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Roteiro de Revisao Processo Penaanfiuashnfiaushf98qhrjioqwrfqwl (1)

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CEISC 
DIREITO PENAL E
PROCESSO PENAL 
Prof: Nidal Ahmad
1) INQUÉRITO POLICIAL
XVIII, XVII, XVI, XII, X, VIII, V, IV
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas circunscrições e
terá por fim a apuração das infrações penais e da sua
autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei
seja cometida a mesma função.
CARACTERÍSTICAS
A) PROCEDIMENTO ESCRITO – Art. 9º
B) SIGILOSO
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido
pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. os atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial não
poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes,
salvo no caso de existir condenação anterior.
SÚMULA VINCULANTE Nº 14
É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE
PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO
COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA.
C) OFICIALIDADE
D) INDISPONIBILIDADE – Não pode ser arquivado pelo Delegado – Art. 17
E) INQUISITIVO
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será
realizada, ou não, a juízo da autoridade.
DISPENSABILIDADE
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador
com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do
Ministério Público, ou à autoridade policial.
(...)
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso,
OFERECERÁ A DENÚNCIA NO PRAZO DE QUINZE DIAS.
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias,
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito
policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver
devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o
órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
§ 1o QUANDO O MINISTÉRIO PÚBLICO DISPENSAR O INQUÉRITO POLICIAL, o
prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido
as peças de informações ou a representação
(...)
ENCERRAMENTO
Art. 10. O inquérito DEVERÁ TERMINAR NO PRAZO DE 10 DIAS, se o
indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver
solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará
autos ao juiz competente.
(...)
Lei 11343/2006
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (TRINTA)
DIAS, SE O INDICIADO ESTIVER PRESO, E DE 90 (NOVENTA) DIAS,
QUANDO SOLTO.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser
duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido
justificado da autoridade de polícia judiciária.
ARQUIVAMENTO
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá
proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Despacho é irrecorrível, salvo art. 7º da Lei 1521/51 (Crime contra a economia popular)
Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem os acusados em
processo por crime contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou
quando determinarem o arquivamento dos autos do respectivo inquérito
policial.
QUESTÃO 65 – V EXAME
Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante n. 14 do
Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito
policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá
negar ao advogado
(A) a vista dos autos, sempre que entender pertinente
(B) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado
formalmente
(C) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos
depoimentos prestados pelas vítimas, se entender pertinente.
(D) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham
sido documentados no procedimento investigatório
Questão 67 VIII OAB
Um Delegado de Polícia determina a instauração
de inquérito policial para apurar a prática do crime
de receptação, supostamente praticado por José.
Com relação ao Inquérito Policial, assinale a
afirmativa que não constitui sua característica.
A) Escrito.
B) Inquisitório.
C) Indispensável.
D) Formal.
Questão 69 XVIII EXAME
No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi vítima de um crime de estupro simples,
mas, traumatizada, não mostrou interesse em dar início a qualquer investigação penal
ou ação penal em relação aos fatos. Os pais de Maria, porém, requerem a instauração
de inquérito policial para apurar autoria, entendendo que, após identificar o agente,
Maria poderá decidir melhor sobre o interesse na persecução penal. Foi proferido
despacho indeferindo o requerimento de abertura de inquérito. Considerando a situação
narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito policial não cabe
qualquer recurso, administrativo ou judicial.
B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o início da ação penal, a
instauração de inquérito policial independe de sua representação.
C) Caso Maria manifeste interesse na instauração de inquérito policial após o
indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poderá ter
início, independentemente do surgimento de novas provas.
D) Apesar de os pais de Maria não poderem requerer a instauração de inquérito policial,
o Ministério Público pode requisitar o início do procedimento na hipótese, tendo em vista
a natureza pública da ação.
Questão 65 XVII EXAME
No dia 01/04/2014, Natália recebeu cinco facadas em seu abdômen, golpes
estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do
delito, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas
diligências, dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares e amigos da
vítima e exame pericial no local. Mesmo após todas essas medidas, não foi
possível obter indícios suficientes de autoria, razão pela qual o inquérito
policial foi arquivado pela autoridade judiciária por falta de justa causa, em
06/10/2014, após manifestação nesse sentido da autoridade policial e do
Ministério Público. Ocorre que, em 05/01/2015, a mãe de Natália encontrou,
entre os bens da filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex-
namorado de Natália, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24
horas para retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcar com as
consequências. A referida carta foi encaminhada para a autoridade policial.
Nesse caso,
A) nada poderá ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada
material.
B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o
desarquivamento do inquérito pela autoridade competente.
C) nada poderá ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento não pode ser
considerada prova nova.
D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado diretamente
pela autoridade policial, independentemente de manifestação do Ministério Público ou
do juiz.
XVI EXAME
Questão 65
O inquérito policial pode ser definido como um procedimento
investigatórioprévio, cuja principal finalidade é a obtenção de
indícios para que o titular da ação penal possa propô-la contra o
suposto autor da infração penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa
correta.
A) A exigência de indícios de autoria e materialidade para oferecimento de
denúncia torna o inquérito policial um procedimento indispensável.
B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito policial
é irrecorrível.
C) O inquérito policial é inquisitivo, logo o defensor não poderá ter acesso aos
elementos informativos que nele constem, ainda que já documentados.
D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexistência do
crime, não poderá mandar arquivar os autos do inquérito já
instaurado.
Questão 66 – X EXAME
Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou
inquérito policial para averiguar a possível
ocorrência do delito de estelionato praticado por
Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na
requisição do Ministério Público Estadual. Ao final
da apuração, o Delegado de Polícia enviou o
inquérito devidamente relatado ao Promotor de
Justiça. No entendimento do parquet, a conduta
praticada por Márcio, embora típica, estaria
prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá
A) arquivar os autos.
B) oferecer denúncia.
C) determinar a baixa dos autos.
D) requerer o arquivamento.
AÇÃO PENAL
XX, XVII, XIV, XIII, XII, X, IX, VI
2.1) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Art. 24. Nos crimes de AÇÃO PÚBLICA, ESTA SERÁ PROMOVIDA POR
DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, mas dependerá, quando a lei o exigir, de
requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
(...)
a) TITULARIDADE
b) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE - não pode se recusar a dar início à ação penal
c) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
d) PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE
e) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o No caso de MORTE DO OFENDIDO ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado
e Município, a ação penal será pública.
DIGNIDADE SEXUAL
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública
condicionada à representação.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de
18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
IRRETRATABILIDADE
Art. 25. A representação será IRRETRATÁVEL, depois de oferecida a denúncia.
LEI 11.340/2006
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta
Lei, SÓ SERÁ ADMITIDA A RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO PERANTE O JUIZ, EM AUDIÊNCIA
ESPECIALMENTE DESIGNADA com tal finalidade, ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E
OUVIDO O MINISTÉRIO PÚBLICO.
Súmula 542 STJ “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada”
AÇÃO PENAL PRIVADA
a) CONCEITO
b) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA
c) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos,
sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
d) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime OBRIGARÁ AO
PROCESSO DE TODOS, e o Ministério Público velará pela sua
indivisibilidade
e) PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA
PRAZO
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
representante legal, decairá no direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de
seis meses, contado do dia em que vier a saber
quem é o autor do crime, ou, no CASO DO ART. 29,
DO DIA EM QUE SE ESGOTAR O PRAZO PARA O
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de
queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos
casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
SE ESTA NÃO FOR INTENTADA NO PRAZO LEGAL, cabendo ao
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso
de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
representante legal, decairá no direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses,
contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou,
no CASO DO ART. 29, DO DIA EM QUE SE ESGOTAR O PRAZO
PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.
Art. 5º
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal;
XIII EXAME
67) Fernanda, durante uma discussão com seu marido Renato, levou vários
socos e chutes. Inconformada com a agressão, dirigiu-se à Delegacia de
Polícia mais próxima e narrou todo o ocorrido. Após a realização do exame
de corpo de delito, foi constatada a prática de lesão corporal leve por parte
de Renato. O Delegado de Polícia registrou a ocorrência e requereu as
medidas cautelares constantes no Artigo 23 da Lei nº 11.340/2006. Após
alguns dias e com objetivo de reconciliação com o marido, Fernanda foi
novamente à Delegacia de Polícia requerendo a cessação das investigações
para que não fosse ajuizada a ação penal respectiva. Diante do caso
narrado, de acordo com o recente entendimento do Supremo Tribunal
Federal, assinale a afirmativa correta.
A) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
condicionada à representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não houve
o oferecimento da denúncia.
B) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a
ação penal é pública incondicionada, sendo impossível interromper as
investigações e obstar o prosseguimento da ação penal.
C) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
pública incondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do
oferecimento da denúncia.
D) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
pública condicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao
conhecimento da autoridade policial será impossível impedir o prosseguimento das
investigações e o ajuizamento da ação penal.
Questão 68 XII
João e José, músicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa de uma
namorada. João se descontrolou e partiu para cima de José, agredindo-o com
socos e pontapés, vindo a ser separado de sua vítima por policiais militares que
passavam no local, e lhe deram voz de prisão em flagrante. O exame de corpo de
delito revelou que dois dedos da mão esquerda do guitarrista José foram
quebrados e o braço direito, luxado, ficando impossibilitado de tocar seu
instrumento por 40 dias. Na hipótese, trata-se de crime de ação penal
A) privada propriamente dita.
B) pública condicionada à representação.
C) privada subsidiária da pública.
D) pública incondicionada.
Questão 67 – X EXAME
Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério
Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme
expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professorestava explicando ao aluno o
princípio da
A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscedência.
XIV EXAME
69) Fábio, vítima de calúnia realizada por Renato e Abel, decide
mover ação penal privada em face de ambos. Após o ajuizamento da
ação, os autos são encaminhados ao Ministério Público, pois Fábio
pretende desistir da ação penal privada movida apenas em face de
Renato para prosseguir em face de Abel. Diante dos fatos narrados,
assinale a opção correta.
A) A ação penal privada é divisível; logo, Fábio poderá desistir da ação penal
apenas em face de Renato.
B) A AÇÃO PENAL PRIVADA É INDIVISÍVEL; LOGO, FÁBIO NÃO
PODERÁ DESISTIR DA AÇÃO PENAL APENAS EM FACE DE RENATO.
C) A ação penal privada é obrigatória, por conta do princípio da
obrigatoriedade da ação penal.
D) A ação penal privada é indisponível; logo, Fábio não poderá desistir da
ação penal apenas em face de Renato.
Questão 60 IX EXAME PENAL
Tendo como base o instituto da ação penal, assinale a
afirmativa correta.
A) Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade
ou conveniência.
B) A ação penal privada subsidiária da pública fere dispositivo
constitucional que atribui ao Ministério Público o direito exclusivo de
iniciar a ação pública.
C) Como o Código Penal é silente no tocante à natureza da ação
penal no crime de lesão corporal culposa, verifica-se que a referida
infração será de ação penal pública incondicionada.
D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na ação penal
exclusivamente privada (ou propriamente dita) é unicamente do
ofendido.
Questão 68 XVII EXAME
Carlos foi indiciado pela prática de um crime de lesão corporal
grave, que teria como vítima Jorge. Após o prazo de 30 dias, a
autoridade policial elaborou relatório conclusivo e encaminhou o
procedimento para o Ministério Público. O promotor com atribuição
concluiu que não existiam indícios de autoria e materialidade, razão
pela qual requereu o arquivamento. Inconformado com a
manifestação, Jorge contratou advogado e propôs ação penal
privada subsidiária da pública. Nesse caso, é correto afirmar que
A) caso a queixa seja recebida, o Ministério Público não poderá aditá-la ou
interpor recurso no curso do processo.
B) caso a queixa seja recebida, havendo negligência do querelante, deverá
ser reconhecida a perempção.
C) a queixa proposta deve ser rejeitada pelo magistrado, pois não
houve inércia do Ministério Público.
D) a queixa proposta deve ser rejeitada pelo magistrado, tendo em vista que
o instituto da ação penal privada subsidiária da pública não foi recepcionado
pela Constituição Federal.
65 VI EXAME
Tício está sendo investigado pela prática do delito de roubo
simples, tipificado no artigo 157, caput, do Código Penal.
Concluída a investigação, o Delegado Titular da 41ª
Delegacia Policial envia os autos ao Ministério Público, a fim
de que este tome as providências que entender cabíveis. O
Parquet, após a análise dos autos, decide pelo arquivamento
do feito, por faltas de provas de autoria. A vítima ingressou
em juízo com uma ação penal privada subsidiária da pública,
que foi rejeitada pelo juiz da causa, que, no caso acima, agiu
(A) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a ação
privada nos crimes de ação pública quando esta não for intentada.
(B) corretamente, pois a vítima não tem legitimidade para ajuizar
ação penal privada subsidiária da pública.
(C) corretamente, já que a Lei Processual não admite a
ação penal privada subsidiária da pública nos casos em que o
Ministério Público não se mantém inerte.
(D) erroneamente, já que a Lei Processual admite, implicitamente,
a ação penal privada subsidiária da pública.
3) COMPETÊNCIA
3.1) CONCEITO
3.2) ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA
a) ratione materiae:
b) ratione loci (art. 69, I e II) - territorial
c) ratione personae:
3) COMPETÊNCIA
XXI, XVIII, XVII, XVI, XIII, VIII, VII, VI, V, III, I
3.1) COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de BENS,
SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO OU DE SUAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS
OU EMPRESAS PÚBLICAS, excluídas as contravenções e ressalvada a
competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral
•SÚMULA 42 DO STJ “COMPETE À JUSTIÇA COMUM ESTADUAL processar e julgar
as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados
em seu detrimento.”
* Crimes praticados contra funcionário público federal
SÚMULA 147 DO STJ no sentido de que é competente a Justiça Federal para
processar e julgar os crimes praticados contra funcionário federal, quando
relacionados com o exercício da função.
* Crimes praticados por funcionário público federal
Súmula 254 do extinto Tribunal Federal de Recursos: “compete à Justiça
Federal processar e julgar os delitos praticados por funcionário público
federal, no exercício de suas funções e com estas relacionados”
* Contravenções penais
SÚMULA 38 DO STJ: “compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de
1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesses da União ou de suas entidades”.
Questão 67 XVI EXAME
Juan da Silva foi autor de uma contravenção penal, em detrimento dos interesses da
Caixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou, ainda, outra contravenção em
conexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil, sociedade de
economia mista. Dessa forma, para julgá-lo será competente
A) a Justiça Estadual, pelas duas infrações.
B) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa
Econômica Federal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do
Brasil.
C) a Justiça Federal, pelas duas infrações.
D) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do
Brasil, e Justiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal.
3.2) JUSTIÇA ESTADUAL
Súmula 122 do STJ: “Compete à Justiça Federal o processo e julgamento
unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se
aplicando a regra do Art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal.”
3.3) COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
Súmula 451 do STF: “A competência especial por prerrogativa de função
não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do
exercício da função”.
I) COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 102. Compete ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios
Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os MEMBROS DOS
TRIBUNAIS SUPERIORES, OS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
E OS CHEFES DE MISSÃO DIPLOMÁTICA DE CARÁTER PERMANENTE
II) COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os GOVERNADORES DOS
ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL, e, nestes e nos de
responsabilidade, os DESEMBARGADORES DOS
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS E DO
DISTRITO FEDERAL, os MEMBROS DOS TRIBUNAIS
DE CONTAS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL,
os DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS, DOS
TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS E DO
TRABALHO, os membros dos CONSELHOS OU
TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS e os do
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO QUE OFICIEM
PERANTE TRIBUNAIS
III) COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS
Art. 108. Compete aos Tribunais RegionaisFederais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da
Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de
responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL;
IV) COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
Art. 96. Compete privativamente:
(...)
III - aos Tribunais de Justiça julgar os JUÍZES ESTADUAIS E DO
DISTRITO FEDERAL e Territórios, bem como OS MEMBROS DO
MINISTÉRIO PÚBLICO, nos crimes comuns e de responsabilidade,
RESSALVADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL.
3.4) COMPETÊNCIA PARA JULGAR PREFEITOS
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
SÚMULA 702 STF: “A competência do Tribunal para julgar Prefeitos restringe-se aos
crimes de competência da JUSTIÇA COMUM ESTADUAL; nos demais casos, a
competência caberá ao respectivo tribunal de segundo grau”.
Súmula 208 STJ “Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por
desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”.
Súmula 209 STJ “Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba
transferida e incorporada ao patrimônio municipal”.
3.5) PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E CONCURSO DE PESSOAS
Súmula 704 do STF: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do
devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao
foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Questão 67 XVII EXAME
Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao
Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se
aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia
22/01/2015, travou uma discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de
um crime de lesão corporal seguida de morte, consumado na cidade em que
reside. Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos
Tribunais Superiores, será competente para julgar Ricardo
A) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
B) uma das Varas Criminais de Florianópolis.
C) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
D) o Tribunal do Júri de Florianópolis.
67 VI EXAME
A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos
prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão
julgados pelo Tribunal de Justiça”. José, Prefeito do Município Y,
pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção ativa
em face de um policial rodoviário federal. Com base na situação acima, o
órgão competente para o julgamento de José é
(A) a Justiça Estadual de 1ª Instância.
(B) o Tribunal de Justiça.
(C) o Tribunal Regional Federal.
(D) a Justiça Federal de 1ª Instância.
III EXAME OAB
Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a
alternativa correta
(A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na
parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado
onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função
(B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de
função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades
(C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por
uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de
função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça
(D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal
de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se
alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral.
3.6) FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO E TRIBUNAL DO JÚRI
Súmula 603 do STF “A competência para o processo e julgamento de latrocínio
é do juiz singular e não do Tribunal do Júri”.
Súmula 721 do STF: “A competência constitucional do Tribunal do Júri
prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido EXCLUSIVAMENTE
PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.”
Súmula vinculante 45-STF: A competência constitucional do tribunal do
júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido
exclusivamente pela Constituição Estadual.
STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).
4) DA PROVA
XXII, XXI, XVIII, VII, V, II, I
4.1) Limitação à prova produzida na fase inquisitiva
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação
da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão
observadas as restrições estabelecidas na lei civil.
4.2) PROVA ILÍCITA 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser
desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
(...)
CF/88, no artigo 5º, LVI, dispõe serem “inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
4.3) Provas ilícitas por derivação e a teoria dos “frutos da árvore
envenenada”
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela
Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das
ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser
obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só,
seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou
instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às
partes acompanhar o incidente.
§ 4o (VETADO)
XIV EXAME
65) O Delegado de Polícia, desconfiado de que Fabiano é o líder de uma
quadrilha que realiza assaltos à mão armada na região, decide, com a sua
equipe, realizar uma interceptação telefônica sem autorização judicial.
Durante algumas semanas, escutaram diversas conversas, por meio das
quais descobriram o local onde a res furtiva era armazenada para posterior
revenda. Com essa informação, o Delegado de Polícia representou pela
busca e apreensão a ser realizada na residência suspeita, sendo tal
diligência autorizada pelo Juízo competente. Munidos do mandado de busca
e apreensão, ingressam na residência encontrando diversos objetos fruto de
roubo, como joias, celulares, documentos de identidade etc., tudo conforme
indicou a interceptação telefônica. Assim, Fabiano foi conduzido à Delegacia,
onde se registrou a ocorrência. Acerca do caso narrado, assinale a opção
correta.
A) A realização da busca e apreensão é admissível, tendo em vista que houve
autorização prévia do juízo competente, existindo justa causa para ajuizamento da
ação penal.
B) A realização da busca e apreensão é admissível, apesar da interceptação telefônica
ter sido realizada sem autorização judicial, existindo justa causa para ajuizamento da
ação penal.
C) A realização da busca e apreensão não é admissível porque houve representação do
Delegado de Polícia, não existindo justa causa para o ajuizamento da ação penal.
D) A realização da busca e apreensão não é admissível,pois derivou de uma
interceptação telefônica ilícita, aplicando-se a teoria dos frutos da árvore
envenenada, não existindo justa causa para o ajuizamento da ação penal.
Questão 68 – V EXAME
A respeito da prova no processo penal, assinale a alternativa
correta
(A) A prova objetiva demonstra a existência/inexistência de um
determinado fato ou a veracidade/falsidade de uma determinada
alegação. Todos os fatos, em sede de processo penal, devem ser
provados
(B) São consideradas provas ilícitas aquelas obtidas com a violação do
direito processual. Por outro lado, são consideradas provas ilegítimas
as obtidas com a violação das regras de direito material.
(C) As leis em geral e os costumes não precisam ser comprovados.
(D) A lei processual pátria prevê expressamente a
inadmissibilidade da prova ilícita por derivação, perfilhando-
se à “teoria dos frutos da árvore envenenada” (“fruits of
poisonous tree”)
5) PRISÃO
XXII, XVI, IX, VIII, III
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito
ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária
ou prisão preventiva.
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se
aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer
hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do
domicílio.
5.1) PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
A) ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração.
B) DECISÃO JUDICIAL AO RECEBER O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz DEVERÁ
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva,
quando presentes os requisitos constantes do
art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas
da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente
praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de
comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
XX Exame
Questão 65
José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de
receptação (Art. 180 do Código Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa).
Em que pese seja tecnicamente primário e de bons antecedentes e seja
civilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes Criminais, duas
anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações tenham
resultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas do
Código de Processo Penal, assinale a afirmativa correta.
A) Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as ações
penais em curso demonstram a existência de risco para a ordem pública.
B) A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida de
responsabilidade do magistrado.
C) Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a prisão
em flagrante do acusado perdurar pelo prazo de 10 dias úteis, ou seja, até o oferecimento
da denúncia.
D) O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, mas
poderá aplicar as demais medidas cautelares.
Questão 66 IX EXAME
O Código de Processo Penal pátrio menciona que também se
considera em flagrante delito quem é perseguido, logo após o
delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa,
em situação que faça presumir ser o perseguido autor da
infração. A essa modalidade dá-se o nome de flagrante
A) impróprio.
B) ficto.
C) diferido ou retardado. (Art. 53, II, Lei 11.343/2006
D) esperado.
Súmula 145 do STF: “ Não há crime quando a PREPARAÇÃO do
flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.
5.2) PRISÃO PREVENTIVA
A) Momento e Legitimidade
Art. 311. Em qualquer fase da investigação
policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, SE
NO CURSO DA AÇÃO PENAL, OU A
REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO,
DO QUERELANTE OU DO ASSISTENTE, OU
POR REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE
POLICIAL.
B) HIPÓTESES EM QUE PODE SER DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ORDEM PÚBLICA, da ORDEM
ECONÔMICA, por CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, ou para ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA
LEI PENAL, quando houver prova da EXISTÊNCIA DO CRIME E INDÍCIO SUFICIENTE DE
AUTORIA. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em CASO DE DESCUMPRIMENTO DE
QUALQUER DAS OBRIGAÇÕES IMPOSTAS POR FORÇA DE OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES (ART. 282,
§ 4O).
a) Garantia da ordem pública
b)Conveniência da instrução criminal
c) Garantia da aplicação da lei penal
d)Garantia de ordem econômica
C) Circunstâncias legitimadoras da prisão preventiva - REQUISITOS
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior
a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência;
IV - (revogado).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em
liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
5.3) PRISÃO TEMPORÁRIA
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultadode morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270,
caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
A) DECRETAÇÃO POR AUTORIDADE JUDICIAL E PRAZO DE DURAÇÃO
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.
(...)
- crimes hediondos e equiparados: Art. 2º, § 4º, da Lei 8072/90 – prazo pode atingir 30
dias, prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.
Questão 68 XVI EXAME
A prisão temporária pode ser definida como cautelar restritiva, decretada por
tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações de certos crimes
considerados pelo legislador como graves, antes da propositura da ação
penal.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
A) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz,
após requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade
policial.
B) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no
máximo, 15 dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
C) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser
imediatamente solto.
D) O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo
local em que se encontram os presos provisórios ou os condenados
definitivos.
6) SENTENÇA
XV, XIV, XIII, II
6.1) EMENDATIO LIBELLI
Art. 383. O juiz, SEM MODIFICAR A DESCRIÇÃO DO FATO contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais
grave.
§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão
condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.
6.2) MUTATIO LIBELLI
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender CABÍVEL NOVA
DEFINIÇÃO JURÍDICA DO FATO, EM CONSEQÜÊNCIA DE PROVA
EXISTENTE NOS AUTOS DE ELEMENTO OU CIRCUNSTÂNCIA DA
INFRAÇÃO PENAL NÃO CONTIDA NA ACUSAÇÃO, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em
virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública,
reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se
o art. 28 deste Código.
§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o
aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e
hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo
interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento.
§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste
artigo.
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas,
no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do
aditamento.
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.
XIV EXAME
67) Wilson está sendo regularmente processado pela prática do
crime de furto. Durante a instrução criminal, entretanto, as
testemunhas foram uníssonas ao afirmar que, para a subtração,
Wilson utilizou-se de grave ameaça, exercida por meio de uma
faca. A partir do caso narrado, assinale a opção correta.
A) A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réu
relativamente ao crime que lhe foi imputado.
B) Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória, haja vista
o fato de que as alegações finais orais acontecem após a oitiva das
testemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios do contraditório e da
ampla defesa.
C) A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, o
Ministério Público deverá fazer o respectivo aditamento.
D) Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da inicial
acusatória, se o promotor de justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estará
obrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi originalmente
atribuída.
XIII EXAME
69) João foi denunciado pela prática de crime de furto simples. Na denúncia,
o Ministério Público apenas narrou que houve a subtração do cordão da
vítima, indicando hora e local. Na audiência de instrução e julgamento, a
vítima narrou que João empurrou-a em direção ao chão dizendo que se
gritasse “o bicho ia pegar”, arrancando, em seguida, o seu cordão. Diante da
narrativa da violência e da grave ameaça, o juiz fica convencido de que
houve crime de roubo e não de furto. Sobre o caso apresentado, de acordo
com o Código de Processo Penal, assinale a afirmativa correta.
A) O juiz na sentença poderá condenar João pelo crime de roubo, com base no artigo
383 do CPP, que assim dispõe: “O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na
denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
consequência, tenha de aplicar pena mais grave”.
B) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar a
denúncia em 5 (cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz deve
aplicar o artigo 28 do CPP.
C) Encerrada a instrução probatória, o Ministério Público deverá aditar a denúncia em 5
(cinco) dias. Se o Ministério Público ficar inerte, o juiz poderá condenar João pelo crime
de roubo, tendo em vista que a vítima narrou a agressão em juízo.
D) O juiz poderá condenar João pelo crime de roubo, independentemente de qualquer
providência, em homenagem ao princípio da verdade real.
RECURSOS XXII, XX, XIX, XVII, XVI, XV, XIV, XI, X, IX, VIII, VII, VI, V, I
7) Recurso em sentido estrito
A) Cabimento (DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS)
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não RECEBER A DENÚNCIA OU A QUEIXA;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – QUE PRONUNCIAR O RÉU;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la,
conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
VI – que absolver o réu, nos casos do artigo 411 (REVOGADO)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em quea lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
B) Competência para o julgamento
Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos
ns. V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de
Apelação.
* Interposição
* razões
C) Prazo
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser INTERPOSTO NO PRAZO DE CINCO DIAS.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da
data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 588. DENTRO DE DOIS DIAS, contados da interposição do recurso, ou do dia em
que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as
razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
D) Efeito regressivo
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será
o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois
dias, REFORMARÁ OU SUSTENTARÁ o seu
despacho, mandando instruir o recurso com os traslados
que Ihe parecerem necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido,
a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da
nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao
juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos
arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em
traslado.
Questão 65 XXII EXAME
Daniel foi autor de um crime de homicídio doloso consumado em desfavor de
William. Após a denúncia e ao fim da primeira fase do procedimento bifásico
dos crimes dolosos contra a vida, Daniel foi pronunciado. Inconformado, o
advogado do acusado interpôs o recurso cabível, mas o juiz de primeira
instância, ao realizar o primeiro juízo de admissibilidade, negou seguimento
ao recurso. Novamente inconformado com a decisão, o defensor de Daniel
impetrou nova medida. Considerando a situação narrada, assinale a opção
que indica o recurso interposto da decisão de pronúncia e a medida para
combater a decisão que denegou o recurso anterior, respetivamente.
A) Apelação e Recurso em Sentido Estrito.
B) Recurso em Sentido Estrito e novo Recurso em Sentido Estrito.
C) Recurso em Sentido Estrito e Carta Testemunhável.
D) Apelação e Carta Testemunhável.
Questão 65 XIX EXAME
Antônio foi denunciado e condenado pela prática de um crime de roubo simples à
pena privativa de liberdade de 4 anos de reclusão, a ser cumprido em regime
fechado, e 10 dias-multa. Publicada a sentença no Diário Oficial, o advogado do réu
se manteve inerte. Antônio, que estava preso, foi intimado pessoalmente, em
momento posterior, manifestando interesse em recorrer do regime de pena
aplicado. Diante disso, 2 dias após a intimação pessoal de Antônio, mas apenas 10
dias após a publicação no Diário Oficial, sua defesa técnica interpôs recurso de
apelação. O juiz de primeira instância denegou a apelação, afirmando a
intempestividade. Contra essa decisão, o advogado de Antônio deverá apresentar
A) Recurso de Agravo.
B) Carta Testemunhável.
C) Recurso Ordinário Constitucional.
D) Recurso em Sentido Estrito.
Questão 69 - XVII EXAME
Marcelo foi denunciado pela prática de um crime de furto. Entendendo que não haveria justa
causa, antes mesmo de citar o acusado, o magistrado não recebeu a denúncia. Diante disso, o
Ministério Público interpôs o recurso adequado. Analisando a hipótese, é correto afirmar que
A) o recurso apresentado pelo Ministério Público foi de apelação.
B) apesar de ainda não ter sido citado, Marcelo deve ser intimado para apresentar
contrarrazões ao recurso, sob pena de nulidade.
C) mantida a decisão do magistrado pelo Tribunal, não poderá o Ministério Público oferecer
nova denúncia pelo mesmo fato, ainda que surjam provas novas.
D) antes da rejeição da denúncia, deveria o magistrado ter citado o réu para apresentar
resposta à acusação.
Questão 69 XVI EXAME
Scott procurou um advogado, pois tinha a intenção de ingressar com queixa-
crime contra dois vizinhos que vinham lhe injuriando constantemente.
Narrados os fatos e conferida procuração com poderes especiais, o patrono
da vítima ingressou com a ação penal no Juizado Especial Criminal, órgão
efetivamente competente, contudo o magistrado rejeitou a queixa
apresentada.
Dessa decisão do magistrado caberá
A) recurso em sentido estrito, no prazo de 05 dias.
B) apelação, no prazo de 05 dias.
C) recurso em sentido e estrito, no prazo de 02 dias.
D) apelação, no prazo de 10 dias.
Questão 65 – VIII EXAME OAB
Adão ofereceu uma queixa-crime contra Eva por crime de dano qualificado (art. 163,
parágrafo único, IV). A queixa preenche todos os requisitos legais e foi oferecida antes
do fim do prazo decadencial. Apesar disso, há a rejeição da inicial pelo juízo competente,
que refere, equivocadamente, que a inicial é intempestiva, pois já teria transcorrido o
prazo decadencial. Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o recurso cabível.
A) Recurso em sentido estrito.
B) Apelação.
C) Embargos infrigentes.
D) Carta testemunhável.
Questão 67 VII EXAME OAB
Em relação aos meios de impugnação de decisões judiciais, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) Caberá recurso em sentido estrito contra a decisão que rejeitar a denúncia, podendo o
magistrado, entretanto, após a apresentação das razões recursais, reconsiderar a decisão proferida.
B) Caberá apelação contra a decisão que impronunciar o acusado, a qual terá efeito meramente
devolutivo.
C) Caberá recurso em sentido estrito contra a decisão que receber a denúncia oferecida
contra funcionário público por delito próprio, o qual terá duplo efeito.
D) Caberá apelação contra a decisão que rejeitar a queixa-crime oferecida perante o Juizado Especial
Criminal, a qual terá efeito meramente devolutivo.
Questão 69 X EXAME
José, após responder ao processo cautelarmente preso, foi
condenado à pena de oito anos e sete meses de prisão em
regime inicialmente fechado. Após alguns anos no sistema
carcerário, seu advogado realizou um pedido de livramento
condicional, que foi deferido pelo magistrado competente. O
membro do parquet entendeu que tal benefício era incabível
no momento e deseja recorrer da decisão. Sobre o caso
apresentado, assinale a afirmativa que menciona o recurso
correto.
A) Agravo em Execução, no prazo de 10 (dez dias);
B) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de 05 (cinco dias);
C) Agravo em Execução, no prazo de 05 (cinco dias);
D) Recurso em Sentido Estrito, no prazo de 10 (dez dias).
8) Apelação
a) Conceito
b) Cabimento da apelação nas sentenças do juiz
singular
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco)
dias:
I - das sentenças definitivas de condenação ou
absolvição proferidas por juiz singular;
II - das decisões definitivas, ou com força de
definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
não previstos no Capítulo anterior;
(...)
c) Apelação das decisões do júri
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
(...)
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos
jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se
Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de
que a decisão dos jurados é manifestamentecontrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento
para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que
somente de parte da decisão se recorra.
Súmula 713 do STF: “O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos
fundamentos da sua interposição”.
d) Prazo
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias
(...)
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois
dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer
razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será
de três dias.
(...)
Súmula 710 STF “No processo penal, contam-se os prazos da data
da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou carta
precatória ou ordem”.
E) EFEITO EXTENSIVO
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal,
art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se
fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente
pessoal, aproveitará aos outros.
66 - VI EXAME
Caio, Mévio e Tício estão sendo acusados pela prática do crime de
roubo majorado. No curso da instrução criminal, ficou comprovado que
os três acusados agiram em concurso para a prática do crime. Os três
acabaram condenados, e somente um deles recorreu da decisão. A
decisão do recurso interposto por Caio
(A) aproveitará aos demais, sempre.
(B) se fundado em motivos que não sejam de caráter
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
(C) sempre aproveitará apenas ao recorrente.
(D) aproveitará aos demais, desde que eles tenham expressamente
consentido nos autos com os termos do recurso interposto.
69 VI EXAME
Com base no Código de Processo Penal, acerca dos recursos, assinale a alternativa
correta.
(A) Todos os recursos têm efeito devolutivo, e alguns têm também os
efeitos suspensivo e iterativo.
(B) O recurso de apelação sempre deve ser interposto no prazo de cinco dias a
contar da intimação, devendo as razões ser interpostas no prazo de oito dias.
(C) Apesar do princípio da complementaridade, é defeso ao recorrente
complementar a fundamentação de seu recurso quando houver complementação da
decisão recorrida.
(D) A carta testemunhável tem o objetivo de provocar o reexame da decisão que
denegar ou impedir seguimento de recurso em sentido estrito, agravo em execução e
apelação.
10) EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência
estabelecida nas leis de organização judiciária.
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda
instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e
de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a
contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo
for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de
divergência.
A) CONCEITO
B) LEGITIMIDADE PARA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS INFRINGENTES E DE
NULIDADE
C) CABIMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
D) PRAZO
Questão 68 – IX EXAME OAB
Joel foi condenado pela prática do crime de extorsão mediante
sequestro. A defesa interpôs recurso de Apelação, que foi recebido e
processado, sendo certo que o tribunal, de forma não unânime,
manteve a condenação imposta pelo juízo a quo. O advogado do réu
verifica que o acórdão viola, de forma direta, dispositivos
constitucionais, razão pela qual decide continuar recorrendo da
decisão exarada pela Segunda Instância.
De acordo com as informações acima, assinale a alternativa que
indica o recurso a ser interposto.
A) Recurso em Sentido Estrito.
B) Recurso Ordinário Constitucional.
C) Recurso Extraordinário.
D) Embargos Infringentes.
11) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Art. 382 e 619 do CPP e 82 da Lei 9099/95
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas,
poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da
sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade,
contradição ou omissão.
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao
juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade,
ambigüidade, contradição ou omissão
I) Conceito:
• Ambigüidade: é o estado daquilo que possui duplo sentido,
• Obscuridade: decisão sem clareza
• Contradição: fundamentação = fato atípico – absolvição = 386, VI
• Omissão: Deixa de apreciar ponto relevante. Deixar de fixar o regime inicial
II) PRAZO
Regra: 02 dias
JEC: 05 DIAS – Art. 83, § 1º, Lei 9.099/95
III) PROCESSAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os
pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
§ 1o O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente de revisão, na
primeira sessão.
§ 2o Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logo o
requerimento.
IV) EFEITO INTERRUPTIVO
Art. 1.026 CPC. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o
prazo para a interposição de recurso.
(...)
Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade,
contradição ou omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias,
contados da ciência da decisão.
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de
recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
12) CARTA TESTEMUNHÁVEL
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o
juízo ad quem.
A) Cabimento
* recurso em sentido estrito e do agravo em execução.
* Com relação ao não recebimento da apelação, cabe recurso em sentido estrito (art. 581,
XV).
B) Procedimento
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário
do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que
denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser
trasladadas.
13) RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
A) PRAZO
5 dias – art. 30 da Lei 8.038/90
B) COMPETÊNCIA
I) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-
data" e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, SE DENEGATÓRIA
A DECISÃO;
II) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(..)
II - julgar, em recurso ordinário:
(...)
a) os "habeas-corpus" decididos em ÚNICA OU
ÚLTIMA INSTÂNCIA PELOS TRIBUNAIS REGIONAIS
FEDERAIS OU PELOS TRIBUNAIS DOS ESTADOS, do
Distrito Federal e Territórios, QUANDO A DECISÃO FOR
DENEGATÓRIA;
14) AGRAVO EM EXECUÇÃO (Art. 197 da Lei 7.210/84 - LEP)
A) CABIMENTO
B) LEGITIMIDADE
C) RITO E COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO
Súmula 700 STF: “É de cinco dias o prazo para a interposição de agravo contra a
decisão do juiz da execução penal.
D) EFEITOS
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo,
sem efeito suspensivo.

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