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D. Penal Relação Ilicitude e Tipicidade teorias

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ILICUTUDE – RELAÇÃO COM A TIPICIDADE
(teorias)
	Teoria da autonomia
	- ou da absoluta independência;
- a tipicidade não tem qualquer relação com a ilicitude.
	
Teoria da indiciariedade
	- ou da “ratio cognoscendi”;
- se há fato típico, presume-se, relativamente, que ele é ilícito;
- fato típico é indício de ilicitude;
- o ônus da existência de descriminante é da defesa (lembrando que, se o ônus é da defesa, não se aplica o in dúbio pro reo);
- teoria adotada pelo Brasil (vide quadro abaixo) [1],
	Teoria da absoluta dependência
	- ou da “ratio essendi”;
- a ilicitude é levada para o campo da tipicidade;
- a ilicitude é a essência da tipicidade.
	
Teoria dos elementos negativos do tipo
	- alcança o mesmo resultado da teoria anterior, porém com bases diferentes;
- o tipo penal é composto de:
a) elementos positivos: elementos que devem estar presentes para que o fato seja típico;
b) elementos negativos: implícitos – que não devem estar presentes para que o fato seja típico (estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal).
- vale observar que, para a teoria da tipicidade conglobante, o exercício regular do direito e o estrito cumprimento do dever legal excluem a tipicidade.
[1] vide tabela:
	Lei 11.690/08
	Antes
	Depois
	- teoria da indiciariedade:
a) o ônus da prova de uma descriminante é da defesa;
b) havendo dúvida quanto à existência de uma descriminante, o juiz condena (não se aplica o in dúbio pro reo);
c) observação: a jurisprudência autorizava a aplicação do in dúbio pro reo quando a dúvida era razoável.
	- teoria da indiciariedade:
a) o ônus da prova de uma discriminante continua sendo da defesa;
b) contudo, o art. 386, VI, do CPP, autoriza a absolvição quando houver dúvida razoável quanto à sua existência.

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