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Transtorno de ansiedade ● Ansiedade é um fenômeno básico da vida humana ● Perigo ou ameaça iminente - sem saída ● Sintomas emocionais, físicos, motores e cognitivos Quando a ansiedade se torna patológica ● É quando existem situações nas quais não há um perigo ou ameaça real, como por exemplo um dinossauro real ou um dinossauro de brinquedo. Classificação - Dividida em transtornos com ou sem desencadeante: ● Com fator desencadeante - como a fobia social, específica, agorafobia. ● Sem desencadeantes - como o transtorno de pânico e TAG. Epidemiologia - A taxa de prevalência ao longo da vida é de 13%, sendo 12% fobia social, 9-12% fobia específica, 6% transtorno de pânico, 6-9% transtorno de ansiedade generalizada. Comorbidades: depressão, outros transtornos de ansiedade, uso e abuso de substâncias (benzodiazepínicos) Consequências e complicações ● Consequências negativas no dia a dia e nos relacionamentos ● evitação de situações - gatilho ● diminuição da esfera vivencial Etiologia ● Multifatorial - Vulnerabilidade: fatores genéticos (20-48%) + reações biológicas + aprendizado. ● Fatores desencadeantes: ➔ Condicionamento clássico: aprendizado a partir de estímulos; ➔ estresse agudo/crônico ➔ doenças físicas: alterações hormonais ➔ conflitos/ separações/ situações de ambivalência ➔ drogas ● Fatores de manutenção ➔ comportamento evitativo ➔ reações desadaptativas: auto - observação, ansiedade antecipatória ➔ desencorajamento devido dificuldades em lidar com a ansiedade ➔ Funções intrapsíquicas: evitação, repressão da agressividade ➔ interações funcionais: ganhar atenção, ser doente ➔ dinâmica dos sintomas crônicos Modelos psicodinâmicos ● paralisia da energia libidinal ● problemas de apego - medo de perda ● conflitos inconscientes de medo de perda e desejos de autonomia ● fobias simples - deslocamento de impulsos e conflitos ● transtorno de pânico - apego inseguro Modelos cognitivos Diagnóstico ● Há quanto tempo? ● Lugar ● Situação ● Duração ● Episódio persistente ● Fatores que melhoram ou pioram ● Emoção, sintomas vegetativos, cognições, motor, comportamento ● Uso de substâncias (cafeína) ● Diagnósticos somático ➔ Transtorno de pânico São ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos em que durante ocorre quatro ou mais sintomas. O surto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou ansioso. Para se tornar patológico, é preciso que pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”) 2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex, comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas) ➔ Agorafobia A. Medo ou ansiedade marcante acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes: 1. Uso de transporte público (p. ex, automóveis, ônibus, trens, navios, aviões) 2. Permanecer em espaços abertos (p. ex, estacionamentos, mercados, parques) 3. Permanecer em locais fechados (p. ex, lojas, teatros, cinemas) 4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a multidões 5. sair de casa sozinho B. O indivíduo tem medo ou evita essa situação devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (p. ex, medo de cair nos idosos medo de incontinência) C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo e ansiedade E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural F. O medo, ansiedade ou esquiva persistente, geralmente durando mais de seis meses. G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo H. Se outra condição médica (p. ex, doença inflamatória intestinal, doença de parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente excessivo. I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental- por exemplo, os sintomas não estão restritos a fobia específica, tipo situacional; não envolvem apenas situações sociais (como no transtorno obsessivo-compulsivo), percepção de defeitos ou falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade de separação) NOTA: A agorafobia é diagnosticada independentemente na presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados. ➔ Fobia específica A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objetivo ou situação (p. ex, voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue) NOTA: em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se) B. O objeto ou situação fóbica quase inevitavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na agorafobia); objetos ou situações relacionados a obsessão (como no transtorno obsessivo-compulsivo); evocação de eventos traumáticos (como no transtorno de estresse pós traumático; separação de casa ou de figuras de apego (como no transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade social) ➔ Fobia social O indivíduo é ansioso, teme ou se esquiva de situações sociais ou outras situações em que poderá ser avaliado ou observado, visto que interpreta o fato como risco de avaliação negativa. 1. medo 2. apreensão em eventos sociais 3. preocupações em fazer ou falar algo inconveniente 4. ser o foco das atenções 5. medo de julgamento 6. dificuldade de interação com pessoas desconhecidas 7. preocupação em não demonstrar ansiedade. Para que o diagnóstico seja fechado é necessário que o indivíduo preencha alguns critérios conforme DSM V:1. Medo de agir de forma que exponha sua ansiedade e seja avaliado negativamente; 2. Medo e ansiedade diante de situações sociais, por isso geralmente são evitadas; 3. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real; 4. Geralmente o quadro dura mais de seis meses; 5. Causa prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo; 6. Causa sofrimento clinicamente significativo ➔ Transtorno de ansiedade generalizado A. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses e relacionada a inúmeros eventos ou atividades (p.ex. trabalho e desempenho escolar). B. A preocupação é difícil de controlar. C. A ansiedade e a preocupação estão associados a três (ou mais) dos seguintes sintomas (com pelo menos alguns sintomas estando presente na maioria dos dias nos últimos seis meses): • inquietação ou sensação de estar no limite; 1. cansar-se facilmente; 2. dificuldade de concentração; 3. irritabilidade; 4. tensão muscular; 5. distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação sono não satisfatório). D. Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente significante ou incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras. E. O transtorno não pode ser atribuído a: uma condição médica geral, uso de substâncias ou outro transtorno mental. Texto sobre o assunto - http://revista.fmrp.usp.br/2017/vol50-Supl-1/SIMP5-Caracteristicas-basicas-do-transtorno-de -ansiedade-generalizada.pdf ➔ Transtorno obsessivo compulsivo A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas: Obsessões são definidas por (1) e (2): 1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados, em algum momento durante a perturbação, como intrusivos, indesejáveis e que causam acentuada ansiedade ou desconforto na maioria dos indivíduos; 2. 2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação (por exemplo, executando uma compulsão); Compulsões são definidas por 1 e 2: 1. .Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (rezar, contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente. 2. Os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir ansiedade ou desconforto ou prevenir algum evento ou situação temida. Entretanto, esses comportamentos ou atos mentais ou não são conectados de uma forma realística com o que pretendem neutralizar ou prevenir ou são claramente excessivos. B. As obsessões ou compulsões consomem tempo (por exemplo, tomam mais de uma hora por dia) ou causam desconforto clinicamente significativo ou comprometimento social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento; C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não podem ser atribuídos ao efeito fisiológico direto de uma substância (p.ex. droga de abuso ou a uma medicação) ou a outra condição médica. D. O conteúdo das obsessões ou compulsões não pode ser preferentemente atribuído a sintomas de algum outro transtorno do DSM V(p. ex., preocupações excessivas no TAG; comer ritualisticamente em transtornos da alimentação; arrancar cabelos na tricotilomania; beliscar a pele no transtorno do beliscar-se; preocupação com aparência no transtorno dismórfico corporal; preocupação com drogas ou com jogo nos transtornos de uso de substância ou relacionados; preocupação com objetos no transtorno do colecionamento; preocupação com doenças graves na presença de ansiedade relacionada a doenças; preocupação com impulsos ou fantasias sexuais nas parafilias; preocupação com impulsos nos transtornos de controle de impulsos; ruminações de culpa no transtorno depressivo maior; inserção do pensamento ou preocupações delirantes num transtorno psicótico, ou padrões de comportamentos repetitivos nos transtornos do espectro do autismo Texto sobre: http://www.ufrgs.br/toc/images/profissional/material_didatico/diagnostico_clinico_diagnostico _diferencial_e_comorbidades_no_TOC.pdf Tratamentos: TOC ● Psicoterapia ou/e medicamentos ● TCC ● ISRS (escitalopram, fluvoxamina, fluoxetina, paroxetina, sertralina) ● Clomipramina ● ISRSN (venlafaxina) ● Antipsicóticos (risperidona, aripiprazol, sulpirida) Transtorno de pânico ● Farmacoterapia e/ou psicoterapia ● TCC - exposição ● Antidepressivos - ISRS (Citalopram, escitalopram, paroxetina, sertralina) e ISRSN (venlafaxina), tricíclicos (Imipramina e clomipramina) ● Benzodiazepínicos (Diazepam, clonazepam, alprazolam, lorazepam) Fobia social ● TCC ● Antidepressivos - ISRS (escitalopram, paroxetina, sertralina) e ISRSN (venlafaxina) tricíclicos (imipramina e clomipramina) ● Moclobemida ● Benzodiazepínicos (clonazepam) Fobia específica ● Farmacoterapia e/ou psicopatologia ● TCC - confrontação ● Antidepressivos - ISRS (paroxetina), Benzodiazepínicos (Diazepam, clonazepam, alprazolam, lorazepam) TAG ● TCC e terapia psicodinâmica ● Antidepressivos - ISRS (escitalopram, paroxetina) e ISRSN (venlafaxina, duloxetina), pregabalina ● Benzodiazepínicos (Diazepam, clonazepam, alprazolam, lorazepam) ● Buspirona ● Anti-histamínicos: hidroxizina e quetiapina
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