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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DP– EPA – EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO BANCO BRADESCO S.A. Guilherme Batista Carlos N21497-0 São Paulo 2018 GUILHERME BATISTA CARLOS – N21497-0 DP– EPA – EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO BANCO BRADESCO S.A. DP - Atividades Práticas Supervisionadas – trabalho apresentado como exigência para a avaliação do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista, sob orientação do Professor, Mestre e Coordenador Maurício Narciso São Paulo 2018 SUMÁRIO Introdução 03 I. Apresentação da Empresa 04 1.1. Perfil da Organização 04 1.1.1. Força de Trabalho 05 1.1.2. Produtos e Serviços 05 1.1.3. Clientes-Alvo 06 1.1.4. Principais Insumos 07 II. Revisão Conceitual 08 2.1. Pensamento Administrativo 08 2.2. Os Primórdios da Administração 09 2.3. Abordagem Neoclássica da Administração 12 2.4. Novas Abordagens da Administração 16 2.5. Atendimento ao Cliente 14 IV. Identificação das Práticas 16 4.1. Modelo de Negócios do Bradesco 18 4.2. Indicadores Ethos – 4 á 10 – Negócios Sustentáveis 18 4.3. Diretrizes Organizacionais 26 4.4. Impacto do Macro Ambiente Bradesco 26 4.4.1. Radar Ambiental Bradesco - Macrotendências 27 4.4.2. Preparo para enfrentar Macrotendências 29 4.5. Tipologia Cultural Predominante no Bradesco 31 Considerações Finais 34 Referências 36 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho foi desenvolvido através do questionário do Instituto Ethos e apresentado a equipe administrativa do Bradesco O Bradesco é líder mundial como instituição financeira e busca continuamente em busca de novos métodos e tecnologias, sempre se superando para entregar serviços inovadores e soluções que auxiliam os clientes a progredirem em seus negócios. O modelo adotado para gerenciar a empresa emprega diversos conceitos de administração. Os resultados obtidos comprovam a evolução do pensamento administrativo, as estratégias de governança e o foco almejado com o controle da gestão. É possível descrever alguns dos conceitos colocados em prática, tais como: qualidade, produtividade, agilidade de comercialização no mercado, risco reduzido, sustentabilidade e segurança. A empresa é liderada por pessoas com muitos anos de experiências em suas áreas de atuação. O objetivo específico desse trabalho, é analisar as informações colhidas e propor melhorias, apresentando sugestões que visam contribuir para o crescimento da empresa, indo ao encontro da evolução administrativa e governamental da mesma, se for o caso. . 4 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Empresa: Banco Bradesco Bradescard S.A. Nome Fantasia: Bradesco Fundado em: 1943 CNPJ: 10.278.888/0001-82 Endereço: Alameda Rio Negro, 585. Bairro: Alphaville CEP: 06454-000 Cidade/Estado: Barueri – SP. � Fundado em Marília em 10 de março de 1943. � Primeiro banco a colocar seus gerentes na área de atendimento ao público. � Lança a primeira Conta Corrente Popular e Juvenil. � Inicia a expansão para o sul do Brasil com 7 agências no Paraná; Cenário Atual: Com mais de 44 mil pontos de atendimento, 55 milhões de clientes, sendo 24 milhões de correntistas, o Banco Bradesco é uma das maiores instituições financeiras do Brasil, considerando o total de ativos, número de agências e clientes. Interior da Agência de Marilia, Fundada em 1943, por Amador Aguiar. Fonte: https://banco.bradesco/html/classic/sobre/nossa-historia.shtm 1.1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO S.A. - Sociedade Anônima, companhia de Capital Aberto conforme Art. 4º da Lei 6404/76das Sociedades Anônimas de 1976. O Banco Bradesco, segundo os critérios do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) a empresa se enquadra na classificação S/A, optante pelo Lucro Real – Arrecadando uma receita bruta operacional superior a R$ 3,6 milhões anuais. 5 1.1.1. FORÇA DE TRABALHO O Banco Bradesco possui 92.861 funcionários, empregados seguindo o regime jurídico de vínculo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) de acordo com o DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. 1.1.2. PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS O banco oferece serviços e produtos que incluem operações de crédito e captação de depósitos, emissão de cartões de crédito, consórcio, seguros, arrendamento mercantil, cobrança e processamento de pagamentos, planos de previdência complementar, gestão de ativos e serviços de intermediação e corretagem de valores mobiliários. Produtos e Serviços Oferecidos pelo Bradesco Fonte: https://www.bradescori.com.br/ 6 1.1.3. CLIENTES-ALVO Fundado por Amador Aguiar, na Marília, com uma visão inovadora de ser um banco democrático, presente em todo o País, a serviço de seu desenvolvimento econômico e social, o atende no Brasil e no exterior a diversos perfis de públicos, pessoa física, empresas de todos os portes e importantes sociedades e instituições nacionais e internacionais, imigrantes, lavradores e pequenos comerciantes, além do público tradicional das casas bancárias, formado por empresários e grandes proprietários de terras. Segmentação por público-alvo. Fonte: https://www.bradescori.com.br/ 7 1.1.4. PRINCIPAIS INSUMOS Com o apoio das grandes marcas do mercado que fornecem os produtos, a empresa proporciona a melhor experiência de compra e consumo em tecnologia. Insumos - Fonte: https://www.bradescori.com.br/ 8 2. REVISÃO CONCEITUAL 2.1. PENSAMENTO ADMINISTRATIVO É sabido que o pensamento administrativo existe desde os primeiros anos de vida na humana na terra, onde os homens das cavernas administravam suas tarefas de caçar, comer, e se proteger dos perigos para manter sua sobrevivência. Porém, eles não atribuíram nomes científicos a essa tarefa, até mesmo porque não sabia que isso fazia parte do trabalho de organizar. O pensamento administrativo obteve força e estruturação com a revolução Industrial, onde houve a necessidade de formular novos métodos de trabalho e de Gestão. Com o surgimento de casos adversos, vários pensadores começaram a estudar a forma de administrar criando diversas teorias, algumas que são utilizadas até hoje, outras que acabaram sendo formuladas para acompanhar a globalização e as mudanças constantes do cenário mercadológico e suas adversidades. Segundo Chiavenato (2004) a palavra administração vem do latim, no qual, ad se refere à direção, tendência para e minister se refere à subordinação ou obediência, significa aquele que realiza uma função sob comando de outro. Maximiano (2006) informa que o pensamento administrativo pode ser conceituado como um enfoque específico a um aspecto particular da organização, ou uma forma peculiar de estudá-la, e a organização desses pensamentos são formadoresde teorias a serem estudadas pela Teoria Geral da Administração. Segundo Garcia e Bronzo (2000) as teorias são propostas de acordo com os contextos históricos em que estão inseridas, enfatizando os problemas mais importantes enfrentados na época em quem foram fundamentadas. A primeira Escola foi a Clássica, responsável pela ênfase nas tarefas por Frederick Taylor e Henry Ford e fonte de embasamento de todas as outras teorias posteriores, seja como critica aos pontos falhos dessa ou apropriando-se das vantagens oferecidas pela mesma. A Escola de Relações Humanas logo após a consolidação do pensamento clássico como uma espécie de crítica ao dito pelas teorias anteriores, que tinham o funcionário como recurso produtivo. Ainda depois das teorias Comportamentais, a Teoria Neoclássica surgiu unindo os pensamentos de quase todas as outras teorias prévias. 9 Segundo Chiavenato (2004), tudo em Administração depende da situação e das circunstâncias, além de ser relativo a complexidade das organizações. Por esta razão foram desenvolvidas diversas Teorias Administrativas, apresentadas nos tópicos seguintes. Em seguida entender o contexto de Gestão Industrial, com ferramentas e funções que servem de base das técnicas para o melhoramento de processos. Ele apresenta uma linha cronológica das abordagens administrativas: Cronologia das Abordagens administrativas. Fonte: Introdução à Teoria Geral de ADM. 2011. 2.2. OS PRIMORDIOS DA ADMINISTRAÇÃO Chiavenato, em seu livro de Introdução á Teoria Geral da Administração (2004), narra que a história da Administração é recente. Ela é um produto típico do século XX. Na verdade, a Administração tem pouco mais de cem anos e constitui o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa de vários precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual em seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias. Por isso, a moderna Administração utiliza conceitos e princípios empregados nas Ciências Matemáticas (inclusive a Estatística), nas Ciências Humanas (como Psicologia, Sociologia, Biologia, Educação etc.), nas Ciências Físicas (como Física, Química etc.), como também no Direito, na Engenharia, na Tecnologia da Informação etc. Referências pré-históricas acerca das magníficas construções erigidas durante a Antiguidade no Egito, na Mesopotâmia, 10 na Assíria testemunharam a existência em épocas remotas de dirigentes capazes de planejar e guiar os esforços de milhares de trabalhadores em monumentais obras que perduram até nossos dias, como as pirâmides do Egito. Os papiros egípcios atribuídos à época de 1300 a.c. já indicam a importância da organização e da administração da burocracia pública no Antigo Egito. Na China, as parábolas de Confúcio sugerem práticas para a boa administração pública. Apesar dos progressos no conhecimento humano, a chamada Ciência da Administração somente surgiu no despontar do início do século XX. A TGA é uma área nova e recente do conhecimento humano. Para que ela surgisse foram necessários séculos de preparação e antecedentes históricos capazes de permitir e viabilizar as condições indispensáveis ao seu aparecimento. Através dos séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram se transferindo das instituições dos Estados (como era o caso de Atenas, Roma etc.) para as instituições da Igreja Católica e da organização militar. Essa transferência se fez lentamente porque a unidade de propósitos e objetivos - princípios fundamentais na organização eclesiástica e militar - nem sempre é encontrada na ação política que se desenvolvia nos Estados, movida por objetivos contraditórios de cada partido, dirigente ou classe social. A organização militar influenciou o aparecimento das teorias da Administração. Há 2.500 anos, Sun Tzu,5 um general filósofo chinês - ainda reverenciado nos dias de hoje - escreveu um livro sobre a arte da guerra no qual trata da preparação dos planos, da guerra efetiva, da espada embainhada, das manobras, da variação de táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da organização do exército. As lições de Sun Tzu ganharam versões contemporâneas de muitos autores e consultores. A organização linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo das organizações militares. A esca hierárquica - ou seja, os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade - é um aspecto típico da organização militar utilizado em outras organizações. Com o passar dos tempos, na medida em que o volume de operações militares aumenta, cresce também a necessidade de se delegar autoridade para os 11 níveis mais baixos da organização militar. Ainda na época de Napoleão (1769-1821), cada general, ao chefiar seu exército, cuidava da totalidade do campo de batalha. Com as guerras de maior alcance e de âmbito continental, o comando das operações exigiu novos princípios de organização e planejamento e controle centralizados em paralelo com operações descentralizadas, ou seja, passou-se à centralização do comando e à descentralização da execução. Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua posterior aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que, em um lapso de um século, foram maiores do que todas as mudanças ocorridas no milênio anterior. O rápido e intenso fenômeno da maquinização das oficinas provocou fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores e que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em fábricas. O início da história da administração foi predominantemente uma história de cidades, de países, governantes, exércitos e da Igreja. A Revolução Industrial provocou o surgimento das fábricas e o aparecimento da empresa industrial e, com isso, provocou as seguintes mudanças na época: � Aparecimento das fábricas e das empresas industriais; � Substituição do artesão pelo operário especializado; � Crescimento das cidades e aumento da necessidade de administração pública; � Surgimento dos sindicatos como organização proletária a partir do início do século XIX. Somente a partir de 1890 alguns deles foram legalizados; � Início do marxismo em função da exploração capitalista; � Doutrina social da Igreja para contrabalançar o conflito entre capital e trabalho; � Primeiras experiências sobre administração de empresas; � Consolidação da administração como área de conhecimento. � Início da Era Industrial que se prolongou até a última década do século XX. 12 1.1. ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Chiavenato (2004) discorre que a Abordagem Neoclássica teve início na década de 1950, após o fim da Segunda Guerra Mundial, momento em que o mundo passou um surto de desenvolvimento industrial e econômico. Em outras palavras, ele descreve que o mundo das organizações ingressou em uma etapa de grandes mudanças e transformações. Com o surgimento da televisão, do motor a jato e o esboço das telecomunicações, o mundo organizacional já não seria mais o mesmo. As repercussões sobre a teoria administrativa não tardaram a acontecer. Apesar da influência das ciências do comportamento sobre a teoria administrativa, os pontos de vista dos autores clássicos nunca deixaram de subsistir. Todas as críticas aos postulados clássicos e aos enfoques tradicionais da organização,os princípios de Administração, a departamentalização, a racionalização do trabalho, a estrutura linear ou funcional, enfim, a abordagem clássica nunca foi totalmente substituída por outra abordagem. Todas as teorias administrativas posteriores se assentaram na Teoria Clássica, seja como ponto de partida seja como crítica para tentar uma posição diferente. A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria Neoclássica representa a Teoria Clássica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas. A abordagem clássica baseia-se nos seguintes fundamentos: � A Administração é um processo operacional composto por funções, como: planejamento, organização, direção e controle. � Como a Administração envolve uma variedade de situações organizacionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo. � A Administração é uma arte que, como a Medicina ou a Engenharia, deve se apoiar em princípios universais. � Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas e físicas, são verdadeiros. 13 � A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do administrador. Como ciência ou arte, a teoria da Administração não precisa abarcar todo o conhecimento para poder servir de fundamentação científica aos princípios de Administração. O autor elenca as principais características da Teoria Neoclássica: � Ênfase na prática da administração: A Teoria Neoclássica caracteriza-se por uma forte ênfase nos aspectos práticos da Administração, pelo pragmatismo e pela busca de resultados concretos e palpáveis, muito embora não se tenha descurado dos conceitos teóricos da Administração. Os autores neoclássicos desenvolvem seus conceitos de forma prática e utilizável, visando principalmente à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática. Quase todos os neoclássicos referem-se a essa prática da Administração ou a essa ação administrativa, enfatizando aspectos instrumentais da Administração. A Teoria Neoclássica representa a contribuição do espírito pragmático americano. � Reafirmação dos postulados clássicos: A Teoria Neoclássica é quase como uma reação à enorme influência das ciências do comportamento no campo da Administração em detrimento dos aspectos econômicos e concretos que envolvem o comportamento das organizações. Os neoclássicos pretendem colocar as coisas em seus devidos lugares. E, para tanto, retomam grande parte do material desenvolvido pela Teoria Clássica, redimensionando-o e reestruturando-o de acordo com as contingências da época atual, dando-lhe uma configuração mais ampla e flexível. A estrutura de organização do tipo linear, funcional e linha-staff, as relações de linha e assessoria, o problema da autoridade e responsabilidade, a departamentalização e toda uma avalanche de conceitos clássicos são realinhados dentro da nova abordagem neoclássica. � Ênfase nos princípios gerais de administração: Os neoclássicos estabelecem normas de comportamento administrativo. Os princípios de Administração que os clássicos utilizavam como "leis" científicas são retomados pelos neoclássicos como critérios elásticos para a busca de 14 soluções administrativas práticas. O estudo da Administração para alguns autores, como Koontz e O'Donnell,l The Haiman e outros, baseia-se na apresentação e discussão de princípios gerais de como planejar, organizar, dirigir, controlar etc. Os administradores são essenciais a toda organização dinâmica e bem-sucedida, pois devem planejar, organizar, dirigir e controlar as operações do negócio. Qualquer que seja a organização - indústria, governo, Igreja, exército, supermercado, banco ou universidade - apesar das diferentes atividades, os problemas de selecionar gerentes e pessoas, de estabelecer planas e diretrizes, avaliarem resultados de desempenho e coordenar e controlar operações para alcançar objetivos desejados é comum a todas as organizações. Os autores neoclássicos se preocupam em estabelecer os princípios gerais da Administração capazes de orientar o administrador no desenvolvimento de suas funções. Esses princípios gerais, apresentados sob forma e conteúdo variados por parte de cada autor, procuram definir o processo pelo qual o administrador deve planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho dos seus subordinados. Alvin Brown chegou a coletar 96 princípios gerais de Administração. � Ênfase nos objetivos e nos resultados: Toda organização existe, não para si mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Daí a ênfase colocada nos objetivos organizacionais e nos resultados pretendidos, como meio de avaliar o desempenho das organizações. Os objetivos são valores visados ou resultados desejados pela organização. A organização espera alcançá-los por meio de sua operação eficiente. Se essa operação falha, os objetivos ou resultados são alcançados parcialmente ou simplesmente frustrados. São os objetivos que justificam a existência e a operação de uma organização. Um dos melhores produtos da Teoria Neoclássica é a chamada Administração por Objetivos (APO), de que trataremos mais adiante. � Ecletismo nos conceitos: Embora se baseiem na Teoria Clássica, os autores neoclássicos são ecléticos, absorvendo o conteúdo de outras teorias administrativas mais recentes. Devido a esse ecletismo, a Teoria Neoclássica 15 se afigura como uma Teoria Clássica atualizada e dentro do figurino eclético que define a formação do administrador na metade final do século XX. Sobre os tipos de Estruturas Chiavenato (2004) relata que uma das características da Teoria Clássica foi a demasiada ênfase dada à estrutura, ou seja, à organização formal. Os autores clássicos restringiram-se aos aspectos formais da organização, como divisão do trabalho, especialização, hierarquia, autoridade, responsabilidade, coordenação etc. Todos esses aspectos formais foram abordados pelos autores clássicos em termos normativos e prescritivos, em função dos interesses da organização e no sentido de alcançar a máxima eficiência. A organização formal com põe-se de camadas hierárquicas ou níveis funcionais estabelecidos pelo organograma e com ênfase nas funções e nas tarefas. Esses níveis são definidos e diferenciam o grau de autoridade delegada e o endereçamento das ordens, instruções e recompensas salariais. A organização formal compreende estrutura organizacional, diretrizes, normas e regulamentos da organização, rotinas e procedimentos, enfim, todos os aspectos que exprimem como a organização pretende que sejam as relações entre os órgãos, cargos e ocupantes, a fim de que seus objetivos sejam atingidos e seu equilíbrio interno seja mantido. Em síntese, a organização formal é a determinação dos padrões de inter-relações entre os órgãos ou cargos, definidos logicamente por meio das normas, diretrizes e regulamentos da organização, para o alcance dos seus objetivos. Assim, a estrutura organizacional é um meio de que se serve a organização para atingir eficientemente seus objetivos. O autor menciona que Para a abordagem clássica, a base fundamental da organização é a divisão do trabalho. À medida que uma organização cresce, ela tende a se diferenciar e a especializar cada vez mais as unidades que compõem sua estrutura organizacional. Enquanto os engenheiros da Administração Científica preocupavam-se com a especialização do trabalho ao nível do operário,com os métodos e processos de trabalho (ênfase nas tarefas), os autores clássicos voltavam-se para a estruturação dos órgãos (ênfase na estrutura organizacional). A Teoria Neoclássica complementa essas duas contribuições anteriores com novas abordagens sobre a departamentalização. 16 Ele discorre sobre o assunto informando que para os autores clássicos, a especialização na organização pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal. A especialização vertical ocorre quando se verifica a necessidade de aumentar a qualidade da supervisão ou chefia acrescentando mais níveis hierárquicos na estrutura. A especialização vertical se faz à custa de um aumento de níveis hierárquicos. É um desdobramento da autoridade e por isso denominada processo escalar, pois se refere ao crescimento da cadeia de comando. A especialização vertical caracteriza-se sempre pelo crescimento vertical do organograma, isto é, pelo aumento do número de níveis hierárquicos. Por outro lado, a especialização horizontal ocorre quando se verifica a necessidade de aumentar a perícia, a eficiência e a melhor qualidade do trabalho em si. Corresponde a uma especialização de atividade e de conhecimentos. A especialização horizontal se faz à custa de um maior número de órgãos especializados, no mesmo nível hierárquico, cada qual em sua tarefa. A especialização horizontal é também denominada processo funcional e caracteriza-se sempre pelo crescimento horizontal do organograma. É mais conhecida pelo nome de departamentalização, pela sua tendência incrível de criar departamentos. 1.2. NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO Chiavenato 2004 discursa que a Teoria Administrativa está atravessando um período de intensa e profunda revisão e crítica. Desde os tempos da teoria estruturalista não se via tamanha onda de revisionismo. O mundo mudou e também a teoria administrativa está mudando. Mas, para onde? Quais os caminhos? Algumas dicas podem ser oferecidas pelo que está acontecendo com a ciência moderna que também está passando por uma forte revisão em seus conceitos. Afinal, a teoria administrativa não fica incólume ou distante desse movimento de crítica e renovação. Na verdade, a teoria administrativa passou por três períodos em sua trajetória: � O período cartesiano e newtoniano da Administração. Foi à criação das bases teóricas da Administração iniciada por Taylor e Fayol envolvendo principalmente a Administração Científica, a Teoria Clássica e a Neoclássica. A influência predominante foi a física tradicional de Isaac Newton e a 17 metodologia científica de René Descartes. Foi um período que se iniciou no começo do século XX até a década de 1960, aproximadamente, e no qual o pensamento linear e lógico predominou na teoria administrativa. Foi um período de calmaria e de relativa permanência no mundo das organizações. � O período sistêmico da Administração. Aconteceu com a influência da Teoria de Sistemas que substituiu o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanicismo pelo expansionismo, pensamento sintético e teleologia, respectivamente a partir da década de 1960. A abordagem sistêmica trouxe uma nova concepção da Administração e a busca do equilíbrio na dinâmica organizacional em sua interação com o ambiente externo. Teve sua maior influência no movimento DO e na Teoria da Contingência. Foi um período de mudanças e de busca da adaptabilidade no mundo das organizações. � O período atual da Administração. Está acontecendo graças à profunda influência das teorias do caos e da complexidade na teoria administrativa. A mudança chegou para valer no mundo organizacional. De acordo com Daft (1990), Basicamente, o DO - Desenvolvimento Organizacional lida com mudanças organizacionais, efetuando a relação entre o indivíduo, a organização e o ambiente em que estão inseridos – e que logicamente passa pela transformação. É impossível tratar das questões inerentes ao DO sem que três conceitos básicos sejam analisados, são eles: Mudança, Cultura e Comunicação Organizacional. Motta e Vasconcelos (2006) relacionam o conceito de Desenvolvimento Organizacional a três itens distintos, porém complementares: � Estratégia Educacional; � Mudança Planejada � Comportamento. Foguel e Souza (1985) apontam que o DO é entendido como uma abordagem educacional, cujo objetivo é o de aumentar a capacidade dos membros das organizações de lidar com desafios e problemas. 18 3. 4. IDENTIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS 4.1. MODELO DE NEGOCIOS DO BRADESCO A estratégia do Bradesco está baseada em um modelo de negócios equilibrado, que combina as atividades bancárias e de seguros, e no fato de estar presente em todos os municípios brasileiros, atendendo todas as classes sociais por intermédio de sua estrutura segmentada e pelas várias opções de acesso presencial e digital. Podem ser verificados no infográfico a seguir os insumos e elementos- chave da estratégia que geram valor ao Bradesco. Com ações direcionadas ao relacionamento com clientes, o processo de segmentação no Bradesco alinha-se à tendência de mercado que consiste em reunir grupos de clientes de um mesmo perfil, permitindo, assim, atendimento diferenciado e crescentes ganhos de produtividade e rapidez. Esse processo proporciona maior flexibilidade e competitividade na execução de sua estratégia de negócios, dando dimensão às operações, tanto para pessoas físicas e jurídicas, em termos de qualidade e especialização, quanto nas demandas específicas das mais diversas faixas de clientes. A visão relativa à segmentação está estabelecida em quatro pontos básicos: a renda dos clientes, seus volumes de aplicação, a relação comportamental das pessoas com a Organização e o perfil delas. Com base nessas premissas, são definidas ações de expansão da rede de atendimento e promoção de novas oportunidades de inclusão financeira. Um dos exemplos foi à constatação de que 2,4 milhões de correntistas não vão a uma agência bancária há mais de três meses, priorizando o relacionamento exclusivamente por meios eletrônicos, como a internet, o celular ou os terminais de autoatendimento. Esse universo de clientes realiza 92% de suas transações pelos canais digitais. 4.2. INDICADORES ETHOS - 4 Á 10 – NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS Através do cruzamento das informações obtidas na pesquisa exploratória, agregada ao Questionário do Instituto Ethos, será explicito se de fato ou não, a organização é voltada para um negócio responsável e sustentável. 19 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 20 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 21 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 22 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 23 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 24 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 25 https://www3.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-eresponsaveis/#. 26 4.3. DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS � MISSÃO: Contribuir para a realização das pessoas e para o desenvolvimento sustentável, mediante a oferta de soluções, produtos e serviços financeiros e de seguros,amplamente diversificados e acessíveis. � VISÃO: Ser a opção preferencial do cliente, tanto no mundo físico quanto no digital, diferenciando-se por uma atuação eficiente e para todos os segmentos de mercado. � VALORES: � Cliente como razão de ser da Organização; � Transparência em todos os relacionamentos; � Respeito à concorrência; � Compromisso com a melhoria contínua de qualidade; � Respeito à dignidade e diversidade do ser humano; � Crença no valor e na capacidade de desenvolvimento das pessoas 4.4. IMPACTO DO MACRO AMBIENTE DO BRADESCO Todas as organizações precisam lidar com os fatores do macro ambiente, ou seja, fatores os quais fogem do domínio da empresa, mas afetam seu desenvolvimento e influenciam nas suas estratégias. Embora estes fatores sejam incontroláveis, é de total necessidade que sejam monitorados e que haja reação frente a eles. O processo de gerenciamento do risco de mercado é realizado de maneira corporativa, abrangendo desde as áreas de negócios até o Conselho de Administração. Este processo envolve diversas áreas, com atribuições específicas, garantindo uma estrutura eficiente, sendo que a mensuração e controle do risco de mercado são realizados de maneira centralizada e independente. Este processo permitiu a Organização ser a primeira instituição financeira no país autorizada pelo Banco Central do Brasil a utilizar, desde Janeiro de 2013, seus modelos internos de 27 risco de mercado para a apuração da necessidade do capital regulamentar. O processo de gerenciamento é também revisado, no mínimo, anualmente pelos Comitês e aprovado pelo próprio Conselho de Administração. Mapa dos Riscos. - Fonte: https://www.bradescori.com.br/ 4.4.1. RADAR AMBIENTAL BRADESCO - MACROTENDÊNCIAS Segundo Massonier (2008), macrotendências são fenômenos que designam determinadas trajetórias de transformação dentro das sociedades. As macrotendências que norteiam o Bradesco são: � Ambiente Geofísico: • Frustação de crescimento global; • Mudanças climáticas; • Mudanças demográficas globais; � Ambiente do Cliente/Consumidor: • O pluralismo, como nova realidade do cliente; • O aumento da complexidade do cliente; • O cliente cada vez mais exigente; • O foco do cliente; 28 � Ambiente Jurídico: • Risco de Conformidade: Representado pela possibilidade de a instituição sofrer sanções legais ou administrativas, perdas financeiras, danos de reputação e outros danos, decorrentes de descumprimento ou falhas na observância do arcabouço legal, da regulamentação infra legal, das recomendações dos órgãos reguladores e dos códigos de autor regulação aplicáveis. • Risco Legal: Representado pela possibilidade da Organização não conduzir seus negócios em conformidade com leis, normas, regulamentos e códigos de conduta aplicáveis às suas atividades, podendo, consequentemente, causar danos à sua imagem e prejuízos de ordem financeira decorrentes de demandas judiciais e de sanções legais. � Ambiente Competitivo: • Importância de atrair, desenvolver e reter talentos; • Questionar-se tudo, sempre; � Ambiente Econômico: • Elevação da inflação e juros nos Estados Unidos; • Perda financeira por oscilação de preços e taxas de juros de mercado dos instrumentos financeiros detidos pela Organização, uma vez que suas operações ativas e passivas podem apresentar descasamentos de montantes, prazos, moedas e indexadores. • Deterioração da situação econômica e fiscal brasileira; • Volatilidade dos mercados de capitais; • Excessiva dependência dos EUA; • Volatilidade cambial; � Ambiente Politico: • Imprevisibilidade da política norte-americana e Brasileira; • Questões geopolíticas; • Impactos do Brexit e eleições na Europa; � Ambiente Social: • O risco socioambiental é representado por potenciais danos que uma atividade econômica pode causar à sociedade e ao meio ambiente. Os 29 riscos socioambientais associados às instituições financeiras são, em sua maioria, indiretos e advém das relações de negócios, incluindo aquelas com a cadeia de fornecimento e com os clientes, por meio de atividades de financiamento e investimento. • Risco de Conduta Corporativa; � Ambiente Tecnológico: • Ataques Cibernéticos; • Inovação Tecnológica em Serviços Financeiros (FinTech); 4.4.2. PREPARO PARA ENFRENTAR AS MACROTENDÊNCIAS Tabela para avaliar o modo do preparo da empresa para enfrentar as Macrotendências: Preparo para Macrotendências. - Fonte: Autor do Trabalho. A Organização acredita que o gerenciamento de riscos e das macrotendências é imprescindível para possibilitar a estabilidade das instituições financeiras em longo prazo e que a postura de transparência na divulgação de informações referentes a esta atividade fortalece a Organização, contribuindo para a 30 solidez do sistema financeiro nacional e a sociedade em geral. Como consequência do processo de aperfeiçoamento contínuo e melhores práticas no gerenciamento de riscos e macrotendências, a Organização foi a primeira instituição financeira no país autorizada pelo Banco Central do Brasil a utilizar, desde Janeiro de 2013, seus modelos internos de risco de mercado, que já eram utilizados na sua gestão, para apuração do capital regulamentar. O escopo do gerenciamento de riscos da Organização alcança a mais ampla visão, permitindo que os riscos inerentes ao Consolidado Econômico-Financeiro (inclui o escopo regulamentar do Conglomerado Prudencial e demais empresas do Consolidado) sejam devidamente identificados, mensurados, mitigados, acompanhados e reportados, visando suportar o desenvolvimento de suas atividades. Para tanto, a atuação da Organização é realizada por meio de três linhas de defesa em que todos contribuem para proporcionar segurança razoável de que os objetivos especificados sejam alcançados: � Primeira linha de defesa, representada pelas áreas de negócio e áreas corporativas de suporte, responsável por identificar, avaliar e reportar os riscos inerentes como parte das atividades do dia a dia e por implementar ações corretivas com o intuito de manter a efetividade dos controles; � Segunda linha de defesa, representada por áreas de apoio centralizadas, responsáveis por estabelecer políticas e procedimentos de gerenciamento de riscos e conformidade para o desenvolvimento e/ou monitoramento dos controles da primeira linha de defesa. Nesta linha, destacam-se as áreas de Riscos, Controles Internos, Compliance e Conduta Ética, Jurídico, Segurança Corporativa, entre outras; � Terceira linha de defesa, representada pelo Departamento de Inspetoria Geral (Auditoria Interna), responsável por avaliar e reportar a eficácia da governança, do gerenciamento de riscos e dos controles internos, incluindo a forma como a primeira e a segunda linha de defesa alcançam seus objetivos. 31 4.5. TIPOLOGIA CULTURAL PREDOMINANTE NO BRADESCO � Cultura da Qualidade (Aceita Mudanças): • Planejamento Estratégico totalmente Mapeado e eficaz; • Áreas e departamentos focados para solução Efetiva dos Problemas; • Mapeamento dos Riscos e Macrotendências; � Cultura Criativa (Inicia Mudanças): • Inovação; • Investimento em tecnologia; • Preparação para absorção dos Riscos; • Criação de Novos produtos e Serviços; � Cultura da Produtividade (Resiste a Mudanças): • Eficiência; • Eficácia; • Agilidade; • Códigos de Conduta; • Governança Corporativa; • Comodidade ao cliente; • Segmentação; � Cultura Cooperativa (Responde as Mudanças): • Crescimento; • Meritocracia; • Trabalho em Equipe; • Reputação; Preparopara Macrotendências. - Fonte: Autor do Trabalho. 32 � A Cultura pode Ser Assim Descrita: Como uma Cultura Forte, que tem por grande influência as crenças e ideologias de seu fundador Amador Aguiar, que trouxe sua visão do mundo, seus valores, sua visão do negócio etc. Ele acreditava na existência de uma sociedade móvel e aberta, com grande predominância do indivíduo como construtor da sua própria vida e também da sociedade em que está inserido, e que tudo isso poderia ser viabilizado pela energia suprida por uma moral do trabalho, além de uma realidade meritocrática em que em que os componentes, dedicados e trabalhadores ascenderão e os menos empenhados não terão os benefícios. Ele realmente se apoiava nos ensinamentos da Administração Clássica, com ênfase em impessoalidade; profissionalismo, fim ao nepotismo; aderência a procedimentos; promoção por mérito, responsabilidades por cargos definidas; cadeias de comando; regras fixas; descrições claras (Adaptado através do Livro de Liliana Segnini, 1989). � O que é positivo mudar: Já se sabe que o trabalho supracitado é sobre uma das melhores instituições financeiras e quando o assunto é sugestão de melhoria, ele encolhe. O Bradesco tem em seu Relatório Integrado, bem como em suas reuniões treinamentos e encontro dos funcionários, todo o seu planejamento estratégico mapeado, buscando sempre sinergia em todos os aspectos para que sua evolução seja sempre constante. A sugestão de melhoria, será referente a mão de obra. Claro que a questão da idade é algo implícito, porém, deve ser avaliado, para que pessoas mais velhas, com bons desempenhos tenham a oportunidade de ingressar na empresa. Uma das grandes reclamações é o atendimento pessoa física nas agências bancárias. Apesar de o Bradesco possuir uma plataforma digital totalmente avançada, o atendimento in loco é demorado e deixa a desejar. A sugestão é que dentro da agência eles facilitem a resolução dos problemas, onde é necessário que o dono do produto ou serviço compareça, tornando a vida dele mais prática, assim como é nas plataformas digitais do banco. 33 � O que é positivo mudar: O desejo de sempre inovar, trazendo novas tecnologias e projetos voluntários, voltados para sociedade e sustentabilidade. Pois, o Bradesco se destaca quando o assunto é pensar na sociedade como um todo e no futuro do país. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após as pesquisas supracitadas dos autores competentes, foi possível compreender que a Teoria Geral da Administração, apesar de somente ter sido organizada no século XX, vem sendo praticada, há muitos anos atrás. Porém, ao longo dos anos, com a globalização e adventos tecnológicos, ela vem tomando novos moldes e se adequando aos novos cenários de mercado. Administrar nada mais é que organizar os trabalhos ou processos para o melhor desempenho das organizações. Para que a organização pudesse ser otimizada, vários autores destacados ao longo do trabalho estudaram a administração criando teorias que não só melhoraram a forma de organização, como também se eternizaram, sendo utilizadas nos dias de hoje. A abordagem neoclássica é uma reformulação da Teoria Clássica, repaginada para poder continuar sendo utilizada nos cenários modernos, com uma flexibilidade que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas. Já nas novas abordagens da administração, apoiados em novas teorias que surgiram nos anos 90, e que são responsáveis por evidenciar a volatilidade do mercado, os estudos são em torno de como criar uma organização que se adeque a toda e qualquer mudança no cenário mercadológico, sem que essas mudanças gerem impactos negativos na gestão de pessoas, pois, hoje algumas questões são totalmente geradas por conflitos comportamentais, produção e atividades de financiamento. Essas novas teorias trazem ao administrador uma visão futurística do que os gestores enfrentarão e as variáveis que devem ser consideradas para que as decisões sejam sempre assertivas, maximizando lucros, se solidificando no mercado, minimizando prejuízos e desperdícios. O propósito específico deste trabalho foi o de apresentar a Instituição Bradesco e evidenciar as práticas e evoluções administrativas. É possível afirmar que a empresa desempenha um ótimo trabalho com informações fidedignas e que trazem ampla segurança aos clientes. Realmente é possível compreender porque é uma das maiores e mais elogiadas instituições financeiras do mundo, dominando o mercado em massa. 35 O cuidado que a empresa tem em alcançar os objetivos mencionados em suas diretrizes organizacionais, fazendo valer as premissas implantadas pelo seu fundador Amador Bueno são admiráveis, além de ser possível enxergar dentro da organização vestígios das teorias administrativas mencionadas no referencial teórico. O mercado exterior, bem como as variáveis econômicas tem bastante impacto sobre a organização, por conta das variações cambiais e até mesmo variações politicas. Além de um macro ambiente bem competitivo, uma vez que no Brasil há diversas instituições financeiras, porém, o banco se mostra totalmente preparado para enfrentar qualquer adversidade que surgir, pois, tem uma estrutura organizacional sólida e projetada para o crescimento. A marca Bradesco é reconhecida como uma das mais valiosas do setor financeiro. Ela tem posicionamento de destaque em mercados estratégicos e importantes, como em gestão de recursos, que a BRAM (Bradesco Asset Management) lidera em gestão de ativos privados. Em cash management, ela é líder de mercado de cobrança. Destaca-se ainda a atividade de cartões, por meio da qual disponibiliza plataformas inovadoras, como o programa de fidelidade Livelo, o cartão Elo e toda a base dos cartões Bradesco. Em seguros é líder em ativos na América Latina. Com toda certeza a empresa está totalmente voltada para o futuro, mantendo a força dos valores e crenças que a fizeram emergir no mercado, mapeando a volatilidade do mercado e assumindo cada vez mais a posição de melhor empresa no segmento financeiro. Pode-se de verdade elogiar as grandes iniciativas da instituição em todos os setores, pois, ela realmente faz jus ao seu slogan que é “Bradesco. Para frente”, pois a mesma possui um dos melhores Relatórios Integrados, sendo possível adentrar minuciosamente sobre a Instituição, conhecendo e admirando cada vez mais suas práticas de governança e gestão. 36 REFERÊNCIAS BRADESCO. Relatório Integrado. Disponível em:https://www.bradescori.com.br/site BradescoRI/Uploads/Arquivos/Relatorios/501/501_1_Bradesco%20Relat%C3%B3rio %20Integrado%202017_Portugu%C3%AAs.pdf Acesso em: 20/09/2018; CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações: edição compacta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. DAFT, Richard L. Administração. 1.ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos S.A., 1990. FOGUEL, Sérgio; SOUZA, Carlos C. - Desenvolvimento Organizacional. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1985. GARCIA, Fernando Coutinho; BRONZO, Marcelo. As bases epistemológicas do pensamento administrativo convencional e a crítica à teoria das organizações. Disponível em: <http://www.abrad.org.br/eneo/2000/dwn/Êneo20 00-02.pdf>. Acesso em: 09/09/2018; INSTITUTO ETHOS. Indicadores para Negócios Sustentáveis e responsáveis. Disponível em: https://www3.ethos.org.br/conteudo/indicadores-ethos-publicacoes/#.W7J9UXtKjcu. Acesso em 25/09/2018. MAXIMIANO, Antonio C. A. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2006. MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração. 3.ed. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
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