o Pescoço: nódulos, dor, contraturas, protuberâncias, paralisia, cicatriz. 
o Pele: Elasticidade, vascularização, textura (grossura, consistência), 
motilidade, sensibilidade tátil, dolorosa, temperatura, edema, transpiração e 
odor, solução de continuidade, cicatrizes, picadas, deformidades, quelóides, 
contusões, hematomas, tatuagens, hidratação, manchas, ulceração, fissuras, 
pápulas, lesões, cor (pálida, corada, hiperemiada, acinzentada, cianótica, 
ictérica), condições de higiene. 
o Extremidades superiores: atividademotora, desenvolvimento da musculatura, 
força muscular, coordenação motora, atrofia, paralisia, edema, sensibilidade 
dolorosa. MÃOS: edema, temperatura, cianoses, trêmulas, atividade motora, 
ausência dos dedos, deformidades, dormência, dor. UNHAS: Finas ou 
grossas, comprimento, secas, quebradiças, abauladas, bem conservadas, 
sem trato, estado de higiene, deformações, ulceras ao redor, cianose. 
28 
 
o Tórax: Pele, deformidades, dor. RESPIRAÇÃO: eupneia, dispnéia, apnéia, 
ortopnéia, taquipnéia, bradipnéia, cheyne-stokes, costal, diafragma, sibilos, 
estertores, tosse (seca, produtiva, curta, repetida), expectoração. 
o Seios e axilas: Tamanho, simetria, sensibilidade dolorosa, nódulos, 
protuberâncias, estrias, dermatites, ulcerações, temperatura, musculatura 
flácida e firme, vasos sanguíneos aumentados, elasticidade, secreção 
mamilar, colostro, inversão do mamilo, tamanho do mamilo, solução de 
continuidade, gânglios aumentados. 
o Dorso: Deformidades do tronco ou da coluna vertebral, edema, pele, 
sensibilidade dolorosa, postura, atividade motora, ulceras de pressão. 
o Abdômen: Distendido ou aumentado, achatado, rígido, flácido, adiposo, 
timpânico, tensão muscular, estrias, cicatrizes, pele, temperatura, 
sensibilidade dolorosa, localização da dor( quadrante direito superior e 
inferior, quadrante esquerdo superior e inferior), dor relacionado a: respiração, 
exercícios, tensão nervosa, trabalho de parto, menstruação, retenção urinária, 
fezes, diarréia. Inflamação ou hérnia de umbigo, flatulência, bexigoma, 
volume. 
o Extremidades Inferiores: Marcha, sensibilidade dolorosa, úlceras, pele. PÉS: 
edema, postura, sola do pé, tipo de calçado, hábitos higiênicos, deformidades. 
o Órgãos genitais: Edema, lesões, ulcerações, secreções, malformações, 
inflamações, dermatites, prolapso de útero de bexiga, ausência de um ou 
dois testículos, presença de corpo estranho na vagina, hábitos de higiene. 
o Ânus: Edema, fissuras, prurido, escoriações, ulcerações, hemorróidas, 
flacidez, prolapso, cistos, dor a defecação, presença de sangue após a 
defecação, hábitos de higiene. 
o Nível de consciência: Consciente, semiconsciente, inconsciente, coma 
superficial, coma profundo, torporoso, aspecto alerta, amnésia (total ou 
parcial), confusão mental. 
 
POSIÇÕES NO LEITO 
 
29 
 
O posicionamento do cliente no leito pode ter diversas finalidades como: 
proporcionar conforto, realizar exames, procedimento cirúrgico, medida terapêutica 
(manter postura corporal, facilitar a respiração, prevenir contraturas, prevenir úlceras 
e auxiliar na drenagem de secreções). 
 
Posição de Fowler 
 
Objetivos 
o Proporcionar conforto; 
o Facilitar a expansão pulmonar, e o débito cardíaco; 
o Posição adequada para alimentação. 
 
Procedimento 
o Lavar as mãos; 
o Explicar ao cliente o que será feito; 
o Colocar o cliente em decúbito dorsal; 
o Elevar a parte superior do leito até formar um ângulo de até 90º utilizando a 
manivela; 
o Girar a manivela da parte inferior do leito até que flexione levemente os 
joelhos; 
o Colocar o travesseiro sob o joelho e o rolo de conforto entre os pés e a cama; 
o Arrumar os lençóis no leito; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
Decúbito Dorsal, Horizontal ou Posição de Supina 
 
Objetivos 
o Manter o alinhamento corporal; 
o Realizar exame físico; 
o Relaxamento dos músculos abdominais. 
 
Procedimento 
30 
 
o Explicar ao cliente o que será feito; 
o Colocar a cama em linha horizontal; 
o Posicionar o cliente no centro do leito com toda a região dorsal em contato 
com a cama e os MMSS e MMII estendidos ao longo do corpo; 
o Arrumar os lençóis no leito sobre o cliente; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
Decúbito Ventral 
 
Objetivos 
o Aliviar pressão na parte posterior do corpo; 
o Exames de coluna vertebral e das nádegas; 
o Proporcionar conforto. 
 
Procedimento 
o Explicar o que será feito; 
o Colocar o cliente em decúbito ventral com a cabeça voltada para o lado; 
o Colocar os MMSS estendidos ao longo do corpo ou voltados para cima; 
o Colocar o travesseiro sob o tórax para evitar a pressão das mamas (em 
mulheres); 
o Colocar um travesseiro sob as pernas elevando os pés para que não toquem 
no colchão causando lesões e deformidades. 
o Alinhar os MMII; 
o Arrumar os lençóis no leito sobre o cliente; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
 Posição de Sims Direita e Esquerda 
 
Objetivos 
o Exames vaginais e retais; 
o Aplicação de lavagem intestinal. 
 
31 
 
Procedimento 
o Explicar o que será feito ao cliente; 
o Colocar o cliente em decúbito lateral; 
o Apoiar a cabeça no travesseiro; 
o Posicionar o braço direito ( quando estiver em decúbito lateral direto) e braço 
esquerdo (quando estiver em decúbito lateral esquerdo) voltado para trás; 
o Colocar o braço livre na frente do cliente; 
o Flexionar os MMII para frente; 
o Arrumar os lençóis no leito sobre o cliente; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
Posição Lateral Direita e Esquerda 
 
Objetivos 
o Proporcionar conforto; 
o Prevenção de úlceras de decúbito; 
o Prevenir deformidades. 
 
Procedimento 
o Explicar o que será feito ao cliente; 
o Colocar o leito em posição horizontal; 
o Colocar o paciente em um dos lados do leito; 
o Virar o cliente em decúbito lateral; 
o Liberar o braço que está sob o corpo do cliente; 
o Colocar um travesseiro entre as pernas do cliente para não causar lesões na 
pele; 
o Colocar um rolo de conforto na região dorsal para evitar que o cliente retorne 
ao decúbito dorsal; 
o Arrumar os lençóis no leito sobre o cliente; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
Posição Ginecológica 
32 
 
 
Objetivos 
o Exames e tratamento retal e vaginal. 
Procedimento 
o Explicar o que será feito ao cliente; 
o Colocar o cliente em decúbito dorsal sobre a mesa ginecológica com as 
nádegas a 4cm fora da extremidade da mesa; 
o Colocar as pernas sobre as perneiras; 
o Manter o cliente protegido com o lençol durante o exame; 
o Retirar da posição após o exame. 
 
Observação 
Quando o exame ou procedimento for realizado no leito flexionar as pernas 
sobre as coxas, apoiar a planta dos pés sobre o colchão e afastar os joelhos. 
 
Posição de Trendelenburg 
 
Objetivos 
o Drenagem de secreção brônquicas; 
o Melhorar o retorno venoso (em casos de choque, hemorragias, hipotensão, 
varizes); 
o Cirurgias da região pélvica. 
 
Procedimento 
o Explicar o que será feito ao cliente; 
o Colocar o cliente em decúbito dorsal; 
o Posicionar os MMII elevados num ângulo de 30º a 45º ( a cabeça em plano 
inferior ao resto do corpo). Isto pode ser feito elevando a parte inferior do 
estrado da cama ou elevando-se os pés da cama. 
o Arrumar os lençóis no leito sobre o cliente; 
o Deixar o ambiente em ordem. 
 
33 
 
 
COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES 
 
Os exames laboratoriais fornecem informações importantes para 
complementação diagnóstica, sendo fundamental a utilização de técnicas corretas 
para proceder à coleta, armazenamento e encaminhamento laboratorial, bem como 
critérios de controle de qualidade e os cuidados de biossegurança indispensável 
para o desempenho das tarefas. 
 
Regras geraispara coleta de exames 
o Informar ao cliente sobre o exame a ser realizado; 
o Orientar o cliente sobre jejum se necessário; 
o Utilizar material estéril, adequado para cada tipo de exame; 
o Identificar o frasco do exame com: nome, número do registro, número do 
quarto e leito, setor, data e hora da coleta; 
o Utilizar luvas de procedimento se necessário; 
o Lavar as mãos antes e após a realização do procedimento; 
o Coletar o exame seguindo rigorosa técnica; 
o Encaminhar o material ao laboratório logo após a coleta; 
o Registrar no prontuário. 
 
Coleta de Sangue 
As veias medianas são os vasos de eleição para a punção. Sendo que outras 
veias podem ser eleitas para a coleta da amostra sanguínea. 
 
Material 
o Bandeja; 
o Forro para o leito; 
o Luvas de procedimento; 
o Rótulo para identificação; 
o Garrote; 
o Seringa de 5 ml; 
34 
 
o Agulha 25x8; 
o Tubo de ensaio adequado ao exame solicitado; 
o Algodão seco; 
o Algodão embebido em álcool a 70%. 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Identificar o tubo de ensaio com a etiqueta; 
o Lavar as mãos; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente; 
o Explicar ao cliente o procedimento; 
o Calçar as luvas; 
o Expor a área da punção, confirmar o local indicado para a punção; 
o Forrar o leito; 
o Fazer a antissepsia do local a ser puncionado, deixar secar antes de 
puncionar; 
o Puncionar a veia; 
o Remover a seringa, e imediatamente pressionar o local da punção com 
algodão seco, até que cesse o sangramento; 
o Introduzir o sangue no tubo de ensaio; 
o Homogeneizar o tubo de ensaio que contenha anticoagulante e o sangue em 
movimentos rotatórios, encaminhando ao laboratório juntamente com a 
requisição do exame; 
o Deixar o cliente confortável no leito e a unidade em ordem; 
o Levar o material ao expurgo e descartar em local apropriado; 
o Retirar as luvas de procedimento; 
o Lavar as mãos 
o Realizar anotações no prontuário. 
 
Exame de Urina 
 
35 
 
A coleta de urina para o laboratório deverá ser feita adequadamente, a fim de 
evitar erros de interpretação. Esta coleta poderá ser feita por micção espontânea, 
cateterismo vesical ou punção supra-púbica. 
 
Urina 
Material 
o Frasco para coleta de urina; 
o Rótulo para identificação; 
o Pedido do exame; 
o Luva de procedimento. 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Identificar o frasco; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente; 
o Orientar o cliente sobre o exame; 
o Orientar o cliente a fazer a higiene externa ou fazê-la se necessário; 
o Fornecer o frasco para coleta do exame. Orientar ao cliente a desprezar o 
primeiro jato e o jato final da micção, coletando o jato médio o apropriado para 
o exame; 
o Rotular o frasco: nome, registro, quarto, leito, setor, data; 
o Enviar ao laboratório o frasco com urina juntamente com a requisição; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Observação 
A amostra de urina da 1ª micção matinal é o ideal para o exame porque 
apresenta maior concentração de bactérias (devido à incubação na bexiga). 
 
Urocultura 
Material 
o Frasco para coleta de urina estéril; 
o Rótulo para identificação; 
36 
 
o Pedido do exame; 
o Luva de procedimento. 
 
Procedimento 
o Orientar ao cliente para realizar higiene externa com água e sabão; 
o Solicitar ao cliente que despreze o primeiro jato, colhendo o jato intermediário, 
tomando cuidado para não encostar as genitais no frasco; 
o Rotular o frasco: nome, registro, quarto, leito, setor, data; 
o Enviar ao laboratório o frasco com urina juntamente com a requisição; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Observação 
o Caso não seja possível colher diretamente no frasco proceder da seguinte 
forma: - Fornecer ao cliente uma cuba estéril, após colhido a urina, utilizar 
uma seringa estéril para transferir a urina para o frasco. 
 
Urina de 24 horas 
Material 
o Frasco de urina; 
o Comadre ou papagaio; 
o Cálice graduado; 
o Pedido de exame; 
o Luva de procedimento. 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário, identificar o frasco deixando-o no expurgo; 
o Levar a comadre ou papagaio ao quarto do cliente; 
o Orientar ao cliente sobre o exame 
o Solicitar ao cliente que despreze a primeira urina da manhã, anotando a data 
e hora, e após iniciar a coleta de toda a urina, para que a enfermagem recolha 
e acondicione nos frascos apropriados (inclusive a primeira da manhã 
seguinte) até completar 24horas; 
37 
 
o Enviar a urina coletada para o laboratório junto com o pedido de exame; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Observações 
o Medir o volume total da urina coletada, anotando no prontuário e na 
requisição do exame; 
o Conservar a urina na geladeira. 
 
Coleta de Urina em clientes com Sonda Vesical 
Material 
o Luvas de procedimento; 
o Bolas de algodão embebido em álcool 70%; 
o Frasco de urina. 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Identificar o frasco de urina; 
o Lavar as mãos; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente e explicar o que será feito; 
o Clampear a extensão da bolsa coletora; 
o Esperar alguns minutos e coletar a urina na extensão; 
o Fazer a antissepsia da sonda vesical; 
o Desconectar a sonda da bolsa coletora e colher a urina; 
o Conectar em seguida a sonda e a bolsa coletora, e desclampear a bolsa; 
o Enviar para o laboratório com o pedido de exame; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Escarro 
Material 
o Frasco de escarro; 
o Rótulo de identificação; 
o Luvas de procedimento. 
38 
 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Identificar o frasco; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente, explicando ao mesmo o que será feito; 
o Orientar ao cliente a escarrar no frasco evitando cuspir saliva em excesso; 
o Enviar para o laboratório com o pedido de exame; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Observações 
o Coletar o material por meio de tosse profunda; 
o A saliva não deve ser colhida; 
o O cliente não deve realizar higiene oral antes da coleta do material. 
 
 
Secreções em Geral - Abcessos 
Material 
o Swab estéril; 
o Material de curativo; 
o Soro fisiológico; 
o Luvas de procedimento. 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário; 
o Lavar as mãos; 
o Explicar ao cliente o que será feito; 
o Calcar as luvas de procedimento; 
o Remover o curativo; 
o Proceder a limpeza da ferida com soro fisiológico; 
o Coletar a secreção com swab estéril, colocando-o em sua embalagem 
original, sem contaminar; 
o Realizar o curativo conforme técnica; 
39 
 
o Identificar a amostra colhida; 
o Retirar as luvas de procedimento; 
o Lavar as mãos; Enviar para o laboratório com o pedido de exame; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
Observação 
o A secreção pode ser coletada por meio de aspiração com seringa e agulha e 
após transferida para um tubo de ensaio estéril; 
 
 
UNIDADE DO PACIENTE 
 
Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior 
parte do tempo durante seu período de internação. 
É basicamente composta por cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de 
refeições e escadinha. O paciente acamado deve ter sempre à disposição uma 
campainha para chamar o profissional de enfermagem, caso necessite. 
A unidade do paciente, seja ambiente individualizado (quarto privado) ouespaço coletivo (enfermaria ou unidade semi-privada), deve proporcionar-lhe 
completa segurança e bem-estar. 
Nesse sentido, lembramos que o estado de conservação do teto, piso e 
paredes, instalação elétrica e hidráulica, disposição do mobiliário e os espaços para 
a movimentação do paciente, da equipe e dos equipamentos são aspectos 
importantes a ser considerados. 
Outra questão é a influência do ambiente e dos fatores estéticos sobre o 
estado emocional e o humor das pessoas. Decoração atraente, cores de paredes e 
tetos agradáveis, iluminação adequada, ambiente arejado, calmo e silencioso, 
proporcionam maior aconchego às pessoas, especialmente quando doentes. 
Além das questões estéticas que ocasionam no paciente, familiares e 
profissionais uma sensação mais agradável, a prática da assistência humanizada 
pressupõe a preservação dos direitos dos pacientes e uma maior aproximação no 
campo das relações humanas. 
40 
 
Pressupõe, ainda, tratar das atividades cotidianas de forma a melhor atender 
às necessidades do paciente. Por exemplo: ampliação do horário de visitas, 
facilitação do uso de meios de comunicação com o exterior, conservação de objetos 
pessoais e possibilidade do recebimento de cartas. Isto permite que a pessoa, ao ser 
internada, possa considerar a unidade que lhe foi destinada como seu espaço, um 
local privativo e sob seu controle, onde lhe é possível expressar sentimentos e 
valores, dispondo de objetos relacionados ao seu mundo e que lhe despertam 
recordações, como fotografias, objetos religiosos, etc. A enfermagem deve zelar pela 
unidade do paciente sem, contudo, desrespeitar a privacidade que lhe cabe por 
direito. 
 
Limpeza da unidade 
A limpeza da unidade objetiva remover mecanicamente o acúmulo de sujeira e ou 
matéria orgânica e, assim, reduzir o número de microrganismos presentes. 
 
Pode ser de dois tipos: 
● Limpeza concorrente: feita diariamente após a arrumação da cama, para 
remover poeira e sujidades acumuladas ao longo do dia em superfícies 
horizontais do mobiliário; normalmente, é suficiente a limpeza com pano 
úmido; 
● Limpeza terminal: feita em todo o mobiliário da unidade do paciente; é 
realizada quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito ou 
transferência do paciente, ou no caso de internações prolongadas. Realizada 
pela equipe de higiene hospitalar, desde que devidamente treinada, de modo 
que a enfermagem possa ter mais tempo disponível nos cuidados aos 
pacientes. 
 
PREPARO DA UNIDADE DO PACIENTE 
 
É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente preparado e 
biologicamente seguro, favorece o repouso e sono adequado ao paciente. 
 
41 
 
FINALIDADE 
● Proporcionar conforto 
● Proporcionar segurança 
● Tornar mais rápido e menos fatigante o trabalho de enfermagem 
 
A arrumação da cama deve ater-se às seguintes características: 
● cama fechada é indicada para receber um novo paciente, caso em que 
deve ser submetida à prévia limpeza terminal; Poderá ser feita após 2 
horas da limpeza da unidade. Permanecerá fechada até que novo 
paciente a ocupe. 
● cama aberta é preparada para o paciente que tem condições de se 
locomover; 
● cama aberta com paciente acamado é aquela preparada com o 
paciente no leito; 
● cama de operado é preparada para receber paciente operado ou 
submetido a procedimentos diagnósticos ou terapêuticos sob narcose. 
 
 
CUIDADOS IMPORTANTES 
● Não arrastar as roupas de cama no chão 
● Evitar contato da roupa de cama e peças do mobiliário da unidade do 
paciente com o uniforme 
● Não sacudir roupas de cama 
● Não alisar roupas de cama e sim ajeitá-las pelas pontas 
● Dobrar roupas de cama na seguinte sequencia: 2 vezes no sentido da 
largura e 1 vez no sentido do comprimento 
● A abertura da fronha deverá situar-se do lado oposto à porta de 
entrada da enfermaria 
● Fazer uso da mecânica corporal 
● Arrumar um lado da cama depois outro para economia de tempo e 
movimentos 
● O hamper deve ficar nos pés da cama 
42 
 
● Não jogar roupas de cama no chão 
● Lavar ou fazer antissepsia das mãos após a arrumação da cama 
 
MATERIAL 
● 2 Lençóis 
● 1 lençol móvel, ou traçado, ou protetor do oleado 
● 1 colcha 
● 1 fronha 
● 1 cobertor 
● 1 impermeável, ou oleado 
 
CAMA FECHADA 
 
● Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela travesseiro e fronha 
● Dispor a roupa de cama no espaldar da cadeira observando a ordem: 
colcha, cobertor lençol de cima (protetor do paciente), lençol móvel, 
impermeável, lençol de baixo (protetor do colchão) 
● Dispor o lençol de baixo fazendo o canto da cabeceira e dos pés da cama 
 
 
43 
 
● Estender o impermeável e o lençol móvel e prendê-los juntamente 
● Colocar o lençol de cima, deixando o barrado rente ao colchão na cabeceira 
da cama 
● Colocar o cobertor a mais ou menos 40cm abaixo da cabeceira 
● Estender a colcha rente ao colchão na cabeceira da cama, prendendo junto 
as 3 peças no canto dos pés da cama e deixando solto os lados 
● Pôr a fronha no travesseiro, colocando-o de encontro à grade da cabeceira da 
cama 
● Endireitar a cadeira 
● Passar para o outro lado da cama, erguer as peças da roupa, dobrá-las 
lateralmente e completar a cama seguindo a sequencia da disposição das 
roupas na cama 
● Deixar a unidade em ordem com mobiliário em alinhamento 
 
CAMA ABERTA 
 
● Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela travesseiro e fronha 
● Dispor a roupa de cama no espaldar da cadeira observando a ordem: colcha, 
cobertor lençol de cima (protetor do paciente), lençol móvel, impermeável, 
lençol de baixo (protetor do colchão) 
● Dispor o lençol de baixo fazendo o canto da cabeceira e dos pés da cama 
● Estender o impermeável e o lençol móvel e prendê-los juntamente 
● Colocar o lençol de cima, deixando o barrado rente ao colchão na cabeceira 
da cama 
● Colocar o cobertor a mais ou menos 40cm abaixo da cabeceira 
● Estender a colcha rente ao colchão na cabeceira da cama, prendendo junto 
as 3 peças no canto dos pés da cama e deixando solto os lados 
● Deixar o lençol de cima virado sobre o cobertor e a colcha na parte da 
cabeceira 
● Pôr a fronha no travesseiro, colocando-o sobre a cama 
● Endireitar a cadeira 
44 
 
● Passar para o outro lado da cama, erguer as peças da roupa, dobrá-las 
lateralmente e completar a cama seguindo a sequencia da disposição das 
roupas na cama 
● Deixar a unidade em ordem com mobiliário em alinhamento 
 
CAMA ABERTA COM PACIENTE ACAMADO 
 
● Desmanchar a cama, dispor o cobertor juntamente com as roupas de 
cama limpas no espaldar da cadeira 
● Deixar o paciente coberto apenas com o lençol 
● Solicitar a colaboração do paciente, orientando-o 
● Virá-lo para o lado oposto à cadeira com as roupas de cama 
● Dobrar as roupas de cama de forma a expor a metade do colchão 
● Estender a roupas limpas seguindo a sequencia 
● Virar o paciente para o lado limpo do colchão, retirar o lençol de cima que 
protege o paciente enquanto é protegido pelo lençol limpo 
● Retirar o lençol móvel e de baixoe colocá-los no hamper 
● Completar a arrumação da cama 
CAMA DE OPERADO 
 
● Dispor a roupa de cama no espaldar da cadeira observando a ordem: 
colcha, cobertor lençol de cima (protetor do paciente), lençol móvel, 
impermeável, lençol de baixo (protetor do colchão) 
● Dispor o lençol de baixo fazendo o canto da cabeceira e dos pés da cama 
● Estender o impermeável e o lençol móvel e prendê-los juntamente 
● Colocar o lençol de cima, deixando-o barrado rente ao colchão na 
cabeceira 
● Colocar o cobertor a mais ou menos 40cm abaixo da cabeceira 
● Dobrar na parte da cabeceira e dos pés o lençol de cima, cobertor e 
colcha 
● Enrolar lateralmente o lençol de cima, cobertor e colcha 
● Deixar o travesseiro sobre a cadeira 
45 
 
 
 
CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL 
 
HIGIENE ORAL 
 
A higiene oral frequente reduz a colonização local, sendo importante para 
prevenir e controlar infecções, diminuir a incidência de cáries dentárias, manter a 
integridade da mucosa bucal, evitar ou reduzir a halitose, além de proporcionar 
conforto ao paciente. Em nosso meio, a maioria das pessoas está habituada a 
escovar os dentes - pela manhã, após as refeições e antes de deitar- e quando isso 
não é feito geralmente experimenta a sensação de desconforto. 
Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene. Se isto for 
possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no que for necessário. Caso 
contrário, com o material e o ambiente devidamente preparados, auxiliar o paciente 
a posicionar-se, elevar a cabeceira da cama se não houver contraindicação e 
proteger o tórax do mesmo com a toalha, para que não se molhe durante o 
procedimento. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
● bandeja 
● escova de dentes ou espátula com gazes 
● creme dental, solução dentifrícia ou solução bicarbonatada 
● copo com água (e canudo, se necessário) 
● cuba rim 
● toalha de rosto 
● lubrificante para os lábios, se necessário 
● luvas de procedimento 
 
PROCEDIMENTO 
 
Higiene oral de pacientes com dependência parcial de enfermagem 
46 
 
● Lavar as mãos e preparar o material 
● Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado 
● Elevar a cabeceira caso não haja contraindicação 
● Colocar toalha cobrindo pescoço e tórax 
● Auxiliar o paciente conforme o seu grau de dependência, orientado se 
necessário 
● a escovação deve ser no sentido da gengiva para o dente 
● Lavar a língua e o palato 
● Dar água para bochechar e aproximar a cuba rim para escoar o líquido da 
boca 
● Secar os lábios e o queixo com a toalha 
● Lubrificar os lábios se houver indicação 
● Retirar o material, lavar e guardá-lo 
● Anotar na papeleta o procedimento e as anormalidades 
 
Higiene oral de pacientes com dependência total ou inconscientes 
● Lavar as mãos e preparar o material 
● Dispor a bandeja com material sobre a mesa de cabeceira 
● Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado 
● Elevar a cabeceira caso não haja contraindicação 
● Colocar toalha cobrindo pescoço e tórax, para proteger a roupa de cama do 
cliente 
● Molhar a gaze da torunda com solução e proceder a higiene, trocando as 
espátulas tantas vezes quantas forem necessárias, e jogando em seguida no 
saco de papel 
● Lavar os dentes, gengivas, bochechas, língua, palato, e lábios com 
movimentos firmes e delicados 
● Secar os lábios e o queixo com a toalha 
● Lubrificar os lábios se houver indicação 
● Manter o paciente em posição confortável 
● Retirar o material, lavar e guardá-lo 
● Anotar na papeleta o procedimento e as anormalidades 
47 
 
 
 
BANHOS 
 
FINALIDADES 
● Proporcionar conforto e bem-estar 
● Remover sujidades aderidas à pele e odores desagradáveis 
● Estimular a circulação 
● Remover células mortas do organismo 
● Favorecer a transpiração 
 
TIPOS DE BANHOS 
● Imersão: quando se utiliza banheiras para imersão do corpo, sendo útil 
também para casos de administração de medicamentos 
● Aspersão: quando se utiliza chuveiros para higienização do corpo, podendo o 
paciente ser deambulante ou em cadeiras higiênicas 
● Ablução: ​quando se joga pequenas quantidades de água para a realização 
do banho 
● Leito: ​procedimento utilizado pela enfermagem para realizar o banho em 
pacientes acamados. Geralmente é executado no período da manhã, sendo 
repetido quando houver necessidade. 
 
BANHO NO LEITO 
 
O banho no leito é uma técnica importante porque permite uma maior 
interação enfermagem/paciente, ao mesmo tempo fornece subsídios para o 
diagnóstico precoce de úlceras de pressão e outras anormalidades da pele. 
 
MATERIAL 
● 1 par de luvas de procedimentos 
● Bacia 
● Jarro com água morna 
48 
 
● Sabão 
● 2 Panos ou luvas de banho 
● Toalhas (banho e rosto) 
● Roupa de cama e para o paciente 
● folha de jornal 
● Desodorante, pente ou escova 
● Talco ou álcool 
● Material para higiene oral 
● Comadre 
● Hamper 
● Biombos 
● balde 
CUIDADOS IMPORTANTES 
● Enxaguar bem e retirar todo sabão 
● Levar o pano de banho aquecido até o paciente 
● Expor apenas a região a ser lavada 
● desprezar água da bacia sempre que necessário 
● Evitar molhar abundantemente a cama 
● manter pano de banho firme na mão, feito acolchoado 
● Enxugar bem locais onde há duas superfícies próximas como: axilas, espaços 
interdigitais, região inguinal 
● Em pacientes ambulantes a enfermagem deve supervisionar o banho no 
chuveiro e ajudar na higiene 
 
PROCEDIMEMTO 
● lavar as mãos 
● Preparar o material 
● Ir a unidade do paciente 
● Comunicar ao paciente o que vai ser feito 
● Fechar portas e janelas 
● Cercar cama com biombos caso seja necessário 
49 
 
● Dispor o material na seguinte ordem: 
- Mesa de cabeceira: jarro, bacia, pano de banho, sabão, pente, álcool, 
desodorante, material para higiene oral 
- Cadeira: roupa de cama e do paciente, dobrada e colocada em ordem de uso 
- Chão forrado com jornal: comadre e o balde para recolher água usada da bacia 
- Hamper aos pés da cama 
● Oferecer comadre ou papagaio 
● Proceder higiene oral 
● Abaixar a cabeceira da cama 
● Soltar toda a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor e o travesseiro 
● Retirar camisola ou pijama, mantendo o paciente coberto com lençol 
● Manter o paciente em decúbito dorsal 
● proteger com toalha a área a ser lavada, mantendo as demais cobertas com 
lençol 
● Prepara o pano de banho segurando-o sobre a bacia: molhar o pano, jogando 
água do jarro, e ensaboar. 
● Afastar as toalhas e lavar com movimentos firmes e cobrir novamente 
● Colocar o pano ensaboado sobre a borda da bacia e preparar o outro para 
enxaguar 
● Afastar a toalha e passar o pano, retirando todo o sabão 
● Despejar a água da bacia no jarro quando necessário 
 
O BANHO DEVE OBEDECER A SEGUINTE ORDEM 
Usando toalha de rosto: 
● Lavar rosto orelhas e pescoço 
Usando toalha de banho: 
● Lavar braços e axilas, iniciando com a distal depois a proximal 
● Tórax anterior e o abdome 
● Lavar membros inferiores, primeiro o distal, depois o proximal 
● Lavar os pés, e desprezar a água utilizada na lavagem dos pés 
50 
 
● Colocar o paciente em decúbito lateral, forrar a cama com toalha e lavar e 
enxaguar as costas● Massagear as costas com álcool, creme ou talco 
● Vestir a roupa do paciente e voltá-lo para o decúbito dorsal 
● Colocar a comadre e a toalha sob o paciente e oferecer o pano ou luva de 
banho com sabão para a realização de higiene intima (se estiver 
impossibilitado, executar o procedimento ou solicitar um auxílio, se o paciente 
for do sexo oposto) 
● Despejar água do jarro sobre a região perineal para enxaguar. Enxugar com 
toalha 
● Oferecer a bacia e água limpa para o paciente lavar as mãos 
● Pentear os cabelos e cortar as unhas dos pés e das mãos se necessário 
● Proceder à arrumação da cama 
● Deixar o paciente confortável 
● Colocar o material em ordem 
● Anotar na papeleta o cuidado prestado e anormalidades identificadas 
 
 
LAVAGEM EXTERNA 
 
É a limpeza dos genitais para procedimento específico como: sondagem 
vesical, coleta de material e preparo pré-operatório, ou nas eliminações (sujidade em 
geral – fezes, secreções, odor). 
Anotar no prontuário: condições da pele, presença de secreções (cor, odor e 
quantidade). 
 
Objetivos 
o Proporcionar conforto; 
o Evitar infecções; 
o Auxiliar nos tratamentos perineais. 
 
51 
 
Material 
o Bandeja; 
o Sabonete; 
o Comadre; 
o Jarro; 
o Toalha de banho; 
o Luvas de procedimento; 
o Luvas de banho; 
o Lixo; 
o Impermeável. 
 
Procedimento 
o Lavar as mãos 
o Reunir o material necessário e colocá-lo em uma bandeja; 
o Lavar as mãos; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente; 
o Dispor o material sobre a mesa de cabeceira; 
o Explicar o que será feito; 
o Forrar o leito com impermeável; 
o Colocar água morna no jarro; 
o Calçar as luvas de procedimento e as luvas de banho; 
o Colocar a toalha de banho sobre o cliente; 
o Colocar o cliente sobre a comadre e solicitar que afaste as pernas; 
o Molhe os genitais com a água do jarro, ensaboando e removendo as 
secreções no sentido antero-posterior, culminando com a limpeza do ânus. 
o Na higiene íntima do sexo feminino​, a limpeza deve ser realizada no 
sentido anteroposterior, obedecendo a seguinte ordem: 
- púbis, lateral E e D do períneo 
- grandes lábios D e E até o ânus 
- pequenos lábios D e E até o ânus 
- meato urinário até o ânus 
52 
 
o ​Na higiene íntima do sexo ​masculino​, o prepúcio deve ser tracionado, 
favorecendo a limpeza do meato urinário para a base da glande e prepúcio, 
removendo sujidades (pêlos, esmegma, urina, suor) e inibindo a proliferação 
de microrganismos, e a seguir, recobrir a glande com o prepúcio). 
o Enxaguar os genitais com água limpa e remover todo o sabão; 
o Secar a região; 
o Remover a comadre; 
o Deixar o cliente confortável no leito; 
o Encaminhar o material utilizado ao expurgo; 
o Lavar as mãos; 
o Fazer registro no prontuário. 
 
 
LAVAGEM DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO 
 
A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionar higiene, 
conforto e estimular a circulação do couro cabeludo, prevenção da pediculose e 
outras infecções. Quando o paciente não puder ser conduzido até o chuveiro, esta 
tarefa deve ser realizada no leito. O procedimento a seguir descrito é apenas uma 
sugestão, considerando-se que há várias formas de realizá-lo. 
 
 
Material necessário: 
 
● dois jarros com água morna 
● sabão neutro ou xampu 
● duas bolas de algodão 
● pente 
● toalha grande de banho (duas, caso necessário) 
● balde 
● bacia 
● luvas de procedimento 
53 
 
● impermeável / saco plástico 
● cobertor 
 
Procedimento 
o Reunir o material necessário e colocá-lo em uma bandeja; 
o Lavar as mãos; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente; 
o Dispor o material sobre a mesa de cabeceira; 
o Explicar o que será feito; 
o Forrar o leito com impermeável; 
o Colocar a bacia sob a cabeça do paciente, não se esquecendo de apoiar a 
cabeça com a toalha enrolada; 
o Proteger os ouvidos do paciente com bolas de algodão; 
o Umedecer os cabelos com um pouco de água e aplicar o shampoo; 
o Ensaboar, fazendo massagem no couro cabeludo com a ponta dos dedos; 
o Usar bastante água para enxaguar até remover todo o sabão; 
o Envolver os cabelos com toalha para secá-los; 
o Retirar o oleado; 
o Pentear os cabelos e deixar a toalha seca sob os mesmos para não molhar o 
travesseiro 
o Reunir o material 
o Deixar unidade em ordem e paciente confortável 
o Registrar no prontuário 
 
Variação da técnica de lavagem dos cabelos e do couro cabeludo 
 
o Reunir o material necessário e colocá-lo em uma bandeja; 
o Lavar as mãos; 
o Dirigir-se ao quarto do cliente; 
o Dispor o material sobre a mesa de cabeceira; 
o Explicar o que será feito; 
o Colocar o paciente em decúbito dorsal, com a cama na horizontal; 
54 
 
o Colocar o balde sobre a escadinha e esta próxima à mesa de cabeceira; 
o Enrolar a toalha de banho coberta com impermeável sobre o cobertor, (o 
impermeável deve formar um funil em direção ao balde); 
o Proteger os ouvidos do paciente com bolas de algodão; 
o Colocar o paciente em posição diagonal com a cabeça sobre o impermeável; 
o Enrolar as extremidades do impermeável ao redor do pescoço; 
o Umedecer os cabelos com um pouco de água e aplicar o shampoo; 
o Ensaboar, fazendo massagem no couro cabeludo com a ponta dos dedos; 
o Usar bastante água para enxaguar até remover todo o sabão; 
o Elevar a cabeça do paciente com a mão não dominante e colocar o 
impermeável dentro do balde e com a mão dominante; 
o Envolver os cabelos com toalha para secá-los; 
o Pentear os cabelos e deixar a toalha seca sob os mesmos para não molhar o 
travesseiro 
o Reunir o material 
o Deixar unidade em ordem e paciente confortável 
o Registrar no prontuário 
 
 
MASSAGEM DE CONFORTO 
 
O conforto pressupõe que a pessoa mantenha suas funções equilibradas em 
um nível satisfatório. Engloba os estados físico, psicológico e espiritual. 
 
Objetivo 
o Proporcionar alívio de possíveis angustias da pessoa que passa por período 
de doença; 
o Proporcionar condições para manter uma circulação sanguínea adequada a 
todos os tecidos e órgãos; 
o Manter a integridade cutânea de forma a prevenir lesões; 
o Manter a atividade muscular prevenindo contratura e atrofia; 
o Facilitar e manter a função respiratória. 
55 
 
 
Procedimentos de Enfermagem para Proporcionar o Conforto 
 
Conforto Espiritual 
o Propiciar contato com um conselheiro espiritual, respeitando suas crenças; 
o Providenciar material para leituras bíblicas; 
o Fazer leitura para o cliente que não possa ler; 
o Ouvir o cliente a respeito de questões espirituais; 
o Esclarecer o cliente sobre horários e locais de atividades religiosas existentes 
no hospital. 
 
Conforto Físico 
o Manter a temperatura corporal; 
o Mudar de decúbito periodicamente; 
o Fazer exercícios físicos passivo ou ativo, estimular e auxiliar deambulação; 
o Manter roupas limpas, sem rugas ou úmidas; 
o Evitar roupas apertadas e atritos sobre locais doloridos e sensíveis; 
o Manipular o cliente com cuidado e atenção; 
o Identificar as causas da dor, proporcionando meios para minimizá-los; 
o Manter o ambiente em condições agradáveis: arejado, limpo, tranquilo, sem 
ruídos e odores; 
o Aquecer as mãos antes de manipular o cliente; 
o Proporcionar um bom alinhamento músculo-esquelético utilizando rolos, 
travesseiros, luvas de

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